Ainda há pouco, na entrada da gala "Rugidos de Leão", o nosso presidente deixou claro que o tempo do Sporting ser o clube menor dos 3 grandes em Portugal está por um fio.
E é mesmo um fio entrançado feito de vários. Um financeiro claramente demonstrável pelos R&C. Outro desportivo traduzido nos resultados do futebol e nas modalidades. Outro formativo com base nas academias próprias e parcerias de formação. Outro, o das infraestruturas e das arenas desportivas. Outro nos contratos televisivos. Outro ainda, que convém não esquecer, em termos éticos e de reputação desportiva.
Senão vejamos:
1. Financeiramente, apresentamos R&C positivos no clube e na SAD onde reforçámos a participação accionista. Enquanto isso o buraco financeiro do FC Porto está à vista de todos e vem aí a Dona Branca. Quem vier atrás que feche a porta.
1. Sporting: + 25,2 M€
2. Benfica : + 4,2 M€
3. FC Porto: - 47,6M€
2. Desportivamente, neste momento e olhando para as posições nas classificações nos respectivos campeonatos de cada um dos chamados "3 grandes", considerando a mesma classificação para os mesmos pontos, temos:
No futebol, Benfica 1º, Sporting 2º (mp), FC Porto 3º (Derrota por 1-2 no dérbi da Luz)
No futebol feminino, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Vitória por 3-1 no dérbi do Seixal)
No hóquei em patins, Sporting 1º, FC Porto 3º, Benfica 4º (Vitória no dérbi de Alvalade por 3-2, derrota no Dragão por 3-5)
No andebol, Sporting 1º, FC Porto 2º, Benfica 3º (Vitórias fora contra os dois rivais)
No voleibol, Benfica 1º, Sporting 2º, FC Porto não tem (Derrota por 0-3 no dérbi do João Rocha)
No voleibol feminino, FC Porto 1º, Sporting 3º, Benfica 4º (Derrota com o FC Porto por 0-3, vitória no dérbi de Alvalade por 3-2)
No futsal, Sporting 1º, Benfica 3º, FC Porto não tem (Vitória por 4-1 no dérbi do pavilhão Luz)
No basquetebol, Sporting 1º, Benfica 2º, FC Porto 6º (Vitória por 91-88 no dérbi de sábado)
Portanto, neste momento e numa perspectiva global:
1. Sporting
2. Benfica
3. FCPorto
3. Além dos resultados, podemos falar do valor do plantel do futebol de cada um dos 3 grandes conforme o TM:
1. Benfica - 359,6 M€
2. FC Porto - 289,0 M€
3. Sporting - 280,3M€
4. Em termos de formação temos uma Academia de Alcochete (que se prolonga no pólo EUL) reestruturada a todos os níveis, e uma extensão do conceito às diferentes modalidades numa óptica transversal. Penso que estaremos quase ao nível do Benfica, recuperando do atraso de vários anos de incúria, enquanto no FC Porto Pinto da Costa, que em 40 anos se esteve a marimbar para o conceito, promete agora que vai pensar no assunto antes de lhe dar uma coisa má.
Ou seja,
1. Benfica
2. Sporting
3. FC Porto
5. Em termos de infraestruturas e arenas desportivas, aqui claramente o Sporting está numa posição de inferioridade face ao rival de Lisboa, não por Alcochete e pelo magnífico pavilhão mas pelo estádio e zona envolvente que muito deixam a desejar, e que não sei como poderão melhorar. O FC Porto vive de protocolos manhosos com a câmara de Vila Nova de Gaia que lhe permitem treinar e jogar a custos simbólicos. Pagamos todos nós.
1. Benfica
2. Sporting
3. FC Porto
6. Em termos de contratos televisivos, o Benfica tem TV própria, o Sporting um bom contrato com a NOS, e o FC Porto um contrato manhoso com uma Altice cujos responsáveis foram apanhados pela Justiça e afastados da empresa. Mais um do tipo W52, tudo preso ou quase. Se calhar estão à espera da "bóia de salvação" da centralização dos direitos televisivos patrocinada por um poder político infiltrado por pessoal de confiança, uns até com assento num tal Conselho Superior. O Sporting só tem de ser contra: que seja a massa de sócios e adeptos de cada um a ditar as leis.
Ou seja,
1. Benfica
2. Sporting
3. FCPorto
6. Em termos éticos e de reputação desportiva, nem vale a pena argumentar. Luis Filipe Vieira deixou no Benfica uma série de processos judiciais que envergonham qualquer clube, Pinto da Costa são 40 anos de métodos mafiosos, conhecidos e documentados em Portugal e fora dele, como pode testemunhar Sir. Ferguson.
Ou seja,
1. Sporting
2. Benfica
3. FC Porto
Poderão dizer que não, que existe um património "intangível" dos outros dois, na influência nos poderes federativos, arbitrais, até mesmo políticos, autárquicos, judiciais, policiais, que remete fatalmente o Sporting para a figura de parente pobre, sempre a lamentar-se das injustiças causadas pelas canalhices dos outros.
Depois disso tudo, e independentemente de tudo o resto, Sporting e Benfica têm lideranças jovens já com alguma experiência, enquanto o FC Porto vive refém da saúde dum idoso rodeado duma feroz guarda-pretoriana sem vontade de largar a cadeira do poder. As próximas eleições prometem ser escaldantes: desta vez encontrou um adversário que vai a jogo sem medo de aparecer a boiar nas águas do Douro ou noutro sítio qualquer (desgraçado do zelador que ficou sem automóvel, carteira e telemóvel, e ainda teve de ir ao hospital; será que foram os mesmos que atacaram Varandas?) e o resultado pode ser uma vitória de Pirro a deixar um clube fracturado e à beira do desastre.
Então se nestes seis critérios o Sporting não parece ser de forma nenhuma neste momento o menor dos 3 grandes, ainda menos parece que daqui a uns tempos o seja.
O caminho é longo, as dificuldades estão lá, mas estamos no rumo certo. As hienas chiam e os leões passam.
Cheguei cedo ao estádio após ter cumprido o meu dever como sócio com 10 votos no Pavilhão João Rocha. Eram 19 horas e 24 minutos quando me sentei no meu novo lugar que curiosamente era o mesmo do ano passado.
Àquela hora o estádio estava ainda vazio e só por breves minutos não fui o espectador 1906...
Naquele tempo que me separou do início do encontro deu para pensar em muita coisa. De repente coloquei uma questão a mim mesmo: qual o jogo mais empolgante que assistira naquele novo estádio?
Lembrei-me de diversos. Fiz a pergunta ao meu filho que estava a meu lado e após referenciarmos algumas partidas houve uma que se destacou. Dizia-me ele:
- Esse jogo define o que é o Sporting.
Concordei com ele no que se referiria ao jogo passado, talvez menos à definição do que é o Sporting e/ou o que é um sportinguista, mas percebi o que pretendeu dizer.
Posto isto termino este postal fazendo aos caríssimos leitores a mesma pergunta que formulei a este que se assina: qual o jogo que mais vos empolgou ou mais gostaram, precisamente neste Estádio de Alvalade?
Não refiro o que mais gostei de propósito para não influenciar eventuais decisões.
Por fim chamo a atenção que estou a referir-me unicamente a jogos oficiais do Sporting. Nada de particulares, amigáveis e/ou selecções.
A vitalidade do clube pode ver-se na quantidade de participações das suas equipas e do número de vitórias obtidas, no recente fim de semana, quando foi retomado a figuras-te dia escalões mais jovens. Uma palavra para a equipa que gere a comunicação. Finalmente temos o calendário e os resultados a tempo e horas. Depois da crítica, o elogio. De seguinte, os resultados com base na fonte: página do Sporting https://www.sporting.pt/pt/noticias/clube/noticias/2021-05-10/resultados-do-fim-de-semana
Muitas qualidades diferentes podem ser valorizadas numa equipa de futebol, entre elas, o poder de fogo ofensivo, o domínio do jogo, o contra-ataque, a intensidade, o jogar em todo o terreno, a capacidade defensiva e a tal "nota artística" que cada um avalia conforme entende.
Para além destas, uma qualidade muito importante nas grandes equipas é conseguir "sentar-se em cima do resultado". Num desafio muito complicado, a nossa equipa consegue pôr-se em vantagem na parte final do jogo. Apetece que o árbitro apite e termine ali o jogo. Pois é exactamente isso que a nossa equipa tem que fazer. Passar o tempo arriscando o mínimo sem se acantonar à defesa, esticando-se e encolhendo-se de forma a deixar passar o tempo e a vitória aconteça, ficando sempre mais perto de dilatar a vantagem do que sofrer o empate ou até a derrota.
Pois uma das coisas que vejo nesta equipa de Rúben Amorim com este sistema de que muitos não gostam, o 3-4-3 que tanto se pode tornar em 5-4-1 como em 3-2-5, é exactamente isso. Ontem foi um bom exemplo, mas outros existiram antes. O Jovane marcou (67mn) e o jogo acabou. O Santa Clara não teve hipótese rigorosamente nenhuma de comprometer a vitória.
Exactamente o contrário do que acontecia no Sporting desde há muito. Demasiadas desilusões apanhámos nos finais dos jogos: basta lembrar-nos do que aconteceu no Istambul B-Sporting a 27 de Fevereiro, onde com 3-1 em Alvalade e a reduzir para 1-2 em Istambul aos 68mn, a equipa atacava alegremente, Ristovski piscinava, Doumbia fazia de ponta de lança e depois levámos com um golo ao cair do pano com o piscineiro como espectador atento. E no prolongamento lá fomos à vida e o Silas também.
Mas mesmo também com Jorge Jesus isso não acontecia. Recordo-me do Benfica-Sporting de 03/01/2018, do Juventus-Sporting de 18/10/2017 ou o Real Madrid-Sporting de 14/09/2016. O Sporting marcou primeiro e foi sempre sofrer até o golo(s) contra acontecer(em).
E as caganças pagam-se com língua de palmo. Infelizmente, já passámos pelo mesmo depois de ir à Luz ganhar por 3-0.
O Sporting foi muito superior ao Benfica na Supertaça durante 40 minutos. Não conseguiu marcar em três ocasiões e acabou por perder por 0-5. Bruno Lage, bestial.
O Porto foi muito superior ao Benfica, marcou numa carambola e depois o Benfica teve de correr atrás do prejuízo. Levou 2, podia ter levado 5. Bruno Lage, uma besta.
Dizem que o Sérgio Conceição deu um banho táctico ao Bruno Lage. Pois o Marcel Keizer também deu até aos 40 minutos. O mesmo Sérgio Conceição que sempre perdeu tacticamente com Marcel Keizer.
Marcel Keizer esse que amanhã tem um teste decisivo para voltar a ser bestial, colocando o Sporting à frente da Liga, ou passar, se calhar definitivamente, a ser uma grande besta. Aquela que continua a apostar em Diaby e conseguiu pôr Bas Dost fora do Sporting.
O Sporting de Braga SAD irá apresentar, em AG, o Relatório&Contas referente à época desportiva de 2017/18. Segundo o Observador, nele constata-se que os custos com pessoal subiram para cerca de 19M€. Comparando com a Sporting SAD, verificamos que esta gastou com o pessoal cerca de 4 vezes mais (73,8M€) que a sua congénere bracarense, tudo isto para no final do campeonato conseguir apenas mais 3 pontos e uma diferença entre os golos marcados e os sofridos inferior em 6 golos.
Como curiosidade, analisei também a temporada de 2015/16. Enquanto os bracarenses tiveram um custo de 12,5M€ com o pessoal, o Sporting gastou 48,8M€, ficando 28 pontos à frente e com uma diferença de golos superior em 39 golos.
Conclusão: os custos com pessoal da SAD leonina têm sido históricamente 4 vezes mais que os da homónima bracarense, mas a elasticidade dos resultados desportivos desportivos desta última face ao aumento dos custos foi bem maior. Bastou para isso aumentar os custos com pessoal em 6,5M€, o que lhe rendeu mais 17 pontos no final do campeonato. Já o Sporting, fez menos 8 pontos e gastou com o pessoal mais 25M€. Elucidativo!
Por tudo isto, quando oiço que cerca de 65M€ de orçamento para custos com pessoal é pouco para ser competitivo, dá-me vontade de rir. Ao que parece, há uma zona fronteira onde o orçamento produz uma diferença final na classificação, mas essa área está bem abaixo do que a generalidade dos adeptos pensa. Vejam-se os exemplos bracarense e nosso, quando Leonardo Jardim passou por cá. Não podemos é ter treinadores que permanentemente pedem cromos novos e andarmos sistematicamente a comprar jogadores para não serem utilizados, enquanto outros, da nossa Formação, são ignorados. Também, em vez de perdermos dinheiro permanentemente num "middle-market" de jogadores, onde a versão mais recente são as aquisições de Diaby e de Gudelj (investimento até agora de 8,5M€, fora salários), deveríamos investir, menos em quantidade e mais em qualidade, em jogadores de segmento alto como Bas Dost ou Jardel. Claro que, para isso, não podemos ter treinadores que querem sempre mais um jogador para cada posição, mesmo que já tenham duas ou três opções no plantel, chegando-se ao ridículo de termos neste momento nove jogadores com potencial para jogarem nas posições "6" e "8" e, ainda assim, parecer que nenhum serve. Não sendo isto claro para todos, nomeadamente para os decisores, e constinuando a resistir à mudança, um dia acordaremos a resistir à extinção, momento em que a perda de maioria do clube na SAD será dada como inevitável. Eu não quero isso!
No Futsal é um ver se te avias, cada tiro, cada melro!
Olha, e também no andebol (mão, futebol, pé).
No hoquei em cima de rodinhas, tal como os lambões do Futsal e as famintas leoas, temos o pleno.
No ténis de mesa, invejosos, também limparam tudo (e com uma prestação brilhante, até agora, na Europa).
O vólei tem um jogo em atraso, que disputará dia 27 e seguindo a ordem natural das coisas, ganhando, subirá ao topo.
E depois andamos p'ráqui a rezingar uns, a dizer mal outros, no bota-baixismo os mesmos de sempre.
Estamos na frente em todas as modalidades colectivas, senhores!
Sim, é apenas Natal e ainda não ganhámos nada, mas que o presente que os nossos atletas e técnicos e dirigentes colocaram no nosso sapatinho, é à nossa medida e à medida dos nossos desejos, disso não tenho a menor dúvida.
Eu não quero mudar o presidente, nem mudar de presidente. Eu não quero mudar o treinador, nem de treinador. Eu quero sim, que mude o paradigma, tão nosso, de ficarmos a "um bocadinho assim" de qualquer coisa. Eu quero sim, mudar a táctica de anos do futebol para trás e para o lado, que volta e meia regressa à nossa equipa. Eu quero ver os jovens da formação, em vez de turistas à pazada, que ganham várias vezes mais e que jogam imensamente menos. Eu quero um Sporting com mentalidade ganhadora, como já mostrou saber ter.
Mas quero, sobretudo, verdade no futebol. E se não houver verdade no futebol, arrisco-me a dizer que nunca ganharemos um campeonato, ou se o ganharmos será um mero incidente.
Nesta altura em que tantas suspeições se levantam sobre o futebol, pergunto onde anda o secretário de estado do desporto, o que anda a fazer para além de colar-se aos resultados das federações e às medalhas dos atletas. Por que caminhos anda, qual a cartilha que o rege, se está preocupado, porque se demite das suas funções.
Gostava também de saber onde andam os polícias de investigação. E o ministério público. E os juízes e os tribunais.
É que a coisa não se resume a uma má escolha de jogadores, a uma época mal planeada, a um mau jogo de atletas que já mostraram que são bons executantes. Ajuda, mas há mais, muito mais, para além disso. E enquanto não se mudar este estado podre, esta fossa onde vive o futebol português, a verdade desportiva estará sempre e para sempre, hipotecada. E porque é da nossa natureza jogarmos limpo, seremos sempre ultrapassados pelos rivais, por mais argumentos que apresentemos em campo.
E porque o polvo tem demasiados tentáculos e ventosas e sinceramente não vejo nesta altura quem o consiga derrotar. Se quem pode e deve se demite da sua obrigação, do governo do país à polícia, aos tribunais, à uefa e à fifa, dificilmente um homem, uma direcção e um Clube, conseguirão mudar o rumo das coisas.
E as mudanças, quando têm que ser drásticas, em regra só o conseguem ser recorrendo a violência. Pode-se seguir por aí, mas mais uma vez, não é da nossa natureza, não o faremos.
Assim, nesta altura, mais que disparar a torto e a direito, de tão envergonhado que estou de ser parte, ainda que passiva, de um negócio de milhões que não me interessa e que me passa ao lado, o que eu exijo, como cidadão de pleno direito, é tão imensamente simples: Exijo Justiça!
Entre muitas outras coisas, como é que o Benfica, com uma equipa reconhecidamente (até p'los próprios encarnados), mais fraca, bastante mais fraca, consegue ter melhores resultados do que na última época, até ao momento?
Terá alguma coisa a ver com ajuda divina?
E se não for pedir muito, porque é que não foi declarada, pelos jornais, crise gravíssima no clube, pela recusa perfeitamente normal de Salvio (só o seu melhor jogador) em renovar o contrato?
Em querendo esclarecer, é enviar respostas pela caixa de comentários, s.f.f.