Fim de linha: Marcus Edwards está mesmo de saída, como antecipei aqui há poucos dias. O seu rendimento tem sido nulo e o seu comportamento tornou-se inaceitável - ao ponto de ter recusado integrar-se na comitiva leonina que compareceu em Leiria, sábado passado, dia da final da Taça da Liga.
Cada vez mais desinteressado, cada vez mais alheado do grupo, incapaz de dizer umas frases na nossa língua apesar de viver há quase seis anos em Portugal, Edwards demonstrou esta época, sem margem para dúvidas, que não tem lugar no plantel leonino. Jogadores como Trincão, Geny e até Quenda ocuparam-lhe o espaço. Sem quebras de compromisso.
Os números confirmam: em 2024/2025, o inglês que chegou ao Sporting no início de 2022 só marcou três golos em dez jogos - dois dos quais ao amador Amarante, da terceira divisão, para a Taça de Portugal. Assistências para golo, nem uma para amostra.
Números bem diferentes das duas épocas anteriores. Em 2022/2023 participou em 51 jogos e marcou 12 golos, em 2023/2024 fez 6 golos em 44 jogos.
Infelizmente, o comportamento mais recente dele deu-me razão quando aqui o destaquei por mau motivo: foi, para mim, a maior decepção de 2024.
No Transfermarkt, o seu passe permanece avaliado em 15 milhões de euros. Só um milagre fará o Sporting receber essa quantia por ele.
A SAD leonina pede 12 milhões: veremos se conseguirá metade pelo extremo, que tem só mais ano e meio de contrato. A cláusula de 60 milhões, claro, tornou-se mera fantasia.
O óbvio ululante impôs-se aos olhos da administração da SAD, dando razão àquilo que tantas vezes vários de nós escrevemos aqui nas semanas mais recentes.
Devia ter saído antes. Ou antes: nem devia ter entrado como substituto de Ruben Amorim.
Não faz sentido nenhum falar-se em traição de Rúben Amorim. Traição seria sair a meio da época para um adversário. Em nenhuma circunstância o Manchester United será adversário do Sporting esta época. Lamento por isso quem fala em "traição", como o sempre destemperado José Dias Ferreira, e lamento as faixas colocadas ontem no exterior do estádio.
Dito isto, é claro que só posso lamentar a decisão de Rúben Amorim. Essa decisão torna-se ainda mais lamentável depois de ouvir o discurso sobre a estabilidade de que falei no meu texto anterior. Desse discurso conclui-se: o Sporting não poderia ter feito mais por Rúben Amorim. E por isso merecia a gratidão de não ver o seu treinador sair numa altura nada conveniente para o clube, a meio de uma época, a meio de um projeto. Amorim sabia disso, também preferia não sair agora, mas no entanto teve as suas compreensíveis razões, que explicou bem ontem. Mas optou por sair, uma escolha que do ponto de vista do Sporting revela ingratidão. Mas a ingratidão, ao contrário da traição, perdoa-se. Muito mal estaria o Sporting se não reconhecesse tudo o que Rúben Amorim fez. Ingratos estaríamos a ser nós. Por isso, muito obrigado por tudo, Rúben. Muitas felicidades (enquanto não fores adversário do Sporting). Quem sabe um dia regresses.
Agora já é oficial. Ruben Amorim está de saída do Sporting. No início de Novembro, e isso é o que mais me custa. Num Novembro com um calendário desafiante, que não pensei que não fizesse connosco.
Eu entendo tudo, oportunidades, a treta do comboio que não passa mais, os dinheiros, a grandeza do United. Mas tenho direito a que me doa, a não gostar, até de não me juntar a quem se zanga ou quem só tem gratidão. Até a pensar que sai do melhor Sporting que vi, para o pior MaUtd de que me lembro. Serão fracos consolos, mas preciso de passar por eles.
Cada um sabe de si, uns querem assobiar, outros aplaudir. Ou talvez sejamos só latinos cheios de nervos e sangue quente. Eu tenho-me sentido dormente, não tenho dúvidas na gratidão que lhe tenho, mas continuo em negação.
Não me lembro de ouvir todas as conferências de imprensa de um treinador, de ouvir de facto, de o acompanhar e entender. Mais que isso, ter vontade de o fazer.
Ninguém quer voltar à dança de treinadores, ainda parece cedo para não depender de Amorim. Uma saída em Maio seria difícil para nós, em Novembro é um duro golpe. Já não quero falar de culpas, já as pensei e atribuí todas, já baralhei e voltei a dar. Não nos leva a lado nenhum que não a dispersão e eu não tenho saudades nenhumas disso.
Sou daquelas pessoas que está com o treinador até à última, em nome da estabilidade. Admito que por vezes já nem fizesse sentido, mas temos más experiências suficientes para não querer andar sempre a mudar. Provavelmente já vi treinadores saírem todos os meses de uma época, mas agora é diferente, é o treinador que me está a deixar, quando está a correr bem. Tive vagamente esta sensação com Leonardo Jardim, mas não tínhamos sido campeões duas vezes, não foi Leonardo Jardim que ouvi religiosamente cada jogo durante os confinamentos.
Agora tenho dois jogos em Alvalade para me despedir, que queria que acontecessem e agora já nem sei. Que é que eu queria mesmo? Que nada disso tivesse acontecido, mas cá estamos.
O Manchester United é um grande clube, mas não posso ver esta como uma grande saída.
Correu bem, é inegável. Só queremos que continue a correr, agora sem Ruben Amorim.
'E passam jogadores, dirigentes, treinadores, E nós ficamos cá E nada mudará está forma de amar'
Será substituído, sabe-se já, pelo advogado Bernardo Palmeiro, que entre 2020 e 2023 prestou assessoria jurídica à administração SAD e ao departamento de futebol leonino. Não virá como director desportivo mas como director-geral para o futebol, reportando directamente ao presidente Frederico Varandas.
Comentem à vontade, se forem do Sporting. Os outros são recambiados ao local de origem. Nem pensem que isto é bar aberto.
O mercado está quase a fechar... e o plantel ainda está por completar.
Enquanto os muitos reforços chegam aos rivais, no Sporting a novidade é que... não há novidades sobre o ponta de lança. Menos ainda sobre o médio centro alto e forte que continua a faltar no plantel.
As novidades que existem é daqueles que vão saindo por empréstimo ou definitivamente.
Essugo é mais uma. Empréstimo sem opção de compra ao Las Palmas.
Entradas (38M€):
1.Vladan Kovacevic(26) - Raków - 5M€
2. Maxi Araújo (24) - Toluca - 15M€ - Internacional A Uruguai
3. Debast (20) - Anderlecht - 18M€ - Internacional A Bélgica
4. Bento Estrela (18) - New York Red Bulls
5. Paulo Iago (17) - Real Madrid (Ag. Jorge Mendes) - A confirmar
21. Pedro Bondo (19) - Petro Luanda (emprestimo terminado)
22. João Pereira (19)
Empréstimos:
1. Rúben Vinagre (25) - Légia Varsóvia
2. Sotiris Alexandropoulos (22) - Standard Liège (3M€ de cláusula)
3. Rafael Pontelo (21) - Pafos FC / Chipre
4. Lucas Dias (20) - Cavalry / Canadá ?
5. João Muniz (20) - Rio Ave ?
6. Dário Essugo (19) - Las Palmas ?
Situações pendentes de resolução:
1. Jovane Cabral (26)
2. Koba Koindredi (22)
3. Mateo Tanlongo (20)
4. Afonso Moreira (19)
Entretanto Inácio, Pedro Gonçalves, Trincão e Quenda integram a convocatória para a A, Quaresma e Essugo para os sub21. Para os sub19 de Espanha, o Lucas Taibo titular da nossa equipa B. E vários outros para as suas selecções.
Diogo Abreu, formado no FC Porto e desde 2022 de Leão ao peito. Prepara-se para deixar Alvalade, aos 21 anos. Na época passada, oscilou entre a equipa B e os sub-23. Com números pouco animadores, mesmo para um médio defensivo: 21 jogos, apenas um golo e uma assistência ao serviço do Sporting B.
Tenho pena de não o ter visto mais aproveitado, mas confesso ter dúvidas sobre a capacidade deste jogador para alinhar de verde e branco. Resta acompanhar o seu percurso ao serviço de outros emblemas.
O tempo vai passando, o plantel cada vez está mais definido mas ainda faltam quase duas semanas para o fecho do mercado.
Com estas regras e o poder actual que têm os empresários, é mesmo complicado gerir o plantel duma equipa como o Sporting. Pior ainda quando acontecem abandonos e lesões completamente inesperadas como aconteceu com Coates e St. Juste, que obrigam a repensar toda a estratégia de vendas.
O que o Sporting tem feito é segurar o mais possível os titulares e encaixar as verbas necessárias para o reforço da equipa no segundo mercado, ou seja, na venda de suplentes e jovens promessas.
Não faz muito sentido dizer que o Sporting deveria vender A, B e C e não D, E e F. Vende-se o que se pode, e não o que se quer. Para vender alguém é preciso que algum clube o queira comprar pelo valor pretendido, que o jogador queira e o empresário também. Se o jogador quiser sair e o empresário também, não vale a pena pensar em segurá-lo. Doutra forma, não há negócio e até pode acontecer que o jogador se acomode à situação e acabe por sair a custo zero no final do contrato. Coisa que ao contrário dos rivais nunca aconteceu com algum titular no tempo de Frederico Varandas.
O tempo dos "Estou cá para defender os interesses do Sporting, os jogadores que defendam os deles" terminou com a fuga dos principais jogadores e um rombo tremendo na SAD. Para não mais repetir.
Vamos então olhar para as entradas e saídas. Juntei aqui um jovem com a idade do Quenda que pode também cair no goto de Rúben Amorim, o futuro o dirá:
Entradas (38M€):
1.Vladan Kovacevic(26) - Raków - 5M€
2. Maxi Araújo (24) - Toluca - 15M€ - Internacional A Uruguai
3. Debast (20) - Anderlecht - 18M€ - Internacional A Bélgica
4. Paulo Iago (17) - Real Madrid (Ag. Jorge Mendes)
Fala-se também de Ioannidis (24) - Panathinaikos e Vitor Roque(20) - Barcelona
Cada vez mais se nota que o ciclo que começou quatro anos atrás terminou. Outro vai começar.
Cada vez mais entendo as reticências de Rúben Amorim em continuar. Mas ainda bem que continua, porque doutra forma o Sporting iria passar por grandes dificuldades. Basta lembrarmo-nos de histórias passadas.
Os jogos iniciais levam a crer que o 3-4-3 irá continuar e com ele os diferentes posicionamentos e papéis dentro do jogo, particularmente os alas e os interiores. Leio n´A Bola que no Euro2024 os modelos de jogos com 3 defesas, em 3-4-3 ou 3-5-2, foram maioritários ao contrário do último Europeu, o que só prova que Amorim foi um futurista. Construiu o único sistema de 3 defesas de equipa grande em Portugal dos últimos muitos anos.
Agora há que evoluir em todos os domínios. Na qualidade dos jogadores, no jogo aéreo, na capacidade de remate, nas bolas paradas, na definição do último passe, no centro preciso no tempo certo, na articulação entre os jogadores e os sectores, em tudo. Como diria La Palice, se trocarmos meia dúzia dos piores dos que já lá estavam por meia dúzia de melhores dos que lá ficaram, a coisa só pode melhorar. E tem razão.
Resumindo, mudança de ciclo é isto mesmo, e é como remodelar a casa. Primeiro despachamos os móveis antigos que ocupam muito espaço e só com a casa mais livre compramos e instalamos os novos.
Mas que todos andamos ansiosos pela chegada dos novos Hjulmands e Gyökeres, lá isso é verdade.
PS: Pelo que leio, os encargos anuais do Sporting com os salários de Adán, Coates, Paulinho, Neto e Esgaio correspondiam a cerca de 15M€. Parece assim existir uma folga financeira que permite ao Sporting contratar quem possa fazer a diferença e não apenas número.
Começou já a pré-época do Sporting com 24 jogadores às ordens de Rúben Amorim, dos quais nove jovens de Alcochete com 20 anos ou menos.
Faltam ainda os envolvidos no Europeu e alguns estrangeiros, mas é notório que mais uma vez o Rúben abre a porta aos jovens, depois tudo depende deles para entrarem. No caso, nas opções para o onze.
Mas hoje fomos confrontados com a saida do grande capitão Seba Coates por motivos pessoais que o Sporting tem de acolher e corresponder. Sai no meu entender o melhor defesa central do Sporting dos últimos 50 anos, sai o patrão da defesa e com grande influência no modelo de jogo da equipa, ficam alguns jovens de imensa qualidade mas com mercado, poderão sair a qualquer momento.
Enfim, fechou-se um ciclo no Marquês de Pombal ainda há pouco, começou outro e não da melhor forma.
Vamos acompanhando a situação conforme as novidades.
Em Fevereiro fiz aquium inventáriodas entradas e saídas de jogadores seniores do Sporting. Foram 24 as saídas nos dois mercados da época para apenas 6 entradas. Actualizo agora o inventário correspondente a este mercado de Verão. Os valores apresentados são arredondamentos dos noticiados.
Entradas (23M€) :
1.Vladan Kovacevic(26) - Raków - 5M€
2. Debast (20) - Anderlecht - 18M€
Saídas (10M€) :
1. Antonio Adán (37)
2. Luís Neto (36)
3. Paulinho (31) - Toluca - 8M€
4. Tiago Ferreira (22) - Est. Amadora
5. Emanuel Fernandes (21)
6. Chico Lamba (21) - Arouca
7. Vando Félix (21)
8. Miguel Menino (21)
9. Nazinho (2) - Cercle Brugge - 2M€
10. Marco Cruz (20) - V. Guimarães
11. João Pereira (19)
Às saídas de Adán, Neto e Paulinho deverá corresponder um corte não negligenciável na massa salarial do plantel, se calhar mais de 5M€ anuais.
Nas saídas percebe-se que muitos dos mais velhos da equipa B considerados sem condições de chegar à equipa A estão a sair. Assim o plantel comandado por João Pereira volta a ter uma média de idades muito baixa, sem condições para lutar pelo acesso à 2.ª Liga.
Quando digo que Coates é o melhor defesa central dos últimos 50 anos baseio-me nos factos. São os jogos nas competições internas, são os jogos na Champions e na Liga Europa, são os golos, são os títulos, é o estatuto de capitão, é a posição de comando na equipa, é tudo junto. Se depois me dizem que um Luisinho que passou por aqui em final de carreira e ganhou nada ou quase nada era melhor, não vale a pena argumentar. Se calhar nem o viram jogar ao vivo como eu.
Pela mesma lógica, também digo que o Paulinho foi um dos bons pontas-de-lança do Sporting nos últimos anos. Inteligente, trabalhador, versátil e marcador de golos, muitos decisivos. Claro que lhe falta aquela capacidade de desmarcação na área, aquele sexto-sentido de onde a bola vai aparecer e aquele "killer instinct" que distingue os melhores. Por isso rendeu mais quando não esteve "plantado" na área contrária, quando recuou no terreno a fazer de "pivot ofensivo" ou quando andou a girar à volta dum outro ponta-de-lança.
Nos últimos 50 anos os nossos "artilheiros" foram os seguintes:
Época
1º
Golos
2º
Golos
Classif.Campeonato
Presidente
1974
Hector Yazalde
50
Marinho
14
1
João Rocha
1975
Hector Yazalde
37
Nelson
10
3
João Rocha
1976
Manuel Fernandes
32
Chico
11
5
João Rocha
1977
Manuel Fernandes
27
Keita
15
2
João Rocha
1978
Manuel Fernandes
24
Jordão
20
3
João Rocha
1979
Manuel Fernandes
13
Jordão
11
3
João Rocha
1980
Jordão
31
Manoel
12
1
João Rocha
1981
Jordão
35
Manuel Fernandes
18
3
João Rocha
1982
Jordão
34
Oliveira
22
1
João Rocha
1983
Jordão
24
Oliveira
15
3
João Rocha
1984
Manuel Fernandes
27
Jordão
24
3
João Rocha
1985
Manuel Fernandes
18
Eldon
12
2
João Rocha
1986
Manuel Fernandes
39
Meade
13
3
João Rocha
1987
Manuel Fernandes
25
Meade
22
4
Amado de Freitas
1988
Cascavel
31
Sealy
13
4
Amado de Freitas
1989
Cascavel
15
Silas
11
4
Jorge Gonçalves
1990
Gomes
9
Cadete
7
3
Sousa Cintra
1991
Gomes
30
Cadete
10
3
Sousa Cintra
1992
Cadete
26
Iordanov
11
4
Sousa Cintra
1993
Cadete
23
Balakov
16
3
Sousa Cintra
1994
Balakov
21
Cadete
15
3
Sousa Cintra
1995
Iordanov
13
Juskowiak
13
2
Sousa Cintra
1996
Paulo Alves
14
Sá Pinto
14
3
Santana Lopes
1997
Paulo Alves
10
Iordanov
9
2
José Roquete
1998
Leandro
16
Oceano
12
4
José Roquete
1999
Iordanov
13
Edmilson
10
4
José Roquete
2000
Acosta
24
Ayew
9
1
José Roquete
2001
Acosta
21
Barbosa
9
3
Dias da Cunha
2002
Jardel
55
João Pinto
12
1
Dias da Cunha
2003
Jardel
12
João Pinto
8
3
Dias da Cunha
2004
Liedson
19
Barbosa
9
3
Dias da Cunha
2005
Liedson
35
Viana
10
3
Dias da Cunha
2006
Liedson
37
Deivid
8
2
Soares Franco
2007
Liedson
21
Alecsandro
11
2
Soares Franco
2008
Liedson
23
Vukcevic
14
2
Soares Franco
2009
Liedson
25
Derlei
11
2
Soares Franco
2010
Liedson
22
Veloso
11
4
JE Bettecourt
2011
Postiga
12
Liedson
10
3
JE Bettecourt
2012
Wolfswinkel
25
Capel
7
4
Godinho Lopes
2013
Wolfswinkel
20
Capel
5
7
Godinho Lopes
2014
Montero
16
Slimani
10
2
Bruno de Carvalho
2015
Montero
15
Slimani
15
3
Bruno de Carvalho
2016
Slimani
31
Theo
15
2
Bruno de Carvalho
2017
Bas Dost
36
Alan Ruiz
7
3
Bruno de Carvalho
2018
Bas Dost
34
Bruno Fernandes
16
3
Bruno de Carvalho
2019
Bruno Fernandes
33
Bas Dost
23
3
Frederico Varandas
2020
Bruno Fernandes
15
Luiz Phellype
9
4
Frederico Varandas
2021
Pedro Gonçalves
23
Nuno Santos
8
1
Frederico Varandas
2022
Sarabia
21
Pedro Gonçalves
15
2
Frederico Varandas
2023
Pedro Gonçalves
20
Paulinho
15
4
Frederico Varandas
2024
Gyökeres
43
Paulinho
21
1
Frederico Varandas
Quem foram os avançados-centro do Sporting que marcaram mais de 21 golos por temporada nestes 50 anos? Não foram assim tantos:
1
Hector Yazalde
2
Manuel Fernandes
3
Jordão
4
Meade
5
Cascavel
6
Gomes
7
Cadete
8
Acosta
9
Jardel
10
Liedson
11
Wolfswinkel
12
Slimani
13
Bas Dost
14
Gyökeres
Quantos destes foram campeões nacionais, como Paulinho? Menos ainda:
1
Hector Yazalde
2
Manuel Fernandes
3
Jordão
4
Acosta
5
Jardel
6
Gyökeres
E bicampeões (entenda-se 2 vezes campeões), como Paulinho?
1
Manuel Fernandes
2
Jordão
Quantos pontas-de-lança piores que o Paulinho passaram pelo Sporting? Imensos, a maioria nem tem o nome nesta lista.
Paulinho está de saída. Vai deixar imensas saudades no estádio e junto de todos aqueles sócios e adeptos que percebem um pouco de futebol e não têm pálas nos olhos.
Que venha alguém que traga coisas novas e melhores, que conquiste as bancadas, e o cântico respectivo logo aparecerá também.
A minha preferência vai para um ponta-de-lança tipo Bas Dost. Boa pessoa, alto, forte no jogo aéreo, associativo, jogador de equipa. Vamos aguardar.
Para já, obrigado, Paulinho! Não percas as medalhas e volta sempre!
Em Fevereiro fiz aquium inventáriodas entradas e saídas de jogadores seniores do Sporting. Foram 24 as saídas nos dois mercados da época para apenas 6 entradas. Actualizo agora o inventário correspondente a este mercado de Verão:
Entradas:
1.Vladan Kovacevic(26) - Raków
2. Debast (20) - Anderlecht
Saídas:
1. Antonio Adán (37)
2. Luís Neto (36)
3. Paulinho (31) - Toluca
4. Tiago Ferreira (22) - Est. Amadora
5. Emanuel Fernandes (21)
6. Chico Lamba (21) - Arouca
7. Vando Félix (21)
8. Miguel Menino (21)
9. Marco Cruz (20) - V. Guimarães
10. João Pereira (19)
Nas saídas percebe-se que muitos dos mais velhos da equipa B considerados sem condições de chegar à equipa A estão a sair. Assim o plantel comandado por João Pereira volta a ter uma média de idades muito baixa, sem condições para lutar pelo acesso à 2.ª Liga.
Já não falta muito para o início da próxima época em que na primeira metade vamos ter de alternar entre duas competições, defender o título nacional ao mesmo tempo que defrontamos na Champions oito diferentes adversários.
Ora, daquilo que me recordo nos últimos 50 anos, nunca nos aconteceu sermos campeões nacionais numa época em que disputamos a Champions/Taça dos Campeões Europeus. O que por diversas vezes aconteceu é que o desgaste da competição europeia se fez sentir e bem na competição interna, e o resultado final foi uma classificação final na Liga muito abaixo do desejável. Como aconteceu na época passada, quando a uma boa campanha europeia com vitórias perante Tottenham e Eintracht Frankfurt e a eliminação do Arsenal, na altura líder da Premier League, correspondeu o quarto lugar na Liga. Se calhar já ninguém se recorda do onze com que o Sporting perdeu em Arouca na época passada, três dias depois da derrota de Marselha.
Foi o seguinte:
Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Esgaio, Pedro Gonçalves, Essugo e Nazinho; Trincão, Rochinha e Arthur Gomes.
Obviamente não chegou.
A permanência de Rúben Amorim é fundamental para as coisas correrem bem, pela sua liderança tranquila e competente, pelo seu modelo de jogo afinado e completamente absorvido pelo plantel, pela polivalência treinada de muitos jogadores dentro do sistema táctico.
Mas para que o fracasso interno não volte a acontecer, é necessário que o plantel tenha uma quantidade de qualidade que não teve nem este ano nem nos anteriores, e que a equipa possa mudar quatro ou cinco jogadores entre jogos consecutivos sem quebra de rendimento.
O princípio-base de constituição dum bom plantel é assegurar dois jogadores de rendimento aproximado dentro das características de cada um. E a melhor forma de avaliar isso é comparar o onze titular com o suplente.
O melhor onze do Sporting este ano terá sido:
Adán; Diomande, Coates, Inácio; Catamo, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves.
O onze suplente, ou melhor dizendo o onze de suplentes, aqueles que para além dos anteriores mais entraram em jogo este ano, terá sido:
Israel; Quaresma, Neto, St. Juste; Fresneda, Koindredi, Esgaio e Matheus Reis; Edwards, Paulinho e Bragança.
Ora destes 22 jogadores, já sairam dois, Adán e Neto, e pelo que se vai lendo poderão sair mais estes: Paulinho (Toluca?), Koindredi (empréstimo?), Diomande (Inglaterra?), Inácio (Inglaterra?), Edwards (Inglaterra?) e St. Juste (PSV?).
Entradas, para já, temos quatro: Kovacevic (Raków) e Debast (Anderlecht), a que se juntam o regressado Mateus Fernandes e o promissor Quenda.
Depois temos outros regressados de empréstimo como Diogo Callai, Dário Essugo, Afonso Moreira, Samuel Justo, mais Pontelo, que poderão fazer a pré-época e depois seguirem para novos empréstimos. Talvez seja também esse o caso de Rodrigo Ribeiro.
Estranhamente ou talvez não, a equipa B parece não contar em termos de reforço efectivo do plantel. De saída estão os mais velhos como Chico Lamba, Miguel Menino e Tiago Ferreira, e de saída a custo zero (!!!) está o promissor Marco Cruz, "comprado" por 10M€ ao FC Porto (e lá está a dívida ao Sporting no mapa das dívidas de curto prazo daquela SAD). Diogo Abreu sairá também?
Depois temos os "restos de colecção", Rúben Vinagre, Sotiris, Tanlongo, Jovane, que também parecem não contar. O que no caso de Sotiris e Tanlongo é pena, pois estamos a falar de internacionais pela Grécia e pela Argentina. Falta ali mentalidade/adaptação ao clube e ao futebol português como também ainda falta a Fresneda, mas a qualidade está lá.
Que dizer de tudo isto?
A fórmula de poucos mas bons reforços funcionou muito bem esta época. Hjulmand e Gyökeres duraram toda a época quase sem lesões, mas será um grande risco começar a próxima da mesma forma. Não se trata apenas de compensar as saídas, o plantel precisa mesmo de ser reforçado.
Paulinho estará de saída do Sporting. Poderá rumar ao Toluca, do México, agora treinado por Renato Paiva. Por uma verba que oscila entre 7 e 10 milhões de euros.
Boa notícia? Má notícia?
Façam o favor de se pronunciar.
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