O Sporting B perdeu hoje na deslocação ao terreno (de relvado tinha pouco) do U. Santarém por 3-0.
Independentemente das limitações do plantel para disputar a Liga 3, a começar pela "rapina" permanente do Amorim, e dos erros individuais que vão acontecendo e que comprometem os resultados, gosto francamente de ver jogar esta equipa B treinada pelo João Pereira. Com mais sorte nos remates o resultado teria sido outro.
Finalmente temos uma equipa B a jogar de acordo com o modelo de jogo e o sistema táctico da equipa A, aquilo que sempre defendi e não percebia porque não acontecia antes.
A equipa alinhou na 1.ª parte com:
Guilherme Pires (19); Eduardo Felícissimo (17), Miguel Alves (18) e Lucas Taibo (18); Mauro Couto (18), Henrique Arreiol (19), João Simões (17) e Diogo Travassos (20); Kaua Oliveira (20), Lucas Anjos (20) e Luis Gomes (20).
E na 2.ª parte com:
Guilherme Pires (19); Diogo Travassos (20), Eduardo Felícissimo (17) e Lucas Taibo (18)/Leonardo Barroso(19); Mauro Couto (18), Henrique Arreiol (19), João Simões (17) e Samuel Justo (20); Nilton Araújo (18), Rodrigo Marquês (21) e Manuel Mendonça (19).
O destaque deste jogo foi mais uma vez o Henrique Arreiol (1,87m), trinco possante ao jeito do Palhinha. Também gostei do central canhoto Lucas Taibo (1,94m), um galego da Corunha que chegou há dois anos do "Depor" e acabou de renovar contrato, e do Nilton Araújo senhor de potente remate.
Depois da vitória na Covilhã, o Sporting B recebeu e empatou com o Oliveira do Hospital e segue no pelotão da frente da série sul da Liga 3. Uma Liga que peca pela fraca qualidade dos árbitros que embarcam nas silmulações constantes de jogadores viciados nisso mesmo. Os jogos estão sempre a ser interrompidos para a marcação de faltas e faltinhas e atenção a jogadores que andam sempre pelo chão a queixar-se de lesões imaginárias.
Esta equipa agora treinada pelo João Pereira pouco tem a ver com a época passada, apenas dois ou três se mantêm, conta agora com os vice-campeões europeus de sub17.
A equipa alinhou com:
Guilherme Pires (19); Leonardo Barroso (19), Pedro Silva (19), Miguel Alves (18) e José Silva (18); Eduardo Felícissimo (17), Henrique Arreiol (19) e Mendonça (19); João Simões (17), Gabriel Silva (17) e Luis Gomes (20).
Entraram depois: Mauro Couto (18), Nilton Cardoso (19), Kaua Oliveira (20), Rafael Besugo (20) e Lucas Anjos (20).
E foram mesmo dois dos sub17 que mais se destacaram, o Eduardo Felícissimo a comandar o meio-campo e o João Simões a marcar. Já o Gabriel Silva esteve muito apagado na dianteira.
Depois, não há dúvida que João Pereira incutiu nesta equipa uma dinâmica de vitória que esteve ausente nas épocas anteriores. A perder ao intervalo tira um central, recua o Felícissimo e mete o Mauro Couto na ponta. Depois foi sempre mexendo na equipa de forma a aumentar o caudal ofensivo tentando a vitória que com algum azar na concretização acabou por não acontecer.
Claro que faltam argumentos a esta equipa para outros voos, mas o importante é levar alguns deles ao sítio onde o Quenda já mora.
Vale a pena ver na Sporting TV a entrevista que Tomaz Morais deu esta semana. Ele explica em detalhe o funcionamento da Academia e responde às questões mais polémicas. Fiquei agradavelmente surpreendido pela dimensão e maturidade da estrutura que suporta a Academia, mas cada um que veja e tire as suas conclusões. Um modelo de comunicação que poderia ser seguido pelos responsáveis de modalidades, a começar pelo futebol feminino.
Terminou da pior forma a participação de Portugal no Europeu Sub17 com uma derrota clara por 0-3 na final contra uma Itália mais alta, mais forte, mais organizada, mais objectiva, mais tudo. De qualquer forma, não deixa de ser uma excelente participação na competição. Derrotámos a Espanha, a Inglaterra e a Sérvia. Perdemos com a França e a Itália.
No onze mais titular pontificaram cinco jovens do Sporting: o central Rafael Mota, os médios-centro João Simões e Eduardo Felicíssimo, e os avançados Gabriel Silva e Geovany Quenda. Na final não foram eles os elementos mais fracos do onze, muito pelo contrário. O lateral direito do Benfica foi um autêntico passador e a "estrela da companhia" do Porto baqueou claramente.
Entretanto a equipa sub17 segue na segunda posição a duas jornadas do fim com um jogo a mais, provavelmente ficará em 3ª ou 4º no final. As equipas de sub15 e sub19 também não acabarão melhor nos campeonatos respectivos.
Como é que a equipa que domina a selecção sub17 não ganha o título na respectiva categoria etária? Simples, os jovens jogam em escalões etários acima da sua idade, Quenda nos sub23 e até na B. Gnhando ou perdendo, tornam-se melhores jogadores. Quenda, extremo de enorme qualidade formado em Alcochete, vai integrar a pré-época do plantel principal. Os outros quatro deverão jogar maioritariamente nos sub23, campeonato em que acabámos este ano em 2.º lugar, logo atrás do lider Estoril.
Mateus Fernandes, que seguiu este caminho, está a chegar depois duma época de rodagem no Estoril. Dário Essugo, Afonso Moreira e Callai precisam ainda de mais tempo, outros sairão do projecto, sendo vendidos por verbas apreciáveis. Como aconteceu com Veiga e Chermiti.
Entretanto, João Pereira vai assumir a equipa B para mais uma vez disputar a Liga 3 com um plantel maioritariamente de jogadores sub19. Aqueles de 21-22 anos da época passada que, embora sem condições de singrar na equipa principal, podiam constituir o núcleo duro duma equipa a lutar pela subida, estarão de saída.
Podemos concordar mais ou menos com esta política, que não está baseada em ganhar títulos mas em formar jogadores. E vir com teorias de formar vencedores e não perdedores. Mas o que interessa no final é o retorno desportivo, a entrega de jogadores ao plantel principal, e o retorno financeiro, as vendas e a salvaguarda de direitos em futuras transferências, da formação.
João Pereira, campeão nacional pelo Sporting em 2021, será o novo treinador da nossa equipa B. Depois de ter sido jogador de mérito, treinador adjunto dos sub-23 e treinador principal desta mesma equipa nas duas últimas épocas.
Aplaudem, contestam ou são indiferentes a esta escolha?
A vitória de hoje em casa perante o Pero Pinheiro por 2-0 não chegou para a equipa B do Sporting conseguir aceder à fase de subida. Um golo do Atlético em Coimbra, aos 88 minutos, na casa da melhor equipa da série, a Académica, foi decisivo para essa situação.
Sou do tempo em que a equipa B do Sporting era o Lourinhanense, Boa Morte transitou de lá para Inglaterra. Depois tivemos várias formas de equipa B em diferentes campeonatos com hiatos pelo meio, incluindo a melhor de sempre, do tempo de Godinho Lopes, que acabou no pódio da 2.ª Liga, com Eric Dier, João Mário, Esgaio, Bruma e vários outros. Na altura se calhar ganhava à principal, que não andava nada famosa.
Frederico Varandas resolveu - e bem - recriar a equipa B, entretanto condenada ao declínio e finalmente extinta por Bruno de Carvalho, mas em moldes bem diferentes daqueles dos dois rivais, não uma equipa com plantel fechado para competir com sucesso na Liga 2, mas uma equipa com plantel aberto para evoluir e testar os melhores jovens 18-21 anos disponíveis em competição na 3.ª Liga. No fundo um casting de novos talentos para o plantel principal e para "exportação". Assim, uns seguem para um lado, outros para outro, e vão subindo outros dos sub23 para os substituir. Os resultados são os possíveis e não os desejáveis.
Falando na tal "exportação", com Renato Veiga, Chermiti, mais umas vendas menores, mais uns tantos já emprestados com opção de compra (parece que o Chico Lamba seguirá nesta rota), poderá o Sporting encaixar mais de 30M€, que dá para muita coisa em termos do funciomento da academia de Alcochete.
Já no percurso para a equipa principal, e depois de alternarem entre os plantéis da A e da B, Afonso Moreira e Dário Essugo terão já guia de marcha para outras equipas, Rodrigo Ribeiro estará em "stand-by" tapado no Rio Ave por Mateo Tanlongo (e aqui está um "6" com muito para mostrar), juntando-se a Diego Callai, Mateus Fernandes e Samuel Justo na lista de emprestados sem opção de compra. Um caminho já trilhado com sucesso por Quaresma, Catamo, Bragança e muitos antes deles.
Quem fica então para "levar a cruz ao calvário", ou seja, disputar a fase de fuga à descida da Liga 3? Bom, temos Muniz, Pedro Bondo, Diogo Abreu, Marco Cruz e depois... os mais novos. Chegarão? Têm de chegar, porque não estou a ver alguns dos mais velhos do plantel principal, como Israel, Neto, Esgaio ou Paulinho virem ajudar.
No fundo é esta a actual gestão de activos do Sporting Clube de Portugal. Baseada no jogador, cada um com um "roadmap" consensual entre clube e jogador/empresário, que conduz a percursos no Sporting vantajosos para ambas as partes, desportiva e financeiramente. Os títulos e sucessos desportivos têm como base balneários coesos e solidários, bem longe das "legiões estrangeiras" de antigamente.
Por isso os jogadores que acabam por sair do Sporting, e todos sairão mais cedo ou mais tarde, seguem o clube nas redes sociais e aparecem nas tribunas de Alvalade. Como Nuno Mendes, Palhinha, Ugarte e Pedro Porro são exemplo.
PS: Oportunidade, mais logo, para ver com atenção o Estoril-Praia e ver o que fazem Koba Koindredi ("uma espécie de Matheus Nunes", diz o Record) e Mateus Fernandes ...
Duas derrotas fora de casa consecutivas, ambas por 0-1, tornaram muito difícil a subida de divisão do Sporting B. O mais certo é a repetição da situação da época passada, ou seja, a luta numa série própria por não descer.
Se contra o Caldas o árbitro teve uma actuação "à maneira", expulsando Muniz com dois amarelos quase consecutivos a meio do primeiro tempo e com o jogo empatado, ontem a equipa apenas se pode queixar de si própria. O adversário foi superior em tudo e só a magnífica noite do guarda-redes que substituiu Callai evitou a goleada.
O Sporting B alinhou num 4-3-3 de "peito aberto" com:
Diogo Pinto (19); Leonardo Barroso (19), Chico Lamba (20), Pedro Alves (18) e Pedro Bondo (19); Diogo Abreu (21), Marco Cruz (19) e Miguel Menino (21); Mamede (21), Rafael Nel (18) e Diogo Moreira (18).
Entraram depois Diogo Cabral (20), Mauro Couto (18), Rodrigo Ribeiro (18) e Vando Félix (21) que pouco ou nada puderam fazer para inverter a situação.
Este onze foi facilmente ultrapassado pelo Alverca através duma marcação feroz permitida pelo árbitro e dum futebol directo para os avançados que foi pondo a nu as deficiências defensivas da nossa equipa no eixo central. Enquanto isso os nossos avançados, que se agarravam demasiado à bola, eram invariavelmente encurralados e desarmados junto as linhas laterais. Nos 90 minutos rematámos uma vez com perigo, um grande remate de longe do Menino esbarrou no poste mais distante.
No final Filipe Çellikaya veio falar em "aprendizagem muito dura" e queixar-se com razão do jogo duro permitido pelo árbitro, que permitiu já para o final entradas no limite do vermelho como a que terá lesionado o Barroso.
Mas de que aprendizagem é que o nosso técnico está a falar?
Obviamente que jogadores com a idade e o físico dos nossos terão sempre dificuldade em competir numa Liga 3 com adversários mais velhos, mais pesados e com árbitros sem contemplações para os mais fracos fisicamente. Para subir de divisão a equipa teria de contar com dois ou três reforços vindos da A, altos e fortes, como o Neto, o Essugo e o Paulinho por exemplo, e mesmo assim não seria nada fácil.
Mas partindo do princípio que a subida de divisão não é essencial para a estratégia do Sporting, e a Liga 3 é o palco de evolução indicado para jogadores de 18-21 anos, a grande questão é outra:
Porque é que não joga a equipa B no mesmo modelo de jogo da principal? Porque é que Marco Cruz e Diogo Abreu não jogam lado a lado como médios-centro, com Menino como alternativa a um deles, e entra mais um defesa central para permitir que Barroso e Bondo (jogadores baixos e rápidos) tenham outra presença nas alas e aproximação a Mamede e Moreira?
Não é preciso ter um curso de treinador para perceber que o Chico Lamba é dado ao disparate e desestabiliza qualquer um que jogue ao lado, que apenas três jogadores altos na equipa é muito pouco, que Marco Cruz defende melhor que Diogo Abreu, ainda mais vindo de paragem, é canhoto e foi jogar como médio direito.
Era essa a questão que gostava que Çellikaya ou Rúben Amorim respondessem.
Já agora outra: porque é que quem joga melhor na B não vai à A, e quem vem da A joga tão mal na B? No caso refiro-me ao Afonso Moreira, ao Rodrigo Ribeiro e ao Chico Lamba.
Isto começou por ser um PS no post abaixo, por alguma razão a alteração não entrou, fica num post autónomo porque acho que merece a pena.
O Sporting B ganhou hoje ao Atlético por 2-1 em Alcochete e ascendeu ao 1.º lugar da série sul da Liga 3.
O melhor em campo foi um médio, jogou a médio centro, patrão da equipa, defendeu e atacou, marcou o golo da vitória num remate de meia distância.
Tem 20 anos, 1,86m, fisicamente está mais próximo do Essugo do que do Bragança, na idade do Essugo, cada um tem imenso valor e pode ser utilizado nas posições e tempos melhores para cada um.
Se faltam médios no plantel, se Mateus Fernandes e Samuel Justo estão a rodar, se Tanlongo e Sotiris foram descartados, se calhar está aqui alguém em quem apostar.
Mais um fim de semana de muitos jogos em Alcochete e fora dele. O posicionamento das diferentes equipas de futebol masculino do Sporting é o seguinte:
Sub15 - 1º da Zona B
Sub17 - 1º da Zona Sul
Sub19 - 2º da Zona Sul atrás do Benfica
Sub23 / C - 2º do Grupo B atrás do Estoril Praia
B - 5º do Grupo B da 3ª Liga a 4 pts do 1º Sp.Covilhã
A - 2º da 1ª Liga com os mesmos pontos do 1º Benfica
Agora apenas sobre a equipa B, no sábado tivemos um empate em casa por 2-2 frente ao líder Sp. Covilhã, tendo o Sporting B alinhado com:
Diego Callai (19); Leonardo Barroso (18), Miguel Alves (17), João Muniz (18) e Pedro Bondo (18); Diogo Abreu (20), Marco Cruz (19) e Miguel Menino (20); Tiago Ferreira (21), Rodrigo Ribeiro (18) e Mauro Couto (17).
Suplentes utilizados: David Monteiro (19), Alexandre Brito (18), Manuel Mendonça (18), Rafael Nel (18) e Vando Félix (21).
Não utilizados: Francisco Silva (17), Diogo Cabral (20), Rodrigo Marquês (20) e Lucas Taibo (16). Treinador: Filipe Celikkaya Marcaram: Rodrigo Ribeiro e Tiago Ferreira.
Dos convocados pontualmente para a A não alinharam (lesões ?, empréstimos à vista ?, opções ?), Diogo Travassos (19), Gonçalo Esteves (19), Afonso Moreira (18), Dário Essugo (18) e (este da C) Geovany Quenda (16)
Média de idades dos que jogaram: 18,7 anos.
Não consegui ver o jogo, apenas o resumo, 2 golos de bola corrida de belo efeito por parte do Sporting, 2 golos de bola parada da equipa visitante onde a experiência dum lado e doutra foi fundamental. A média de idades dos "leões da serra" se calhar era de mais 10 anos do que a nossa.
Concluindo, o panorama global do futebol do Sporting neste momento é este, equipas jovens e "enxutas" que lutam pelos objectivos sem inflaccionar orçamentos. No meu entender, este é o rumo correcto, focado no jogador e não no título da categoria, mas está a precisar dum pouquinho mais para conduzir as diferentes equipas ao sucesso.
Mais o quê?
1. Mais tempo, porque a qualidade que existe em Alcochete ainda está muito "verde" para se conseguir impor na equipa A. Não conseguimos encontrar aqui alguém que esteja num nível competitivo que lhe permitisse lutar pela titularidade ou até ser um suplente fiável.
2. Mais investimento no plantel principal, porque partindo do princípio que vamos ter ainda um par de anos até que estes se consigam impor, passar destes 19 anos de média para 21, então a equipa A tem de ser reforçada no imediato a partir do mercado, e Gyökeres, Hjulmand e Fresneda (este, com 19 anos, já mostrou sofrer do mesmo problema) não chegam para os objectivos da época. E não foi preciso ir ao dérbi da Luz para ter chegado a essa conclusão.
Enquanto aguardava o início do andebol, enorme jogo do Sporting no João Rocha frente à quarta equipa portuguesa que terminou numa "goleada" de 35-18, e do futebol no São Luís, tive a oportunidade de ver o Sporting B-Caldas que terminou num inglório 1-3. Por estranho que pareça, e até ao jogo do Sp. Covilhã, a nossa equipa mesmo com três derrotas segue no primeiro lugar da série, prova do equilíbrio existente.
Foi realmente uma exibição paupérrima, marcada por erros individuais clamorosos, e que coloca muitas questões que gostaria de ver esclarecidas:
1. Quem é que vê no Chico Lamba condições para se impor como profissional do Sporting na linha defensiva? Quantos jogos já comprometeu? Os melhores centrais da época passada, como Alcantar e Veiga, saíram, o Gilberto saiu também, o Muniz está lesionado, o Miguel Alves também nada ajudou, escorregou e ofereceu o primeiro golo, o Chico ainda fez qualquer coisa na área contrária (um golo anulado, uma bicicleta na trave) mas a defender esteve mais uma vez péssimo. A forma como o Pedro Bondo, um miúdo angolano com nervo e que pode ir longe, olhou para ele depois de mais um golo adversário disse tudo.
2. Porque vieram Gonçalo Esteves, Diogo Abreu e Marco Cruz do Porto, se andam por ali meio desmotivados (Gonçalo), falhos de preparação física (Diogo) ou jogam só nos minutos finais (Marco)? Se é para isto, ficavam lá muito bem. Percebe-se o potencial que qualquer um deles tem, o Diogo Abreu poderia até, com outro andamento, ser já titular da equipa A, mas andam por ali meio perdidos. Que se passa?
3. Porque é que jogadores como o Tiago Ferreira, o Rodrigo Ribeiro, o Vando Félix, o Rafael Nel, quase todos os avançados, com excepção do Diogo Cabral, são incapazes de jogar rápido, ao primeiro toque, perdendo quase sempre a bola a seguir pela chegada dos adversários? Pensam que estão nos sub23 a jogar com putos da idade deles?
Algumas destas questões são da responsabilidade do treinador, outras dos jogadores, outras da própria gestão dos plantéis por parte da estrutura e das escolhas de Rúben Amorim, mas assim não vamos a lado nenhum.
Um enorme desperdício de talento por incapacidade de gestão? Ou apenas um dia mesmo negro desta equipa e deste treinador?
Começou a Liga 3 e o campeonato de sub23. O Sporting mantém as lideranças técnicas, o modelo de jogo e a lógica de funciomento, no caso, fazer evoluir os melhores juvenis/juniores da formação em contextos competitivos exigentes, muito acima daqueles do seu escalão etário e no caso da B a defrontar jogadores bastante mais velhos. Alguns bem mais de 10 anos.
A rotação de jogadores mantém-se tornando difícil a afinação do onze e a qualidade de jogo da equipa.
O Sporting B começou com uma vitória em casa por 1-0 frente ao Amora, a que se seguiu uma derrota fora de casa com o Sp.Covilhã por 0-3.
As equipas utilizadas foram as seguintes:
Sporting B, 1 - Amora, 0
Diego Callai; Leonardo Barroso, Miguel Alves, Lucas Taibo, David Monteiro; Alexandre Brito, Miguel Menino (Marco Cruz) e Manuel Mendonça (Samuel Justo); Vando Félix (Diogo Cabral), Tiago Ferreira (C) (Rodrigo Marquês) e Rafael Nel (1) (Lucas Anjos).
Sp. Covilhã, 3 - Sporting B, 0
Diogo Pinto; Leonardo Barroso (Diogo Cabral), Miguel Alves, Muniz (Lucas Taibo), David Monteiro; Alexandre Brito (Chico Lamba), Miguel Menino e Manuel Mendonça (Samuel Justo); Vando Félix, Tiago Ferreira (C) e Rodrigo Ribeiro (Rafael Nel).
Vi o primeiro jogo. Boa exibição marcada pelo desperdício de golos, vitória mais que justa. Não consegui ver este último. Do que ouvi, a equipa entrou mal, sofreu o primeiro golo cedo, Leonardo Barroso cometeu um penálti escusado logo depois, valeu Diogo Pinto para que o resultado ficasse pelos 3-0.
Que dizer de tudo isto?
A Liga 3 não está nada fácil, basta recordar os jogos para a Taça de equipas deste escalão com os três grandes. Estamos a utilizar uma equipa com uma média de idades de 18 anos e pouco, com muitos juniores e até juvenis, o que desde logo acaba com qualquer ambição de subida de divisão.
Essa média de idades explica-se por alguns dos melhores jogadores que alinharam na B na época passada e agora aguardam colocação, como Veiga, Nazinho, Gonçalo Esteves, Fatawu, Tanlongo, e também por Diogo Abreu, Essugo, Mateus Fernandes e Afonso Moreira não terem sido utilizados e outros terem sido dispensados.
Sendo assim, esta equipa para já é nitidamente mais fraca do que a do ano passado. Mesmo esperando uma grande evolução durante a temporada, quando muito conquistaremos a custo a manutenção. Mais que isso é ficção.
Será esta a melhor solução para a equipa B ou haveria outra melhor que não fosse voltarmos aos Sackos, Dramés e Gazelas do tempo do Inácio?
O Sporting de Rúben Amorim começou da melhor forma a nova época numa jornada dupla com E. Amadora de manhã e Marítimo pela tarde, duas equipas distintas em campo e duas vitórias no final, 4-1 com "hat-trick" de Chermiti de manhã, 3-0 com um "bis" de Trincão à tarde.
Pelas minhas contas estiveram em campo 25 jogadores, 14 da formação de Alcochete. Como dois guarda-redes são estrangeiros contratados não daria para formar um onze com os não-formados em Alcochete. Eu que sempre defendi a existência duma quota mínima da formação no plantel principal não me recordo duma situação assim, nem no tempo do Paulo Bento.
Por exemplo, na época da "mão de Ronny", 2006-2007, o plantel contava apenas 9 em 26: Rui Patrício, Miguel Garcia, Caneira, Carlos Martins, Nani, Miguel Veloso, João Moutinho, Pereirinha e Djaló. Ninguém mais, mesmo tendo o Sporting sido campeão de juvenis e juniores dois anos antes.
O que demonstra bem a falta de noção de algumas críticas dirigidas a Rúben Amorim no que à formação diz respeito, que misturam ignorância com a forte vontade de o ver pelas costas, julgando que com ele vai o presidente, o que está tudo menos provado.
Será esta a situação ideal em termos de composição do plantel? Penso que não, faltam mais dois ou três reforços de peso no plantel (e para isso é preciso investir), dois ou três dos 14 deveriam ser libertados para ficarmos enfim com um plantel equilibrado e competitivo. Mas é uma boa base de trabalho para identificar as reais necessidades e comprar cirurgicamente.
O Sporting B de Filipe Çelikkaya começou também a época. O único reforço conhecido é o angolano Pedro Bondo, de 18 anos. Média de idades ainda mais baixa no que no ano passado, quase todos com 19-20 anos, o único com mais é o Tiago Ferreira, por enquanto integrado no plantel principal e que alinhou ontem. Claro que desta forma, com um plantel bem mais novo do que os das equipas B dos rivais e sem quase reforços externos, será difícil que a subida de divisão se concretize, mas a ideia não é essa, é a de formar jogadores para a equipa A e/ou para o mercado internacional.
Os sub23 de João Pereira também já começaram os trabalhos. Mais um espaço de competição e de evolução para os melhores juvenis e juniores.
Em qualquer escola ou universidade, e na formação de jogadores profissionais, a estabilidade do corpo docente/técnico é essencial. E com ela o trabalho de equipa entre as diferentes equipas e escalões, de forma aos jogadores se sentirem sempre controlados e dentro dum percurso que os pode conduzir ao sucesso.
Na formação o objectivo principal é produzir jogadores de qualidade, os títulos ganhos são secundários e não podem acontecer em desfavor da evolução dos jovens. Tomaz Morais veio com Frederico Varandas para definir e implementar um projecto centrado no jogador, reconhecido internacionalmente, essencial para o futuro de Alcochete e do futebol do Sporting.
A equipa B do Sporting tem tido um papel essencialmente de filtragem dos melhores jovens à volta dos 18 anos na competição com equipas mais velhas e batidas nos campeonatos secundários. E também para dar competição aos jovens que treinam e pontualmente jogam na A. Com isso os onzes raramente se repetem, a qualidade do jogo ressente-se e os resultados não permitem sair do terceiro escalão do futebol português.
Como treinador da equipa B Filipe Çelikkaya tem gerido da melhor forma possível essa situação e este ano com a Youth League teve uma oportunidade de ganhar um título europeu, perdendo apenas nos penáltis com a equipa vencedora.
Abel Ferreira foi treinador da equipa B do Sporting no primeiro ano de Bruno de Carvalho, tendo sido despedido no dia da apresentação da época seguinte. Se viesse agora do Palmeiras para treinar neste contexto a nossa equipa B se calhar não faria muito melhor.
Por isso acho muito bem que o Filipe, um homem calmo e sensato, ao que dizem amigo de Rúben Amorim, continue à frente desta equipa pelo 4.º ano consecutivo.
Agora que vários escalões já acabaram a época e estamos quase no final dos restantes, vamos fazer outro ponto de situação.
Fazendo um balanço muito rápido, estamos na iminência de um ano com zero títulos nacionais nas camadas jovens.
Youth League
Perdemos na meias-finais, no desempate por grandes penalidades, com o AZ Alkmaar, a equipa que acabaria por vencer a competição, ganhando na final ao Hadjuk Split por 5-0. Fica a sensação que, tendo passado na lotaria dos penalties, os croatas estariam ao nosso alcance.
Ainda assim foi uma prestação bastante positiva e a única de realce nas camadas jovens.
Equipa B
A competição acabou, tendo a equipa obtido o 1º lugar no grupo 2 de manutenção
Apesar de termos partido para esta fase como a equipa com mais pontos do grupo, fruto da performance na fase regular, tivemos de chegar ao último jogo para garantir a manutenção, obtida por uma vitória pela margem mínima (2-1) frente ao Real SC, com um grande golo de Fatawu.
Um época muito má. Foi referida a ambição de subir à 2.ª Liga mas quase se desceu ao Campeonato de Portugal.
Sub-23
A competição acabou, ficando o Sporting em 4.º lugar no grupo dos que não foram apurados para disputir o campeonato.
O campeão foi o Estrela da Amadora.
Das 14 equipas que ainda disputam este escalão, o Sporting foi a 5ª pior.
Faltam disputar duas jornadas, estando o Sporting praticamente arredado do título, com 3 clubes à sua frente.
A estocada final ocorreu no passado sábado, com uma derrota por 2-1 com o Porto, numa derrota muito à Sporting: depois de conseguir o empate aos 76 minutos, a equipa estava a ir atrás do segundo golo, quando entra Henrique Arreiol aos 86 minutos, que consegue ser expulso por ver um amarelo aos 91 minutos e logo outro aos 92, ambos justos. Três minutos depois, aos 95, o Porto faz o golo da vitória.
Quando faltam três jornadas o Sporting está em 4.º lugar, com um jogo a menos que os adversários. Ganhando esse jogo em atraso fica em 2.º, a 6 pontos do Benfica.
Os jogos que faltam são com Estoril, Sp. Espinho, Torreense e Sp. Braga.
Resta ganhar os seus jogos e esperar que o Benfica perca 2 dos 3 jogos que lhe faltam, o que à partida é pouco provável, no entanto esses jogos são com Porto, Braga e Vitória SC.
É a competição que está mais atrasada, já que ainda faltam 6 jornadas, mas o nosso destino já está mais ou menos traçado. Estamos em 3.º lugar a 10 pontos do 1.º, o Benfica, mas se calhar temos é de ter atenção aos que estão atrás de nós, pois estamos apenas 3 pontos acima do 7.º classificado.
Um golaço de Fatawu, daqueles que merecem ser vistos e revistos, garantiu ontem a permanência do Sporting B na Liga 3.
Confirma-se a sábia decisão da SAD leonina de contratar o jovem avançado, já internacional pelo Gana, ainda antes de ter participado no Mundial do Catar. Aposta firme para a época que vai seguir-se, mas na equipa principal. Obviamente.
Gazela foi uma das mais promissoras contratações, de sempre, do Sporting Clube de Portugal.
Jogou cerca de 20 minutos pela equipa B, vou deixar aqui a ficha desse jogo que tem algumas curiosidades.
O árbitro Fábio Veríssimo, a participação de Bruno Carvalho no jogo e dois jogadores do Farense que não saíram do banco mas têm estado em grande destaque nas notícias: São Bento e Marcelo.
Essa equipa B do Sporting tinha jogadores como Gelson Fernandes, José Postiga e Ryan, para não falar de Palhinha, Iuri Medeiros e Podence.
O talento Gazela joga agora no Benfica (de Castelo Branco).
É uma frase atríbuída a Luís Duque, na altura um presidente da SAD diferente do presidente do clube em vez do que acontece actualmente, para dar conta da sua insatisfação perante o que encontrou no plantel, muito devido às mudanças sucessivas de treinador, de entendimento sobre o tipo de jogadores necessário e dos fracassos nos jogos e nas épocas. Um conjunto de entulho que importava despachar, e ir contratar craques ou pseudo-craques fosse onde fosse.
Bom, se fosse eu amanhã na SAD em vez de Hugo Viana a última coisa que diria era isso. Para mim não existe entulho no actual plantel do Sporting como existiu em anos recentes. Todos os jogadores "feitos" tiveram minutos e mostraram as suas capacidades e a sua utilidade. Depois temos um conjunto de jogadores "a fazer-se", de grande potencial mas ainda de inferior desempenho, o futuro dirá da sua evolução.
O que falta no futebol de Sporting e que terá de ser devidamente acautelado na definição do plantel da próxima época é o equilíbrio interno e o peso na balança. Imaginem uma balança com dois pratos, dum lado com os objectivos da época, conquista da Liga, acesso à Champions, conquista das Taças, a força da concorrência, e do outro Rúben Amorim e o seu plantel. Com certeza não será com a equipa B reforçada com Adán, Coates, Neto, Esgaio e Paulinho que teremos a balança nivelada.
Saindo ou não Ugarte, saindo ou não Edwards, saindo ou não um ou outro, é preciso fazer um exercício sério de definição de dois jogadores de valor tanto quanto possível idêntico por posição, com jovens "sombra" para evoluir na retaguarda, e também de definição de um valor mínimo de peso e altura do plantel.
Para este novo Sporting de Amorim, e sem ele voltaríamos para trás vários anos, jogadores do tipo de Diomande, de Essugo, de Tanlongo ou de Chermiti são fundamentais: altos, fortes, massacrantes para os adversários. Poderão dizer que ainda não conseguem ser nada disso, mas a ideia está lá, o físico e a idade também, e os anos de carreira farão o resto de acordo com as capacidades de cada um.
Vamos então imaginar que Ugarte e Edwards sairiam mesmo.
Na baliza, Adán, Israel e Callai garantiriam a época, com uma rotação maior do que a deste ano.
Na defesa, Arthur, St.Juste, Diomande, Neto, Coates, Inácio, Matheus Reis, Nuno Santos também, com Marsà e Muniz na retaguarda. Se calhar St.Juste é melhor ala direito do que defesa central pela direita. Arthur precisa de rotinas na posição.
Na linha média, um 6 tipo Musrati a contratar, um 8 tipo Matheus Nunes a contratar, Tanlongo e Morita, com Essugo e Diogo Abreu na retaguarda.
Nos interiores, um craque como Sarabia a contratar, que garanta golos e assistências, um bulldozer tipo Marega a contratar, Pedro Gonçalves, Fatawu e Tiago Tomás, com Afonso Moreira e Diogo Cabral na retaguarda.
Nos pontas de lança, um 9 tipo Bas Dost a contratar, Paulinho e Chermiti, com Rodrigo Ribeiro na retaguarda.
Fora desta lista ficam Bellerín, Esgaio, Daniel Bragança, Mateus Fernandes, Nazinho, Chico Lamba, Gonçalo Esteves, Jovane, Rochinha, Trincão, Sotiris, Quaresma, Rafael Veiga e Catamo. Jogadores que já alinharam pela A ou andaram perto. Gosto de todos e é mesmo difícil dizer mal de jogadores nados e criados em Alcochete. Mas uns precisam de "estrada", outros passaram ao lado da sorte, alguns falhos de intensidade competitiva, outros sempre a tentar fazer a festa sozinhos. Não vejo em nenhum deles, no momento, para o futuro próximo do Sporting.
Poderão dizer: Amorim gosta duns e não gosta doutros. Mas a verdade é que alguns de quem ele gosta não conseguem desempenho, pelo menos constante, e alguns que conseguem desempenho não se percebe porque não gosta.
Talvez o que esteja a faltar seja alguém ao lado dele mais velho e experiente e que faça de advogado do diabo. Recordo-me de que o adjunto de Paulo Bento foi Carlos Pereira, o pendular defesa-esquerdo da magnífica equipa de Mário Lino que conquistou a dobradinha no ano da revolução de Abril, e não por acaso irmão do mestre Aurélio Pereira.
Mas não é agora que isso vai acontecer.
Outra questão é a equipa B. Se calhar faria sentido acabar pura e simplesmente com a equipa de sub23, criada por uma decisão infeliz do ex-presidente a reboque do seu amigo Proença. O Porto nunca a teve, o V.Guimarães acabou agora com ela.
É também preciso garantir para a B um plantel fixo e um modelo de jogo idêntico à da primeira equipa. Desta forma não seria difícil lutar pela subida à 2.ª Liga em vez de andarmos a lutar pela manutenção na 3.ª.
Depois duma boa recta final da fase regular, ficou a 1 ponto de poder disputar a fase de subida da 3ª Liga.
Neste momento está a disputar a manutenção num grupo de 4 equipas, com Oliveira do Hospital, Vitória FC e Real SC. Partiu com 8 pontos, fruto do 5º lugar na fase regular.
Na 1ª jornada, única até agora, empatou 1-1 em Setúbal, tendo sofrido o golo do empate aos 93 minutos( o enésimo jogo em que esta equipa sofre golos nos descontos).
Classificação actual( os 2 primeiros permanecem na 3ª Liga, os 2 últimos descem ao Campeonato de Portugal):
Ficou em 7º lugar da sua Série, que corresponde ao último lugar, falhando por completo o acesso à Fase de Apuramento de Campeão.
Como não desce ninguém, está a disputar com os outros clubes que não passaram uma liga que dá apuramento para a Taça Revelação aos 2 primeiros classificados.
Está neste momento em 4º ao fim de 10 jornadas, de um total de 14 jornadas.
Nem vou colocar a classificação porque esta fase é pouco mais do que jogos-treino para as equipas não estarem paradas.
Sub-19 (Juniores)
Está a disputar o campeonato, embora as coisas não estejam a correr muito bem.
À 6ª jornada, de um total de 14, está na 6ª posição a 7 pontos do 1º classificado, o supreendente Famalicão.
No entanto, já jogou com Braga, Benfica e Famalicão fora de casa, pelo que a 2ª volta é mais favorável, e haverá um Benfica-Famalicão na próxima jornada.
Está a disputar o campeonato, estando neste momento em 2º lugar, a 3 pontos do 1º, o Benfica, quando faltam 8 jornadas de um total de 18..
Se conseguir superar o Porto(fora) e o Benfica(casa), na 12ª e 13ª jornadas, fica com as portas do título escancaradas, já que os 5 últimos adversários são mais acessíveis.
Coloquei esta equipa à parte, porque o escalão da mesma é difícil de catalogar, o treinador é o dos Juniores, mas os atletas que têm jogado são um misto da Equipa A, B, sub-23 e Juniores.
Tem tido um excelente desempenho e está nas Meias-Finais da competição.
Eliminámos o Ajax nos Oitavos, o Liverpool nos Quartos e vamos defrontar o AZ Alkmaar na Meia-Final, no dia 21 de Abril, jogo único em nossa casa.
A nossa equipa B derrotou ontem o Moncarapachense em Olhão por 3-2, vingando a derrota por iguais números registada na 1.ª volta em Alcochete.
Mais uma vez entrou em campo sem metade dos titulares, requisitados por Rúben Amorim para a equipa A. Foi um jogo de muita luta a meio campo e em que o estado do relvado em nada ajudou. Destacaram-se o defesa central canhoto Alcantar e o trinco Renato Veiga, além de Rodrigo Ribeiro, que resolveu o jogo aos 90 minutos com um golo de cabeça "à Fernando Gomes". Mateus Fernandes, em visita à sua terra, não esteve feliz no jogo, inclusivamente falhando um penalti.
Com esta vitória o Sporting B ocupa o 4.º lugar na série B.
Cada vez estou mais convencido que este é o escalão certo para a nossa equipa B, onde pode competir com alguns dos melhores juniores e juvenis e dar-lhes um traquejo impossível de atingir nas competições do seu escalão etário.
Claro que as "burrices" vão acontecendo: expulsões de jogadores acabados de entrar por faltas evitáveis, ofertas de golos aos adversários, lances de golo desperdiçados pelo egoismo, desconcentrações, escaramuças com jogadores "batidos" no assunto, reclamações estéreis com os árbitros, etc.
Já agora é preciso dizer que a qualidade dos árbitros que têm surgido nos nossos jogos é incomparavelmente superior às das temporadas passadas em escalões idênticos. Muito menos invenções de faltas e penaltis e protecção do anti-jogo, acompanhamento da TV através do canal 11 de várias partidas em simultâneo, enfim, uma Liga que arrancou muito bem.
Competir na Liga 2 já obrigaria a contratar jogadores para o efeito que nunca chegarão aos plantéis principais, como aconteceu no Sporting no passado e como o fazem Benfica e Porto actualmente, e uma despesa incomparavelmente superior com a equipa.
Importaria agora ter uma equipa próxima da 2.ª Liga a quem emprestar um ou outro mais evoluído mas com o lugar tapado na equipa A, como Renato Veiga ou Mateus Fernandes, para serem titulares e crescerem a jogar e não aquecerem o banco, como infelizmente tem acontecido com os nossos mais recentes empréstimos.
Há dias tinha aqui dado nota da renovação do Sporting com quatro dos jovens da equipa B mais "made in Alcochete", da transformação completa que sofreu a nossa equipa B duma época para a outra, e de que, na minha opinião, esta equipa supera a de 2012/13 que contava com João Mário, Esgaio, Bruma e Dier, entre outros.
Poderão dizer que a Liga 3 deixa muito a desejar, mas se calhar é mais complicado competir ali do que na Liga 2, recheada que está de equipas experientes e matreiras, sempre a jogar muito fechadas e a tentar explorar o erro do adversário, como o Varzim e o Caldas bem demonstraram nos jogos da Taça de Portugal frente a Sporting e Benfica.
Ontem, apesar de desfalcada de habituais titulares como Marsà, Essugo, Mateus Fernandes e Fatawu, conquistou uma vitória no campo do mesmo Caldas e está, conjuntamente com mais duas equipas, no 4.º lugar da série B da 3.ª Liga.
A equipa B jogou com:
Diego Callai (18); Diogo Travassos (18), Gilberto Batista (18), Alcantar (19) eNazinho (19); Renato Veiga (19), Diogo Abreu (19)/Marco Cruz (18) e Samuel Justo (18)/Miguel Menino(19); Joelson Fernandes (19)/Vando Felix (19), Rodrigo Ribeiro (17) e Diogo Cabral(20) /Afonso Moreira (17)
O melhor em campo foi Diego Callai com uma exibição fenomena. Rodrigo Ribeiro demonstrou ser um ponta de lança com sentido de baliza, marcando dois golos de oportunidade. Piores estiveram os dois extremos titulares, que se perderam em iniciativas individuais condenadas ao insucesso.
Gosto muito do Diogo Abreu. Falso lento, patrão do meio-campo, com físico para a função, percorre o campo, faz passes a rasgar a defesa, marca bem livres e cantos, precisa apenas de conseguir aguentar os 90 minutos no mesmo ritmo para chegar a outros patamares de rendimento.
O próximo jogo serve de fecho da 1.ª volta. É com o lider da série, o Amora, em Alcochete no sábado que vem. Vale a pena ver.
Para que seja viável um plantel curto na equipa principal é indispensável dispor duma retaguarda de jovens de grande potencial, capazes de substituir com sucesso os mais velhos em momentos de aperto e explodir de rendimento durante a temporada.
Ora, se na época passada essa retaguarda deixava muito a desejar. Bastava olhar para a falta de qualidade da equipa B. Esta época, com a dispensa de muitos, a promoção dos melhores juvenis e juniores e a contratação de alguns estrangeiros de grande qualidade, tudo é diferente.
Mas a verdade é que nesta meia temporada nenhum dos jovens que entrou em campo na equipa principal, e estamos a falar de jogadores que se treinam regularmente nessa equipa embora jogando muitas vezes pela B, se fixou na mesma, antes foram aparições esporádicas e muitas vezes mal conseguidas.
Então como explicar isso?
Em primeiro lugar gostava de saber se os lançamentos na equipa A têm alguma coisa a ver com recompensas pela assinatura do contrato "de adulto", resistindo a promover quem ainda não o assinou por não ter a idade necessária ou resistir à assinatura. Porque é que o Chico Lamba, que nem é opção na B, foi lançado contra o Casa Pia ou o Mateus Fernandes contra o Tottenham?
Em segundo, não consigo entender porque é que a B joga num sistema táctico diferente da A. Só conseguiria entender se Amorim estivesse de saída do Sporting ou estiver nos seus planos voltar aos quatro defesas.
O onze habitual da equipa B, que tem feito boa campanha na complicada 3.ª Liga e é a base da equipa que ficou em primeiro lugar no seu grupo na Youth League e também da selecção portuguesa de sub20, é o seguinte:
Callai; Travassos, Marsà (Gilberto), Alcantar (Veiga) e Nazinho (Marsà); Essugo (Veiga), Diogo Abreu e Mateus Fernandes; Fatawu, Rodrigo Ribeiro e A. Moreira (D. Cabral).
Então é fácil ver que nenhum dos jovens da B foi lançado na A na posição em que joga habitualmente. Então os casos de Marsà e Mateus Fernandes são flagrantes.
Falando de Mateus Fernandes, para mim é outro que, tal como Daniel Bragança, nunca será titular neste sistema táctico de Amorim. Se a equipa B jogasse nesse sistema, o onze titular teria provavelmente Essugo e Diogo Abreu no meio-campo, os mais parecidos que existem com Ugarte e Morita. E ainda lá está o Marco Cruz nos sub23. Claro que em 4-3-3 ou 3-5-2 já existe espaço para um médio ofensivo "levezinho" como os dois que referi.
Ainda sobre esta questão do 4-3-3 vs 3-4-3, as duas últimas contratações, Tanlongo e Sotiris, parecem "clones" do Palhinha e do Matheus Nunes, ajustam-se ao 3-4-3 que Amorim tem utilizado.
O caso de Fatawu também é curioso. Na pré-temporada foi testado a ala esquerdo e para mim estava ali de caras o titular. Mas não, voltou a jogar como extremo direito de pé trocado. Aí concorre com Trincão e Edwards pela titularidade, ou seja, não tem grandes hipóteses. Isso deveu-se a Amorim não lhe querer quebrar as rotinas da selecção para ele poder render o máximo no Catar?
Concluindo, por uma razão ou por outra a verdade é que a tal retaguarda de jovens não tem funcionado nada bem nesta meia-temporada, fico a aguardar a próxima Taça da Liga para rever este meu pensamento.
SL
{ Blogue fundado em 2012. }
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