A Bola de 2021.03.29 trazia esta tabela, excepto a temporada de 1984/1985, sempre que conseguimos séries de jogos sem perder, como nesta temporada, fomos campeões.
Na temporada de 1984/1985 não fomos campeões, não por demérito nosso mas por mérito de Porto que tinha uma excelente equipa, ainda assim, não nos conseguiram marcar golos, nem em Alvalade, nem nas Antas. O Sporting dessa época era uma equipa à imagem de Toshack, vertigem ofensiva, umas vezes corria bem, vitória por 8-1 com o Braga de Quinito, outras corria mal, empate 4-4 com a Académica.
Voltando à tabela e ao título do postal, uma equipa como o Sporting não pode jogar para não perder, tem de jogar para ganhar, sempre.
Não podemos andar a perseguir séries de jogos sem perder.
Temos é de falar em resultados negativos e resultados positivos.
Até agora, resultados negativos, os dois empates com o Porto, empate com o Famalicão (Coates devia ter aventado com a braçadeira de capitão para o chão, pois aprendemos que é assim que se reage quando somos roubados) e empate com o Rio Ave, todos os outros resultados foram positivos.
É isso que se pretende até ao fim da época, testar positivo em todos os jogos que nos faltam.
Sugiro vivamente que se veja a série documental "Sunderland até morrer" da Netflix. Talvez se perceba que isto não é bem como no Football Manager, nem vai lá com castelos no ar.
Isto que se vai iniciar hoje parece-se muito com uma série de televisão.
Não escolhi esta série (a da imagem) por acaso, aquilo, a que vamos assistir a partir de hoje, só foi possível graças a uns mascarados de fato de macaco vermelho, que não queriam perder, nem o campeonato, nem, principalmente, o papel, o papel moeda.
A primeira temporada (e na minha opinião, a verdadeira) desta Liga foi jogada nos estádios de futebol, com cheiro a cerveja e a couratos.
A segunda temporada inicia-se hoje nas pantalhas televisivas com cheiro a pipocas e a sumos de palhinha.
Ora aí está, uma utilização abusiva desta série do Franciscopara recomendar: Losers: ganhar e perder.
A vida não se faz só de vitórias, faz-se de derrotas, também.
Às vezes é necessário batermos com os pés no fundo da piscina para ganharmos impulso e subirmos.
Esta série relata-nos histórias verídicas de várias pessoas que perderam mas souberam dar a volta, oito episódios sobre oito desportos diferentes (cerca de 30 a 40 minutos casa um).
Há uma frase atribuída a Séneca que diz mais ou menos isto: "antes ser derrotado no bem que vencer no mal" que podemos interpretar com antes perder com honra que vencer com batota.
Sunderland 'Til I Die, cuja segunda temporada acaba de se estrear na Netflix, acompanha o dia a dia do gigante adormecido do nordeste inglês, à medida que a nova gestão tenta devolver o clube ao lugar que merece, apesar dos sérios constrangimentos económicos, da mentalidade acomodada do staff e da falta de experiência da administração. Enquanto isso, vemos a forma dedicada como os adeptos acompanham o clube (ali, onde o sol pouco brilha e as libras são contadas, o futebol é tudo), sem ter grandes alegrias em troca. É uma bela peça documental que até pode ter parecenças com outros clubes no mundo e até por cá…
Voltando a dar ares de Geraldes, sugiro mais uma malha futebolística da Netflix. Ultras, mostra a vida de uma claque (fictícia) do Nápoles. De Sandro “Moicano”, líder da velha guarda até Ângelo, um dos mais jovens, passando por aqueles que querem roubar a liderança. Um retrato cru de uma cidade pobre, onde o futebol garante sentimento de pertença e propósito.
Hoje faço de Chico Geraldes, mesmo sendo apenas Chico… Reis. Na Netflix já está The English Game, minissérie que mostra as façanhas de Fergus Suter, o primeiro futebolista profissional da história. Na Inglaterra fabril do fim do século XIX, o modesto Darwen, foi buscar dois escoceses – Suter e Jimmy Love – e para além de lhes dar trabalho na fábrica, refeições e alojamento, pagou-lhes ordenado de futebolista, algo visto como insultuoso e contrário às regras. Suter, estrela na sua parte da Britânia, mudou o futebol em Inglaterra, “roubando” o jogo aos seus aristocratas fundadores e oferecendo-o ao povo.
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