Mas em duas arbitragens miseráveis, esta época, conseguiu subtrair 4 pontos ao Sporting e expulsar pelas primeiras duas vezes o nosso treinador e pela primeira vez o nosso melhor jogador.
Dizem que é do Sporting.
Mas, esquecido ou não, do campeonato que nos fez perder, carregado ou não, por não ter chegado com a puta das suas mãos à cabeça do Luisão, conseguiu ontem na Sport TV pôr em evidência todos os maiores erros cometidos pelos jogadores do Sporting, branquear completamente a actuação tendenciosa e parcial do apitador de serviço, mais o seu partenaire no Jamor, e justificar a falta de Coates no lance decisivo, ao contrário do que disseram António Oliveira, Manuel Cajuda, Bagão Felix ou Rui Santos, e finalmente criticar o presidente do clube pela sua reacção que entende digna dum calimero.
Mas será mesmo que o Sporting tem alguma coisa a ver com estes sujeitos ?
Caso sejam sócios, que o Sporting lhes devolva o dinheiro das quotas e eles que sejam sócios do que quiserem, que se assumam como lampiões ou andrades (ia a dizer tripeiros, mas já me explicaram a diferença), ou do que quiserem.
Do Sporting, não !
Entre sportinguistas destes e "lampiões" como Paulo Bento e Rúben Amorim, mil vezes os segundos.
Há uma célebre frase da política portuguesa que diz o seguinte: "para os amigos tudo, aos outros aplique-se a lei".
As leis do futebol dizem que o golo de Coates teria de ser validado ou no mínimo, como ficou demonstrado ontem, que fosse marcado penalty a favor do Sporting.
A douta decisão do Conselho de Arbitragem vem dar razão ao Sporting para impugnar o campeonato de 2004.
Coates e o guarda-redes ontem estavam fora da pequena área. Luisão e Ricardo estão bem dentro da pequena área, é inequívoco que existe contacto, ver a impulsão de Luisão com o braço direito bem esticado para a frente.
O Sporting não quer ser beneficiado, não pode é estar, sistematicamente, a ser prejudicado.
É como nos jogos olímpicos, se o vencedor da medalha de ouro tinha doping, o medalha de prata é considerado campeão.
O penalty mais famoso do futebol português foi marcado por um inglês. E, claro, defendido por um guarda-redes do Sporting, no caso, sem luvas. Passam hoje 16 anos desde que Ricardo I, O Labreca, vestiu a pele de herói e de goleador (marcou o golo decisivo na baliza de David James), ao defender um penalty marcado pelo avançado Darius Vassell. Nessa partida, jogou um jogador do Sporting - Ricardo - e três – Valente, Figo e Ronaldo – das escolas. Simão, também ele criado no reino do leão, entrou na segunda parte, a tempo de converter um dos castigos máximos.
Ricardo, antigo guarda-redes internacional do nosso clube, declarou, em entrevista à agência Lusa, que o Sporting não irá jogar com 9 e que tem atletas de nível para substituir os lesionados Bas Dost e Gelson Martins. Como diria o saudoso António Silva, in "O Leão da Estrela", filmado no velhinho Estádio do Lima, "aí Leões!!!".
Entretanto, numa "avant-première" do jogo de amanhã, em andebol, o Sporting acaba de vencer o FC Porto, no Dragão Caixa, por 31-25. Excelente, rapazes! Grande Canela!
Só para nos situarmos, não que gostemos de nos lembrar, foi no Benfica - Sporting de 2005. O da semana que não aconteceu. Do Luisão e do Ricardo, esse. Estamos situados, adiante.
Combinei com um amigo, o João, ir ver o jogo ao Alvalaxia e assim foi. No meio de muita gente à espera de boas noticias que nunca chegaram, procurámos um lugar sentados. Vagou mais um lugar e sentou-se um senhor ao meu lado. Assim estivemos a ver a primeira parte. Não sei precisar o momento, talvez tenha sido no intervalo, altura em que ainda deu para conversar um pouco. O meu vizinho do lado começou a falar connosco. Se eramos sócios, se tinhamos lugar e onde. Disse-lhe que sim e na sul. Respondeu-me que pagava três lugares, o dele e os dos dois filhos. Que tinha continuado a pagar o do mais velho apesar de tudo. Não olhava para nós enquanto falava pausadamente, frase a frase, como se se voltasse a convencer, a reconstituir tudo. O filho tinha morrido num desastre não há muito tempo. Continuou a pagar o lugar, "o Sporting era tudo para ele". Não me lembro de mais detalhes do que me disse. Ainda falou do filho um bocado, mas eu sentia-me minúscula perante este horror, ouvi-o e talvez tenha balbuciado uma ou outra palavra de conforto mas apagou-se-me quase tudo da memória. Ficou-me que continuava a pagar o lugar. Como se deixar de o fazer fosse o perder definitivamente a memória do filho, como se fosse a ultima coisa que como pai podia fazer.