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És a nossa Fé!

A máxima de Sousa Cintra

Há tempos li que a FIFA ou a UEFA, não sei precisar quem, teriam solicitado aos operadores de câmara e consequentemente aos realizadores das transmissões televisivas de futebol, que evitassem fazer destaques em directo a algumas “carinhas larocas” presentes dos estádios.

Não imagino se alguém seguiu esse preceito nos milhares de jogos transmitidos, até porque só vejo futebol de 11 em Alvalade.

Todavia o futsal é diferente e face ao que escrevi tenho de dar os parabéns pela transmissão do Canal 11 da Federação Portuguesa de Futebol, ontem do Pavilhão da Luz.

Por aquilo que consegui ver e rever o operador de câmara cuidou em só mostrar caras femininas feias e sem gracinha nenhuma. Já para não falar do melão que apresentavam…

O curioso foi a realização procurar muitas vezes as mesmas faces. Coitaditas… elas não são culpadas da sua sofrível beleza, mas pelo menos tiveram os seus segundos de fama. E o mais estranho é que numa breve passagem pelo público vi uma cara engraçada... vestida de verde! Claro!

Termino então com a célebre máxima que escutei da boca do antigo Presidente do Sporting, Sousa Cintra: podemos não ter mais adeptas que os outros, mas as nossas são de certeza absoluta as adeptas mais bonitas!

Touché!

O Sporting faz milionários

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Contratar um treinador sérvio desempregado - sem um título de campeão no currículo, fluente apenas em italiano e servo-croata, desconhecedor em absoluto do futebol português - a cinco dias de uma assembleia geral do clube convocada para a sua própria destituição (que não tardaria a consumar-se), foi um dos actos mais danosos que tenho guardados na minha longa memória de sportinguista. "Como se o Edifício Visconde Alvalade fosse o cofre-forte do Tio Patinhas", escrevi aqui nesse mesmo dia.

Com esta tresloucada decisão, a última do seu mandato, Bruno de Carvalho lesou os cofres leoninos, transferindo para quem lhe sucedia o ónus de ficar com um técnico que não escolhera, pagando-lhe quatro milhões de euros por temporada, ou denunciar um generosíssimo contrato com validade de três anos, até 2021, sujeitando-se a desembolsar uma choruda indemnização por quebra unilateral do vínculo laboral entretanto assumido.

Sousa Cintra, sucessor de Carvalho, optou pela segunda via. Frederico Varandas, sucessor do sucessor de Carvalho, viu-se agora forçado a pagar - num momento em que o clube deixou de ter receitas devido aos brutais efeitos da pandemia que nos fustiga há dois meses. Cerca de três milhões de euros acabam de sair de Alvalade para a conta bancária do senhor Mihajlovic, que já nem deve lembrar-se da localização do nosso estádio. 

Espero que o novíssimo milionário ofereça ao presidente destituído um opíparo jantar regado a champanhe: nada é tão bonito como um gesto de gratidão.

Estiveram bem

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Quase dois anos depois, como vários de nós já esperávamos, a FIFA pronunciou-se sobre o diferendo entre o Sporting e os jogadores Rafael Leão e Rúben Ribeiro, que haviam rescindido o contrato com o clube no rescaldo do assalto a Alcochete.

Não pode haver paliativos nesta matéria: trata-se de um rotundo fracasso para os interesses do Sporting. E que ajuda a firmar jurisprudência em casos desta natureza. 

O rombo, no entanto, podia ter sido bem pior se tivesse sido mantida a via litigiosa "até ao fim", como muitos advogavam em relação aos nove que saíram na sequência da agressão sofrida no próprio local de trabalho, transformado em cenário do faroeste. Uma agressão que as câmaras registaram e que todo o País pôde testemunhar através de imagens que deram a volta ao mundo.

 

Sousa Cintra e Frederico Varandas acertaram, portanto, ao optarem pela via do acordo com os clubes envolvidos: Wolverhampton, no caso de Rui Patrício; Bétis, no caso de William Carvalho; Atlético de Madrid, no caso de Gelson Martins; e Olympiacos, no caso de Podence. O dinheiro recebido foi inferior ao que valem estes jogadores formados pelo Sporting: terá rondado os 60 milhões de euros. Mas muito mais substancial do que seria caso tivesse vingado a tese daqueles que clamavam «Vamos dar-lhes luta em tribunal até ao fim.» Como se tivessem a certeza antecipada do teor das sentenças judiciais.

O ditame da FIFA comprova - de novo sem surpresa para vários de nós - que Sousa Cintra defendeu os interesses do Sporting ao ter negociado o regresso de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia. Sem a oportuna intervenção dele, qualquer destes jogadores teria continuado longe de Alvalade - e um deles, pelo menos, talvez rumasse a um dos nossos rivais directos - sem um cêntimo de receita para os cofres leoninos.

Gerir um clube também é isto: saber ponderar, a qualquer momento, entre a solução óptima mas sem viabilidade e a solução possível mas garantida. Cintra e Varandas estiveram bem.

A melhor venda de sempre no Sporting

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Em Maio de 2007, Filipe Soares Franco protagonizou, como presidente do Sporting, a transferência mais bem remunerada de toda a história leonina até então. Quando Nani saiu para o Manchester United, a troco de 25,5 milhões de euros.

 

Quase uma década depois, em Agosto de 2016, também Bruno de Carvalho conquistou merecido lugar na restrita galeria dos presidentes que geraram enormes mais-valias com transferências de jogadores. Quando fechou acordo com o Inter de Milão para a venda de João Mário, que acabara de sagrar-se campeão europeu.

Por 40 milhões de euros, estabelecendo novo máximo que parecia muito difícil de suplantar.

 

Bastaram afinal três anos e cinco meses para o Sporting superar o ambicioso tecto estabelecido neste historial de transferências. Com a saída, agora finalmente anunciada, do nosso capitão Bruno Fernandes - o melhor médio que passou por Alvalade no último quarto de século - para o Manchester United. Rendendo 55 milhões de euros, mais 10 milhões em objectivos facilmente concretizáveis. O primeiro concretiza-se mal Bruno faça 20 jogos ao serviço do histórico clube inglês. O segundo atinge-se quando o United marcar presença nas próximas três edições da Liga dos Campeões (estão previstos 3 milhões no primeiro ano e os restantes 2 a dividir nos anos subsequentes).

Aspecto muito importante: o Sporting salvaguardou uma percentagem de 10% em futuras transferências de Bruno para outros emblemas a partir de Manchester.

 

Frederico Varandas entra assim também na história do nosso clube, à semelhança daqueles dois antecessores, por ter batido largamente o recorde absoluto de angariação de receita pela saída de um só jogador do plantel leonino. Tem motivos para se sentir satisfeito e orgulhoso, certamente com a noção do dever cumprido.

 

Chegou, pois, a altura de dizer sem mais rodeios: obrigado, Sousa Cintra.

Breves considerações sobre o dossier Sinisa Mihajlovic e não só...

Sobre a questão da disputa judicial com Sinisa Mihajlovic há que dizer o seguinte:

1 – Em primeiro lugar o Sporting deve acatar a decisão e cumprir com o pagamento de 3 milhões de euros a que foi condenado. Há que ver as coisas pelo lado positivo, o treinador sérvio reclamava 11 milhões, não tendo conseguido sequer metade da pretensão.

2 – Bruno de Carvalho é parcialmente responsável, por ter contratado um treinador a uma semana da AG de destituição. Uma vez mais, letal ao Sporting.

3 – Sousa Cintra é o principal responsável ao ter ignorado o parecer jurídico do clube. Bastaria ter esperado 4 dias e tomado a mesma decisão. Não posso ignorar as circunstâncias em que a CG exerceu o curto mandato, mas ainda assim, algumas dossiers ficaram muito aquém do exigível. Neste caso esbanjámos 3 milhões, com Demiral seguramente muitos mais.

Para concluir, enquanto sportinguista fico satisfeito que o treinador sérvio nunca tenho dirigido a nossa equipa de futebol e desejo que os seus admiradores jamais voltem a ter qualquer palavra a dizer sobre o destino do Sporting, porque em rigor, não são as qualidades técnicas ou tácticas do treinador do Bolonha que apreciam, querem mesmo é regressar a um passado de má memória do qual nos libertámos a 23 de Junho de 2018. Para os letais, quanto pior, melhor, buscam cavalgar a natural insatisfação dos sócios e adeptos perante a actual situação do clube. Mas não se iludam, acreditamos ser possível mudar, encontrando alternativas no clube, que por ser uma grande instituição tem muitas soluções. Mas para ser absolutamente claro e inequívoco, por mais críticas que faça e não tenho poupado, à actual direcção, se fosse obrigado a escolher entre o presente e o passado, sem dúvida ou hesitação, escolheria o presente.

Da pesada herança (2)

O Sporting está obrigado a pagar três milhões de euros a Sinisa Mihajlovic por quebra de contrato. Em causa, segundo noticia o jornal Record, está o despedimento do técnico sérvio decidido pela Comissão de Gestão que dirigiu o Sporting entre a destituição de Bruno de Carvalho e a eleição de Frederico Varandas.

A multa ao Sporting foi decretada pelo Tribunal Arbitral do Desporto e não é passível de recurso. O Clube sofreria consequências graves se não indemnizasse o sérvio, por causa das regras do fair play financeiro.

Segundo noticia o Record, tudo isto poderia ter sido evitado caso a Comissão de Gestão, presidida por Sousa Cintra, tivesse esperado quatro dias para despedir Mihajlovic. A decisão foi anunciada a 27 de Junho de 2018 quando, para evitar indemnizações, deveria ter ocorrido a 1 de Julho, data em que começava o contrato e respectivo período experimental. Mihajlovic estava a treinar apenas oficiosamente ao serviço do Sporting quando Cintra tomou aquela decisão.

Crónica de um crime anunciado

A estátua equestre a que Sousa Cintra supostamente teria direito poderia ser facilmente custeada com umas migalhas dos 18 milhões de euros que a Juventus pagou ao clube italiano que resgatou o central Demiral do clube turco ao qual um dos mais promissores de Alcochete foi emprestado no final do defeso transacto, com uma inopinada e baixa opção de compra, depois de não cumprir os mínimos para o campeão virtual (na mente do supracitado Cintra, pelo menos) José Peseiro e não ter lugar num plantel em que poderia ter ombreado com Bruno Gaspar, Marcelo e Diaby.

É uma felicidade que a Juventus tenha critérios mais benevolentes e possa acolher o segundo melhor defesa central que não dará alegrias aos adeptos sportinguistas depois de Pepe. Ainda que Demiral tenha tido direito a uns minutos num jogo para a Taça de Portugal (terá sido com o Oleiros?...) em que o mestre da táctica fingiu estar atento ao que se fazia na formação leonina.

Sem querer imitar uma certa procuradora, diria que assistimos todos, cantando e rindo, a um acto de terrorismo económico, num crime anunciado contra as finanças leoninas. E convém retirar algumas lições.

De regresso para analisar o nosso futuro.

1

Há quase um ano que nada escrevo por aqui. Ao que parece foi no dia 6 de Abril do ano passado. Posso justificar-me com as alterações na vida profissional, na vida pessoal ou até mesmo com o afastamento que diversas situações que ocorreram no nosso clube causaram na vontade de me manifestar.

Hoje, talvez compelido pelo facto de o nosso grupo se ir reunir, sinto que devo deixar aqui umas palavras.

 

2

Nunca deixei de apoiar e ir sempre que posso a Alvalade, mas a verdade é que as informações que fui recebendo sobre acções da anterior direção, acções de Cintra e da comissão de gestão e agora sobre a atual direção me fizeram perceber por que motivo continuamos tão atrás dos nossos rivais.

Não escondo que votei Frederico Varandas. Não por o achar mais capaz, pois já por várias vezes tive oportunidade de dizer que o acho fraco, mas por confiar em elementos da sua equipa e no seu trabalho.

Não vou aqui falar sobre os negócios ruinosos que Cintra fez ou sobre algumas das já sabidas falcatruas de Bruno (atenção que há mais para vir a descobrir nos próximos tempos). Vou-me focar em quem está em funções e no que pode ser melhorado.

 

3

Para começar, parece-me inadmissível que, mesmo trabalhando com a maior empresa de comunicação nacional, a nossa comunicação seja no geral fraca.

Em segundo lugar, em nada ajuda ter o fundador dessa mesma empresa - mesmo que já não exerça vai estar sempre ligado a ela - a mandar bitaites online, ajudando a que posições suas sejam confundidas com posições do clube, mesmo que já tenha sido defendido por elementos do clube que nada têm a ver com o que é dito e que se trata da simples opinião de um adepto como outro qualquer.

 

4

Em terceiro lugar, a postura de "a direção e o treinador têm desculpa este ano, quaisquer que sejam os resultados, porque no início da época nem sabíamos se tínhamos equipa para a manutenção ou sétimo lugar", é manifestamente pouco ambiciosa para um clube que se quer vencedor.

Em quarto lugar, surpreende-me que digam que este treinador, mesmo entrando a meio da época, era uma aposta já para esta época, mesmo que isso lhe tire margem para preparar a próxima, mas que já seja visto por algumas pessoas como um erro de casting e tenha estado inclusive perto de sair, não tivesse a equipa apresentado uma agradável surpresa, tanto na exibição como no resultado frente ao Braga.

 

5

Percebo que em seis meses não se vira uma ruína numa mansão, mas a margem para dar tiros nos pés está cada vez menor em Alvalade. Precisamos urgentemente de dinheiro e por isso acredito que, mesmo tendo aliviado - e bem - a pauta salarial, dificilmente conseguiremos manter os nossos dois melhores jogadores. 

Mathieu é claramente acima da média, apesar de revelar alguns problemas físicos, mas já não vai para novo, tem um vencimento considerável e tem mercado.

Bruno Fernandes é de outro planeta. Não é formado em Alcochete mas dá lições de sportinguismo e profissionalismo. Um craque da cabeça aos pés, dentro e fora de campo. Se não for a melhor venda da nossa história, algo de muito errado se passa.

 

6

Espero que a próxima época esteja a ser já muito bem preparada e que levem em conta estas receitas e poupanças, bem como a de Acuña, jogador que para mim continua a fazer mais sentido na ala esquerda do que a lateral.

Sei que querem uma equipa made in Academia, por isso não era mau reinvestir na academia, já largamente ultrapassada pelo Seixal, bastando olhar para os juniores e sub-23 para perceber isso.

 

7

Temos de começar a dar minutos ao Max ou colocá-lo a rodar numa equipa mais competitiva para um dia assumir as redes. Renan não é mau mas Salin está longe de me convencer, sendo necessário alguém que nos assegure que a baliza fica bem entregue

Espero que olhem para as laterais e percebam bem onde têm de se reforçar. Borja é bom, Ristovski é um bom suplente, mas Jefferson e Bruno Gaspar são do pior que já vi com a verde e branca. Thierry e Abdu Conté têm potencial, mas tal como Max precisam de minutos a um ritmo competitivo mais elevado se um dia quiserem ser donos do lugar no onze.

 

8

No centro da defesa, sem Mathieu, temos um problema. Gosto muito de Coates, um verdadeiro líder, tal como Bruno, mas basta não ter um parceiro da qualidade de Mathieu para se notarem algumas das suas debilidades. André Pinto parece-me manifestamente pouco e Ilori, sendo rápido e alto, é uma boa opção, apenas tem de deixar de inventar na saída de jogo.

Mas fica a faltar pelo menos um. Não gosto de fazer sugestão de reforços porque os jogadores às vezes enganam. Por exemplo Borja, que achei que poderia ter problemas de adaptação ao ritmo e posicionamento, tem sido uma bela surpresa enquanto Gudelj continua a ser uma decepção.

 

9

Para o meio-campo há o homem dos livros. Geraldes entra sempre cheio de vontade, só tem de aprender a posicionar-se defensivamente. Por outro lado, há um mini-Adrien e um mini-Moutinho em potência, estou a falar, claro, de Miguel Luís e Daniel Bragança.

Há ainda um jogador que sempre gostei de ver jogar, Bruno Paz. Além de Wendel, Doumbia e o emprestado Palhinha.

Não incluí Gudelj, não por ser mau jogador - acho que, se quisesse, pelo seu físico e posicionamento, varria um meio-campo - mas pelo seu valor excessivo de opção de compra e pela atitude demonstrada em campo. Ficando ainda a faltar o útil mas limitado Battaglia e Petrovic que, na minha opinião, pode seguir viagem.

 

10

Nas alas, havendo Acuña é menos um problema; não havendo, é preciso encontrar alguém. Ficam Raphinha, Diaby, Jovane.

Raphinha tem potencial, mas precisa de ter cabeça para ser constante, sem as oscilações de forma que já apresentou. Diaby é limitado mas voluntarioso: parece-me pouco para quem quer ser vencedor. De Jovane diria o mesmo que de Raphinha, apesar de achar o brasileiro mais jogador.

Pode regressar Matheus, ainda com muito a provar, depois dos problemas ocorridos no início da época. O potencial está lá, mas a cabeça tem de ser outra. Havendo ainda dois extremos da formação com potencial por comprovar: estou a falar do Elves Baldé e do Diogo Brás.

 

11

Para a frente de ataque, há Dost que, já dizia Jesus, não pode jogar sempre e faltam opções.

Luiz Phellype foi um erro de casting, já não há Montero e, neste momento, faltam na Academia jogadores que tenham capacidade para fazer essa posição.

 

12

Esta é a minha visão do que pode ser feito. Gostava de saber as das outras pessoas, por isso venham daí as vossas opiniões.

Desculpa lá ó, Cintra

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Foi publicado o R&C.

Está lá comprovado que Bruno Fernandes falou verdade quando disse que voltou ao Sporting com as mesmas condições contratuais. Honra lhe seja feita pela atitude. Sabem que fiquei agastado pela sua (ao que na altura chamei de) deserção, no entanto aquando do seu regresso também fiz questão de dizer que aguardaria por publicação credível que o comprovasse. Também disse que me apetecia mandá-lo para um certo sítio, mas que vibraria a cada golo que ele marcasse e felizmente já dei vários pulos de alegria.

O rapaz falou verdade, ponto final. Mas a operação custou 1,6M€. Como está espelhado no R&C, foi uma comissão paga ao empresário de BF, de que o jogador diz não ter conhecimento. Se querem que vos diga, acredito sem reservas!

E eu, que já disse que de contas administro as minhas e já me chega, fico sem saber como é que se paga uma comissão a um empresário pelo regresso de um jogador precisamente pelas mesmas condições contratuais. Deve haver algo insondável neste caso, porque alguém no seu perfeito juízo não entenderá, tal como eu não entendo. E nem quero enveredar pelo caminho mais tortuoso de insinuar que o dinheiro terá ficado pelo caminho, ou terá sido dividido irmamente entre várias partes, que provas não as tenho e seria eventualmente muito rebuscado o modus operandi, não esquecendo contudo que eu vi um urso a andar de motoreta, Avenida da Liberdade abaixo, portanto...

Aos poucos vai-se sabendo o que se passou nos atribulados tempos da comissão de gestão.

Faltam ainda alguns negócios por esclarecer, por exemplo o de Gudelj, para início de conversa.

Dizer que Cintra é assim, não desculpa nem o próprio, nem principalmente quem o nomeou e quem o acompanhou e dizer que a situação era caótica como desculpa, é estar a fazer de todos nós parvos. Se a situação era caótica e era, mais uma razão para os assuntos serem tratados com todo o cuidado e sem margem para quaisquer futuras dúvidas. Hoje algumas delas já são certezas e o prejudicado foi o clube, como não poderia deixar de ser.

Diz que há por aí um grupo de sócios que quer erigir uma estátua de Cintra (talvez no lugar do leão que ele lá mandou colocar e sobre o qual se fez pagar com juros e correcção monetária, ao que consta).

Cá p'ra mim, em vez de uma estátua, se alguém se preocupar com as contas à séria, talvez apareça quem proponha que vá fazer companhia a Godinho Lopes e a Bruno de Carvalho...

Match Point

Foi um filme de Woody Allen, tudo girava sobre aquele momento em que o futuro se determinava e o "e se" ficava a pairar, num eternos debate entre o que foi e o que poderia ter sido.

Hoje em Alvalade lembrei-me disso com Bas Dost e Bruno Fernandes. Como poderia ter sido se quando Sousa Cintra foi falar com eles e com os seus representantes, tivesse ouvido a resposta do tipo "Vai para Punta Cana". Ou como teria sido se nem sequer Sousa Cintra tivesse tido a coragem de ir falar com eles, e desse ouvidos à ladainha de "traidores", "mercenários" e tudo o mais que muitos pobres de espírito e alguns doutores sem vergonha foram dizendo. Muitos que nunca demoraram um minuto a pensar no que aconteceria às suas vidas se um conjunto de bandalhos entrasse de repente no seu local de trabalho e transformasse o que devia ter sido uma jornada normal de trabalho num filme de terror.

Pois hoje e depois de tudo o que podia ter corrido mal ter acontecido, com exibições deprimentes de alguns e mérito de outros, e com dois golos para recuperar, foram exactamente esses dois que deram a volta ao infortúnio e transformaram uma derrota expectável numa brilhante goleada. 

Se estamos hoje a viver o clube que temos, com o Brunismo mais uma vez reduzido a uma minoria mal educada e trauliteira, com corpos gerentes a desempenhar um papel a muito elogiar, e com um futebol profissional a conseguir, pelo que consegue fazer no campo, colocar o clube no lugar devido e unir a massa adepta, isso deve-se ao "homem dos tremoços", Sousa Cintra. 

Parece que a única coisa que resta ao Brunismo, depois das derrotas nas votações do Clube e na Justiça,  é lembrar aqueles tempos em que o megafone de Alvalade falava em grandes audiências, e se olhava para o lado e se via o estádio com muitas cadeiras vazias. O estádio está mais vazio nalguns sectores, isso é certo, desde logo no sector das claques, se calhar não lhes oferecem os bilhetes do tempo do Bruno, o lider da JuveLeo também não comparece se calhar a poupar para o pagamento da caução, mas também um pouco por todo o lado se vê cadeiras vazias, mas só faz falta quem está e quem não quer vir que não venha. Mas não chateie. 

Entretanto quem foi muito sofreu, mas só com muito "sangue, suor e lágrimas" ganharemos alguma coisa. 

SL

 

Patetices

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(Varandas a caminho da Holanda, em busca de um treinador)

 

Nunca tive nem tenho grandes esperanças em Varandas. Sem rodeios, dele tenho a ideia de que é um pateta emproado. Será um excelente médico, não ponho sequer em dúvida, mas para tocar rabecão não lhe detecto talento. As suas repetidas e estuporadas declarações sob retórica militarista - conhecidos bloguistas aventaram-me que isso lhe fora proposto pela empresa de publicidade (a qual ficou agora a fazer o jornal do clube, qu'isto uma mão lava a outra, e as duas lavam as partes pudendas) que lhe enquadrou a candidatura - arrepiaram-me, pelo vácuo intelectual que anunciavam (e escrevi-o aqui). A esperança que tenho é que este meu cenho franzido se venha a provar descabido, e que o homem e a sua equipa venham a ter algum sucesso.

 

Dito isto, vamos ao Peseiro. O novo presidente teve tempo suficiente para se preparar para a substituição do treinador. Durante a campanha, no qual congregou a sua equipa. E/ ou depois de ser eleito. Há muito pouco tempo deu uma entrevista (presumo que sob instruções da tal empresa de publicidade que lhe enquadrou a candidatura, a qual ficou agora a fazer o jornal do clube, qu'isto uma mão lava a outra, e as duas lavam as partes pudendas) a desvalorizar o treinador. Agora demitiu-o, da noite para o dia. Peseiro não chega como treinador? Então substitua-se. Mas o que é que aconteceu, o que causou toda esta urgência? Perdeu com as reservas? Depois de ter feito o melhor jogo até agora, com a vitória por 3-0? Ok, está decidido. Peseiro não era o treinador do presidente, este quis mudar.

 

Mas  há algumas coisas que me surpreendem. Se Peseiro não servia porque o manteve, quando de facto nunca o encarou como alternativa viável? Podia tê-lo substituído antes, como factor do seu projecto presidencial. E se Peseiro se disponibilizara para sair sem custos (Sousa Cintra dixit), o seu progressivo destratamento pelo presidente provocou o pagamento ao desrespeitado técnico de uma grossa maquia contratualizada. Será verdade? Ou a boa-vontade do treinador é uma mentira de Cintra? Pois se é verdade conviria perguntar a cada um dos sportinguistas se não acha que este destratamento de Peseiro, tendo sido tão custoso ao clube (centenas de milhares de euros), não é um óbvio caso de gestão com os pés. Chama-se a isto administrar o dinheiro dos outros?

 

E, mais do que tudo, e isto torna-se evidente, é esta precipitação de despedir um treinador nas vésperas de um jogo, porque perdeu com as reservas e foi apupado pela bancada. E, apesar de ter tido todo o tempo para preparar a sua substituição, não conseguir desenrascar a coisa, anunciar o seu substituto, até ao dia do jogo seguinte. 

 

Um conjunto de patetices. Ou seja, a primeira intervenção de fundo de Varandas está a ser muito fraca. Se isto continuar assim até segunda-feira deverá dizer-se lastimável. Se se passarem mais dias neste limbo já faltarão os adjectivos qualificativos. Se continuar neste registo irresponsável para a próxima Primavera-Verão lá haverá outra eleição no Sporting.

1 Milhão e Seiscentos mil por ano !!!!

Fiquei estupefacto. Um milhão e seiscentos mil euros era o ordenado anual de Peseiro. O que teria pensado Sousa Cintra para ter entrado nesta perfeita loucura? Estes quatro meses, desde Julho até agora, custaram ao Sporting e obviamente a todos os sócios, para pagar a esta equipa técnica, dois milhões de euros (com o despedimento). Elogiei aqui Sousa Cintra, mas estou a perceber uma coisa; quando se fizer a história destes quatro meses, talvez se percebam algumas contratações, feitas a rir, de jogadores sem a mínima categoria para jogar no Sporting... e de uma equipa técnica incapaz de pôr o Sporting a jogar bom futebol. 

Sousa Cintra sobre Peseiro e Jesus

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Sobre José Peseiro:

 

«Foi uma decisão minha [a contratação de José Peseiro].»

 

«O Sporting precisava de um treinador ganhador e conhecedor do futebol português.»

 

«Não, não foi logo [que avançou para Peseiro]. Tinha de ter um plano B [após a falhada recontratação de Jesus] e pensei num treinador estrangeiro, campeão e disponível. (...) O Paul Le Guen foi encantador. Fiquei muito impressionado com ele. (...) Acertei tudo com ele de acordo com as nossas possibilidades.»

 

«Mas entendia que a melhor solução era mesmo um treinador português. E há muitos e bons. Fiz a leitura dos que estavam disponíveis e escolhi o Peseiro. Peguei no telefone e fechei o contrato.»

 

«O Peseiro teve uma óptima passagem pelo Sporting. Foi à final da Taça UEFA e só perdeu o campeonato nos últimos jogos.»

 

«Fazendo a leitura de tudo, o Peseiro era a melhor solução.»

 

«Ele [Peseiro] fazia a leitura dos jogadores. Mas perdia muito tempo a analisar. Via, via, serve, não serve, houve ali alguma falta de decisão. Tenho enorme respeito pelo treinador, mas na escolha houve muita indecisão. Sim, depois não, depois sim, não, talvez...»

 

«Tivemos praticamente contratado aquele que jogou com o Benfica [Prijovic, do PAOK]. Até lhes marcou um golo. Tivemos as negociações muito adiantadas. Esteve para vir. O Peseiro disse primeiro que sim, depois não, e no fim até disse que ele nem sequer iria para o banco.»

 

«Houve muitas indecisões e perdemos dois ou três bons jogadores.»

 

«Continuo a pensar que o Sporting vai ser campeão este ano.»

 

 

Sobre Jorge Jesus: 

 

«Ao Jesus corre-lhe o sangue do Sporting nas veias e fez um excelente trabalho no clube.»

 

«Ainda falei com o Torres Pereira porque tem um irmão embaixador e ponderámos arranjar-lhe um passaporte para ele sair de lá [Arábia Saudita]. Houve essas conversas. Não veio por um fio.»

 

 

Sobre os jogadores:

 

«O Jovane ganhava 2 mil ou 3 mil euros por mês, uma vergonha. Vivia num sítio horrível, um craque daqueles. (...) Renovei-lhe o contrato, aumentei-o dez vezes ou mais e dei-lhe 100 mil euros para comprar uma casa e viver condignamente com a mãe.»

 

«Não falei com ele [Miguel Veloso], mas sei que viria. O Fábio Coentrão também poderia ter voltado.»

 

«Rafael Leão queria ficar no Sporting. Mas o pai e o empresário levaram-no àquele destino.»

 

«A exigência de ordenado [de Podence] foi de tal ordem que era impossível ficar com ele»

 

«O Gelson estava com a cabeça no Atlético Madrid e nada o demovia. Estava perdido por ir embora, incrível!»

 

«[Viviano] estava gordo e o treinador não gostou. Tive de arranjar outro guarda-redes.»

 

«O problema do Diaby é que tem estado mais tempo a jogar na selecção do que no Sporting, mas o Peseiro está encantado! Disse-me maravilhas dele!»

 

 

Declarações numa longa entrevista à edição de hoje do Record

 

Estatutos, eleições e legitimidade...

Como democrata acredito que todos os cidadãos devem votar, que a cada votante deve corresponder um voto. Em eleições nacionais não é possível que um país seja infiltrado por votos de países terceiros, mesmo que alguns naturalizados tenham adquirido a nacionalidade por razões diversas, nunca serão em número suficiente para manipular uma eleição. A coisa pode ser ligeiramente diferente em eleições regionais, alguns caciques podem ser tentados, mas ainda assim não é fácil.

Quando falamos de associações, o cenário é bem diferente. Ninguém é obrigado a filiar-se num partido ou clube. Obviamente cada associação possui legitimidade para se organizar e precaver eventuais infiltrações. É por essa razão que na esmagadora maioria dos clubes, a um sócio não corresponde um voto. A questão colocou-se no Sporting em 2011 e voltou à baila ontem, porque João Benedito teve mais votantes, mas Frederico Varandas acabou eleito com mais votos.

Em primeiro lugar as regras eram conhecidas por todos à partida, pelo que não podem sofrer qualquer contestação quanto à sua legitimidade. Eu também gostaria que houvesse lugar a segunda volta caso ninguém atingisse a maioria absoluta dos votos e que o Conselho Fiscal fosse eleito pelo método de Hondt. Há espaço e tempo, para que seja feita uma reflexão sobre os estatutos e propostas alterações à decisão dos sócios, com ponderação e sem chantagem de aprovação sob ameaça de demissão.

Em tempos, Jorge Gonçalves submeteu a proposta de 1 sócio, 1 voto, durante o seu consulado de má memória. O resultado foi uma AG que acabou mal. À época eu era um jovem com apenas 4 votos, mas estava contra. O rosto opositor da proposta foi o saudoso presidente João Rocha, que subiu à tribuna, com a sua paixão pelo clube exaltou os ânimos e discursou alertando para o perigo iminente de cairmos no populismo. Começou ali o fim da presidência, Jorge Gonçalves convocou eleições antecipadas para clarificar posições, acabou perdendo as mesmas para Sousa Cintra.

Poderemos discutir o assunto, até diminuir alguma diferença entre sócios antigos e recentes, a idade aqui pode ter alguma influência, mas alerto que existem associados com 50 anos de idade mas pouca antiguidade, ao passo que outros há com 30 anos de idade e igual tempo de sócio. Existem sócios tipo A e tipo B. Actualmente qualquer sócio com 1 ano de inscrição pode votar. Seria relativamente fácil infiltrar o clube, se ficássemos desprotegidos destes mecanismos de defesa. Quando votei a primeira vez, tinha apenas 1 voto, desde então os estatutos sofreram alterações, hoje teria 13 votos, mas tenho 10. O que significa que houve alguma diminuição no peso dos votos entre sócios. Mesmo que ainda exista espaço para diminuir alguma dessa diferença, não faz sentido a meu ver que algum dia seja 1 sócio, 1 voto. Mas é apenas a minha opinião, tão legítima quanto a de qualquer outro sócio.

Sousa Cintra

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Cumpriu no essencial. Trouxe de volta Bas Dost, Battaglia e Bruno Fernandes. Conseguiu o regresso de Nani - a custo zero. Apostou num treinador português, muito mais barato do que o anterior, que passou três anos em Alvalade sem ganhar nada.

E o mais importante de tudo: cessa funções como presidente transitório da SAD leonina deixando a equipa em primeiro lugar no campeonato nacional de futebol. Excedeu as expectativas: quase ninguém previa isto.

Merece parabéns.

Acima das expectativas, regressando à normalidade.

São cada vez menos, felizmente para bem do Sporting, as vozes que em tom de lamuria ainda expressam profecias antecipando iminentes desgraças, maus resultados, destruição do clube e outras parvoíces. Sabemos de onde vêm, o que querem, por isso avancemos a caravana e deixemos os cães a ladrar. Percebo que os candidatos à presidência, por estratégia eleitoral, criticassem a ida de Sousa Cintra para a tribuna presidencial do Estádio da Luz. A mim deu-me gozo, em primeiro lugar porque o presidente do rival anunciou em momento solene, que iria cometer uma loucura e o melhor que conseguiu foi fazer as pazes com Pacheco, um dos  protagonistas do Verão quente de 1993 e ainda teve que receber Sousa Cintra como convidado de honra. Para cúmulo, ao contrário do que muitos esperavam, infelizmente alguns dos nossos também o desejavam, o Sporting não saiu derrotado do derby, esteve a vencer e apenas uma falha de marcação de Jefferson, seguida de erro posicional de Ristovski, permitiram ao todo poderoso e super favorito Benfica não sair derrotado em casa.

As notícias da morte das ambições do Sporting à conquista do presente campeonato eram manifestamente exageradas. Afastado o problema que era o anterior presidente, infelizmente ainda não nos livrámos de tal praga, a comissão de gestão e SAD têm feito um esforço para recuperar a normalidade de que o clube necessita, apesar dos constantes ataques de que são alvo. Primeiro criticaram a saída de F. Geraldes, Gauld, Palhinha, agora a não utilização regular de Wendel e Matheus Pereira. Esquecem que Bruno Fernandes é superior a qualquer um, Battaglia já era titular ou frequentemente utilizado na época passada, quando o presidente e treinador eram outros. E chegou Nemanja Gudelj, Sturaro há-de chegar lá mais para a frente, o campeonato é longo e precisaremos reforçar e refrescar a equipa, para evitarmos o desgaste que alguns jogadores acusaram a época passada. Isto de chamar traidores e preferir começar do zero pode ser muito bonito, romântico até, mas eu prefiro um Sporting competitivo, mas realista a idealismos extremos, que não levam a parte alguma, como é prova disso o Belenenses. Para fazer a vontade a alguns teríamos que jogar com 8 médios e 4 extremos. É fácil dizer que A ou B devem jogar, sem dizer quem deve sair do onze. Não sou entusiasta de Peseiro, mas é o nosso treinador, deixem-no trabalhar e para já os resultados alcançados estão acima das expectativas.

Não existem jogos fáceis, o Porto provou isso mesmo ontem, caso alguém o tivesse esquecido, pelo que é importante encaramos o próximo jogo com a máxima seriedade e conquistar os três pontos. Depois, o mercado estará fechado, será uma oportunidade para integrar reforços e recuperar algum do atraso com que partimos para a pré-época. Uma nova direcção terá sido eleita, os sportinguistas poderão estar confiantes e os adversários contar que estamos na luta. Força Sporting!

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