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És a nossa Fé!

A ver o Europeu (25)

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SORTE ESPANHOLA, MÉRITO ITALIANO

Itália mereceu passar às meias-finais, Espanha nem por isso. É a diferença entre uma selecção que deslumbra pelo seu futebol alegre e criativo e outra que se limita a picar o ponto neste irregular Euro-2021 num continente ainda marcado pela pandemia.

Os primeiros a entrar ontem em campo foram os espanhóis. Em Sampetersburgo, contra a Suíça estreante em quartos-de-final de uma grande competição futebolística. Seriam favas contadas, para muitos adeptos do país vizinho. Mas não foram. A "fúria" espanhola parece ter migrado para parte incerta: restou uma equipa desinspirada, incapaz de aproveitar um golo oferecido pelos suíços e a vantagem de jogarem com um a mais durante 48', o que faz uma diferença enorme nesta fase da competição.

Aos 120 minutos, esgotado o prolongamento, mantinha-se o 1-1 do tempo regulamentar. Nos penáltis, brilhou o réu da partida anterior, contra a Croácia: o guarda-redes Unai Simón, que defendeu dois. Destacou-se também Oyarzabal, que não vacilou quando chamado a converter - ao contrário de Rodri, médio do Manchester City, e do veterano capitão Sergio Busquets, único campeão mundial de 2010 que resta no plantel. Jordi Alba, campeão europeu por Espanha em 2012 tal como Busquets, apontara o golo do tempo regulamentar, beneficiando de um desvio de Zakaria.

Foi o único remate espanhol à baliza no primeiro tempo. Por parte da Suíça, nem isso.

A injusta expulsão de Freuler por acumulação de amarelos, aos 77', somada à lesão de Embolo antes da meia hora de jogo, virou o campo a favor de Espanha. Mas nem assim resultou, desde logo por uma exibição de luxo do guardião Sommer, sobretudo no prolongamento. Foi preciso muita incompetência suíça (só um penálti convertido em quatro marcados) na roleta das grandes penalidades para carimbar o passaporte do trajecto espanhol às meias-finais. Com muita sorte e pouco mérito.

 

Espanha, 1 - Suíça, 1 (vitória espanhola 3-1 no desempate por penáltis)

 

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Futebol do bom, só aconteceu à noite. Em Londres, no Bélgica-Itália. Os primeiros tinham eliminado Portugal num jogo em que não conseguiram ser melhores em campo. Os segundos haviam afastado a Áustria num desafio muito sofrido. 

Previa-se confronto intenso entre dois assumidos candidatos ao título europeu. E assim foi. Com predomínio italiano na primeira parte e ligeiro ascendente belga na segunda, em que os italianos pareceram sempre mais preocupados em defender a vantagem (2-1) alcançada ao intervalo.

O triunfo foi construído nesse primeiro tempo. Com o trio composto por Insigne, Immobile e Chiesa a brilhar nas rápidas incursões à grande área belga e Jorginho a pautar as operações no meio-campo.

O primeiro golo surgiu aos 31', pelo capitão do Inter, Barella, numa jogada de insistência, fuzilando Courtois após ter driblado três adversários. O segundo - um dos mais espectaculares deste Euro-2021 - surgiu dos pés de Insigne, fazendo jus ao nome: magnífico remate em arco, a meia-distância, aos 44'. Courtois nada podia fazer. 

Com um futebol sempre muito apoiado, abrindo sucessivas linhas de passe e garantindo equilíbrio no meio-campo, os italianos confirmaram-se como a selecção com melhor média de remates neste Europeu. Exibições de luxo do guarda-redes Donnarumma, de Chiesa e Spinazzola - este, infelizmente, forçado a abandonar aos 77', de maca, com lesão grave. O Campeonato da Europa terminou para ele.

Os belgas, com o lesionado Eden Hazard fora do onze titular, podiam ter marcado por De Bruyne aos 22' e Lukaku aos 26' e aos 61'. Mas só o fizeram graças a um penálti convertido por Lukaku, aos 45'+2, a castigar derrube de Doku à margem das regras. 

A Itália apenas conseguiu ser campeã europeia em 1968 e parece seriamente apostada em repetir essa proeza, 53 anos depois. Quanto à Bélgica, que tomba nos quartos-de-final após ter sido afastada pela França nas meias-finais do Campeonato do Mundo de 2018, continua sem justificar o absurdo destaque que a FIFA lhe atribui como selecção mais cotada do planeta futebol. Que raio de trono é este, alcançado sem uma só vitória até hoje num Mundial ou num Europeu?

 

Bélgica, 1 - Itália, 2

A ver o Europeu (20)

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GOLEADA DINAMARQUESA E SOFRIMENTO ITALIANO

Já tinha confessado aqui a minha simpatia pela selecção da Dinamarca. Foi portanto com muita satisfação que assisti hoje ao primeiro desafio dos oitavos-de-final do Euro-2021: vitória categórica dos dinamarqueses em Amesterdão, anulando por completo o País de Gales. O onze de Bale e Ramsey foi incapaz de conter o futebol ofensivo da turma nórdica.

O herói desta goleada foi um suplente: Dolberg, ponta-de-lança do Nice, só entrou no onze por lesão de Poulsen. Em boa hora: foram dele os dois primeiros golos, aos 27' e aos 48'. O terceiro - marcado por Maehle aos 88' - merece ser revisto várias vezes: é um dos melhores deste Europeu. Mas a conta só fecharia aos 90'+3, com golo assinado por Braithwaite: o avançado do Barcelona foi o maior desequilibrador da Dinamarca e um dos artífices desta vitória, certamente dedicada a Eriksen.

Wass, o lateral direito que parece estar na mira do Sporting, nem no banco se sentou - ao que parece devido a uma indisposição. Talvez o vejamos actuar nos quartos-de-final.

Há cinco anos, o País de Gales saiu mais tarde do Europeu, só na meia-final em que defrontou a selecção portuguesa. Desta vez vai embora mais cedo: Bale terá mais tempo para se dedicar ao golfe.

 

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Enorme sofrimento italiano, esta noite em Wembley, no embate com os austríacos. Aos 90 minutos mantinha-se o empate a zero, foi necessário jogar mais meia hora. Aí impôs-se a superior condição física da squadra azzurra, que descansou mais 24 horas antes desta partida dos oitavos, além de ter poupado vários titulares no desafio contra o País de Gales, quando tinha o apuramento já garantido.

A solução veio do banco: Chiesa, lançado em jogo só aos 85', desfez o nulo no prolongamento, aos 95'. O segundo golo italiano - aos 105' - teve a assinatura de Pessina, outro suplente utilizado. Mas a Áustria, com sólida organização colectiva e melhor exibição do que o adversário na segunda parte, não baixou os braços. Kalazdjic reduziu aos 114' e a hipótese de tudo ser decidido por penáltis permaneceu em aberto até ao fim.

Os austríacos saem de cabeça levantada, os italianos tremeram nesta que foi - de longe - a sua pior exibição neste Europeu. Apesar de contarem com o caloroso apoio de grande parte dos espectadores no estádio. Destaque para as exibições dos dois alas direitos: Alaba pela Áustria e Spinazzola por Itália. Estes sim, eu gostaria de ver jogar pelo Sporting.

 

Dinamarca, 4 - País de Gales, 0

Áustria, 1 - Itália, 2

{ Blogue fundado em 2012. }

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