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És a nossa Fé!

Quando Vítor Damas não pôde ficar na fotografia

Transcrevo, com a devida vénia, um texto de António Alfarrobinha publicado no facebook, no grupo Bola de Catchu. Vítor Damas saiu do Sporting, regressou e dá hoje, justamente, o nome a uma baliza e à porta número 1 do Estádio José Alvalade. Não passou por metade do que o Rui Patrício passou.

Qual é o problema dos sportinguistas com o Rui Patrício, mesmo?

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A fotografia da equipa do Sporting refere-se a um jogo com o Benfica para a Taça de Portugal, disputado em 28 de Março de 1976, que os leões venceram por 1-0. Mas, independentemente desta vitória, tratou-se de uma época (1975-76) muito conturbada para os leões. Irregularidade no Campeonato, interdição de Alvalade devido a uma invasão de adeptos na Tapadinha, insucesso na Taça UEFA logo na 2ª eliminatória, desilusão nas meias finais da Taça de Portugal com o Vitória de Guimarães. Foi o ano dos assobios a Vítor Damas em Alvalade.
A “lei de opção” tinha sido revogada em 1975, o guardião leonino era titularíssimo e estava no último ano de contrato como Sporting. Por essa razão poderia sair do clube no final da época se assim entendesse. Atento, Pinto da Costa, já comprometido com Américo de Sá para ser o director do Departamento de Futebol do FC Porto, tentou contratar Damas. Era um pedido de José Maria Pedroto, o futuro treinador.
O Sporting recebeu o Académico de Coimbra no Estádio de Alvalade, no dia 13 de Março, e aos 24 minutos do jogo os “estudantes” já tinham marcado três golos. Damas estava irreconhecível, desconcentrado, e quando o topo sul começou a assobiá-lo ruidosamente despiu a camisola e pediu ao treinador Juca para ser substituído. Saiu para os balneários debaixo de uma vaia monumental. Para um guarda-redes de futebol, um dia mau na baliza é um dia de crucificação. Mas aquilo foi bem pior.
A Direcção do Sporting entendeu suspender o guarda-redes. Duas semanas depois, houve o dérbi com o Benfica para a Taça de Portugal e Matos foi o escolhido para o substituir. Antes do jogo, titulares e suplentes juntaram-se para a fotografia com um ar circunspecto, algo sombrio. Faltava o capitão de equipa.
No final da época, Damas transferiu-se para o Racing Santander, e não para o FC Porto que tanto o assediara. Regressou a Portugal em 1980, defendeu a baliza do Vitória de Guimarães e do Portimonense e entre 1984 e 1989 voltou a jogar de leão ao peito. Em 2009, foi atribuído o seu nome à baliza sul, cuja simbologia vem do velhinho Alvalade. E onde por coincidência se verificaram os acontecimentos naquela partida com o Académico. Uma homenagem justíssima, apesar de póstuma.
Na fotografia, os jogadores leoninos antes do dérbi:
Em cima - Matos, Amândio, Da Costa, Vítor Gomes, Tomé, Laranjeira, Fraguito, Barão, José Mendes e Pinhal;
Em baixo - Libânio, Baltazar, Marinho, Chico Faria, Manuel Fernandes e Nelson.

Mourinho

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Quem sabe, nunca esquece. José Mourinho, que muitos davam já como «acabado» e varrido para um rodapé do futebol, acaba de fazer história, uma vez mais. Levando a sua Roma a vencer a edição inaugural da Liga Conferência numa final disputada na Albânia contra o Feyernood. Com exibição superlativa de Rui Patrício: o guarda-redes formado em Alcochete salvou a equipa romana de dois golos certos, segurando o 1-0.

Foi a quinta final europeia disputada pelo técnico setubalense. E o seu quinto triunfo: na hora decisiva, continua sem falhar. Como tinha acontecido na Liga dos Campeões (FC Porto, 2004; Inter, 2010), Taça UEFA (FC Porto, 2003) e Liga Europa (Manchester United, 2017). É o primeiro treinador a vencer todas as provas desportivas organizadas pela UEFA.

Está visto: merece bem mais do que um rodapé. Cada vez que inscreve outro título no seu currículo (soma já 26, em Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha) lembro-me sempre que podia ter sido treinador do Sporting. Chegou a sê-lo, aliás, em tarde repleta de gritos e ameaças, num daqueles desvarios colectivos que volta e meia atingem Alvalade como um relâmpago. Contratado e descontratado no mesmo dia. 

A concorrência, lá em cima, agradeceu.

Atenção ao assédio dos tubarões

Texto de Salgas

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Creio que foi uma das lacunas do anterior Conselho Directivo, acertar com os timings de vendas dos jogadores. Proporcionaram algumas das maiores vendas dos clubes, é um facto, mas houve jogadores que claramente passaram o seu ciclo em Alvalade e acabaram por ficar à revelia.

Relembro que Amorim disse que neste Sporting só queremos quem queira cá estar.

 

Falhámos o timing de venda do William Carvalho, após o Europeu: estava no topo da sua valorização, podia ter saído. O próprio Rui Patrício, apesar de todo o profissionalismo que revelou, sentia-se que também queria experimentar outro campeonato, pelo que poderíamos ter tentado encontrar uma solução. Gelson Martins podia ter tido paciência, ainda só tinha completado o seu terceiro ano na equipa principal.

É um ponto sensível, pois é natural que se queira manter connosco os melhores jogadores. Contudo, mantê-los à revelia parece-me que é a solução menos adequada. Sendo jogadores da formação, creio que o trabalho tem que ser feito desde a base, para que os miúdos tenham vontade de dar retorno ao clube.

 

Este Verão promete ser quente, com o assédio dos tubarões às nossas principais jóias. Estou curioso para ver como vai ser gerido o próximo mercado, especialmente confirmando-se o que todos desejamos, o Sporting campeão nacional 2020/21.

 

Texto do leitor Salgas, publicado originalmente aqui.

Rui Patrício

Compreendo que tenha saído, não compreendo que não tenha regressado.

Por não ter regressado, pese embora o negócio de última hora, a dor de todos aqueles que o admirávamos foi maior. Por isso, no futuro, não gostava que voltasse a vestir a nossa camisola.

Optou por outras paragens e, no último jogo, houve um lance que o teve como protagonista, no dizer de Jurgen Klopp “foi horrível”.

Votos que tudo lhe corra bem, esperando que tenha sido somente um grande susto.

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Ontem Rui Patrício confirmou, sem surpresa, que o plantel negou um prémio de quinhentos mil euros para vencer o jogo contra o Benfica.

A informação pareceu chocar muita gente mas, na minha opinião, foi uma decisão bastante sensata. Quando se está numa relação profissional que se pode considerar tóxica, ao aceitar dinheiro adicional para realizar o nosso trabalho estamos a passar a idea de que a nossa dignidade tem um preço

O plantel escolheu não aceitar esse dinheiro e manteve a sua moral no higher ground.

Todos sabemos o triste desfecho dessa época mas de serem mercenários para ganhar jogos ninguém os pode acusar. Já sobre as rescisões tenho outra opinião.

Alcochete, mais um testemunho da barbárie

20 meses decorreram desde o bárbaro, cobarde e vil ataque à Academia de Alcochete. Há que ler os testemunhos que vão passando pelo Tribunal, hoje foi o nosso guarda-redes e capitão, Rui Patrício, com lugar na história do Sporting, descrevendo um cenário arrepiante. Os agressores estão sentados no banco dos réus. Alguns sportinguistas ainda tentam desvalorizar os acontecimentos, ou contextualizar como excesso, motivado pela cultura de exigência, que segundo eles existia então no clube. São moralmente cúmplices de falsidade, ao tentarem contribuir para branquear um acto hediondo...

Nunca esqueceremos

 

Estavam decorridos 20 segundos de jogo num Sporting-Benfica quando, da zona do estádio onde se concentravam os ultras da Juventude Leonina, começaram a chover tochas incendiárias dirigidas a Rui Patrício.

Uma cena miserável e canalha, decorrida quando ainda quase todos cantávamos O Mundo Sabe Que com entusiasmo nas bancadas.

Nunca a esqueceremos: aconteceu a 5 de Maio de 2018 e foi um dos momentos mais vergonhosos de que me recordo como adepto e sócio do Sporting. Hei-de lembrá-lo sempre que alguém se atrever a branquear e desculpar o comportamento incendiário de tais meninos.

Rui Patrício

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Gostei muito do regresso de Rui Patrício, ontem à noite, ao relvado de Alvalade. Num desmentido vivo de que o nosso estádio não funciona como talismã da selecção nacional. Ontem derrotámos o Luxemburgo por 3-0 (golos de Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e Gonçalo Guedes). Entre os postes impôs-se o nosso antigo capitão, com a classe que sempre lhe conhecemos, mantendo intactas as redes que lhe estavam confiadas.

É impossível que o actual guardião do Wolverhampton não tenha sentido uma emoção muito especial neste retorno ao relvado de um clube que serviu durante 18 anos - incluindo todos os escalões da formação. Um clube onde viveu dias de júbilo e triunfo, mas também conheceu horas amargas - com destaque para aquela vergonhosa agressão de que foi vítima, nos instantes iniciais do Sporting-Benfica de 2017/2018, quando uns mabecos da Juve Leo lhe lançaram tochas incendiárias.

Desta vez, nada de agressões: só houve aplausos. Portugal registou mais um triunfo, com o seleccionador Fernando Santos ao leme, nesta caminhada para o Euro-2020. Rui Patrício será - ninguém duvida - o guarda-redes titular nessa campanha, na senda do já sucedido no Euro-2016 e na Liga das Nações em 2019. Maiores troféus de sempre do futebol português ao nível de selecções.

A quem não viu o jogo de ontem, recomendo um momento muito especial: a marcação do segundo golo, por outro fruto da formação leonina: o inevitável Cristiano Ronaldo, numa jogada em que protagonizou uma recuperação de bola culminada numa soberba "cartola" ao guarda-redes adversário. Simplesmente genial.

Visto que a essa hora estarei a trabalhar...

...agradeço se alguém puder perguntar por mim qual foi o benefício até agora retirado pelo Sporting daquele protocolo com o Wolverhampton que diluiu ainda mais o que sobrava da dentada de Jorge "Incobrável não consta do meu dicionário" Mendes nas verbas recebidas em troca do fim do litígio com o ex-capitão Rui Patrício.

 

Muito agradecido, como diria o Raul Solnado.

Faz hoje um ano

 

O dia amanhecia muito triste para todos os adeptos leoninos. Tínhamos tomado conhecimento de que Rui Patrício abandonaria o Sporting após 18 anos de ligação ao clube. A confirmação fora feita na noite de véspera, num canal televisivo, pelo recém-nomeado director do futebol leonino, Augusto Inácio.

«É uma baixa duríssima para o Sporting, que perde assim o seu capitão, titular absoluto da selecção nacional, indiscutivelmente o melhor guarda-redes português, campeão europeu em título e um dos melhores jogadores da sua posição a nível mundial. (...) Eis mais uma conquista de Bruno de Carvalho: perdemos um dos nossos maiores valores. Hoje é dia de festa para os grunhos que a 5 de Maio lhe lançaram tochas incendiárias para cima da baliza onde ele tantas vezes brilhou e para os jagunços que a 15 de Maio espalharam o terror na Academia de Alcochete: queriam vê-lo pelas costas e conseguiram. Um clube que tem "adeptos" destes, não precisa de inimigos», reagi aqui nesse dia 28 de Maio de 2018.

Faz hoje um ano

 

Fazia naquele 19 de Novembro de 2017 onze anos exactos desde o dia em que Rui Patrício se estreara na equipa principal do Sporting, então sob o comando de Paulo Bento.

Aproveitei a efeméride para aqui publicar este pequeno texto - em forma de postal ao guarda-redes campeão da Europa - que agora parcialmente reproduzo:

 

«Ao longo deste tempo, enfrentaste muitos obstáculos. Desde logo o cepticismo de sócios e adeptos, muitos dos quais te vaiaram nas bancadas, descrentes do teu valor. Depois a inveja e a maledicência ditadas pela clubite inflamada de uns imbecis que têm lugar cativo nas televisões. E até a desinformação de periódicos outrora respeitados, como o jornal A Bola, que parece ter hibernado durante dois anos - e não percebeu que foste um dos heróis da nossa campanha do Euro 2016, a mais brilhante de sempre do futebol português, ao defenderes uma grande penalidade nos quartos de final frente à Polónia.

És um verdadeiro Leão.

Parabéns, meu caro Rui Patrício.»

O princípio do fim do hooliganismo em Alvalade? - II

A detenção do líder da Juve Leo, acompanhada pela detenção do seu líder espiritual e antigo presidente do clube, no âmbito do processo de Alcochete, vêm reforçar a urgência em tomar medidas relativamente aos apoios às claques, como defendi há 2 dias em post anterior.

Fez bem Frederico Varandas em conseguir acordo pela transferência de Rui Patrício, tal como havia estado bem Sousa Cintra no acordo com William Carvalho e regressos de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia. Porque a verificar-se o que nenhum sportinguista quer acreditar, que tenha existido algum grau de envolvimento por parte de dirigentes, o clube correria o risco de ver alguns jogadores conseguirem justa causa.

É tempo de pararem com a conversa dos mansos, golpadas e outras teorias, cada dia que passa se torna mais evidente que em boa hora nos livrámos de quem nos prejudicou e resgatámos o clube para os seus legítimos donos, os sócios.

Rui, Viviano, Salin, Renan, Maximiano

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Esta noite acompanhei na televisão a magnífica exibição do veterano Casillas, que defendeu um penálti aos 10', enchendo de confiança o onze portista, que a partir daí embalou para uma vitória folgada (por 3-1) frente ao Lokomotiv em Moscovo. Arrecadando 2,7 milhões de euros e qualificando-se praticamente para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Enquanto via o jogo ia reflectindo na importância crucial de um guarda-redes na edificação de uma equipa com aspirações a títulos e troféus. E dei por mim a pensar que, embora tenhamos hoje quatro jogadores disponíveis para ocupar essa posição, todos somados não compensam a ausência de Rui Patrício.

As coisas são o que são. Não adianta iludi-las.

Os milhões perdidos de Rui Patrício (que a Katharina Blum não é chamada para o caso...)

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Defendi Rui Patrício, como tendo a defender todos os que vêm da formação (sorry, Yannick...), ainda antes daquela noite na Madeira linda em que ele defendeu o pénalti e começou a construir a sua lenda. Naquele tempo era bem mais difícil seguir os jogos dos escalões jovens, mas nem por isso me passava despercebido o potencial do adolescente de Marrazes.

 

Defendi Rui Patrício quando muitos dos seus admiradores se lhe referiam por “franguício”. Defendi Rui Patrício quando à custa de inspiração e transpiração conquistou a camisola 1 do Sporting e de Portugal.

 

Defendi Rui Patrício quando fez grandes defesas e também quando cometeu graves erros. Defendi Rui Patrício quando deu a todos os portugueses o título europeu e quando ajudou a que o Sporting fizesse tão boa figura nos jogos da última temporada disputados contra os gigantes Juventus, Barcelona e Atlético de Madrid. Até defendi Rui Patrício quando o seu descalabro exibicional coincidiu com o descalabro da equipa inteira.

 

Defendi Rui Patrício quando acéfalos lhe fizeram chover projécteis no derby e quando foi atacado cobardemente em Alcochete.

 

Não defendi, mas compreendi, que tivesse vontade de mudar de vida bastante para rescindir com alegada justa causa. Não defendi, mas tentei compreender, que tenha assinado pelo clube barriga de aluguer de Jorge Mendes em Inglaterra, indexando a resolução do seu problema a interesses (eventualmente justos e certamente litigáveis) milionários do supracitado empresário.

 

Só não me peçam para defender, compreender ou sequer tentar compreender que se tenha Rui Patrício por enorme benemérito por ter abdicado de receber cinco milhões de euros virtuais, contratualizados no instante em que assinou um vínculo com o Wolverhampton que poderia ou não vir ser a considerado válido. Isso é de profundo mau gosto numa história em que o Sporting fica com alguns milhões para pagar os dedos que ficaram e Mendes sai a ganhar.

 

A Rui Patrício, muito sinceramente, desejo a maior das sortes. Merece um grande clube, tão grande quanto os maiores da Europa. Como aquele de onde saiu.

Um Leão duro de roer

 

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O vencimento do empréstimo obrigacionista de 30 milhões de euros já no próximo mês de Novembro e todas as obrigações financeiras correntes da SAD e do Clube  (salários, fornecedores....) estão a pressionar o presidente do Sporting para encontrar dinheiro fresco. Frederico Varandas dá, no entanto, sinais claros de que não cede a pressões para fazer acordos fáceis sobre activos do Sporting, ainda que tenham rescindido alegando justa causa. O último exemplo é revelado hoje pelo Record, em que os ingleses do Wolverhampton viram rejeitados os 20 milhões de euros brutos (13 milhões líquidos de comissões antigas à Gestifute) pelo acordo de venda de Rui Patrício. Uma nega que merece aplausos até porque se trata de um dos melhores guarda-redes do mundo.

Se não vejamos:

Kepa foi do Atlético de Madrid para o Chelsea por 80 milhões

Alisson Becker foi da Roma para o Liverpool por 62,5 milhões

Buffon foi do Parma para a Juventos por 53 milhões

Ederson foi do Benfica para o Manchester City por 40 milhões

Então, o Rui iria do Sporting para o Wolverhampton por 13 milhões?

As dificuldades financeiras do Sporting não justificam acordos a qualquer preço. Premissa que é válida também para outros como Gelson e Atlético de Madrid.  Varandas sabe bem ser um Leão nesta selva do futebol e começa a mostrar os dentes aos rivais. Até porque uma das promessas feitas nas eleições que lhe deram a cadeira de Presidente foi a de que o Sporting estaria sempre em primeiro lugar.

Estamos acordados e vigilantes para que o Leão seja um osso duro de roer.

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