Com a saída de Luiz Phellype para o Japão (empréstimo com opção obrigatória ao FC Tokyo) e de Renan para a Arábia Saudita (onde passou a integrar o plantel do Al-Ahli), a SAD leonina continua sem solucionar o futuro de oito jogadores que mantém sob contrato.
Interessam-me sobretudo os avançados. Neste caso, há quatro: Slimani, Jovane, Sporar e Pedro Mendes.
Como é sabido, o argelino está riscado desde Abril por Rúben Amorim e o caboverdiano deixou de fazer parte dos planos da equipa técnica a partir do momento em que terá recusado renovar o seu vínculo contratual. Mas o português (que volta de um empréstimo ao Rio Ave após 10 golos em 43 jogos na Liga 2) e o esloveno (que também regressa a Alvalade após empréstimo ao Middlesbrough, da segunda divisão inglesa, onde marcou oito golos em 37 partidas) poderão ainda ser recuperados para a nova temporada com a missão específica de a meterem lá dentro?
Partilho esta interrogação convosco. Talvez seja útil reflectirmos sobre o tema.
P. S. - Os outros quatro jogadores com destino incerto são Battaglia, Eduardo Henrique, Eduardo Quaresma e Idrissa Doumbia.
O esloveno Sporar veio trabalhar para Portugal. Durante um ano esteve na empresa SCP. Depois foi trabalhar para a empresa SCB. Presumo que naquele primeiro ano terá construído relações de companheirismo, talvez até de amizade, com os seus colegas - algo até potenciado pela sociabilidade típica da sua actividade, desporto colectivo em equipa de topo, envolvendo jovens em constantes estágios e deslocações. Ao fim deste ano e meio os seus colegas iniciais aprestam-se a uma conquista rara e muito desejada. Na qual ele participou. Isso não só lhe trará a satisfação de ver os seus pretéritos companheiros bem-sucedidos como lhe dará a ele próprio recompensas: estatutárias (tem a possibilidade de se tornar campeão). E porventura até económicas, pois admito a hipótese de ainda receber o prémio devido se tal conquista acontecer. Mais, esse hipotético sucesso da empresa SCP, com a qual Sporar ainda tem contrato laboral, nada prejudica o seu actual empregador.
Dito tudo isto: numa rede social Sporar saúda um seu ex-colega que celebra um triunfo. E o patronato multa-o! Pode-se dizer que estes rapazes ganham muito, pode-se aventar que a multa até será simbólica, pouco relevante para as quantias que um futebolista internacional recebe. Mas isso não é o relevante. Pois isto é inacreditável. Estamos em 2021 e um homem é multado porque saúda a alegria dos colegas e o resultado do que foi também o seu trabalho. Portugal 2021. E o pessoal encolhe os ombros...
Sporar, emprestado pelo Sporting ao Braga, fez um comentário positivo a uma publicação de Feddal nas redes sociais. Acabou multado pelo seu atual empregador. Já dizia o filósofo: "o fair-play é uma treta".
Paulinho foi um óptimo negócio. O comunicado do [António] Salvador é para lançar areia nos olhos dos sócios do Braga e descrédito da direcção do Sporting junto de brunistas encapotados. As transferências [de jogadores] têm sempre IVA, só nesta é que [isso] foi expressamente falado.
O Paulinho é o melhor marcador do Braga e internacional português. Poderoso na grande área. Habituado ao nosso campeonato. Por este preço arranjavam melhor ou viria um Sporar 2? Vem para o clube que o Braga diz ser o seu maior rival e que nem lhe pagou o treinador. Ui, se fosse ao contrário!
O Sporar, que todos injuriavam, agora já é do outro mundo. E que seja no Braga para tirar pontos a Porto e Benfica. Contra nós não pode jogar.
Pagamos-lhe o ordenado sim, por seis meses. Se cá ficasse não jogava e pagávamos também. Se gostarem dele pagam 7,5 milhões e o ordenado todo. É mau?
O Borja, sempre que entrava afundava. Agora é óptimo. A diferença de ordenados não será muita e só por 2,5 anos que é o que falta ao seu contrato original com o Sporting. Depois é tudo Braga.
Se cá ficasse seria bem mais caro e duvido que alguém desse 3 milhões pelo homem.
Temos Camacho e os Pedros [Mendes e Marques] a rodar na primeira liga aqui pertinho do nosso olhar.
Estamos em primeiro, destacadissimos.
Já ganhámos a Taça da Liga.
E as bruníssimas almas ainda refilam...
Esta gente não existe realmente. São nicks do Vieira, que a cozer o covid vem meter veneno na internet, ou do pinto calçudo, que entre uns saltos a sites de brasileiras aproveita para lançar a cizânia entre os leões.
Não passarão.
Texto do leitor Gonçalo Ferreira, publicado originalmente aqui.
O Sporting conquistou ontem mais uma vitória e, mesmo com arbitragens tendenciosas, chega ao Natal muito justamente como líder destacado da 1.ª Liga. Há quantos anos isso não acontecia? Aproveitemos.
Mas o jogo de ontem deixou muito a desejar, a equipa de alguma forma regrediu relativamente ao que vinha a mostrar, mesmo com um adversário com a lição bem estudada e um árbitro que foi pactuando com o teatro constante dos jogadores do adversário.
Neste modelo de Amorim os alas estão bem adiantados e a bola tem de entrar rápido no ala oposto, de forma a dar-lhe espaço e tempo para a melhor decisão. Ontem parecia que a bola era "entregue ao domicílio", e quando lá chegava já toda a equipa adversária estava posicionada, dali nada poderia sair. O losango central - João Mário, Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Tiago Tomás - é todo ele muito igual, baixinho e levezinho, e não pode mesmo jogar a gasóleo. Tem de acelerar para desequilibrar.
Por outro lado, jogar sem ponta de lança implica que quem vai centrar tenha de decidir no momento para quem e para onde. Ou que nem centre mesmo e jogue para trás.
Pois ontem na 1.ª parte o Sporting atacou mal e defendeu pior, podia muito bem ter saído para o intervalo em desvantagem, felizmente Ryan Gauld (porque não trazê-lo de volta ?) falhou dois golos cantados.
A 2.ª parte já foi bem diferente, o cansaço dos jogadores do Farense abriu espaços, Tabata entrou muito bem, Plata e Sporar também, e o golo foi ficando cada vez mais perto. E surgiu quando o guarda-redes do Farense saiu a murro meio na bola e meio na cara de Feddal, num lance em que também Coates sofreu falta para penálti.
E assegurámos os três pontos jogando bem pior do que jogámos em Famalicão donde saimos só com um. Se calhar é a tal estrelinha de candidato a campeão que começa timidamente a luzir.
Mas isso agora não interessa. Interessa é ganhar o próximo jogo no Jamor contra o B-SAD e chegarmos a 2021 na liderança da Liga. Depois logo se vê.
Boas Festas para todos, muito especialmente para os que como eu são sócios do Sporting Clube de Portugal.
Gostei muito do excelente estado do relvado de Alvalade: nada a ver com o que sucedia em épocas anteriores. E da ousadia do treinador, que apostou quase por inteiro num onze alternativo, em que apenas Tiago Tomás surgia como repetente. Oito jogadores sub-23 neste elenco titular: Luís Maximiano (capitão), Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Gonzalo Plata, Matheus Nunes, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e TT. Bragança e Quaresma em estreia absoluta como titulares nesta temporada. A Taça da Liga serve precisamente para isto: rodar a equipa. A missão foi bem sucedida ontem à noite, embora sem brilhantismo: cumprimos a nossa obrigação derrotando por 2-0 o Mafra, equipa da Liga 2 treinada por Filipe Cândido, que actuou vários anos nos escalões da formação leonina. Somos o primeiro semifinalista confirmado desta competição que vencemos em 2018 (com Jorge Jesus) e em 2019 (com Marcel Keizer). Levamos 11 jogos seguidos sem perder, continuamos invictos nas competições internas e já temos 37 golos marcados nesta época 2020/2021 - 2,5 golos em média por desafio. E apenas quatro sofridos nos últimos sete desafios.
Gosteida actuação de Gonçalo Inácio - muito concentrado no eixo da defesa, rendendo o titular Coates, e revelando segurança no início da construção ofensiva ao longo de toda a partida. No segundo tempo, destaco Daniel Bragança - fundamental nas variações de flanco e na precisão de passe na "casa das máquinas" do nosso meio-campo, cumprindo a missão que tem sido confiada a João Mário. É ele quem inicia o lance do primeiro golo, aos 64', e quem recupera a bola na jogada que dá origem ao segundo, seis minutos depois. Também gostei de Plata, protagonista da melhor jogada do desafio, construindo o segundo golo ao ganhar a bola junto à linha final, picando-a de seguida para sobrevoar a defesa e Tabata decidir. Um dos raros momentos em que o onze leonino superou a mediania e foi além dos serviços mínimos nesta partida em que (aleluia!) o árbitro Tiago Martins nos poupou aos cartões amarelos.
Gostei pouco de Sporar, uma vez mais, apesar de o esloveno desta vez até ter marcado. À segunda solicitação consecutiva de Nuno Mendes a partir do corredor esquerdo, iam decorridos 64 minutos, num lance de baliza aberta em que só precisou de empurrar. Segundos antes, tinha falhado. E mais nada lhe saiu bem: aos 37', de frente para o alvo, chutou contra a perna de um defesa; aos 41', tropeçou sozinho quando conduzia a bola; aos 45', deixou-se desarmar; aos 80', isolado por um magnífico passe-assistência de Max, foi incapaz de atirar às redes; aos 89', de ângulo lateral, rematou contra o guarda-redes. Muito pouco para um "goleador" que até agora, na temporada em curso, só acertou três vezes na mouche e levava cinco jogos sem marcar. Até por isto, não entendi por que motivo Pedro Marques desta vez nem ao menos se sentou no banco.
Não gostei da medíocre exibição de Borja, desta vez central mais colocado à esquerda e autor de pelo menos três passes disparatados, para onde não se encontrava qualquer colega, aos 20', 22' e 53'. Em geral, não gostei da primeira parte da nossa equipa: jogo lento, mastigado, rotineiro e previsível. Sem chama, sem engenho, sem intensidade, sem fibra. Sem um remate enquadrado à baliza do Mafra. Quarenta e cinco minutos que se saldaram num desolador 0-0 e forçaram a equipa técnica a fazer mudanças na equipa ao intervalo: Antunes deu lugar a Nuno Mendes na ala esquerda e Tabata ocupou o lugar antes preenchido por Tiago Tomás. Foi quanto bastou para acelerar a dinâmica ofensiva e conferir ânimo à equipa: Nuno assistiu para o primeiro golo, Tabata marcou de cabeça o segundo - ambos fazendo a diferença. Voto no ex-Portimonense como melhor em campo. Já leva dois jogos consecutivos a marcar. E teve o condão de desequilibrar sempre que conduziu a bola, vencendo todos os duelos individuais.
Não gostei nadade novo jogo à porta fechada no estádio José Alvalade, há nove meses interditado ao público. Quando noutros países, como em Inglaterra, já se permite o regresso de espectadores às bancadas, naturalmente em número escasso e em rigoroso cumprimento das normas sanitárias. Também não gostei nada de ver o nosso treinador, Rúben Amorim, remetido para um lugar numa tribuna, sem possibilidade de aceder ao banco, cumprindo assim o segundo dos três jogos de castigo a que o condenou o incompetente árbitro Luís Godinho. O direito ao trabalho, consagrado na Constituição da República, no futebol é posto em causa a todo o momento por qualquer senhor com apito na boca.
Não vou perder mais tempo com uma arbitragem tendenciosa, que perdoou ao Famalicão o que castigou o Sporting, o amarelo por simulação de penálti, o segundo amarelo por reincidência em entradas à margem das leis, e que como em Alvalade fez de palhaço, revertendo a decisão tomada no terreno e que estava à vista de todos pelo "conselho" dum VAR que nunca podia ter certeza alguma sobre os lances em questão. Foram mais dois pontos roubados ao Sporting, já tinham sido dois roubados em Alvalade. O artista de circo e o "modus operandi" foram os mesmos.
Parabéns ao artista, mais a sua troupe de ilusionistas do Jamor: a continuar assim ainda vai ser o próximo presidente do Conselho de Arbitragem.
Quanto ao jogo em si, para mim e do ponto de vista colectivo foi o melhor jogo do Sporting da temporada: dominou completamente o adversário, que quase nunca criou perigo, teve uma boa saída a jogar, variações de flanco oportunas, jogo interior eficaz, combinações bem conseguidas, cantos e livres bem trabalhados e a causar perigo, controlo do ritmo da partida, temporizando e acelerando em momentos chaves, recuperava a bola bem no campo do adversário. Existe um trabalho de casa bem feito que salta aos olhos de todos.
Mas também existiram erros individuais que complicaram o que estava a ser fácil e colocaram a equipa a jeito para o artista fazer o seu número. Logo a abrir Sporar falha um golo meio feito, a seguir deixa o penálti (não seria ele a marcar ?) para um Nuno Santos que denuncia completamente o remate, depois Adán falha clamorosamente a saída e Sporar logo atrás dele o corte, João Mário e Nuno Santos falham remates frontais que sentenciavam a partida e Borja faz um passe completamente idiota, que origina o livre fatal. Nesse livre parece-me que Palhinha não acompanha o colega do lado no salto, baixa instintivamente a cabeça e deixa a bola passar num arco que entra na baliza junto ao poste.
E voltamos à questão da falta dum ponta de lança do calibre dos dois últimos que tivemos, o que para mim é absolutamente essencial para dar outro conforto a esta equipa e ajudá-la a conquistar os objectivos pretendidos.
Sporar é um profissional dedicado e competente, um avançado móvel que trabalha imenso para a equipa e marca golos, mas não chega, e esta pressão que está a cair sobre ele em nada ajuda ao seu rendimento como ponta de lança. Hoje passou ao lado do jogo.
Artista de circo à parte, não se pode jogar tanto e marcar tão pouco. Precisamos dum artilheiro.
Para o Famalicão, que passou ao lado da goleada, fica a certeza que foi um pontinho caído do céu. Que lhes faça bom proveito, mas pelo menos deviam mostrar-se agradecidos.
Se a alternativa é Jovane, então Sporar deve continuar a jogar.
O esloveno pode não ter os predicados de um jogador à medida do Sporting, mas continua a ser, talvez, a melhor opção. A seu favor, desde que voltou ao onze, o jogo ofensivo do Sporting melhorou, ainda que sem o contributo [dele] para os golos.
A propósito de uma eventual aposta em Pedro Marques ou outro jovem da formação: as duas posições mais cruéis para os jovens atletas e onde a oportunidade mais tarda em surgir são o guarda-redes e o avançado-centro.
O primeiro ainda beneficia da troca de treinador e da necessidade deste exibir um marco da mudança.
O segundo, se é rápido e tecnicista, acaba a maior parte das vezes a jogar na ala, fora do espaço onde fez toda a formação, ou esquecido numa espera infinita da oportunidade.
É mais confortável apostar em jovens que joguem nas laterais, onde o volume de jogo é menor, onde uma má decisão é compensada pela equipa de forma mais controlada.
Depois temos as posições onde se joga acompanhado: o defesa central e o médio-centro. Não havendo uma aposta tão acentuada como as que existem nas laterais, o facto de existir um jogador experimentado que possa acompanhar a evolução do jovem atleta faz com que as oportunidades também acabem por surgir.
Como se costuma dizer, a fava é para os jovens das posições 1 e 9.
E se os treinadores são mais exigentes com estas duas posições (afinal o futebol é golo e não golo), para os adeptos ainda o é muito mais.
Texto do leitor Pedro Sousa, publicado originalmente aqui.
O Sporting goleou o Sacavenense para a Taça de Portugal: 7-1. Mas nem um desses golos foi marcado pelo suposto artilheiro de serviço, o esloveno Sporar. O mesmo que dispôs de pelo menos quatro oportunidades flagrantes de a meter lá dentro na partida seguinte - contra o Moreirense, para o campeonato - e falhou todas.
Único suposto ponta-de-lança operacional no actual plantel leonino, o ex-avançado do Slovan Bratislava leva apenas dois golos marcados nesta época 2020/2021. Atrás de Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Tiago Tomás, Jovane e Coates. Algo aqui não bate certo.
É o momento de perguntar: deve Sporar ser remetido ao banco de suplentes por falta de aptidão para o golo? E, nessa hipótese, quem deveria jogar no lugar dele? Fica a questão, aguardando respostas.
Está realmente cada vez mais difícil manter a sequência de vitórias. A forma de jogar do Sporting é por demais conhecida, os pontos fortes e fracos também, e as equipas adversárias aparecem motivadas para fazer o que outros não fizeram. Sendo assim, o Sporting precisa de todo o onze a render e a inspiração dum ou outro a fazer a diferença. Um dia destes isso não vai acontecer e o Sporting vai perder. Não pode é acontecer no próximo jogo. Esse é mesmo para ganhar.
Ontem, e para quem acusava Rúben Amorim de ser um treinador defensivo, o que vimos foi um Sporting em turbilhão ofensivo desde o apito inicial, com a defesa bem subida e os três avançados em linha com os defesas adversários, com sucessivas bolas nas costas da defesa adversária e incursões do João Mário e dos dois alas que criavam situações locais de superiodidade numérica. Mas tudo tem um preço: um passe perfeito para as costas da linha defensiva, uma incursão rapidissima, um corte na queima, um auto-golo, o objectivo de marcar primeiro falhado e a necessidade de correr atrás do prejuízo.
Ao contrário do que poderia ter acontecido, a equipa continuou como se nada fosse, confiante no seu processo de jogo. As oportunidades foram-se sucedendo e Sporar ia falhando. Foi preciso Pedro Gonçalves fazer de ponta de lança, aproveitando uma defesa incompleta do guarda-redes adversário, para chegarmos ao intervalo empatados.
Foi uma bela primeira parte de futebol bem jogado, em que o Sporting passou ao lado duma vantagem folgada.
A segunda já foi completamente diferente. O ritmo da primeira deixou marcas, o Moreirense encolheu o campo confinando-se à sua metade, imperou a batalha de meio-campo onde Palhinha foi o imperador, a velocidade baixou, os passes errados sucederam-se, foi preciso mais uma vez Pote resolver o assunto: um chapéu soberbo que bateu na linha de golo, um remate traiçoeiro que passou mesmo a dita linha. Tempo para Amorim pôr trancas na porta e, depois dum desastrado Jovane, fazer entrar Tiago Tomás, Matheus Nunes e Antunes para matar o jogo.
Melhor em campo, com um bis e o tal chapéu terá mesmo de ser Pedro Gonçalves. Mas Palhinha esteve imperial nos 90 minutos: um trinco subido que desempenha um papel essencial neste modelo de Amorim. A continuar assim, Danilo e William têm o lugar em perigo no onze da selecção.
Quem esteve mal mesmo foi Sporar e a ala esquerda, Feddal e Nuno Mendes, estes com a desculpa de virem de lesões que desconcentram e quebram o ritmo. Sporar cada vez mais parece um segundo avançado para concorrer com Jovane e Tiago Tomás: recua, bascula, tabela, assiste, mas lá no sítio não está quando a bola chega. Ou está mas a bola não chega. Ou chega à bola mas falha.
O que seria desta equipa com Mathieu e Bas Dost quando chegaram ao Sporting? Fica à imaginação de cada um.
Foi uma noite tranquila que tivemos ontem em Alvalade, contra um adversário que se espalhou pelo terreno todo libertando o talento dos nossos jovens, os lances de golo foram-se sucedendo, a falta de pontaria dos nossos e o engenho ou a sorte do guarda-redes deles ditaram o resultado final. A Bola conta 21 remates enquadrados do Sporting contra um do adversário. Tratou-se dum Tondela tenrinho, bem diferente para pior daqueles de Petit, Pepa ou do espanhol do ano passado que nos roubaram pontos preciosos, desde logo com aquele golo a cair do pano em Alvalade no primeiro ano de Jorge Jesus que deu o empate.
Teríamos sido campeões com esses dois pontos.
Mas também fizemos por isso. Rúben Amorim acudiu às nossas preces e voltámos a ter ponta de lança.
Numa simulação Sporar começou por dar o golo a marcar a Pedro Gonçalves que falhou na cara do guarda-redes, esteve no seu sítio no 1.º golo, se calhar teria sido penálti se o Pedro não tivesse marcado, assistiu para o 2.º, marcou o 4.º. Ainda falhou um golo que não devia falhar, mas lutou muito e foi a referência atacante que faltava. João Mário voltou aos tempos de voz de comando do meio-campo, como fazia na equipa B anos atrás, com a classe do campeão europeu que é (salvo no capítulo do remate), Tiago Tomás foi um operário muito útil na faixa direita, e Pedro Gonçalves (a melhor aquisição do Sporting depois de Bruno Fernandes?) mais uma vez fez a diferença.
Todos os outros estiveram mais ou menos bem, Porro e Palhinha mesmo muito bem, e os três defesas cumpriram a sua missão, Coates conseguiu mesmo provocar o fora de jogo que evitou o golo contra.
Até nas bolas paradas estivemos bem, criando perigo nessas situações com Coates a falhar o alvo por muito pouco numa delas. Onde continuamos a não estar bem é nos remates de longe, ou por falta de sorte, ou de treino, ou de jeito ou doutra coisa qualquer.
Uma palavra para a arbitragem, sóbria e competente, nos antípodas dos artistas de apito na boca que sempre nos enviam. Nada a dizer sobre os amarelos. Completamente escusados nos casos de Matheus Nunes e Nuno Santos.
Enfim, há dias assim, têm sido é muito poucos. Aproveitemos o momento, mas não nos esqueçamos que o caminho é longo e difícil, a começar pelo Guimarães. E o Braga continua próximo.
2.ª feira, 2 de Novembro de 2020: o Sporting a liderar a 1.ª Liga. Quem diria?
Desculpem lá mas este resultado contra o Tondela foi escandaloso. Podia e devia ter sido 8 ou 9 a zero, pelo menos.
Sporar, que foi maravilhoso nas 3 assistências que fez a Pedro Gonçalves, a primeira bastando abrir as pernas deixando-lhe a bola limpa e a baliza escancarada para Pote falhar, não pode desperdiçar tantas oportunidades e até o golo que acabou por marcar foi às 3 pancadas. João Mário, formidável de lucidez e visão como maestro, não pode atirar tantos remates para a cadeira 17 da fila 21 do topo norte.
O Tondela, fosse por uma táctica aparvalhada fosse por desmembramento provocado pelo carrossel sportinguista, ficou tão escachado como um peru de Natal - fizemos o que nos apeteceu dele. Aquilo por volta do minuto 60' já não era futebol, era matrecos, com tiro atrás de tiro ao boneco. Lembrava o BrasilxAlemanha do mundial de 2014.
Este é o melhor Sporting dos últimos 5 anos, mesmo com jogadores que aparentemente chegaram ao limite das suas capacidades como Jovane ou Matheus (comparável à homeopatia: gosta-se dele por crença não por prova) e um TT que ainda está aquém da média do colectivo (mas a este tudo se perdoa, pois se não jogar não evoluirá como promete.)
A diferença que um Palhinha faz: por ali não passa nada, ali tudo começa. E a surpresa que Nuno Santos é: parecia ter vindo para ser suplente e conquistou o lugar de maneira indiscutível, mesmo que só jogue 20'.
Por fim comprova-se que ser sportinguista é mesmo maldição: agora que daria tanto gozo ir aos jogos é quando não podemos.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo de ontem, quando lhe pediram para comentar a escolha de Jovane em detrimento de Sporar para o jogo inicial, Rúben Amorim disse o seguinte: «São jogadores de características diferentes. Estamos a apostar de início no Jovane que com a sua indisciplina tática cria espaço e depois temos dois jogadores, como o Pedro Gonçalves e o Nuno Santos, que estão a saber ler bem as movimentações do Jovane. Quando é o Sporar é porque escolhemos ter uma pessoa mais fixa no centro e que apareça mais vezes na área do que o Jovane. Depende muito do que o jogo está a pedir. Aliás, tem-se visto que nos últimos jogos tenho substituído sempre o Jovane pelo Sporar. Não porque um está a jogar mal, mas porque é o que o jogo está a pedir».
Quando as coisas não estão a funcionar, Amorim, mantendo o sistema táctico, mas trocando jogadores e alterando posições, ao mesmo tempo que coloca o tal ponta de lança que ocupa o espaço, parece de alguma forma também apostar na tal indisciplina táctica como forma de desmontar bloqueios e marcações, e fazer com que o talento dos jogadores resolva os problemas que o modelo de jogo definido não consegue resolver.
Nestes três últimos jogos, não há dúvida que a fórmula da tal indisciplina táctica funcionou. Foram um empate e duas vitórias conseguidas nos últimos minutos das partidas, sinal que os jogadores estão com ele e acreditam na mensagem que lhes é passada. Nunca é de mais lembrar que muitos desses jogadores são jovens nados e criados em Alcochete, não são Alans nem Bryans Ruizes (que me perdoe o Bryan pela companhia), vindos de longe e pagos a peso de ouro.
No entanto, cada vez mais se nota que os adversários estudam a forma de jogar do Sporting, sabem como anular as suas dinâmicas e falta a tal via alternativa ou a "táctica do martelo", ou seja, ter a capacidade de num remate de longe, na sequência dum canto, dum livre frontal ou lateral, num lançamento de bola lateral, pôr a bola lá dentro e assim, meio do nada, dar uma martelada forte na moral do adversário. Pelo contrário, as tais marteladas temos sofrido nós: logo com o Lask levámos uma e ainda ontem, num desvio de classe do gilista, que deixou Adán sem reacção, levámos outra que nos ia custando a derrota. Sem resolver esta questão nas duas áreas, marcar assim e não sofrer assim, não podemos ter grandes veleidades.
Para isso, além do treino específico que Palhinha, Coates, Feddal e Neto terão de fazer, bem como os especialistas do remate de meia distância, há uma coisa que me parece essencial: entrarmos em campo com um ponta de lança.
E como Acosta, Jardel, Liedson, Slimani ou Bas Dost não podem, já cá não estão, então temos de entrar em campo com... Sporar.
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Gil Vicente pelos três diários desportivos:
Pedro Gonçalves: 18
Sporar: 17
Daniel Bragança: 16
Tiago Tomás: 16
Nuno Santos: 16
Nuno Mendes: 14
Adán: 13
Palhinha: 13
Porro: 12
Coates: 12
Feddal: 12
Neto: 11
Matheus Nunes: 11
Jovane: 11
Gonçalo Inácio: 6
O Jogo e A Bola elegeram Sporar como melhor em campo. O Record optou por Pedro Gonçalves.
De ver o Sporting somar mais três pontos no campeonato. A vitória foi difícil, mas foi nossa. Derrotámos o Gil Vicente em Alvalade por 3-1 num jogo em que só marcámos o primeiro golo aos 82'. Até ao apito final, 14 minutos depois, surgiram mais dois. O triunfo mais expressivo da nossa equipa até agora na Liga 2020/2021. Nesta partida, a turma de Barcelos sofreu mais golos do que nas quatro jornadas anteriores.
De Sporar. Merece ser designado como melhor em campo. Porque soube fazer a diferença desde que entrou, aos 61': arrastou marcações, abriu linhas de passe, movimentou-se bem dentro da área - e pôs fim ao seu prolongado jejum de golos, acorrendo ao segundo poste para a meter lá dentro. E teve ainda uma intervenção decisiva no segundo, ao temporizar e endossar a bola a Daniel Bragança, autor da assistência para Tiago Tomás. Terá reconquistado a titularidade que vira fugir-lhe desde o início da temporada.
Da forma como o técnico mexeu na equipa. Vendo-se a perder, na sequência de um livre directo aos 52' (que acabou por ser a única oportunidade do Gil Vicente em todo o jogo), Rúben Amorim não perdeu tempo nas substituições: mandou sair Neto e Matheus Nunes, trocando-os por Tiago Tomás e Sporar. Dez minutos depois, aos 71', substituiu Porro por Daniel Bragança. Aos 86', trocou Jovane por Gonçalo Inácio. Alterações que foram decisivas para virar o jogo, transformando o 0-1 no 3-1 final.
Daqueles dois preciosos minutos. Aos 82', o avançado esloveno marcou. Aos 84', ainda estávamos a festejar o golo anterior, Tiago Tomás ampliou a vantagem - correspondendo da melhor maneira a um belo passe vertical de Daniel Bragança a solicitar-lhe a deslocação, ludibriando o guardião adversário com um toque subtil que alterou a trajectória da bola. Consumava-se a reviravolta.
De Nuno Santos. Muito batalhador, foi sempre um dos jogadores mais inconformados na primeira parte, período em que o Sporting mal conseguiu ultrapassar a teia defensiva urdida pelos de Barcelos. Com as alterações efectuadas no segundo tempo, Amorim pediu-lhe que recuasse junto ao flanco esquerdo, transitando de extremo para médio-ala. Mas foi então que o ex-rioavista mais sobressaiu, com duas assistências para golo - o primeiro e o terceiro. Consolidando assim a sua influência no onze titular leonino.
De Pedro Gonçalves. Soma e segue: já tem três golos marcados na Liga, onde é o melhor artilheiro da nossa equipa. O terceiro foi o último desta noite, apontado mesmo ao cair do pano, num disparo fulminante após entrega de Nuno Santos. E foi dele o cruzamento bem calibrado que esteve na origem do golo inicial. Balanço positivo numa partida em que teve fraco desempenho na primeira parte, aliás à semelhança de todos os seus colegas.
Da nossa formação. Voltou a fazer a diferença, como esteve à vista no golo que nos deu três pontos, articulado entre Daniel Bragança e Tiago Tomás - dois dos seis jogadores formados na Academia de Alcochete que ontem actuaram em Alvalade.
Do resultado. Muito melhor do que a exibição perante um adversário que pusera o FC Porto em sentido na jornada anterior e que defendeu sempre com os onze jogadores atrás da linha da bola. Só no quarto de hora final, apostando na velocidade e na antecipação, fomos claramente dominantes.
De ver um Sporting superior ao da época passada. No Liga anterior, à quinta jornada, só tínhamos amealhado oito pontos. Agora somamos 13, tendo já defrontado o FC Porto e disputado mais jogos fora do que em casa.
Do balanço até ao momento. Quatro vitórias, um empate. Continuamos invictos, com apenas quatro golos sofridos. Estamos a escassos dois pontos do Benfica, com mais três do que o FCP e quatro acima do Braga. Isolados na segunda posição do campeonato.
Não gostei
Da hora do jogo. Este Sporting-Gil Vicente, correspondente à primeira jornada do campeonato, acabou por decorrer mais de um mês após a data inicialmente prevista. O apertado calendário das competições futebolísticas não permitiu alternativa a esta quarta-feira, dia em que se disputaram desafios da Champions, forçando a partida a começar às 21.45 e a terminar quase à meia-noite. Mesmo sem público no estádio, é um horário impróprio - sobretudo a meio de uma semana de trabalho.
Da falta de um ponta-de-lança. Amorim até tinha três no banco (Sporar, o jovem Tiago Tomás e Pedro Marques, que vem actuando na equipa B e já justificava a convocatória, apesar de não ter chegado a calçar nesta partida), mas preferiu apostar de novo num onze sem avançado posicional. Porro, Pedro Gonçalves e Nuno Santos desperdiçavam cruzamentos sem haver nenhuma figura de referência na grande área. Esta carência só foi suprida quase a meio do segundo tempo com a entrada de Sporar. Como obteve sucesso talvez ajude o técnico a mudar de ideias.
De Jovane. Amorim voltou a confiar nele como avançado-centro, deixando Sporar no banco. Mas o luso-caboverdiano não parece talhado para esta posição em que o técnico insiste em colocá-lo. Passou ao lado do jogo: falhando passes, chegando atrasado a um cruzamento perfeito de Porro aos 30' em que bastaria encostar o pé e perdendo sucessivos lances de bola dividida. Saiu só aos 86', demasiado tarde para tão fraca prestação.
De Coates. Preso de movimentos, lento, duro de rins, o capitão leonino atravessa um mau momento. O golo do Gil Vicente resulta de uma falha posicional: é ele quem coloca Mineiro em jogo, repetindo um erro já cometido frente ao FC Porto. Abusou do pontapé sem nexo para a frente, despejando bolas que eram recebidas pelo guardião adversário. Crise de confiança? Se for o caso, esperemos que passe depressa.
Do árbitro. Chama-se André Narciso e apitou pela primeira vez um jogo com a participação de um clube grande. Esteve mal: aos 36 segundos(!) já amarelava Palhinha numa disputa de bola a meio-campo sem qualquer intensidade especial. Aos 6' e aos 12' viu um dos seus assistentes assinalar fora-de-jogo a Pedro Gonçalves e a Nuno Santos quando as imagens confirmam que estavam ambos em posição legal. Aos 64', mostrou o amarelo a Feddal num lance em que o marroquino nem tocou no adversário. Aos 68', amarelou Sporar por suposta "simulação" impossível de provar. Má estreia, portanto.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre SPORAR:
- Francisco Chaveiro Reis: «Aos 25 anos, o esloveno tem pouco cartel mas, pago a preço de ouro (deve estar no topo das vendas mais caras da poderosa liga eslovaca), só pode ser craque. Certo?» (23 de Janeiro)
- Luís Lisboa: «Entrou sem ritmo competitivo mas com pormenores de ponta de lança.» (28 de Janeiro)
- Leonardo Ralha: «Estreou-se a marcar na Liga NOS, dias após marcar na Liga Europa, com um toque oportuno que desviou da melhor forma o livre marcado por um equatoriano de que já talvez tenham ouvido falar. Mas também garantiu espaços para os colegas e continua a aumentar os níveis de confiança, o que vem mesmo a calhar numa altura em que se descobre que os bónus previstos na sua transferência podem fazer de si a contratação mais cara de sempre do Sporting.» (26 de Fevereiro)
- Eu: «Move-se bem dentro da área, baralhando as marcações, revela faro de golo e evidencia bons dotes técnicos. Se Bas Dost tinha direito a música própria em Alvalade, Sporar pode seguir-lhe o exemplo quando o nosso estádio voltar aos dias grandes, enchendo-se de público. Ele já provou merecer. E nós também.» (1 de Junho)
- JPT: «Nem Sporar nem o rapaz brasileiro de nome estranho são pontas de lança para uma equipa de topo.» (12 de Julho)
- Paulo Guilherme Figueiredo: «Portanto este jogador pelo qual pagámos mais ou menos o mesmo do que recebemos por Bas Dost (que rendia mais de 30 golos por época) não é fraco. Está é... cansado! Sporar esteve parado entre Março e Junho e está cansado?? Sim, cansado ao fim de oito jogos desde o retomar da Liga!» (17 de Julho)
Adiou o mais possível o desfecho esperado, estabelecendo-se um novo recorde de derrotas do Sporting na mesma temporada, marcada por zero pontos no confronto directo com os dois rivais que viram escancarar-se as portas do duopólio por uma sucessão de decisões que seriam consideradas demasiado perigosas até por pilotos kamikaze. Uma excelente defesa com os pés manteve o marcador a zeros, tal como mais tarde impediria o avolumar do resultado de igual forma, mas nada pôde fazer quando Seferovic e Carlos Vinicius lhe surgiram pela frente. Termina a temporada de afirmação na baliza leonina com o ónus do perdedorismo varandista e sob a sombra da iminente contratação de um eterno suplente da filial madrilena do carrossel.
Eduardo Quaresma (2,0)
Voltou a sentir o peso da responsabilidade a toldar-lhe os movimentos, fazendo alguns cortes desajustados e contribuindo pouco para a circulação de bola. Mas o potencial está lá, a técnica também, e beneficiará de uma pré-temporada em que possa lançar melhores bases para a sua afirmação.
Neto (2,0)
Prova de que tudo acontece ao Sporting é a lesão de Coates no aquecimento, elevando o internacional português à titularidade. Procurou estar à altura dos acontecimentos, esforçou-se muito, mas falhou demasiado nos passes e chegou a fazer cortes de cabeça para remates em posição frontal de jogadores do Benfica. Como patrão da defesa afigura-se insuficiente, o que não implica que não tenha lugar no plantel. Sobretudo num plantel com tão gritantes debilidades.
Acuña (2,5)
É mais do que provável que tenha feito o último jogo pelo Sporting, e logo com a braçadeira de capitão, num triste e simbólico crepúsculo de uma época dourada que o juntou a Bas Dost, Bruno Fernandes e Mathieu, aos rotativos Nani e Montero, aos rescisores Rui Patrício, William Carvalho e Gelson Martins, e ao sobrevivente Coates. Remetido a central, sem hipóteses de impor a sua marca lá à frente, limitou-se a cumprir e a respeitar a camisola que tão bem vestiu ao longo destes anos.
Ristovski (1,5)
Prosseguiu a sucessão de exibições medíocres que servem para realçar o fraco nível das alternativas Rosier e Rafael Camacho. Permissivo a defender e inoperante a atacar, o macedónio especializou-se nas perdas de bola junto à grande área que só por incompetência alheia não cavaram um fosso inultrapassável entre as duas equipas logo nos primeiros minutos do derby.
Matheus Nunes (2,5)
Estava a ser um dos melhores do Sporting quando a sua chuteira branca denunciou ao videoárbitro – infelizmente mais atento na noite de sábado do que naquele penúltimo lance do Moreirense-Sporting em que Coates foi agarrado frente à baliza – que o jovem brasileiro deixará Carlos Vinicius em posição regular no momento em que rematou para o 2-1. Dizer que o erro milimétrico de posicionamento custou 2,9 milhões de euros e o apuramento directo para a fase de grupos da triste Liga Europa seria ignorar a sucessão impressionante de erros de gestão do futebol leonino ao longo desta vergonhosa temporada, mas o lance lançou uma mancha peganhenta numa exibição positiva, cheia de personalidade, em que Matheus Nunes não se deixou assustar pelas papoilas saltitantes que o rodeavam, sendo decisivo no lançamento do contra-ataque do lance do efémero empate.
Wendel (2,0)
Mais uma vez não se conseguiu impor num “jogo grande”, deixando-se retrair excessivamente com as más circunstâncias à sua volta. Está ainda por provar se é capaz de subir ao patamar seguinte e tornar-se um substituto à altura dos melhores do meio-campo que foram deixando Alvalade.
Nuno Mendes (3,5)
Será mera coincidência que o Sporting tenha sofrido o segundo golo e perdido o pódio da Liga Nos depois de o lateral-esquerdo ser substituído? Para trás ficou mais uma boa exibição do ainda adolescente, uma vez mais a combinar velocidade, técnica e inteligência táctica para desbaratar adversários. Pena é que não tenha tido engenho para ultrapassar Vlachodimos após uma boa triangulação com Sporar e que não tenha arriscado “fazer algo de esquerda” em vez de servir Ristovski, livre de cobertura do outro lado da área, para que o macedónio visasse as cadeiras do segundo anel.
Gonzalo Plata (1,5)
Agraciou os colegas com a sua presença na primeira metade, primando pelos movimentos erráticos que nos últimos jogos elevaram o número de contratações falhadas que terão de ser feitas nos próximos meses. Incapaz de combinar em condições com os colegas, leva como melhor recordação do Estádio da Luz uma recuperação de bola com pronta entrega a Sporar, cabendo ao esloveno o remate sem consequências.
Jovane Cabral (2,5)
Há que reconhecer que tentou fazer algo, mas os remates saíram sempre fracos ou desenquadrados com a baliza, mantendo-se a ideia feita de que o melhor jogador da Liga NOS em Junho é mais talhado para resolver encontros quando o adversário é de uma certa dimensão. Uma ideia que levaria a aumentar ainda mais a lista de Bolasies e Jesés a caminho de Alvalade.
Sporar (2,5)
Deu por finda a longa seca com um golo em que a bola passou por entre as pernas do guarda-redes do Benfica, e combinou bem com Nuno Mendes noutra jogada de perigo. Pena é que tenha deixado Seferovic em jogo no lance do primeiro golo, que tenha voltado a demonstrar capacidade quase nula de levar a sua avante no confronto directo com os adversários e que tarde em justificar o investimento avultado no seu passe.
Tiago Tomás (3,0)
Tantas vezes mereceu a aposta do treinador que acabou por trazer dividendos. Poderia ter feito melhor do que o violento remate ao poste quando ficou sozinho na grande área depois na sequência de uma fífia de Jardel, mas no lance do 1-1 lançou Sporar de forma perfeita, quase se diria que à prova de falhanço.
Vietto (-)
Andou pelo relvado poucos minutos, com ainda menor participação no jogo, ao nível do homem invisível valorizado em 7,5 milhões de euros por metade dos direitos desportivos.
Borja (1,5)
Entrou para o lugar do melhor jogador do Sporting. Poderá dizer que a culpa não é dele e sim de quem lhe fez sinal para parar de aquecer.
Battaglia (-)
Foi colocado para segurar o resultado, opção táctica que tende a nunca resultar no Sporting. Caso houvesse racionalidade na gestão do futebol leonino, e o edifício da SAD não estivesse ocupado por personagens de “O Feiticeiro de Oz”, às quais faltam cérebro, coragem e coração, também ele teria feito o último jogo de leão ao peito.
Ruben Amorim (1,5)
Perdeu nos últimos seis jogos a oportunidade de deixar uma boa primeira impressão, não conseguindo melhor do que duas sofridas vitórias caseiras com Gil Vicente e Santa Clara, dois tristes empates com Moreirense e Vitória de Setúbal e duas derrotas com FC Porto e Benfica. Perdeu o terceiro lugar que ajudara a reconquistar nos seus primeiros jogos devido à fraqueza do plantel construído por incapazes, a alguns erros cirúrgicos de arbitragem, a azares extremos nas lesões que acabaram com a carreira de Mathieu e afectaram a afirmação de Jovane, mas também por muitas decisões erradas. Sobretudo nas substituições, como neste derby em que se viu na contingência de sair da Luz com um ou três pontos antes de sucumbir ao medo, procurando baixar linhas e repetir com o Benfica aquilo que o Vitória de Setúbal lhe fizera dias antes. Só que sem a competência dos pupilos do inegável Lito Vidigal. Sendo crível que se imagine a dar a volta na próxima temporada, todas as notícias que chegam quanto a reforços de segunda linha vindos de Espanha faz temer que o plantel continue sem soluções capazes de fazer a diferença. Continuará também a carregar a responsabilidade da cláusula de rescisão absurda que Frederico Varandas decidiu, por motivos que talvez gelassem o sangue de quem os decifrasse, (prometer) pagar ao Sporting de Braga. É uma responsabilidade pesadíssima e oxalá esteja à altura de alterar o guião de tragicomédia que lhe entregaram.
Na primeira parte foi o único espectador permitido no estádio de Alvalade, tanto que só Mathieu o conseguiu inquietar ao atirar ao poste no desvio de um canto. Só depois do intervalo provou que integrava a ficha de jogo, aplicando-se em algumas boas defesas, a melhor das quais ao desviar com a ponta dos dedos um remate em arco, tendo sido o melhor que o Tondela conseguiu fazer num jogo em que nem parecia aquela equipa que nasceu para subtrair pontos ao Sporting.
Eduardo Quaresma (3,0)
O adolescente que ameaça tornar-se uma lenda, e que já nem foi o mais jovem de entre os titulares, não só policiou a contento a sua área de jurisdição como voltou a mostrar uma capacidade de saída rápida e criteriosa na condução de jogo que, se não existir um desastre na gestão de carreira habitual entre os verdes e brancos,fará dele um futuro capitão de equipa e um indiscutível da seleção de Portugal. Mesmo sem grande ajuda de Rafael Camacho teve arrancadas que poucos esperam de um central.
Coates (3,5)
O central uruguaio terá levado ao engano aqueles que ouviam o relato, pois tantas vezes ouviram “corte de Coates” que poderão ter esquecido que Sebastián é o seu verdadeiro nome próprio. O gigante que enverga a braçadeira de capitão executou corte após corte, tirando partido da altura e do timing de abordagem aos lances, e contribuiu de forma decisiva para que o ataque do Tondela fosse uma nulidade na primeira parte e não tenha obtido resultados na segunda. Para que tudo tivesse corrido da î de drible invulgar, Jovane Cabral provocou tremores à defesa adversária até sair de campo, deixando as faltas como único recurso para o tentar impedir.
Mathieu (3,0)
Sendo certo que foi o autor do lance de maior perigo para a baliza do Sporting, cabeceando ao poste no desvio de um canto, e que fez alguns cruzamentos em direcção incerta, mesmo assim notou-se a diferença de contar com a classe do veterano francês. Tendo o condão de sair com a bola controlada pelo flanco esquerdo, o que potenciou as melhores exibições da equipa, o central regressou em boa hora à equipa titular. Só não conseguiu ficar até ao fim, pois o estouro físico num contra-ataque que o deixou furioso com a má execução de Ristovski levou a que fosse substituído pelo esforçado Borja.
Nuno Mendes (3,5)
A estreia a titular, na véspera de celebrar 18 anos e horas antes de renovar contrato com uma cláusula de rescisão milionária, só poderia ter sido ainda mais positiva caso tivesse direcionado melhor um remate de ressaca à entrada da grande área do Tondela. O lateral-esquerdo combinou às mil maravilhas com Jovane Cabral, ficando numa dessas jogadas isolado a poucos metros da baliza de Cláudio Ramos. Em vez de rematar preferiu servir um colega, tendo a bola sido cortada pelo braço de um adversário, o que levou à cobrança do pénalti que selou o resultado final. No resto do jogo mostrou-se incansável nas recuperações e antecipações ao adversário, com a particularidade de não ter cometido uma única falta.
Matheus Nunes (3,0)
Conseguiu uma exibição bem conseguida, na qual sobressaiu a qualidade de passe longo, procurando cumprir da melhor forma a missão de servir de pêndulo entre defesa e ataque, o que contribuiu para o jogo fosse bem mais mexido do que os adeptos leoninos estão habituados a ver nos tempos mais recentes. A continuar assim terá a titularidade garantida e merecida apesar da sombra do decreto presidencial.
Wendel (3,0)
Há ocasiões em que a inferioridade numérica no meio-campo imposta pelo esquema táctico de Ruben Amorim se torna particularmente ingrata. Assim sucedeu com o internacional olímpico brasileiro na recepção ao Tondela, ainda que tenha demonstrado em vários momentos a qualidade intrínseca que o acompanha.
Gonzalo Plata (3,0)
Bailou com a bola, deixando vários adversários a rodopiar, na jogada em que tiveram de o ceifar para impedir que entrasse na grande área. Daí nasceu o livre que desbloqueou o resultado e tornou mais fácil um encontro em que voltou a dar-se melhor no miolo do que na linha, no que é uma característica algo insólita para um extremo.
Jovane Cabral (4,0)
Habituado ao estatuto de protagonista, apoderou-se na bola com voragem de açambarcador, patente no segundo golo de livre directo consecutivo, desta vez (ainda) mais em jeito do que em força. Antes já tinha caído na grande área, e logo a seguir executou a assistência de calcanhar que deixou o seu "discípulo" Nuno Mendes isolado na baliza. E mesmo quando a equipa começou a perder gás, algures por meados da segunda parte, encontrou reservas de energia que lhe permitiram conduzir contra-ataques venenosos. O jovem que deve o lugar no plantel a José Peseiro, e aos seus desentendimentos com Matheus Pereira, agora irremediavelmente perdido para a pérfida Albion.
Sporar (3,0)
Marcou o pénalti com tanta força que pouco importou Cláudio Ramos ter percebido o lado para onde a bola seguia. Mas deu sobretudo nas vistas a sua vontade de sair em drible. Na primeira parte terminou caído no relvado, sem que o videoárbitro desse devida nota do empurrão que lhe deram, mas na segunda parte teve tudo para fazer o 3-0 e acabou por rematar ao lado depois de passar por um punhado de adversários.
Ristovski (2,0)
Entrou para o lugar do desinspirado Rafael Camacho e pouco mais ofereceu à manobra ofensiva leonina. Mau nos cruzamentos e no entendimento com os colegas, falhou a oportunidade de reconquistar o lugar.
Battaglia (2,0)
Regressou aos relvados com mais confiança do que havia deixado. Mas tarda em reencontrar-se.
Francisco Geraldes (1,5)
Uma espécie de assistência mal amanhada a que Ristovski não chegaria nem se tivesse asas foi o exemplo acabado do desaproveitamento do quarto de hora a que o talentoso meio-campista teve direito.
Pedro Mendes (-)
Entrou muito tarde e não teve tempo para fazer absolutamente nada.
Ruben Amorim (3,5)
A primeira parte foi o seu melhor momento desde que trocou o Sporting de Braga pelo Sporting. Apesar de o Tondela não ser propriamente um Barcelona, o domínio das operações foi extraordinário e a aposta em adolescentes como Eduardo Quaresma e Nuno Mendes totalmente conseguida. Ainda que o plantel não tenha melhorado com a pandemia, e de o meio-campo ficar por vezes à deriva, certo é que apareceram sete pontos nos últimos três desafios e o seu ex-clube passou a estar atrás na luta pelo terceiro lugar da Liga NOS.
Nada poderia ter feito no golo que selou o resultado final, e ao longo da segunda parte deu segurança aos colegas com boas intervenções, o que não apaga a sua oferta do golo que permitiu ao Vitória de Guimarães empatar pela primeira vez. Está visto que a desenvoltura com os pés é o calcanhar de Aquiles do jovem guarda-redes, mas a aposta continuada na sua titularidade, desejada pelos adeptos, dependerá de progressos significativos nesse domínio.
Eduardo Quaresma (3,5)
Integrar uma linha defensiva que sofreu dois golos não é propriamente sinónimo de estreia de sonho? Talvez assim seja, mas o jovem de 18 anos assumiu como um mestre a missão de ser o central descaído para a direita, demonstrando segurança no desarme dos adversários e uma capacidade de. saída com bola que só surpreendeu quem nunca tinha visto as suas arrancadas na equipa de sub-23. Ficou na retina um lance de contra-ataque que urdiu em “joint venture” com Sporar, reforçando a ideia de que o Sporting será doravante Edu mais dez e o temor de que possa vir a ser “carrosselizado” no verão tardio que antecederá a próxima temporada.
Coates (3,0)
O capitão uruguaio foi o patrão que dele se pede que seja, impondo a sua presença no novo esquema táctico. Nem os dois golos do adversário, resultantes de uma oferta de Luís Maximiano e de um ressalto, beliscam o mérito de quem deverá ficar em Alvalade se a ideia passar por voltar a ver os milhões da Champions antes da próxima década.
Mathieu (2,5)
Várias foram as ocasiões em que o veterano francês não teve pernas para reagir aos adversários, numa quebra física após a paragem ditada pela pandemia de Covid-19 que se pode explicar pelo facto de ser provavelmente o único elemento do plantel leonino a ter convivido com sobreviventes da gripe espanhola. Intocada está a sua relação privilegiada com a bola, ainda que a ideia de o adiantar para ponta de lança (em vez de apostar na entrada do suplente Pedro Mendes quando o Sporting tinha vantagem numérica) não tenha surtido efeito.
Rafael Camacho (3,0)
Preferido por Ruben Amorim na escolha entre Ristovski e Rosier, o jovem que não quis ser lateral-direito ofensivo no Liverpool provou ser mais afoito na parte ofensiva da missão, formando com Eduardo Quaresma e Jovane Cabral a ala direita mais dinâmica que Portugal viu nos últimos meses. Esteve perto de fazer a assistência para o golo da vitória, impedida pela defesa de Douglas ao cabeceamento de Jovane, num dos vários bons cruzamentos que assinou. Pior nas missões defensivas, como Quaresma pode testemunhar, poderia ter servido Sporar para o “hat trick” mas, talvez possuído pela camisola 7 que carrega, tentou complementar duas belas fintas com um remate idêntico ao que ajudou a levar o Sporting à “final four” da Taça da Liga. Idêntico, claro está, tirando na parte de a bola entrar na baliza.
Acuña (3,0)
Bastante mais contido do que o colega da direita, até porque Mathieu e Vietto também não ajudaram por aí além, o argentino distinguiu-se pelo passe longo que o excesso de confiança de Douglas e o sentido de oportunidade de Sporar fizeram abrir o marcador. E também pela atenção redobrada que deu às veleidades vimaranenses na sua área de influência, não se esquecendo de protestar com todos os elementos da equipa de arbitragem. As saudades que já teria...
Battaglia (2,0)
Raras foram as ocasiões em que ganhou posição sem cometer falta, escassas as saídas com bola que tenham levado a equipa para a frente. Dir-se-ia que o médio argentino se arrisca a ficar carimbado como problema irresolúvel, tendo em conta o seu elevado vencimento, a não ser que o homem que mais lucrou com o ataque a Alcochete cometa a improvável bondade de o “carrosselizar” numa “bitola Thierry Correia” e sem prodígios do estilo David Wang envolvidos na equação.
Matheus Nunes (2,0)
Lá se estreou na equipa principal o meio-campista a quem Frederico Varandas encarregou de custear a multimilionária cláusula de rescisão de Ruben Amorim, e o treinador encomendou a compra de uma casa à sua mãe, pelo que talvez a senhora Nunes pretenda que o filho encerre o ciclo comprando uma peruca ao presidente do Sporting. Convém referir que a estreia esteve muito longe de ser brilhante, tal como longe de cintilantes eram as alternativas disponíveis no banco. Espera-se que faça melhor em próximas oportunidades.
Jovane Cabral (4,0)
Acelerador-mor do futebol leonino, partindo da direita para vagabundear por todo o relvado, o jovem extremo mostrou que é capaz de fintar adversários dentro de uma cabina telefónica e deixou bem mais do que um ar da sua graça. Para a história do jogo ficou o passe longo e rasteiro com que isolou Sporar no lance do 1-2 e o remate de cabeça que esteve perto de render três pontos num estádio que continua a ser complicado mesmo sem adeptos municiados de armas brancas. Pena é que grande parte das suas melhores iniciativas tenham morrido nos pés de Vietto.
Vietto (2,0)
Quis a infelicidade do destino que o avançado mais perdulário do plantel leonino tenha recebido alguns dos melhores passes feitos pelos colegas ao longo do jogo. A baliza parece tornar-se demasiado pequena quando Vietto tem a bola nos pés, sendo incerto se a solução passará por um ortopedista, um psicólogo ou uma influenciadora das redes sociais.
Sporar (4,0)
É notável que tenha convertido em dois golos igual número de remates, bastando-lhe empurrar a bola para a baliza vazia. E com inegável mérito, pois aproveitou da melhor forma a burrice de Douglas na primeira parte, roubando-lhe a bola que controlou com o peito, e desmarcou-se de forma perfeita (o fiscal de linha ainda ensaiou o fora de jogo, mas o videoárbitro oficializou o golo) na segunda parte, contornando o guarda-redes com enorme frieza. Além disso, integrou-se bem nas manobras ofensivas e criou a esperança de que Bruno Fernandes não chegue ao final da temporada como melhor marcador do Sporting apesar de ter voado para Manchester no final de Janeiro.
Idrissa Doumbia (2,5)
Honra lhe seja feita: cometeu menos erros do que os titulares do meio-campo. Mas também era um objectivo fácil de cumprir...
Gonzalo Plata (2,0)
Inconsequente, viciado em remates contra as pernas dos adversários e incapaz de ajudar a “quebrar” um Vitória de Guimarães reduzido a dez graças ao irrequieto Jovane Cabral, que parece ter aproveitado o confinamento para treinar mais do que um certo e determinado extremo sul-americano.
Ruben Amorim (3,0)
Os meses vão passando e o terceiro treinador mais valioso do mundo mantém o bom hábito de não perder, ainda que desta vez não tenha somado os três pontos que conseguira antes do fim do mundo tal como o conhecíamos, naquele final de tarde em Alvalade em que se verificaram as expulsões de dois jogadores do Desportivo das Aves nos primeiros 20 minutos de jogo e um “wardrobe malfunction” de Wendel mais revelador do que o de Janet Jackson no Super Bowl. Louva-se-lhe a coragem de apostar em Eduardo Quaresma e Matheus Nunes, ainda que o segundo tenha ficado bastante aquém das expectativas, e o trabalho visível no entendimento entre vários jogadores, mas a relação complicada de Vietto com o golo e o estado de calamidade em vigor no meio-campo não permitiram mais. Felizmente chegou para o empate que permitiu reduzir de quatro para três pontos a desvantagem em relação ao Sporting de Braga na luta pelo lugar mais triste do pódio da Liga NOS.
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