- Sporting conquista a Taça de Portugal em basquetebol, derrotando na final o FC Porto. Há 40 anos que não vencíamos este título na modalidade, reintroduzida em 2019 ao nível dos escalões seniores masculinos.
- Sporting vence por 5-3 o Vilafranquense, na terceira jornada do campeonato nacional de hóquei em patins feminino.
- Sporting empata 1-1 no pavilhão da Luz, no clássico de hóquei em patins correspondente à terceira jornada da modalidade. O golo de Matías Platero que daria a vitória leonina contra o Benfica foi invalidado: erro grosseiro do árbitro. A bola «ultrapassou mesmo a linha de baliza», como ontem assinalou a jornalista Marina Alves, na crónica do jogo no Record.
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No Sporting das competições virtuais:
- Carlos Vieira, ex-número dois de Bruno de Carvalho, critica Rúben Amorim por «não indicar aos jogadores para serem mais agressivos», propõe que os actuais dirigentes se submetam a uma «moção de confiança» e acredita ter um «papel relevante» na vida do Sporting, confessando em declarações à Rádio Renascença que ambiciona «ser membro do Conselho Fiscal» de uma futura direcção.
- Grupo de sócios anuncia entrega de requerimentos ao presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting para a realização de duas assembleias gerais: uma destinada à destituição dos actuais corpos sociais e outra visando a reintegração, como «sócios de pleno direito», dos antigos dirigentes Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho.
- «Reino do leão a ferro e fogo», titula a Renascença, citando outro grupo de sócios do Sporting que reclama a destituição imediata do presidente da MAG. Este grupo dirigiu ao Tribunal Central Cível de Lisboa uma providência cautelar para suspender a assembleia geral já realizada e fez uma participação disciplinar contra Rogério Alves «por violação flagrante dos estatutos».
- Dias Ferreira anuncia ter «um plano para salvar» a SAD leonina de cair em mãos exteriores ao clube. Em declarações concedidas ao canal televisivo do jornal A Bola, o ex-vice-presidente e ex-presidente da MAG acusou o Conselho Directivo de «violar os estatutos» ao atribuir nomes de glórias do clube às portas de Alvalade. Sobre o futebol, disparou: «O Sporting não tem equipa.»
- Schelotto, ex-defesa leonino, revela ter interposto uma acção contra o Sporting no Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausana, alegando ter sido «coagido a abdicar de verbas a que tinha direito», por contrato, quando se transferiu de Alvalade para o Brighton, em Inglaterra.
Após os 3 primeiros jogos oficiais gostava de debater com os leitores algumas observações que me saltam à vista.
1) Não seria melhor jogar com Doumbia junto a Bas Dost e ter mais presença na área, deixando Podence para desequilibrar o jogo na segunda parte como aconteceu na Vila das Aves, para não acontecer como hoje em que faltavam no banco opções para desequilibrar, uma vez que Iuri tem um tremendo potencial mas é um jogador diferente e que Mattheus Oliveira e Bruno César também estão longe de ter essas características? Bem sei que Matheus Pereira é um desequilibrador e foi emprestado, mas a verdade é que se trata de um jogador que precisa de jogar para render o que sabe, e já vimos pela época passada que não ia ter essa regularidade.
2) Temos uma das melhores duplas de centrais dos últimos anos. Espero que Mathieu não sofra dos problemas físicos do passado que me fizeram temer a sua contratação, pois poderá ser uma tremenda mais valia como tem demonstrado, e tambem porque a qualidade das alternativas, infelizmente não oferece segurança.
3) Fábio Coentrão, apesar de obrigar a uma gestão do esforço, é claramente um upgrade face aos nossos últimos laterais. Esse mesmo upgrade se verifica na ala esquerda do ataque com Acuña.
4) Não poderia Bryan Ruiz ser opção no plantel? Qualidade não lhe falta e num registo em que joga menos vezes, poderá render mais e ser importante para a qualidade da gestão da posse de bola em alguns jogos, algo de que a nossa equipa sofre, principalmente sem William, mesmo apesar do papel extremamente importante de Battaglia que permite à equipa recuperar a bola mais à frente.
5) Piccini até ver ainda não mostrou ser melhor que Schelotto. Resta esperar para ver Ristovski.
6) Bruno Fernandes ainda tem muito que trabalhar sem bola para ser Adrien, como se viu hoje, jogo em que o nosso capitão, mesmo não estando na melhor forma, permitiu à equipa outra capacidade de recuperação de bola e de pressão.
Julgo que a direcção leonina deve uma palavra de justificação aos adeptos. Como é do conhecimento público, andamos ansiosamente à procura do 11.º reforço do ano, um lateral direito. Isto enquanto se mantém sob contrato um jogador para esta mesma posição que não caiu do céu aos trambolhões mas resultou da escolha directa do treinador Jorge Jesus. Ninguém conseguiu perceber ainda por que motivo o técnico passou do oito para o oitenta: faz agora um ano, o ítalo-argentino era apontado como elemento indispensável do plantel, tanto assim que se manteve como titular durante a época inteira; subitamente, não serve sequer como segunda escolha para a mesma posição.
Estou à vontade porque nunca fui entusiasta de Schelotto, como aqui escrevi em tempo oportuno. Mas das duas uma: ou Jesus admite que cometeu um grave erro de avaliação ao pedir o jogador ou fonte próxima do técnico devia explicar à nação leonina por que razão o lateral passou de bestial a besta, sem merecer uma segunda oportunidade.
Já agora, não ficaria nada mal explicar também o que levou a equipa técnica do Sporting a não considerar Ricardo Esgaio sequer como segunda opção para a lateral direita nesta nova época, preferindo num primeiro momento improvisar até Bruno César nessa posição - com as consequências que seriam de supor. Como o Edmundo já assinalou aqui, esta nossa perplexidade é reforçada pelo excelente desempenho do defesa formado na nossa academia no desafio frente ao AIK que permitiu ao Braga seguir em frente nas pré-eliminatórias da Liga Europa. Esgaio, titular da posição, foi um dos melhores em campo. O que não deixou de entristecer todos aqueles que, como eu, preferiam que tivesse continuado de verde-e-branco.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre SCHELOTTO:
- Marta Spínola: «Temos bons centrais, um Schelotto que começa bem, descarrila pelo meio e corre para apanhar o fim, um Bas Dost que não tem culpa que não lhe chegue sempre a bola...» (29 de Outubro)
- Luís de Aguiar Fernandes: «Podem dizer que o Schelotto só sabe correr e não sabe fazer um passe.» (31 de Outubro)
- Francisco Chaveiro Reis: «Schelotto parece o [lateral] menos mau mas é inconstante.» (20 de Dezembro)
- Duarte Fonseca: «Há alguém no mundo futebolístico, com excepção de Jorge Jesus e de Bruno de Carvalho, que considere o Schelotto um jogador de futebol?» (20 de Fevereiro)
- Filipe Arede Nunes: «Desde que o Marvin saiu da equipa o Schelotto parece-me ainda pior...» (1 de Março)
- Rui Cerdeira Branco: «Bryan Ruiz, Zeegelaar e Schelotto. Três titulares que não oferecem garantias de conseguirem fazer melhor do que ofereceram este ano. Bryan Ruiz porque tem contra a idade (já foi bom, voltará a sê-lo?) e os restantes porque parecem não conseguir dar mais, prestando-se a falhar demasiadas vezes em jogos decisivos.» (14 de Maio)
Só no Sporting. Depois de ter sido internacional por Itália, uma das melhores seleções do globo, o nosso defesa Schelotto prepara-se para se estrear pela...Argentina, uma das melhores seleções do globo. Não é para todos.
Não há muito mais a dizer a seguir aos dois últimos jogos. Ou quatro, vá, mas nos dois últimos foi mais evidente uma ineficácia que não deixa muitos argumentos. Com o Dormund houve atitude e em Guimarães três golos. Não é um caso em particular, e isto não quer dizer que está tudo mal na equipa. Temos bons centrais, um Schelotto que começa bem, descarrila pelo meio e corre para apanhar o fim, Um Bas Dost que não tem culpa que não lhe chegue sempre a bola. Não é uma culpa de alguém em particular, mas também não é mérito de nenhum. Vendo a cara do Ruben Semedo no final do jogo, percebe-se que não somos só nós a achar que aquele resultado soube a derrota. E não é saber a derrota por merecermos mais um golo - que até merecíamos -, ou erro do árbitro, ou anti-jogo - que também existiu, não discuto isso. É saber a derrota porque sabemos e podemos mais que isto.
Queriamos estar todos alinhados, estamos agora? Estamos unidos num "Ok, alguma coisa tem de mudar nestes jogos"? Espero que sim, é essa sintonia que faz um clube.
Isto passa-me, nem sequer está em causa quarta-feira estar em frente a uma TV às 19:45. Mas que mói, mói.
O Sporting continua sem vencer nos jogos mais relevantes desta pré-temporada. Hoje terminou empatado a zero com o Villarreal, quarto classificado do campeonato espanhol, num jogo realizado em Badajoz, sob calor intenso, para a atribuição do Troféu Ibérico.
O impasse no marcador forçou o desempate por grandes penalidades. Dois dos nossos falharam: Slimani e Rúben Semedo. Apesar de o guarda-redes Azbe Jug ter defendido um penálti, o troféu foi para a equipa espanhola.
É o que menos interessa. Vale a pena assinalar que o Sporting exibiu hoje mais consistência defensiva, revelou ritmo de jogo, mostrou jogadores em bom plano e dispôs até de maior número de oportunidades de golo, dominando toda a segunda parte.
Tivemos mais uma bola ao poste: foi a terceira em dois desafios consecutivos. E houve enfim um golo de Barcos, embora anulado por um contestável fora de jogo posicional de Coates nesse lance.
Falta afinar rotinas de jogo. E falta sobretudo que regressem quatro jogadores nucleares: os nossos quatro campeões europeus. É quanto basta para fazer a diferença, acreditamos muitos de nós.
Eu acredito.
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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:
Azbe Jug - Na baliza durante os 90 minutos, fez uma boa defesa a remate de Soldado (34'). Destacou-se sobretudo ao defender um penálti, na fase do desempate final: não chegou para nos atribuir o troféu mas foi um sinal muito positivo.
João Pereira - Exibição insuficiente. Muito retraído, mal se integrou no processo ofensivo. Uma fífia em zona perigosa poderia ter originado golo do Villarreal (41'). Só jogou a primeira parte.
Coates - Mais nervoso e faltoso do que é costume, não teve o nível exibicional a que já nos habitou. Fora de jogo, fez-se à bola no lance do golo de Barcos, invalidando-o. Em campo só durante os primeiros 45 minutos.
Naldo - Exibição irrepreensível. Atento às dobras, complementando bem a acção dos colegas, entendeu-se com todos. Ajudou a neutralizar Soldado, goleador do Villarreal. Só foi substituído aos 81'.
Jefferson - Não complicou nem deslumbrou. Procurou ser objectivo e empurrar a equipa para a frente, nem sempre com sucesso. Jogou apenas durante a primeira parte.
Petrovic - Continua preso de movimentos, parecendo aìnda à procura do seu espaço. Claramente insuficiente na produção de jogo ofensivo. Abandonou o campo aos 43', com queixas físicas.
Bryan Ruiz - AInda lento, sem a qualidade de passe nem o sentido posicional demonstrado na Liga 2015/16. Tentou aos 33' um golo de pontapé de bicicleta, sem conseguir. Substituído aos 68'.
Bruno César - Voluntarioso como sempre. Começou desta vez por jogar a médio central. Livre muito bem marcado aos 45'. Aos 88', fez um excelente passe que foi quase meio golo. Merecia que Matheus tivesse correspondido.
Iuri Medeiros - Procura acertar, mas continua precipitado. E falha por vezes o tempo de decisão, como ficou bem evidente no lance em que atirou a bola ao poste, já no tempo extra, após cruzamento soberbo de Slimani.
Alan Ruiz - Voltou a causar boa impressão. O seu melhor momento foi um fortíssimo remate aos 21', que o guardião espanhol defendeu com dificuldade. Aos 45' fez uma assistência para o golo de Barcos, anulado. Saiu aos 61'.
Barcos - Enfim, marcou. Boa movimentação na área, correspondendo da melhor forma a um passe de Alan Ruiz. Mas teve azar: o golo foi anulado por deslocação de Coates, que se fez ao lance. Não regressou do intervalo.
Palhinha - Substituiu Petrovic aos 43'. Com vantagem para a equipa. Mais posicional e com melhor visão de jogo do que o internacional sérvio, reforçou o bloco defensivo e assegurou bem a ligação ao sector ofensivo.
Rúben Semedo - O mais tecnicista dos nossos defesas, substituiu Coates na segunda parte. Repõe sempre a bola em jogo com muita qualidade de passe. No final, marcou o penálti com pouca convicção: foi o seu ponto fraco.
Schelotto - Melhor em campo. Substituiu João Pereira na segunda parte e deu logo mais dinamismo à ala, ganhando sucessivos confontos individuais. A defender nunca complica: sozinho, travou um perigoso contra-ataque aos 84'.
Marvin - Substituiu Jefferson no segundo tempo. Continua a denotar défice atacante. E abusou dos atrasos ao guarda-redes. Num deles, obrigou Jug a uma defesa difícil (69'). Outro, em zona proibida, foi salvo por Rúben (74').
Podence - Foi a sua exibição mais modesta nesta pré-temporada. Substituindo Barcos na segunda parte, voltou a revelar grande mobilidade. Mas demorou por vezes a libertar a bola, abusando dos dribles.
Slimani - Entrou aos 61'. Pressionou sempre a defesa adversária, como é seu timbre. Fez um grande cruzamento aos 92' - quase assistência para um golo que Iuri falhou. Nos penáltis, foi o primeiro a bater mas não conseguiu marcar.
Matheus Pereira - Entrou aos 68', rendendo Bryan Ruiz, e jogou encostado à linha, do lado esquerdo. Quer mostrar serviço mas continua sem conseguir. Muito bem servido, aos 88' e aos 90', falhou dois possíveis golos.
Ewerton - Substituiu Naldo aos 81'. Exigia-se dele um bom entendimento com Rúben Semedo no eixo da defesa. Missão cumprida.