Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
1. Adán, Coates, Feddal, Neto, Palhinha são os bravos do pelotão. É incrível a simplicidade das coisas. Sozinho, nenhum é o Maradona, juntos são a muralha que solta Porro, Nuno Mendes, Pote, João Mário, TT, Nuno Santos e o resto da malta.
2. Como acontece sempre em Portugal, têm sido a equipa e a equipa técnica a puxar pelos adeptos. Não estavam no estádio a assobiar, mas estavam nas redes a apoucar. É humano, levamos muitos anos de fracassos.
3. Não sei se o Sporting será campeão, mas sei que agora estamos um pouco mais fortes com Paulinho, João Pereira e Matheus do Rio Ave. E este nosso ‘mercado’ também demonstra para sempre que não é possível querer ser campeão sem contratações de muitos milhões.
4. Lembremos sempre que a época foi preparada com contratações baratuchas porque era uma época que visava o terceiro lugar, talvez o segundo.
5. Os deuses olharam cá para baixo e apeteceu-lhes soprar uma sortezinha aqui, uma sortezinha ali. Mas é preciso ir à procura dela, porque sorte não aparece por acaso. Só sai o euromilhões a quem mete o boletim, só aparecem golos nos descontos a quem está na área adversária a tentar.
6. O Sporting tem a melhor equipa e mais saudável, o treinador que melhor mexe no banco, o calendário menos carregado e uma equipa técnica inteligente e astuta. Mas o Porto tem mais jogadores em quantidade e o Benfica também. Além disso, têm experiência e barba mais rija e isso conta.
7. Parecendo que não, faltam muitos jogos. Imensos. É enviar daqui um abraço a todos e desejos de um bom fevereiro.
Resulta evidente para mim que no próximo ano vamos lutar com o Braga pelo quarto lugar.
E não vai ser nada fácil. Braga tem ambiente mais calmo, mais estrutura, é um clube empoderado por vir a crescer e a morder os calcanhares ao terceiro grande, tem bom plantel, tem um futebol físico, paga salários muitos mais baixos, não tem a imprensa e as redes 24 horas por dia em cima, tem boas individualidades que “resolvem” e terá um treinador com ideia de jogo e conhecedor do futebol português.
Ruben Amorim parte bastantes degraus abaixo em experiência, calo, quantidade e qualidade de jogadores, organização e quantidade de pressão (no Sporting é cem mil vezes maior que no Braga, um clube sem adeptos). Além disso, as nossas Finanças coiso.
A perspetiva para a próxima época é, pois, aterradora. Doidos a fingir que somos um grande, e com o Braga sempre a soltar o bafo para cima de nós, temos é de ter cuidado com Rio Ave, Guimarães e talvez outro clube “sensação”. Até podemos ficar em quinto, digo eu.
É culpa do Varandas? Não acho. Nem acho culpa do Bruno ou sequer do Godinho. Enfim, é obviamente culpa de todos um bocadinho, mas não acho que seja culpa de ninguém especificamente. Há décadas que estamos numa trajetória descendente e a ganhar velocidade para aterrar de vez numa espécie de limbo entre o pódium e os chatos que disputam connosco o apuramento para a Liga Europa.
A solução? Sorte. Só isto, sorte. E fazer por isso, como é evidente.
Claro que precisamos de ter bons jogadores, boa equipa, boa estrutura, essas coisas, mas no nosso caso precisamos de lutar por ter sorte. Como preparamos mal a época, ficamos sem o Luiz Phellype por lesão e ficamos tão descalços que meter um golo que fosse se tornou um acontecimento. O Braga, por exemplo, sendo competente, acabou por ter sorte no último minuto com aquele pezinho que meteu o Vinícius em jogo e deu a vitória ao Benfica.
Embora possa dar essa ideia, não estou a desconversar nem com mensagens enigmáticas. Apenas a dizer que precisamos de admitir que nos falta a sorte e estarmos preparados para a reconhecer - um dia que esta apareça.
Um lance de roleta, ainda que mascarado de "acto de gestão", não deixa de ser um lance de roleta. Rien ne va plus.
Talvez a nossa melhor contratação da época.
A vaca Cornélia (com uns galhos descomunais) andou na sexta-feira a pastar na Luz.
Deu para tudo: uma chouriçada monumental do André Almeida, que ainda está para saber como fez aquilo; um bafo na nuca do Salvio transformado em "penálti"; um golo eventualmente limpo anulado por excesso de comprimento da unha do pé direito do jogador de Portimão.
De tanto apertarem nas tetas da vaca, a coitada da Cornélia já nem diz "mu". Agora só diz "ai ai".
Jorge Jesus já foi mais vezes expulso em oito meses na Liga ao serviço do Sporting do que em seis anos como técnico do Benfica.
Os factos falam por si: nós, no Sporting, não podemos usar a palavra sorte. Nem a palavra coincidência.
probabilidades) parecem estar em nosso favor na demanda pela permanência no topo observando os outros - os do animal fictício e os dos pardais - de cima para baixo. Eu já levo umas consideráveis 13 épocas a ver o Sporting (não quero insultar os seniores da casa com esta) e não fossem as "odds in our favor", a bola teria passado por baixo das pernas de Patrício - lembrem-se dos um para um com o Ricardo na baliza - ou teria sido defendida e logo a seguir ricocheteada através de um dos joelhos de um Rojo desta vida que em aparatosa queda empurraria a bola lá para dentro ou quiçá ainda, um dos nossos laterais ao tirar a que pica dali, iria colocá-la lindinha nos pés de um outro moço do Gil que com a baliza aberta não faria como o Hugo Almeida costuma fazer. Estes três lances são há muito doenças crónicas do nosso clube. Neste jogo isto não se sucedeu e nesta época andamos abaixo da média, facto que nos devia levar a agradecer ao Altíssimo. Mais a mais, que isto seja um Jogo da Fome e que no fim, a última punhalada seja dada por nós, pois lá audazes temos sido.