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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

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Confirma-se: Viktor Gyökeres e Morten são dois grandes reforços deste Sporting 2023/2024

Foto: Rodrigo Antunes /EPA

 

Gostei

 

Da vitória clara, indiscutível e com todo o mérito do Sporting. Contra o Moreirense, em Alvalade, fizemos melhor do que nos três jogos anteriores a receber a mesma equipa. Ao contrário desses triunfos sempre por margem mínima, desta vez vencemos por 3-0. Com todos os golos feitos na segunda parte.

 

De Gyökeres. Trabalha, disputa a bola, não dá um lance por perdido. Tem impressionante robustez e uma capacidade técnica invulgar. Grande reforço do Sporting para esta temporada, o ponta-de-lança que veio do Championship fez o nosso segundo golo desta noite, de cabeça, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Nuno Santos. Foi aos 61': aí ficou evidente que a vitória seria mesmo nossa. Já tinha ajudado a construir o primeiro golo. Mas nem assim o internacional sueco abrandou a marcha: continuou a lutar até ao fim, inconformado, em pressão constante sobre a defesa visitante. Correu quase 11 km nesta partida. Muito importante: sacou três amarelos (um deles convertido em vermelho) aos adversários. Melhor em campo.

 

De Diomande. Outra excelente contratação. Vai melhorando de jogo para jogo. Dando segurança ao nosso bloco defensivo, fazendo circular a bola com qualidade. E ainda foi à frente, no último lance do desafio, marcar o nosso terceiro golo, de cabeça, na sequência de um canto (90'+6). Merecido golo, coroando óptima exibição. O seu primeiro nesta temporada.

 

De Morita. Um dos motores do onze leonino, patrão do meio-campo. Fez duas posições, primeiro como médio de construção e a partir dos 82' como médio defensivo. Sempre com inegável competência. Quase marcou por duas vezes (14' e 42'). Ganhou numerosos duelos. Titular absoluto, é um elemento-chave da nossa equipa.

 

De Nuno Santos. Após um par de jogos algo apagado, voltou a estar em foco. Qualidade irrepreensível nos centros para a área: saíram dos pés dele, sem sombra de dúvida, os melhores lances cruzados do desafio - aos 31', 48' e 65'. Sem esquecer, claro, aquele em que assiste Gyökeres no nosso segundo golo recuperando in extremis uma bola junto à linha de fundo. Além de ter feito um disparo fortíssimo que só não entrou devido a intervenção aparatosa do guarda-redes Kewin Silva (42')  Merecida ovação quando foi substituído, aos 75'. Tem de ser chamado à selecção nacional.

 

De Morten a revelar-se como artilheiro. Foi ele a abrir o marcador, aos 55'. Com um disparo rasteiro, colocadíssimo, aproveitando da melhor maneira uma bola ganha por Gyökeres, estreou-se como goleador do Sporting dias após se ter estreado como internacional pela Dinamarca. Confirma-se: é um grande reforço. Muito atento e concentrado, recuperou várias bolas, impedindo investidas do Moreirense.

 

Da qualidade do jogo. Sem dúvida a melhor exibição leonina nesta temporada 2023/2024 perante um Moreirense que deu boa réplica durante a meia hora inicial. Futebol de ataque, pressionante, fazendo correr a bola. Vinte remates nossos à baliza, nove dos quais enquadrados - e ainda três bolas aos ferros, por Morten (29'), Morita (42') e Paulinho (79').

 

De não termos sofrido golos. Pormenor que merece ser sublinhado, tal como o facto de este ter sido o primeiro jogo que vencemos na Liga em curso por mais de um golo de diferença. O caminho faz-se caminhando.

 

Do apoio incessante à equipa. Grande ambiente nas bancadas, com cânticos e ovações e palavras de incentivo aos profissionais leoninos. Isto sim, é o chamado "12.º jogador". Apesar de ser segunda-feira, de o jogo ter começado já depois das 20.30 e de a noite estar chuvosa, havia 36.813 espectadores em Alvalade.

 

De seguirmos no comando do campeonato. Em 15 pontos possíveis nestas cinco primeiras jornadas, conquistámos 13. Estamos lá em cima, com pontuação igual à dos portistas mas melhor relação entre golos marcados e sofridos. Com o Benfica atrás e o Braga a perder terreno. 

 

De termos cumprido 19 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e aos desafios das quatro jornadas iniciais deste campeonato, já levamos quase duas dezenas de jogos sem conhecer o mau sabor da derrota em partidas oficiais. 

 

 

Não gostei

 

De chegar ao intervalo com empate a zero. Domínio claro do Sporting, com quatro grandes oportunidades goradas pelo guarda-redes ou pelos ferros da baliza. Morita (duas vezes), Morten e Nuno Santos estiveram muito à beira de marcar neste período.

 

Do golo anulado a Esgaio aos 31'. Emendou muito bem um remate cruzado de Morita, encaminhando-o para o fundo das redes. Mas viria a ser anulado por ridículos 5 cm, segundo as linhas virtuais. É tempo de pôr fim a alegadas "deslocações" do tamanho de meio dedo: não faz qualquer sentido e ajuda a liquidar o futebol como espectáculo.

 

De Edwards. Foi o elemento mais apagado do Sporting neste jogo. Rúben Amorim voltou a apostar nele como titular, deixando desta vez Paulinho fora do onze, mas o inglês não aproveitou a oportunidade. Continua a mostrar-se desligado da equipa: falta-lhe intensidade, capacidade de pressão e poder de choque. Saiu aos 75', deixando novamente a sensação de que é capaz de fazer muito mais do que mostrou.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

De perder dois pontos em Braga. Os primeiros que desperdiçamos nesta Liga 2023/2024, perante um adversário que há quatro anos não consegue vencer-nos em casa. Soube a pouco. Soube exactamente ao mesmo do Braga-Sporting da época anterior, em que fomos à capital do Minho empatar 3-3. Só com a diferença, desta vez, de o empate ter sido com menos golos: 1-1. Mas não fizemos melhor.

 

De falharmos a possibilidade de nos distanciarmos do FC Porto. A equipa azul-e-branca deixou-se ontem empatar no Dragão perante o Arouca, num jogo em que perdia por 0-1 aos 90 minutos e teve 23' de tempo extra - seguramente recorde nacional nesta matéria. Seria uma ocasião soberana de ficarmos com mais dois pontos do que os nossos rivais do Norte. Um desperdício.

 

De termos visto um golo anulado. Seria o nosso segundo, muito bem marcado por Morten - o seu primeiro de Leão ao peito. Por alegado fora-de-jogo posicional: Pedro Gonçalves estaria deslocado, sem interferir na jogada, mas interferindo no ângulo de visão do guarda-redes Matheus. Aconteceu aos 38', coroando o melhor lance colectivo do Sporting nesta partida, com destaque para os contributos de Gyökeres e Morita.

 

De Paulinho. Jogava num estádio onde já foi feliz. Mas isto não parece tê-lo motivado. Passou ao lado do jogo. O treinador decidiu prescindir dele ao intervalo. Assistiu à segunda parte no banco de suplentes.

 

De Nuno Santos. Desde que veio de lesão ainda não parece em plena forma. Novamente com desempenho muito apagado, recebeu ordem para sair aos 60'. Anda a abusar dos passes à retaguarda em vez de mostrar aquilo que bem sabe fazer: cruzamentos com o seu potente pé esquerdo. Abusa também do excesso de teatralidade no relvado, o que pouco ou nada o favorece perante as equipas de arbitragem.

 

Da saída de Morten. O reforço dinamarquês estava a ser pendular no meio-campo, conferindo segurança e robustez ao nosso corredor central, jogando de cabeça bem levantada, com noções apuradas de tempo e espaço. Causou surpresa a decisão do treinador de tirá-lo aos 60', contribuindo para desguarnecer aquela zona em tarefas de contenção e recuperação da bola.

 

De Daniel Bragança. Nenhuma das cinco substituições feitas por Rúben Amorim foi muito feliz. Mas o desempenho do nosso médio criativo, que tantas vezes tenho elogiado, esteve claramente abaixo daquilo que esperamos dele. Em campo como substituto de Morten, entregou duas vezes a bola em zona perigosa e é ele a causar o livre directo, absolutamente desnecessário, quase à entrada da nossa área que gera o golo do empate do Braga, marcado por Álvaro Djaló, aos 78´.

 

Do desgaste de Gyökeres. O internacional sueco voltou a jogar muito para a equipa. Procura a bola em frenesim constante, tenta ser útil em toda a largura do terreno, mas vai-se desgastando em missões demasiado longe dos postes, abandonando a zona de tiro - precisamente aquela em que melhor faz a diferença. Gostaria de vê-lo mais enquadrado com a baliza e menos como interior ou até como extremo ao longo das partidas. Porque precisamos dele, sobretudo, a marcar golos.

 

De ver Bruma e José Fonte com outra camisola. Bons desempenhos do veterano central (e campeão europeu em 2016) e do avançado que agora alinham pelo Braga. Ambos são produto da formação leonina, como é sabido.

 

 

Gostei

 

Do grande golo de Pedro Gonçalves. Já tínhamos saudades de o ver fazer o gosto ao pé. Após três jogos em branco, voltou a facturar - abrindo o marcador aos 25'. Belo golo marcado de ângulo muito apertado, o que o torna de execução técnica difícil, só ao alcance de um predestinado. Merece ser designado o melhor Leão em campo.

 

De Diomande. Vai crescendo de jogo para jogo. Não apenas útil na contenção defensiva, como central do lado direito, mas também na saída de bola - exibindo segurança e maturidade muito acima dos seus 19 anos. Teve intervenção decisiva no nosso golo: é ele a fazer a assistência vertical, muito bem medida, para Pedro Gonçalves. Chamem-lhe reforço: é a palavra certa. 

 

De Morita. Voltou a demonstrar extrema utilidade. Quer a calibrar o nosso meio-campo e acorrendo às dobras de vários companheiros ao fechar corredores em manobra defensiva quer a descobrir linhas de passe para colocar a bola bem medida nos pés dos avançados. Muito eficaz nas recuperações. Foi ele a fazer a assistência para o golo de Morten que acabou por ser anulado sem a menor culpa nem do internacional nipónico nem do dinamarquês. 

 

De termos chegado ao intervalo a vencer 1-0. Fomos superiores na primeira parte e podíamos ter construído uma vantagem mais dilatada. Entrámos a recuar muito no segundo tempo, como tantas vezes já aconteceu, e permitimos que o Braga assumisse o controlo do jogo, mesmo criando poucas oportunidades de golo. Bastou concretizar uma para nos impedir a conquista dos três pontos.

 

Da estreia de Fresneda. O jovem espanhol, recém-chegado do Valladolid, vestiu pela primeira vez a verde-e-branca aos 85', quando substituiu Esgaio. Tempo insuficiente para fazer um juízo sobre o seu desempenho, apenas para assinalar que já o pudemos ver em acção.

 

Da qualidade do jogo. Bem disputado, com emoção até ao fim, foi um cartaz apelativo para a promoção do futebol. Certamente apreciado pelos 22.781 espectadores que compareceram no estádio municipal de Braga.

 

De termos cumprido 18 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e às vitórias nas três jornadas iniciais do campeonato em curso, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em partidas oficiais. À frente de qualquer outra equipa.

 

De termos dez pontos em 12 possíveis. Seguimos no comando do campeonato, integrando um trio que também inclui Boavista e FC Porto. Há um ano, à quarta jornada, só tínhamos quatro pontos. Faz enorme diferença.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Da terceira vitória consecutiva. Desta vez por 1-0, no nosso estádio, contra o Famalicão - a quem impusemos a primeira derrota. Em jogo de sentido único, com domínio total leonino. Frente a uma equipa que logo na ronda inaugural desta Liga 2023/2024 foi ganhar em Braga.

 

De Paulinho. Outro golo marcado: e vão quatro, em três jogos. Outro desempenho decisivo na conquista de pontos: já lhe devemos sete nas partidas disputadas. Desta vez ameaçou aos 19' (Luiz Júnior salvou um golo quase certo defendendo com a cabeça!), mas concretizou aos 52': estava no sítio certo para completar da melhor maneira, cabeceando, uma tentativa de Coates na grande área dando sequência a um livre lateral. Melhor jogador em campo, é hoje o mais destacado elemento desta equipa. Voltou a ouvir o cântico que lhe é dedicado, por mérito próprio.

 

De Gyökeres. Não marcou, mas foi incansável no trabalho em campo. Actuando umas vezes como extremo, noutras como interior esquerdo ou direito. É dele o passe para o quase-golo de Paulinho aos 19'. Tem um vigor físico impressionante e obriga a fixar dois defesas adversários sempre de olho nas suas movimentações imprevisíveis, abrindo espaços para os companheiros. Esteve perto de marcar, de livre directo, num remate rasteiro. Grande contratação.

 

Da estreia de Morten a titular. O reforço dinamarquês jogou bastante adiantado, mais como médio de construção do que médio defensivo. Segura com eficácia a bola, define bem o passe, sabe temporizar o jogo. Tentou articular-se com os companheiros: passou no teste. Falta-lhe apenas acentuar a robustez física: saiu aos 84', visivelmente desgastado.

 

Das entradas de Geny e Daniel Bragança. Ambos formados em Alcochete, trouxeram frescura e ousadia numa fase de notória quebra física da nossa equipa. O primeiro entrou aos 60', rendendo um desinspirado Nuno Santos (passando para o corredor direito com a entrada de Matheus Reis, aos 66'): foi dele um dos lances individuais mais espectaculares do jogo ao ganhar uma bola disputada mesmo no limite da linha de fundo, driblando Moura, e ao centrá-la, bem redonda, para Pedro Gonçalves tentar dar-lhe o rumo certo. O segundo, em campo desde os 84', foi vital para garantir a posse de bola numa fase em que o Famalicão tentava o golo do empate. Esteve até à beira de marcar com um tiro do seu pior pé, o direito.

 

De não termos sofrido golos. Primeira partida deste campeonato em que as nossas redes se mantiveram invioláveis após termos permitido que Vizela e Casa Pia marcassem. A presença de Morten facilitou o trabalho do trio defensivo (Diomande, Coates e Gonçalo Inácio). A tal ponto que o Famalicão não criou um só lance de golo em todo o jogo.

 

Do guarda-redes do Famalicão. Luiz Júnior foi fundamental para evitar que a sua equipa saísse de Alvalade com uma derrota mais volumosa. Pelo menos com intervenções decisivas a remates de Paulinho (19'), Gyökeres (65') e Daniel Bragança (85').

 

Do ambiente festivo no nosso estádio. Vive-se uma inegável comunhão entre os adeptos e os jogadores. Confiança inabalável da nação leonina nas potencialidades desta equipa, que ontem apresentou talvez o melhor onze em campo. Não por acaso, registou-se a presença de 40.287 espectadores nas bancadas. Testemunhando este facto inegável: chegamos ao fim de Agosto com a pontuação máxima garantida. Todos os sonhos são possíveis. Daí ter-se gritado «Sporting campeão!» ainda antes do apito inicial.

 

De termos cumprido 17 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e às vitórias nas duas rondas iniciais do novo campeonato, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em partidas oficiais.

 

De ver o Sporting no comando. Nove pontos, liderança do campeonato - para já partilhada com o V. Guimarães. É precisamente aqui que devemos estar. Na Liga 2022/2023, também à terceira jornada, só tínhamos quatro pontos - menos de metade dos actuais.

 

 

Não gostei

 

De Pedro Gonçalves. Outra exibição apagadíssima. Nem actuando mais na frente, compondo um trio com Gyökeres e Paulinho, nem recuando no terreno nos minutos finais, conseguiu fazer a diferença. Errou vários passes, acusou falta de intensidade, foi ineficaz na marcação de cantos, não protagonizou lances de ruptura. Falhou escandalosamente o golo que Geny lhe ofereceu aos 90'+4. Podia ter sido feliz na marcação de um livre directo, aos 49', quando fez a bola embater na barra - único momento positivo em dia não. Mais um, desde que decidiu trocar o n.º 28 pelo n.º8 que antes tinha sido de Bruno Fernandes.

 

De Nuno Santos. Ainda não recuperou a antiga forma desde que falhou o início da temporada oficial devido a lesão. Quase sempre inofensivo no corredor esquerdo, permitiu que Esgaio tivesse muito mais iniciativa atacante no flanco oposto. Limitou-se a quatro cruzamentos, sem consequências dignas de registo - de resto, abusou dos passes à retaguarda. Melhor momento: a marcação de um livre, tipo canto curto, do lado direito - que daria início ao nosso golo solitário. Poucos minutos depois saiu, visivelmente insatisfeito com a sua prestação em campo. 

 

Do empate a zero ao intervalo. Sabia a muito pouco num primeiro tempo de sentido único, em que só a nossa equipa procurou a baliza adversária, com o Famalicão todo recolhido em 30 metros: basta anotar que o primeiro canto da turma minhota só aconteceu aos 82'. A nossa aparente incapacidade para furar a muralha defensiva dos visitantes foi enervando parte do público no estádio, que começou a transmitir nervosismo à equipa. Sem necessidade alguma.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De vencer o Casa Pia. Em jogo disputado no municipal de Rio Maior (e porque não no municipal de Leiria, que leva muito mais gente?), por escolha do chamado clube anfitrião, trouxemos de lá três pontos. Frente à mesma equipa que na época passada venceu o FC Porto e impôs um empate ao Braga na pedreira.

 

De Paulinho. Está em grande, o nosso ponta-de-lança, fazendo enfim jus à posição agora que tem Gyökeres como parceiro lá na frente. Figura do jogo, melhor em campo. Devemos-lhe estes três pontos: foi ele a bisar no 2-1 em Rio Maior. Remate de primeira, sem deixar a bola ir ao chão, metendo-a lá dentro logo ao terceiro minuto (assistência de Esgaio). Fixou o resultado com igual eficácia logo aos 61' (assistência de Nuno Santos). Cedeu lugar a Trincão, aos 87', sob merecida ovação. Já leva três golos marcados - marca só alcançada, no campeonato anterior, à 23.ª jornada.

 

De Gyökeres. Claro que é reforço, não restam dúvidas a ninguém. Incansável nos duelos, na procura de espaços, na abertura de linhas. Mandou a bola à barra (29'), fê-la rasar o poste (63'). Excelente trabalho na grande área (66'). Esteve quase a concluir com êxito um dos nossos melhores ataques rápidos (79'). Viu o árbitro anular-lhe muito mal, por falta inexistente, uma das suas acções no reduto dos "gansos". Combativo do princípio ao fim.

 

De Morita. Novamente um todo-o-terreno. Parece actuar no campo todo, dando luta sem fraquejar. Não apenas no meio-campo, onde foi o patrulheiro de serviço, mas em apoio à defesa sem descurar a ligação ao ataque. Todas as grandes equipas têm o seu "carregador de piano": o internacional nipónico cumpre essa missão neste Sporting 23/24.

 

Da estreia de Morten. O dinamarquês recém-chegado do Lecce (16.º classificado da Liga italiana na época anterior) apresentou-se pela primeira vez de verde e branco a partir dos 75', rendendo Edwards. Jogou 22 minutos, contando com o tempo extra. Exibiu segurança na posse de bola, abrindo linhas de passe. Vai ser-nos muito útil como médio defensivo titular preenchendo a vaga aberta desde a saída de Ugarte.

 

Do regresso de Nuno Santos. O ala esquerdo veio de lesão, não fez partida exuberante mas cumpriu no essencial ao assistir no segundo golo - replicando o que o ala direito, Esgaio, fizera no primeiro. Substituído aos 64' por Matheus Reis, saiu certamente com esta certeza: missão cumprida.

 

Do resultado ao intervalo. Vencíamos 1-0, com domínio total em campo. Uma bola à barra, uma grande oportunidade de Paulinho além do golo que marcou, boa adaptação da equipa ao novo sistema dos dois avançados que se vão revezando frente à baliza.

 

De Rúben Amorim. Tem melhorado a equipa, leu bem o jogo, acertou nas substituições. Mas merece este destaque pela sua honestidade intelectual ao reconhecer, logo nas entrevistas rápidas subsequentes ao apito final, que o Sporting foi indevidamente beneficiado pela validação do primeiro golo, em micro fora-de-jogo. O seu colega do Casa Pia, Filipe Martins, merece igualmente elogio ao não escudar-se nesse lance para justificar a derrota. Dois treinadores em bom nível. Evidenciando uma saudável forma de estar no futebol, em contraste absoluto com o técnico que ainda orienta o FC Porto.

 

De termos cumprido 16 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e à vitória na abertura do novo campeonato, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em jogos oficiais.

 

Da nossa supremacia total perante o Casa Pia. Vitórias leoninas nas últimas 17 partidas. É preciso recuar quase cem anos para registar um empate com esta equipa.

 

De olhar para a classificação e ver o Sporting em primeiro. Lideramos o campeonato no momento em que escrevo estas linhas. Dois jogos, seis pontos. No campeonato anterior, tínhamos apenas quatro à segunda jornada. 

 

 

Não gostei

 

Da vídeo-arbitragem. Má intervenção de Hugo Miguel, que quase em piloto automático validou o primeiro golo, em que parece ter havido microdeslocação de Paulinho (90 milímetros). Sempre defendi que estas microdeslocações não deviam ser assinaladas - já vimos um golo de Pedro Gonçalves, noutro campeonato, ser anulado por supostos 20 milímetros, algo que não é possível acontecer, por exemplo, na Premier League. Erro, no entanto, há que reconhecer - prejudicando também a actuação do árbitro Nuno Almeida. Tal como foi erro não ter sido assinalado um penálti cometido sobre Edwards, igualmente por responsabilidade suprema do vídeo-árbitro.

 

De sofrermos três golos em dois jogos. Dois contra o Vizela, um agora. Razão evidente, que os números confirmam, para termos ido buscar um médio defensivo rotinado na posição. Quando fomos campeões, em 2020/2021, exibimos na sólida organização defensiva o nosso principal trunfo. Temos de recuperá-lo com urgência.

 

De Coates. Responsabilidade no golo sofrido, com falha de marcação: deixou o avançado do Casa Pia progredir como quis no corredor central. Ficou tremido na fotografia, intranquilizando o próprio Adán, que saiu mal da baliza neste lance, aos 58'. O internacional uruguaio esteve também muito desastrado nos passes longos, sempre para fora do alcance dos colegas: aconteceu aos 34', 45'+2, 45'+7, 45'+11 e 73'. 

 

De Pedro Gonçalves. Pela segunda jornada consecutiva, passou ao lado da partida. Desligado dos companheiros, volta a falhar a parceria com Morita, deixando quase todo o desgaste nas pernas do japonês. Em largos momentos nem parecia estar em campo.

 

Da ausência de Daniel Bragança. O nosso médio criativo anda em maré de azar: após ter falhado toda a temporada 2022/2023 por grave lesão, desta vez nem foi convocado por se ressentir ainda do choque com Nuno Moreira na jornada inaugural. Só podemos desejar-lhe rápida recuperação: faz falta à equipa.

 

Da longa interrupção do jogo na primeira parte. Por grave indisposição do mais conhecido adepto sportinguista de Rio Maior: o antigo presidente da Câmara Municipal Silvino Sequeira, que assistia à partida mesmo atrás do banco leonino. Acometido de grave indisposição, que o deixou inconsciente, foi prontamente assistido por responsáveis clínicos das duas equipas, o que lhe terá salvo a vida. Conduzido de ambulância ao hospital, forçou a interrupção do jogo durante 11 minutos. Oxalá melhore e recupere, tão cedo quanto possível. Merece as nossas saudações leoninas.

Rescaldo do jogo de ontem

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Gostei

 

Do regresso ao Estádio José Alvalade. Pontapé de saída da Liga 2023/2024 ainda com luz solar (o jogo começou às 20.30) e bancadas muito compostas (mais de 37 mil espectadores). A saudar o novo campeonato que começa após um defeso que nos pareceu demasiado longo. 

 

De começar com uma vitória. Foi muito suada, mesmo no último lance do encontro: três pontos arrancados a ferros, no décimo minuto de tempo extra, esgotados já os oito suplementares decididos pelo árbitro Fábio Melo, em estreia auspiciosa na Liga I - oxalá tenha carreira longa e bem-sucedida. Reeditando, de algum modo, o que acontecera no campeonato anterior, em que só um penálti aos 90'+5, convertido por Porro, nos deu os três pontos - então vencemos por 2-1, agora por 3-2. Confirmando o Vizela (onde há três nossos ex-jogadores) como uma equipa muito complicada.

 

De Gyökeres. Sim, é reforço. E que reforço! Não estavam esgotados os 14 minutos iniciais da partida inaugural do campeonato para o potente avançado sueco demonstrar ao que veio. Tem faro de baliza, quer muito marcar. Bisou, com 82 segundos de intervalo. No primeiro, a centro de Matheus Reis, tira dois defesas da frente com uma simulação de corpo e fuzila cruzado, de pé esquerdo. O segundo, aos 15', é todo inventado por ele, começando numa recuperação de bola que também protagonizou. Ainda tentou um terceiro, de cabeça, após canto, aos 27'. E tem intervenção decisiva no disparo do triunfo, com uma assistência - também de cabeça. Exibição brilhante, de longe o melhor em campo. Não podia ter começado melhor.

 

De Morita. Actuou como um todo-o-terreno, procurando suprir a ausência de um médio defensivo de raiz (o reforço dinamarquês, chegado ontem, ainda só estava na tribuna, Tanlongo foi riscado do plantel e Dário nem foi convocado). Esteve em todo o lado, com enorme pulmão: quem diz que não aguenta 90' equivoca-se. Foi o rei das recuperações, aferrolhando o corredor central enquanto formou duo com Daniel Bragança. No segundo tempo, tendo um displicente Pedro Gonçalves como par, viu-se várias vezes isolado perante três adversários nessa zona. Mas nunca baixou os braços, foi sempre à luta.

 

De Paulinho. Ausente do onze inicial, em campo desde os 64', desta vez resolveu - ao minuto 100 do jogo, e logo com o seu pé "cego", o direito. Transformou um mais que provável empate numa quase miraculosa vitória. Tributado com merecida ovação no estádio.

 

Da aposta de Rúben Amorim em jovens. Além de Geny, titular como ala direito, e do regressado Daniel Bragança (boa primeira parte, saiu ao intervalo por precaução após um choque), o treinador fez alinhar também Afonso Moreira, que rendeu Matheus Reis aos 64'.

 

Do resultado ao intervalo. Vencíamos por 2-0, somávamos quatro outras oportunidades de golo. O Vizela fez o primeiro remate enquadrado já no tempo extra da etapa inicial. Tudo apontava para goleada. Ou, pelo menos, para um triunfo tranquilo, sem o alucinante sufoco do quarto de hora final.

 

De termos cumprido 15 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em jogos oficiais.

 

Da nossa folha limpa perante o Vizela. Já os defrontámos em onze partidas - sempre a vencer. Caso inequívoco de maioria absoluta.

 

De já levarmos três pontos de avanço sobre o Braga. Os arsenalistas foram derrotados em casa (1-2), na ronda inaugural, pelo vizinho Famalicão. 

 

Da "estrelinha". Nem Amorim, na conferência de imprensa final, negou a evidência: estes três pontos após termos consentido a reviravolta do Vizela em minuto e meio, já perto do fim, assinalam o regresso da abençoada deusa da fortuna que nos foi acompanhando durante o inesquecível campeonato 2020/2021. Antes assim.

 

 

Não gostei

 

Da displicência da equipa após a meia hora inicial. Vários jogadores actuaram sem intensidade, sem genica, sem entrega ao jogo. Como se já tivessem cumprido mais um dia de rotina no escritório. Isto deu ânimo aos vizelenses, que foram avançando no terreno e somando investidas perigosas à nossa baliza. Podiam ter marcado o primeiro aos 63', por Ricardo Nascimento: Adán desviou o disparo com a ponta das luvas.

 

Do nosso colapso defensivo. Os dois golos da equipa visitante, aos 75' e 77', resultaram de clamorosas falhas colectivas. Com os de Vizela a fazer o contrário do que vínhamos produzindo: bola a rolar rápida, ao primeiro toque, ataque eficaz à profundidade, contragolpe veloz em contraste com a lentidão dos nossos. No primeiro, Adán é também mal batido: saiu não só da baliza como da grande área e só conseguiu meia-defesa com os pés enquanto Coates defendia com os olhos. No segundo, o capitão uruguaio entregou a bola ao adversário, deixando os colegas desposicionados. Dois jogadores formados na nossa Academia (Tomás Silva e Nuno Moreira) construíram esse golo em poucos segundos.

 

De Pedro Gonçalves. Partida calamitosa do nosso ex-n.º 28, agora tendo nas costas o número oito, que pertenceu a Bruno Fernandes. Arrastando os pés, com aparente falta de energia, desperdiçou quatro golos. Aos 22', isolado por Gonçalo Inácio, deixou a bola fugir pela linha de fundo. Aos 27', bem servido por Trincão, deixou-se antecipar pela defesa. Aos 57' atirou para a bancada após assistência milimétrica de Edwards pelo lado esquerdo. Aos 81', novo balão para a bancada. O melhor que fez foi um remate rasteiro, aos 57', que o guarda-redes interceptou com facilidade. 

 

De Trincão. Faz sempre mais uma finta, ensaia sempre mais um rodriguinho, vai dando voltas ao carrossel. Embrulhando o jogo. Incapaz de seguir a pedalada de Gyökeres, nem acelerou nem demonstrou intensidade. Prestação falhada: saiu aos 64', dando lugar a Paulinho. 

 

De Edwards. Espécie de cópia de Trincão, em campo durante toda a segunda parte - foi ele a substituir Daniel Bragança. Enquanto o minhoto gira no carrossel, o inglês cola-se à bola e parece querer levá-la para casa. Esquecendo-se de jogar para a equipa.

 

De Afonso Moreira. Estreia em jogos oficiais entre os maiores. Rendeu Matheus Reis, numa substituição algo insólita pois o brasileiro estava a cumprir e tinha até feito a assistência para o primeiro golo. O jovem ala esquerdo decidiu quase sempre mal, embrulhando-se em fintas que resultaram em desarmes fáceis. Veremos quando voltará a ter nova oportunidade. Esta foi desperdiçada.

 

Da aparente lesão de Daniel Bragança. Após choque de cabeças, numa bola disputada com Nuno Moreira, o nosso médio criativo, pareceu atordoado. Já não regressou do intervalo. A equipa ressentiu-se. No primeiro tempo, foi ele o principal estratego e organizador do onze, fazendo boa parceria (inédita) com Morita. É verdade que falhou um golo cantado, aos 43', atirando para a bancada após assistência de Gyökeres. Mas também ofereceu outro, num excelente passe picado a isolar Trincão, que desperdiçou.

 

Das vaias. Decorria o minuto 54, vencíamos por 2-0. Mesmo assim, escutaram-se estrondosos assobios no estádio. Visado: Trincão, por ter perdido duas vezes a bola em lances consecutivos. Nunca entenderei esta atitude do "tribunal" de Alvalade, rasgando a própria equipa enquanto decorre um jogo. Mantém-se a péssima tradição: enerva os nossos, moraliza os adversários. Quem tanto gosta de assobiar, devia fazê-lo em casa.

 

Foto minha, minutos antes do jogo, ontem no regresso a Alvalade

Os melhores jogadores da época passada

Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2022/2023:

 

Pedro Gonçalves: 6 (Sporting-Rio Ave: Sporting-Chaves; Chaves-Sporting; Sporting-Arouca; V. Guimarães-Sporting; Vizela-Sporting)

Trincão: 5 (Sporting-Portimonense: Famalicão-Sporting; Sporting-Estoril; Casa Pia-Sporting; Paços de Ferreira-Sporting)

Porro: 3 (Sporting-Paços de Ferreira; Marítimo-Sporting; Sporting-Vizela)

Morita: 3 (FC Porto-Sporting; Sporting-Gil Vicente; Sporting-Braga)

Nuno Santos: 3 (Boavista-Sporting; Sporting-Casa Pia; Sporting-Boavista)

Edwards: 3 (Sporting-V. Guimarães; Sporting-Santa Clara; Sporting-Famalicão)

Adán: 2 (Santa Clara-Sporting; Arouca-Sporting)

Chermiti: 2 (Rio Ave-Sporting: Sporting-FC Porto)

St. Juste: 2 (Estoril-Sporting; Gil Vicente-Sporting)

Ugarte: 2 (Benfica-Sporting; Sporting-Benfica)

Matheus Nunes: 1 (Braga-Sporting)

Paulinho: 1 (Portimonense-Sporting)

Coates: 1 (Sporting-Marítimo)

 

Na época 2014/15, os melhores jogadores foram Nani, William Carvalho e Montero.

Na época 2015/16, os melhores jogadores foram Slimani, Adrien e João Mário.

Na época 2016/17, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bas Dost e Adrien.

Na época 2017/18, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bruno Fernandes e Rui Patrício.

Na época 2018/19, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Raphinha e Nani.

Na época 2019/20, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Jovane e Coates.

Na época 2020/21, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Coates e Palhinha.

Na época 2021/22, os melhores jogadores foram Sarabia, Porro e Nuno Santos.

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De terminarmos o campeonato a vencer. Em Vizela, campo difícil. Frente a um adversário motivado e muito incentivado pelo seu público.

 

Da reviravolta. Recuperámos de um resultado desfavorável (golo sofrido logo aos 6'), empatando aos 20', e consumámos o triunfo aos 85'. Triunfo por 2-1. Tudo está bem quando acaba bem.

 

De Pedro Gonçalves. Nada se decidia já neste jogo, que para nós se destinou apenas a cumprir calendário. Mas o nosso n.º 28 suou a camisola, inconformado. Quis sempre mais, quis sempre melhor. Perante uma reduzida mais vibrante falange de adeptos leoninos. Querer é poder: foi dele o passe para o golo inicial, na marcação de um canto, e é ele quem conduz toda a jogada que culmina no segundo. Somou 11 assistências na Liga. Melhor em campo.

 

Da estreia de Gonçalo Inácio a marcar no campeonato. Mesmo no último jogo: foi dele o cabeceamento bem calibrado de que resultou o golo inicial. Fecha a temporada com quatro bolas metidas no fundo das redes - mas para a Liga 2022/2023 foi só este. Ainda a tempo.

 

De Edwards. Estará em vias de abandonar o Sporting para regressar à Premier League? Talvez, algo indiciado pelo facto de ter começado no banco - facto insólito nas opções do treinador. A verdade é que quando entrou, aos 58', logo agitou o jogo, causando desequilíbrios graças à sua excelente técnica. O colectivo leonino beneficiou muito com ele em campo. Se sair, teremos saudades dele.

 

Do autogolo. De Ivanildo Fernandes, aos 85', quando trocou os pés numa bola bombeada por Pedro Gonçalves para Chermiti, ali bem perto. O antigo jogador da formação leonina, que chegou a participar em vários jogos da nossa equipa B, cumpriu enfim um sonho antigo: marcar pela equipa principal do Sporting. Foi o quinto autogolo de que beneficiámos neste campeonato - e o oitavo em toda a temporada. Nenhuma equipa em Portugal se pode gabar do mesmo.

 

De termos cumprido 14 jogos seguidos sem perder. Balanço positivo da nossa segunda volta: 13 vitórias, três empates, apenas uma derrota, com 38 golos marcados e só 13 sofridos. Se tivéssemos feito o mesmo na frustrante primeira volta, chegaríamos ao fim do campeonato com 84 pontos. Merece reflexão.

 

Da nossa folha limpa perante o Vizela. Já os defrontámos em dez partidas - sempre a vencer. Um caso inequívoco de maioria absoluta.

 

De Osmajic. O avançado montenegrino do Vizela, emprestado pelo Cádiz, marcou um grande golo em contra-ataque, beneficiando de uma perda de bola nossa a meio-campo, da falta de velocidade de Coates e da indecisão de Israel, que nem fez a mancha nem cobriu o primeiro poste. Fecha a temporada com oito golos apontados. Fazia-nos falta ter um artilheiro assim.

 

 

Não gostei

 

De Dário. Rúben Amorim apostou nele como titular, mas o jovem da nossa formação esteve muito longe de corresponder à confiança que o treinador nele depositou. Trapalhão, desposicionado, sem conseguir articular-se com os companheiros, não aproveitou esta oportunidade. Tem responsabilidade na perda de bola que conduziu ao golo do Vizela. Saiu aos 56', dando a sensação de que devia ter ficado no balneário logo ao intervalo.

 

De Paulinho. Chega ao fim do campeonato com cinco golos marcados, cifra medíocre para quem joga na posição dele e foi a contratação mais cara de sempre do Sporting. Ontem, mais do mesmo: falhou emendas, chegou tarde aos lances, cabeceou na direcção errada. Seria mais útil à equipa se aplicasse em golos metade da energia que vai desperdiçando em protestos inúteis durante os jogos.

 

De ver Ugarte no banco. Sinal inequívoco de que o internacional uruguaio, digno sucessor de Palhinha, está em vias de deixar o Sporting, supostamente a caminho do futebol inglês. Sentiu-se já a falta dele como tampão no nosso meio-campo, mesmo contra uma equipa como o Vizela, que não pressionou muito. É uma lacuna que se abre no onze titular leonino. Não será Dário a preenchê-la.

 

Da indisciplina. Começa a ser raro haver um jogo do Sporting sem forte sururu no terreno, com actos que não dignificam o futebol nem o nosso emblema. Ontem, mesmo já não havendo objectivos a cumprir excepto a obrigação de vencer, vários jogadores envolveram-se em picardias e gestos antidesportivos totalmente desnecessários. Pedro Gonçalves e Coates deviam ter visto cartões amarelos.

 

De ver vários nossos ex-jogadores com a camisola do Vizela. Bruno Wilson, Ivanildo, Tomás Silva: todos formados em Alcochete. O segundo teve a bondade de retribuir com o autogolo que nos valeu três pontos.

 

Do horário do jogo. Este Vizela-Sporting, parte do qual disputado debaixo de chuva, começou só às 21.15. Não admira que houvesse apenas 3309 espectadores nas bancadas. Inaceitável, termos jogado uma temporada inteira quase sempre a horas impróprias. Como se fôssemos um clube de vão de escada.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

Do empate. Tivemos o pássaro na mão e deixámos fugir a vitória. Contra o Benfica, em Alvalade, repetindo o resultado da primeira volta (2-2). Com a diferença, desta vez, de termos sido totalmente dominantes na primeira parte, com reflexos no marcador: ao intervalo estava 2-0. Fez mal aos jogadores a prelecção do treinador no balneário. A nossa equipa entrou irreconhecível no segundo tempo, concedendo todo o domínio de jogo ao adversário. 

 

Das substituições. Em equipa que ganha não se mexe, diz o adágio futebolístico. Rúben Amorim não o seguiu: fez várias trocas, quando vencíamos por duas bolas de avanço, e a equipa foi piorando com todas elas. Recuando sempre, deixando de causar perigo, perdendo ligação entre os sectores, defendendo aflitivamente a vantagem - que começou por ser confortável, tornou-se tangencial e deixou de ser vantagem ao sofrermos o segundo golo, já no tempo extra.

 

Da entrega do meio-campo ao Benfica. Ao desfazer o duo Ugarte-Morita, que brilhara no primeiro tempo, Amorim abdicou do domínio dessa decisiva faixa de terreno, confiando-a à equipa visitante. Algo inexplicável, tal como ordenar a saída de Nuno Santos (79'), o nosso jogador que melhor cruza, quando tinha optado pouco antes por plantar um avançado de referência na área (Paulinho). O homólogo alemão, treinador dos encarnados, deve ter agradecido.

 

De dois golos desperdiçados à queima-roupa. Aos 21', Pedro Gonçalves imitou Bryan Ruiz, falhando a dois metros da baliza escancarada após centro perfeito de Esgaio. Aos 86', Paulinho limitou-se a ser Paulinho: mais um falhanço na sua longa lista, quando tinha tudo para a meter lá dentro, só com Vlachodimos de permeio. 

 

Da segunda parte de Diomande. Amorim apostou nele como titular, mas o jovem marfinense - um dos heróis da primeira parte - enterrou a equipa nos dois golos encarnados. No primeiro, aos 71', atirou-se para o chão e lá ficou, imóvel, aguardando a marcação de uma falta que não aconteceu e deixando a equipa em inferioridade numérica. No segundo, aos 90'+4, foi incapaz de aliviar a bola após sucessivos remates encarnados. Está ligado ao melhor e ao pior desta partida.

 

De termos dito adeus à Liga dos Campeões. O Braga empatou no Bessa, poderíamos ter reduzido distância, ainda com possibilidade aritmética de atingir a liga milionária. Mas voltámos a ser incapazes de aproveitar um tropeção da turma minhota. Permanecemos isolados no quarto lugar: resta-nos a Liga Europa.

 

De termos sido incapazes de vencer novamente o SLB em casa. Nas últimas doze épocas, já contando com estas, só triunfámos duas vezes como anfitriões neste dérbi lisboeta: em 2011/2012 (1-0, golo de Wolfswinkel, com Ricardo Sá Pinto) e em 2020/2021 (1-0, golo de Matheus Nunes, com Rúben Amorim).

 

De termos sido incapazes de vencer um só jogo contra os nossos maiores rivais. Dois empates com o Benfica, duas derrotas contra o FC Porto. Estes pormenores contam - e de que maneira - numa prova de continuidade como é o campeonato nacional de futebol. Dez pontos perdidos.

 

 

Gostei

 

Do nosso primeiro tempo. Marcámos dois (Trincão, 39', e Diomande, 44'), não sofremos nenhum. Demos espectáculo em Alvalade, perante 39 mil espectadores. Pressionámos o Benfica, impedimos a saída de bola adversária, neutralizámos jogadores como João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos. Com fio de jogo, olhos na baliza, impecável organização colectiva. Remetendo o rival ao seu reduto defensivo. Uma das melhores primeiras parte do Sporting nesta temporada. Os números ajudam a compreender esta diferença: nove remates nossos, apenas dois do SLB. Há 22 anos que não chegávamos ao intervalo a vencer 2-0 num confronto com o Benfica para o campeonato.

 

De Ugarte. O melhor em campo. Impecável nas recuperações, funcionou como pêndulo da equipa não apenas na organização defensiva mas também na ligação com o sector ofensivo. Exímio no passe e nos confrontos individuais. Ninguém como ele merecia tanto a vitória que nos fugiu mesmo ao cair do pano.

 

Da primeira parte de Diomande. O jovem marfinense, que pegou de estaca como titular do trio de centrais, estreou-se como artilheiro de verde e branco. Num cabeceamento perfeito na sequência de um canto. Fez levantar os adeptos no estádio em celebração festiva, confirmando o domínio leonino na primeira parte. Pena tudo ter-se desmoronado no recomeço da partida. Aquele intervalo fez mal aos nossos jogadores. Diomande foi um dos mais afectados, como se viu.

 

De Nuno Santos. Exibição brilhante durante todo o primeiro tempo, vencendo todos os duelos com João Mário no nosso corredor esquerdo. Centrou várias vezes com qualidade. Fez duas assistências: é dele que sai a bola para o golo de Trincão, que supera António Silva e à segunda tentativa a mete lá dentro; foi também ele a marcar o canto de que resultou o golo de Diomande. Termina a época em excelente forma. Se sair, a equipa vai ressentir-se. Matheus Reis não tem a mesma energia, a mesma garra, a mesma entrega ao jogo.

 

De termos cumprido o 13.º jogo seguido sem perder. Se todo o nosso campeonato tivesse sido como está a ser esta segunda volta, agora quase no fim, teríamos garantido pelo menos o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira e Marítimo, empatámos com Gil Vicente, Arouca e ontem com o Benfica. 

 

Da homenagem inicial a Manuel Fernandes. Foi excelente vermos no relvado, além dele, vários outros nossos antigos capitães, desde Hilário a Nani. Passando por Carlos Xavier, Iordanov, Oceano, Pedro Barbosa e Daniel Carriço. E outros craques que jogaram com o "Manel" na década de 80: Litos, Nogueira, Barão e António Oliveira.

 

De ver Matheus Nunes e Pedro Porro na tribuna. É sempre bom recebermos as visitas de ex-campeões nossos. Estes saíram há pouco tempo e já temos saudades deles.

Rescaldo do jogo de ontem

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Coates muito cumprimentado pelos colegas ao marcar golo da vitória, assistido por Paulinho

Foto: Tiago Petinga / Lusa

 

Gostei

 

De termos vencido o Marítimo. Foi uma vitória (2-1) tirada a ferros, na noite de ontem em Alvalade, mas até por isso mais saborosa. Que vinga a derrota (0-1) que sofremos no Funchal durante a primeira volta. E nos aproxima - pelo menos provisoriamente - do Braga, agora apenas com mais um ponto. Chegámos aos 70.

 

De Coates. O homem do jogo. Primeiro pela negativa, ao perder a bola em zona perigosa, logo aos 10', permitindo que a turma madeirense se adiantasse no marcador. Depois largamente pela positiva, ao jogar nos 20' novamente na posição de ponta-de-lança e ao apontar o golo que nos valeu três pontos (90'+3). O seu golo de estreia neste campeonato prestes a terminar. Preciosíssimo. Voto no capitão uruguaio como melhor em campo.

 

Da decisão do treinador ao intervalo. Muito descontente com a exibição da equipa, Rúben Amorim não hesitou em fazer três trocas simultâneas da primeira para a segunda parte. E resultou: a equipa jogou mais unida, com maior equilíbrio e revelando acrescida acutilância. Gonçalo Inácio (no lugar de Matheus Reis), Nuno Santos (rendendo Arthur) e Morita (substituto de Bellerín) deram boa conta do recado. Valeu a pena mexer na equipa.

 

Da nossa reacção. Chegámos aos 85' ainda a perder. Mas insistimos nos lances ofensivos, sempre visando a baliza adversária. Sem baixar os braços, reagindo à adversidade. Foi um período decisivo do desafio, em que os nossos jogadores demonstraram aos adeptos que não estavam ali só a cumprir calendário, mas mesmo determinados a vencer. Foram bem-sucedidos.

 

De mais um autogolo. Beneficiámos do sétimo nesta temporada: poucas equipas europeias podem gabar-se do mesmo. Fica o registo: Boateng (Rio Ave), Miguel Silva (Marítimo), Bah (Benfica), Gartenmann (Midtjylland), Salvador Agra (Boavista), Marafona (Paços de Ferreira) e agora o maritimista Matheus Costa. Todos marcaram em nosso benefício, na baliza errada.

 

De termos cumprido o 12.º jogo seguido sem perder. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira e agora o Marítimo, empatámos com Gil Vicente e Arouca. Somos a equipa que está há mais tempo sem derrotas na Liga 2022/2023: desde o embate com o FCP em Alvalade, a 11 de Fevereiro. Temporada muito superior neste terço final em comparação com o terço inicial. Antes assim.

 

Do vídeo-árbitro. André Narciso contribuiu para repor a verdade desportiva aos 90'+3, contrariando a decisão do árbitro de validar um suposto segundo golo do Marítimo contra a indicação do seu assistente que assinalara falta atacante óbvia sobre Nuno Santos. Ainda bem que existe VAR.

 

De ver Paulinho como guarda-redes improvisado. Expulso Adán, por acumulação de amarelos, o ponta-de-lança foi para a baliza quando já passavam 10 minutos do tempo extra. Uma das muitas originalidades de um jogo cheio de momentos dignos dos "apanhados" que proporcionaram cenas circenses aos 27.130 espectadores no estádio. O nosso avançado cumpriu entre os postes, tendo sido muito aplaudido. Enquanto Coates jogava lá na frente, plantado na grande área do Marítimo. Papéis trocados. Acabou por resultar.

 

Do regresso da "estrelinha". Rúben Amorim bem pode sorrir: ela está de volta.

 

 

Não gostei

 

Da nossa incapacidade ofensiva. Mais de uma hora sem um remate enquadrado com a baliza. A primeira real oportunidade de golo surgiu só aos 66', quando Ugarte, em boa posição para o disparo, chutou para a bancada. Nem um remate perigoso até aos 84'. O guarda-redes do Marítimo não chegou a fazer uma defesa digna desse nome. Tudo muito poucochinho. Contra uma equipa que só uma vez venceu fora neste campeonato, no final de Outubro, e tem a pior defesa da Liga.

 

Da expulsão de Adán. No dia em que festejou 36 anos, o veterano guarda-redes (sem culpa no golo sofrido) recebeu uma péssima prenda: dois sucessivos cartões amarelos, aos 90'+4 e aos 90'+6. Acabou expulso. Não jogará no Sporting-Benfica, ficando o inexperiente Israel no seu lugar. Baixa de vulto.

 

Da lesão de Chermiti. O jovem leão, já com três golos apontados esta época, ficou excluído do onze devido a uma lumbalgia. Oxalá recupere a tempo de disputar o clássico.

 

De ver Félix Correia na equipa errada. Jogador da nossa formação, com inegável talento, quis sair do Sporting atraído pela Premier League. Mas na Juventus - clube a que agora está ligado, aos 22 anos - não contam com ele, daí marcar agora presença no campeonato português. Por empréstimo, nas fileiras do Marítimo. Mais lhe valia ter continuado de verde e branco.

 

Da displicência de Amorim. Já a pensar no desafio seguinte, o Sporting-Benfica do próximo domingo, o treinador deixou jogadores como Nuno Santos, Morita e Gonçalo Inácio fora do onze inicial. Quis queimar uma etapa, esquecendo-se que primeiro teríamos de superar este obstáculo. Corrigiu o erro ao intervalo. Com isso, oferecemos meia partida ao Marítimo.

 

Do árbitro Tiago Martins. Péssimo nas decisões técnicas e no critério disciplinar, fez vista grossa a uma falta cometida sobre Trincão perto da quina da grande área, ignorou um penálti sobre Edwards e validou um suposto segundo golo do Marítimo contra a opinião do seu árbitro auxiliar, numa decisão felizmente revertida pelo VAR. Exibiu doze cartões amarelos e um vermelho (por acumulação). É um escândalo vê-lo de apito na boca: não devia ter lugar no futebol português.

 

Dos assobios à equipa. Começaram a ouvir-se, bem sonoros, logo aos 36'. Visando sobretudo Diomande, sem contemplações contra o jovem central marfinense. Pura estupidez: em vez de apoiar a equipa, esta turba do assobio dá moral ao adversário. Além disso, a meio da segunda parte, da zona das claques começaram a escutar-se insultos ordinários ao presidente do Sporting, em claro desrespeito pelos estatutos do clube e pela vontade dos sócios expressa nas urnas. Mais valia incentivarem e aplaudirem o Marítimo, sem disfarce nem hipocrisia. Só faltaram as habituais tochas e os habituais potes de fumo para a "festa" anti-Sporting ser ainda mais animada.

Rescaldo do jogo de ontem

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Chermiti cumprimentado por Trincão logo após marcar o quarto golo do Sporting

Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa

 

Gostei

 

Da goleada por 4-0. Fomos a Paços de Ferreira não apenas repetir a proeza da primeira volta em Alvalade (vitória por 3-0), mas ampliá-la. Viemos de lá com os três pontos - como nos competia - e um dos melhores resultados deste campeonato. Havia 2-0 ao intervalo.

 

De Trincão. Começou como avançado-centro e terminou na ponta direita, sempre em alto rendimento: está a melhorar de jogo para jogo. Marcou um grande golo (o terceiro, aos 62', coroando bom trabalho individual, assistiu noutro (o segundo) e só não a meteu lá dentro também aos 37' devido a enorme defesa de Marafona. Fez ainda um magnífico centro aos 79' que Pedro Gonçalves desperdiçou. Já contabiliza 12 golos nesta época - a mais produtiva da sua carreira. Melhor em campo.

 

De Nuno Santos. Dínamo da equipa, transformou o nosso corredor esquerdo num rolo compressor, criando várias situações de perigo. Começou muito bem, logo com um passe de ruptura para Pedro Gonçalves no minuto inicial. Momento culminante: o golaço que marcou aos 33', de chapéu, antecedido de uma simulação que fez sentar o guarda-redes. Candidato, desde já, a um dos melhores golos do mês na Liga 2022/2023.

 

De Chermiti. Destaque pela positiva apenas pelo golo que marcou, com assistência de Arthur: emenda preciosa no minuto final da partida (90'+3). Onze minutos em campo bastaram para facturar. É isto que se pede a um ponta-de-lança: eficácia a finalizar. Com apenas 18 anos, consolida a sua influência no plantel leonino.

 

De Matheus Reis. Também entrou apenas aos 82', mas foi quanto bastou para ser influente e conseguir imprimir acutilância no corredor esquerdo ofensivo. Impecáveis cruzamentos aos 85' e aos 87', a merecerem nota artística.

 

Da alteração táctica promovida por Rúben Amorim. Actuámos nos dez minutos finais com uma dupla de avançados: Paulinho e Chermiti, municiados por Arthur (pela esquerda) e Trincão (pela direita) e resguardados por Pedro Gonçalves alguns metros atrás, como médio ofensivo. Ensaio já a pensar na próxima época?

 

Do árbitro Nuno Almeida. Voltou a fazer uma arbitragem competente: critério largo, sem passar o tempo a interromper o jogo nem tentando ser o protagonista. Oxalá fossem todos assim.

 

Da festa leonina nas bancadas. Apoio entusiástico dos adeptos do Sporting nas bancadas do Estádio Capital do Móvel. Em certos momentos até parecia que jogávamos em casa.

 

De termos cumprido o 11.º jogo seguido sem derrotas. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão e agora o Paços de Ferreira, empatámos com Gil Vicente e Arouca. Somos a equipa que está há mais tempo sem perder na Liga 2022/2023. Não sabemos o que é uma derrota desde o embate com o FCP em Alvalade. Temporada muito superior neste terço final em comparação com o terço inicial. Antes assim. 

 

De encurtar a distância para o Braga. Beneficiando da derrota braguista anteontem na Luz, vemos agora a turma minhota quatro pontos à nossa frente - quando há três jogos para disputar. É muito difícil chegarmos ao pódio deste campeonato, mas não impossível. Há que apoiar a equipa sem reservas nesta frenética recta final.

 

 

Não gostei

 

Do Paços de Ferreira. Uma das piores equipas do campeonato português. Começou por nos oferecer o golo inicial, aos 7', num atraso totalmente disparatado de Luiz Carlos, com a bola ainda a embater no guarda-redes Marafona. A equipa anfitriã terminou o jogo só com um remate enquadrado (Adán não fez qualquer defesa) e sem cantos. Não admira que até agora apenas tenha conseguido 8 pontos em casa.

 

De alguns remates desperdiçados. Pedro Gonçalves destacou-se neste capítulo, permitindo cortes da defesa ou a intervenção do guarda-redes aos minutos 1, 25 e 49. Mas redimiu-se assistindo Trincão no terceiro golo. É o jogador com mais assistências na Liga: já são dez.

Rescaldo do jogo de ontem

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Esgaio muito festejado nesta estreia como goleador pelo Sporting

Foto: Miguel A. Lopes / EPA

 

Gostei

 

Do triunfo de ontem. O Famalicão, semifinalista da Taça de Portugal, é uma das boas equipas deste campeonato, onde figura em sétimo na classificação. Deu boa réplica, mas a vitória leonina não oferece discussão. Por 2-1.

 

De Morita. O internacional japonês cada vez mais se confirma como o melhor reforço da época leonina ainda em curso. Foi ele a marcar, de recarga com o pé esquerdo, o nosso primeiro golo. Confirmando veia de artilheiro que nem Matheus Nunes, antes dele, revelava. Já superou Paulinho em número de golos neste campeonato. Imbatível a jogar entre linhas.

 

De Edwards. Quem diz que o inglês "não sabe jogar para a equipa" não sabe do que fala. Basta ver esta partida de ontem, em que participa na construção dos dois golos. Exímio no confronto individual, com a bola dominada. Notável visão de jogo. Merece destaque, como melhor em campo.

 

De Adán. Não foi muito solicitado, mas correspondeu quando foi necessário. Salvou duas vezes as nossas redes, aos 30' e aos 77'. É para isso que lá está.

 

Da estreia de Esgaio a marcar. Alguma vez havia de ser. O ex-vice-campeão europeu de sub-21, que tinha golo fácil nos escalões pré-profissionais do Sporting, andava há época e meia sem marcar - desde o regresso ao clube onde foi formado. Jejum quebrado ontem, ao apontar o golo da confirmação, iam decorridos 60'. Golo que seria do triunfo, que nos valeu três pontos. Saiu aos 82', sob forte e merecida ovação.

 

Do aproveitamento das oportunidades. Não costuma acontecer com facilidade, mas ocorreu ontem: o golo de Morita surgiu cedo, logo aos 18', logo na primeira oportunidade de que dispusemos na partida. Sem desperdício. Seria óptimo se acontecesse sempre assim.

 

Da intensidade da partida. Alguns anteviam que era jogo apenas para cumprir calendário, pois o Sporting já deverá permanecer no 4.º lugar actual. Mas sobretudo a segunda parte foi tão emocionante e de resultado tão incerto que desmentiu tal tese. Com vários momentos de bom futebol. 

 

De termos cumprido o décimo jogo consecutivo sem perder neste campeonato. Nem todos terão reparado nisto, mas não sofremos qualquer derrota desde a recepção ao FC Porto, há quase três meses. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guuimarães e agora o Famalicão, empatámos com Gil Vicente e Arouca. Somos, aliás, a equipa que está há mais tempo sem perder na Liga 2022/2023. Vamos fazer tudo para manter este registo até ao fim do campeonato. Só faltam quatro partidas.

 

 

Não gostei

 

Do autogolo de Coates. De vez em quando, parece sina do nosso capitão: numa tentativa de alívio, introduz a bola nas próprias redes. Aconteceu ontem, traindo Adán aos 69'. Só acontece a quem lá está, não há que criticá-lo duramente por isto. Mas lamenta-se que a estreia do internacional uruguaio a marcar neste campeonato, já na jornada 30, tenha acontecido na baliza errada. 

 

De outro golo sofrido. Já encaixámos 28 na Liga 2022/2023 - à média praticamente de um por jogo. Mais do que os sofridos em todo o campeonato anterior, quando apenas sofremos 23.

 

De Diomande. O jovem central marfinense, que chegou como reforço no mercado de Inverno, tem óbvias qualidades. Mas por vezes comete lapsos inexplicáveis. Ontem escorregou quando não devia, abrindo caminho a Colombatto (30'), e ofereceu um brinde a Sanco (52') que forçou o treinador a substituí-lo quatro minutos depois. Parecia diminuído, no plano físico ou psicológico.

 

Das escassas linhas de passe. O chamado "trabalho sem bola" continua a revelar-se no desaproveitamento dos cruzamentos de Nuno Santos, ala com vocação de extremo que cruza várias vezes para ninguém. O panorama melhorou com a troca do perdulário Pedro Gonçalves por Chermiti, aos 56'. Com insuficiências várias, o jovem avançado formado em Alcochete tornou-se apesar disso uma referência de área que antes faltava. Merece uma palavra de louvor.

 

De ver o Braga com mais sete pontos. Quando restam doze em disputa, o lugar de acesso à Liga dos Campeões parece cada vez mais remoto. Não há tropeções da equipa minhota, que aliás vem exibindo o melhor futebol desta Liga, mantendo aspirações à inédita conquista do campeonato nacional.

Rescaldo do jogo de ontem

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Pedro Gonçalves muito cumprimentado após marcar o nosso primeiro golo em Guimarães

Foto: José Coelho /EPA

 

 

Gostei

 

Da vitória de ontem num estádio difícil. Fomos a Guimarães bater a equipa local por 2-0, perante 21.893 pessos que assistiram a esta partida ao vivo - recorde de bilheteira no estádio vimaranense até ao momento na época em curso. Boa exibição leonina, sobretudo na segunda parte, com domínio indiscutível da nossa parte traduzido em dois golos - um a abrir, por Pedro Gonçalves, aos 47'; outro a fechar, por Arthur, aos 90'+3. Missão cumprida, sem grande brilho mas com zelo. E uma vontade enorme de conquistar os três pontos.

 

De Pedro Gonçalves. Marca pelo terceiro jogo consecutivo. Voltou a fazer o gosto ao pé, bem lançado por Morita, naquele seu estilo muito peculiar de rematar mais em jeito do que em força, mas com colocação perfeita. Desfez o empate e valeu-nos mais uma vitória. Segue com 15 golos na Liga, 20 no total da época. Está apenas a três de igualar a sua melhor marca de sempre - a de 2020/2021, quando fomos os campeões e ele se distinguiu como artilheiro do campeonato. Melhor em campo. 

 

De Ugarte e Morita. Grande desempenho dos médios leonino, em clara supremacia, vulgarizando os rivais do Vitória que actuam nesta zona do terreno. Ugarte distinguiu-se sobretudo no capítulo da contenção e da recuperação, enquanto o internacional nipónico brilhou na construção e no transporte da bola. Vital na assistência para o primeiro golo com um passe vertical extremamente bem medido. Está encontrado - um pouco tarde de mais - o duo ideal para substituir a antiga parceria Palhinha-Matheus Nunes. Oxalá não se desfaça já no próximo Verão.

 

De Nuno Santos. Continua imbatível no capítulo da entrega ao jogo. Nunca dá por perdido um confronto individual, sobretudo junto à linha, onde se sente como peixe na água. Trabalha para a equipa como poucos, sem desfalecimentos. Aos 4', já estava a sacar um amarelo ao rival directo que lhe fazia marcação. Cruzou quase como assistência para golo de Pedro Gonçalves (55'), em lance infelizmente desperdiçado. Sem nunca descurar missões defensivas.

 

De Diomande. Vai mostrando os seus dotes de jogo para jogo. Chegou há pouco tempo, mas parece actuar há anos no Sporting. Voltou a marcar presença como titular na linha dos centrais, à direita, e cumpriu com distinção o papel que lhe foi atribuído. Sem se inibir de subir no terreno também para tentar o golo - foi dele o primeiro remate enquadrado do Sporting, aos 5'. Belo passe vertical aos 60', queimando linhas. Já ninguém duvida: é mesmo reforço.

 

Da assistência de Adán. Mesmo ao cair do pano, o nosso guarda-redes repôs a bola com um espectacular pontapé de 70 metros que apanhou toda a equipa do Vitória adiantada e permitiu a Arthur marcar o segundo golo, fechando o resultado. Momento de excelente futebol no Estádio D. Afonso Henriques. Seria óptimo vermos lances destes mais vezes.

 

De termos cumprido o nono jogo consecutivo sem perder neste campeonato. Nem todos terão reparado nisto, mas não sofremos qualquer derrota desde a recepção ao FC Porto, há mais de três meses. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara e Casa Pia, empatámos com Gil Vicente e Arouca, e agora fomos vencer a Guimarães. Somos, aliás, a equipa que está há mais tempo sem perder na Liga 2022/2023. Vamos fazer tudo para manter este registo até ao fim do campeonato. Só faltam cinco partidas.

 

 

Não gostei

 

De ver o nosso treinador ausente. Rúben Amorim, castigado, assistiu ao jogo no piso superior do estádio, sem poder dar instruções directas para dentro do relvado, como ele tanto gosta. Mas os jogadores nem por isso se empenharam menos. Atitude positiva, demonstrando que estão com o técnico.

 

De Chermiti. Apareceu mais solto e atrevido depois do intervalo, mas durante toda a primeira parte foi presa demasiado fácil para o reduto defensivo do Vitória. Incapaz de se libertar das marcações, o jovem avançado fez o primeiro remate só aos 54', quando atirou à figura. Depois tentou dois golos com "nota artística", mas sem o menor sucesso: aos 60', quis marcar de calcanhar e aos 66' ensaiou um pontapé de bicicleta de costas para a baliza. Faria melhor em deixar-se de acrobacias e não complicar. Vai sendo tempo de quebrar o já prolongado jejum de golos.

 

Do Vitória. Na comparação com o Braga, seu emblema rival, vai-se menorizando cada vez mais. Neste embate com o Sporting foi incapaz de construir uma verdadeira oportunidade de golo. Chegou a metê-la lá dentro, aos 45'+1, por André Silva, mas não valeu por estar fora-de-jogo. Milimétrico, é certo: apenas 7 centímetros de deslocação. Medir desta maneira pretensos foras-de-jogo, para mim, é delito lesa-futebol. Escreverei isto quer o Sporting seja beneficiado quer o Sporting seja prejudicado, tanto faz. Anular golos por tão pouco é uma aberração.

 

De ver o Sporting ancorado no quarto lugar. Sem sintomas de recuperação na tabela classificativa. O Benfica mantém-se com mais 13 pontos, o FC Porto com mais nove e o Braga com mais sete. Há ainda 15 pontos em disputa, mas a lógica - contrariando os cenários ainda possíveis em termos aritméticos - indica-nos que nada de relevante já irá mudar.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

De mais dois pontos perdidos. Não pode ser coincidência: na primeira volta, fomos a Arouca perder (0-1), ontem estivemos perto disso. Lá conseguimos empatar, com um penálti manhoso, e andámos no habitual desespero dos últimos minutos (com a ajuda do árbitro Vítor Ferreira, que ontem nos concedeu 11 minutos de tempo extra!) sem desfazer o 1-1

 

De voltar a ver Coates como ponta-de-lança improvisado. Chega a ser humilhante para o próprio capitão leonino, comandante do sector defensivo: lá voltou ele, na tal fase do desespero, a ser remetido para a frente, como "pinheiro" na grande área, para tentar um cabeceamento miraculoso que nos salvasse daquela aflição final. Não resultou. Teria sido muito mais fácil contratar um avançado goleador no Verão passado, como vários de nós escrevemos e como a mais elementar lógica indicaria.

 

De Chermiti. Andou aos papéis, durante quase o jogo todo, comprovando que não basta contar com alguém alto na grande área: é preciso que esse jogador tenha faro - e habilidade - para o golo. Chegou atrasado nas ocasiões propícias para marcar. Falhou remates a passe de Trincão (8'), Nuno Santos (14') e Arthur (21'). O primeiro (aos 30', servido por Ugarte) saiu-lhe frouxo. Incapaz de uma recarga aos 54'. O melhor que conseguiu foi acertar no poste (62'). Assim torna-se muito difícil. 

 

De Diomande. Ontem a nossa linha de centrais foi composta por ele, Coates (antes de ser plantado na grande área adversária) e Matheus Reis. O jovem marfinense, que já tinha feito boas exibições, saiu desta vez mal da fotografia com uma rosca que originou o golo sofrido. Serve um pouco de símbolo do que tem sido o desnorte do Sporting na temporada em curso.

 

De Bellerín. O espanhol que chegou como aspirante a sucessor de Porro mas tem passado mais tempo na enfermaria do que no relvado prometia muito mas vem oferecendo quase nada - na linha da recarga falhada a um metro da baliza em Turim. Ontem foi pior do que contra a Juventus: primeira parte nula, sem qualquer acção digna de registo. Ao intervalo, deu lugar a outro (Morita, bastante melhor).

 

Da troca de Nuno Santos por Rochinha. Aconteceu aos 59'. Não entendi. Já a poupar o jogador a pensar no Sporting-Juventus da próxima quinta-feira? É a hipótese mais plausível, tal como a exclusão de Morita durante toda a primeira parte e a ausência de Gonçalo Inácio até aos 89'. Mas a verdade é que fez falta à equipa, enquanto Rochinha se limitou a ser... Rochinha. 

 

Do penálti falhado. Por Pedro Gonçalves, aos 35'. E vão três, de seguida - por Chermiti contra o Chaves, do mesmo Pedro Gonçalves contra o Portimonense e agora este frente ao Arouca. Felizmente foi-nos assinalado outro, o que nos situa no topo das equipas que mais têm beneficiado de grandes penalidades. Valeu-nos esse, aos 87', para empatar o jogo. Em lance corrido, pelo que se viu contra o quinto classificado da Liga, seríamos incapazes.

 

Das ausências. St. Juste e Paulinho estão arrumados até ao final da época, já não contamos mais com eles. Edwards, nosso habitual desequilibrador, também esteve ausente, por suposta indisposição (esperemos que recupere para enfrentar a Juventus em Alvalade na quinta-feira). Além deles, também Morita e Gonçalo Inácio estiveram fora do onze inicial. Num plantel já de si curto, com jogos de três em três dias, estas baixas pesam sempre.

 

Da primeira parte. Oferecida ao Arouca: levamos demasiado longe o desportivismo face aos nossos adversários - incluindo agora no lance do golo marcado por Antony, aos 38'. Nesta fase do jogo, a intensidade parece emigrar para parte incerta. Depois restam-nos 45 minutos (ontem mais 56') para correr contra o prejuízo. 

 

Dos assobios nas bancadas. É verdade que estávamos a perder, mas assobiar os jogadores ao intervalo não serve para nada. Excepto para dar mais moral à equipa adversária e afundar ainda mais a nossa num estádio que tinha ontem 25.584 espectadores. Pura estupidez.

 

Da expulsão do treinador. Facto raro: Rúben Amorim viu o vermelho mesmo ao cair do pano. Ignoro o motivo, mas nunca é bom sinal. Não queremos competir com o técnico do FC Porto no campeonato dos cartões.

 

Da classificação. Fomos ainda mais empurrados para o quarto posto, perdendo terreno para FC Porto e Braga - que venceram os respectivos jogos e têm estado realmente melhor do que nós nesta Liga 2022/2023. Com o consequente adeus à liga milionária que já se vislumbra. E os naturais reflexos que isso terá na formação do plantel da próxima época. 

 

 

Gostei

 

De Pedro Gonçalves. O mais batalhador, o mais inconformado, o melhor dos nossos. É verdade que falhou um penálti, mas converteu outro - o seu 19.º golo da temporada. E voltou a demonstrar que é o principal activo do futebol leonino. Pelo que joga e pelo que faz jogar. Sempre de cabeça levantada, sem nunca perder o rumo da baliza.

 

De Morita. Com ele em campo, a equipa muda. Para melhor. Agora que Ugarte anda mais apagado, nota-se ainda mais o bom trabalho do internacional japonês, único criativo do habitual dueto do nosso meio-campo, eficaz transportador da bola, sem receio do choque físico nem de arriscar passes de ruptura. Desta vez entrou com 45 minutos de atraso. Cabeceou à trave, aos 54', após canto convertido por Nuno Santos.

 

Do Arouca. Nunca tinha pontuado em Alvalade: superou ontem essa marca. Segue com sete jogos seguidos sem perder. Um lugar abaixo de nós na classificação geral.

Rescaldo do jogo de ontem

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Trincão marcou três golos ao Casa Pia no Jamor: a sua melhor exibição pelo Sporting

Foto: Miguel A. Lopes / EPA

 

Gostei

 

Dos três pontos que trouxemos do Jamor. Confronto difícil com o Casa Pia, equipa-sensação do campeonato, que há um ano jogava no segundo escalão e nem tem podido utilizar o seu estádio. Mas cumprimos o essencial: vencemos por 3-4. Estamos na luta, em perseguição constante ao Braga para um lugar no pódio desta Liga 2022/2023.

 

De Trincão. Foi, de longe, o seu melhor jogo desde que chegou ao Sporting. Talvez tenha sido o jogo que desfez as dúvidas ainda existentes entre os adeptos, projectando-o como potencial craque - e um dos activos mais valiosos do plantel leonino. Marcou três golos - algo que ainda não tinha conseguido numa só partida e que neste campeonato apenas Taremi alcançara uma vez. O primeiro, logo aos 17 segundos, de pé direito. O segundo foi aos 39' - golaço, com a bola bombeada em arco para um ângulo impossível. E o terceiro, que nos valeu a vitória, aos 85'. Exibição de luxo, inquestionável. Melhor em campo, claro.

 

De Pedro Gonçalves. Outra excelente exibição, confirmando-se como patrão do nosso onze actual. Está cada vez mais influente, mais confiante, mais determinado, com melhor visão de jogo e maior disciplina táctica. Mas precisa de actuar lá na frente, com óbvia vantagem para a equipa. Viu-se ontem, frente ao Casa Pia: um golo (aos 48') e duas assistências (para o primeiro e o terceiro de Trincão). Foi também ele, pela sua combatividade, a estar na origem da expulsão de Fellipe Cardoso, por acumulação de amarelos -  o que nos fez jogar contra dez durante cerca de meia hora. Soma e segue: já leva 18 golos marcados na época em curso.

 

De Morita. Em constante progressão no plantel leonino. Desta vez Rúben Amorim manteve-o fora do onze inicial, certamente a poupá-lo para o desafio de quinta-feira, da Liga Europa, frente à Juventus. Ao intervalo, o técnico percebeu que não podia dar-se ao luxo de manter o internacional japonês no banco. E fez bem: é um médio de características ofensivas que domina muito bem a bola e sabe empurrar a equipa para a frente com intenção e critério. Assistência perfeita, aos 48', a isolar Pedro Gonçalves para o terceiro golo.

 

Do espectáculo. Em tarde de Domingo de Páscoa, este Casa Pia-Sporting foi um excelente cartaz de promoção do futebol. Emoção constante, intensidade ofensiva, resultado incerto, suspense até ao fim. Estivemos três vezes em vantagem, e por três vezes os "gansos" conseguiram empatar - aos 7', aos 54'+2 e aos 62'. Não esqueçamos que esta é a mesma equipa que, também em casa (mas não no seu estádio), impôs em Janeiro um empate a zero ao FC Porto para o campeonato e em Novembro derrotou o Braga na Pedreira.

 

Dos golos. Esta foi, até agora, a partida com mais golos na Liga 2022/2023. Foi também aquela em que ocorreu o golo mais rápido - 17 segundos após o apito inicial. Foi ainda a primeira vez que marcámos quatro num só jogo deste campeonato. O golo é o condimento supremo do futebol: eis, portanto, outro ponto a destacar pela positiva.

 

Do apoio incessante dos adeptos. Nunca faltou aos nossos jogadores o incentivo das bancadas. Mesmo com muitos adeptos a chegar tarde devido às deficientes condições de acesso ao estádio e de entrada no Estádio Nacional, algo que necessita de revisão urgente. 

 

 

Não gostei

 

Dos três golos encaixados. Um balde de água fria após cinco jogos seguidos com as nossas redes invioladas. Desde a era de Leonardo Jardim, há dez temporadas, que não estávamos tanto tempo sem sofrer golos. 

 

Da defesa. Desta vez o problema estava lá atrás. Com um trio composto por Diomande, Coates e Matheus Reis. De tal maneira que dois deles saíram ao intervalo: o marfinense, talvez debilitado por estar a cumprir o 20.º dia de Ramadão, e o brasileiro, que teve responsabilidades no primeiro golo - o segundo acaba por acontecer após ressalto, infeliz para nós, em Nuno Santos, que corria para ajudar. As entradas de St. Juste e Gonçalo Inácio ajudaram a estabilizar a linha defensiva, que melhorou no segundo tempo. Mesmo assim, culpas repartidas entre Coates e Gonçalo no terceiro que sofremos. Alguma apatia, pouca dinâmica, desconcentração, incapacidade de prever os movimentos adversários.

 

De Chermiti. Segunda partida consecutiva a substituir Paulinho, ausente por lesão. Novamente sem fazer a diferença em zonas de decisão. Deixou-se antecipar nas duas flagrantes oportunidades de que dispôs, aos 20' e aos 34'. Sem surpresa, já não regressou após o intervalo. Com apenas 18 anos, tem ainda muito para evoluir.

 

Do resultado ao intervalo. Estávamos empatados 2-2. Consequência da excessiva lentidão do nosso jogo durante a meia hora inicial e da falta de pressão sobre o portador da bola quando o Casa Pia saía em ataque organizado. Dava a impressão que alguns jogadores - talvez quase todos - estavam já a pensar mais no desafio contra a Juventus, poupando-se neste. Ia-nos saindo caro.

 

Da classificação. Seguimos em quarto lugar, vendo o Braga com mais cinco pontos, o FC Porto com mais sete e o Benfica a uns inatingíveis 14 pontos. Há cada vez menos tempo e menos espaço de recuperação, quando só faltam sete jornadas. O melhor a que ainda podemos aspirar, realisticamente, é ao último posto do pódio. 

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

Do empate do Sporting em Barcelos. Parece sina: derrapámos frente ao Gil Vicente, cumprindo um jogo em atraso, no mesmo estádio onde tínhamos naufragado, em Outubro, frente ao Varzim - do terceiro escalão do futebol português - para a Taça de Portugal. Desta vez, empate a zero. Sem hipótese de recurso a teorias da conspiração: só podemos queixar-nos de nós próprios.

 

Dos golos anulados. A bola entrou duas vezes na baliza gilista. Edwards, aos 54', e Pedro Gonçalves, aos 60', meteram-na lá dentro, mas sem valer. No primeiro caso, detectado pelo vídeo-árbitro Hugo Miguel, Chermiti iniciou o lance em fora-de-jogo. No segundo, a deslocação era tão evidente que nem necessitou de linhas virtuais - o próprio Pedro percebeu que estava adiantado face ao penúltimo defensor.

 

Da atitude. Num desafio de quase tudo-ou-nada, que podia ditar (ou não) o acesso do Sporting às receitas da liga milionária, foi inaceitável aquele ritmo pausado, aquela falta de fibra, aqueles passes atrasados, aquela incapacidade de ganhar segundas bolas - e até de conquistar cantos, pois o primeiro só aconteceu aos 63'. Perante um Gil Vicente que cumpriu o seu plano de jogo com eficácia mas também com fragilidades que fomos incapazes de aproveitar. 

 

Da desconcentração. Como é possível os nossos jogadores serem oito vezes apanhados em posição irregular? Isto só se explica por lapsos de concentração competitiva, ainda mais imperdoáveis por se tratar de um desafio que nos poderia deixar apenas a três pontos do Braga - e em vantagem competitiva com a turma minhota. Nem pareciam estar em campo os mesmos que esta época já derrotaram o Tottenham na Liga dos Campeões e eliminaram o Arsenal da Liga Europa. Só sentirão verdadeira motivação quando enfrentam adversários de renome no futebol europeu? Nem quero acreditar.

 

Do treinador. Rúben Amorim pecou a dois tempos. Desde logo, ao escolher o onze titular: para quê promover o regresso de Esgaio e apostar em Matheus Reis como alas se Arthur e Nuno Santos tinham estado tão bem na partida anterior, frente ao Santa Clara? Esgaio, como sabemos, é incapaz de driblar, cruza de modo inofensivo e tem péssima relação com a baliza. Matheus, sempre de nervos à flor da pele, cumpriu no plano defensivo mas é claramente inferior no capítulo ofensivo. Rúben também demorou demasiado a mexer na equipa, exceptuando a troca de Gonçalo Inácio por Nuno Santos ao intervalo. Só aos 76' decidiu que era preciso alterar alguma coisa, quando era evidente para todos que o cenário de vitória ia ficando cada vez mais longe.

 

De Chermiti. Esteve quase a marcar um golo com "nota artística", de calcanhar, agora que andam na moda as candidaturas ao Prémio Puskás. Foi aos 10': se entrasse, toda a história deste Gil Vicente-Sporting seria bem diferente. Faria bem o jovem dianteiro em deixar-se de malabarismos e a dedicar-se a praticar um futebol objectivo e sempre de olhos nas redes adversárias, pensando menos nos memes das redes sociais e nas manchetes da imprensa do dia seguinte. E também a estar mais atento à linha do fora-de-jogo, como compete a qualquer avançado.

 

De Edwards. É um dos nossos melhores jogadores, mas por vezes desliga o interruptor e torna-se mero espectador. Ontem foi facilmente anulado pela defesa minhota, o que pareceu desmoralizá-lo. Ia tentando, de modo intermitente, mas faltava-lhe sempre o ângulo certo para o remate de pé esquerdo ou a floresta de pernas à sua frente inviabilizava a trajectória da bola rumo à baliza. Esteve em dia não.

 

De Trincão. Desperdiçou outra oportunidade. O facto de ter ficado fora do onze inicial já significa que vem perdendo a confiança do treinador. Ter entrado só no quarto-de-hora final foi outro indício. A verdade é que acabou por ser uma substituição inútil: pareceu ter entrado já cansado e não tardou a ser engolido pela muralha gilista. O melhor que fez foi um remate frouxo, à figura do guarda-redes Andrew.

 

De voltar a ver Coates como ponta-de-lança improvisado. Sinal de desespero evidente nos minutos finais: funcionou há duas épocas, quando a estrelinha brilhava e nos sagrámos campeões, mas o nosso capitão deixou de ser "arma secreta": todas as defesas adversárias conseguem anulá-lo com facilidade. O melhor é pensarmos num reforço a sério para esta posição e não continuarmos a recorrer ao improviso.

 

Da classificação. Seguimos em quarto lugar, vendo o Braga com mais cinco pontos, o FC Porto com mais sete e o Benfica à distância estratosférica de 17 pontos. Há cada vez menos tempo e menos espaço de recuperação, quando só faltam oito jornadas. O melhor a que ainda podemos aspirar, realisticamente, é ao último posto do pódio. 

 

 

Gostei

 

De não termos sofrido golos. Sexto jogo seguido com a nossa baliza invicta e dez jogos consecutivos sem derrotas - um recorde na era Amorim. Sinal de que os lapsos defensivos, apontados como o nosso principal problema no início desta época, já terão sido superados. 

 

De St. Juste. Em nítido contraste com a apatia que se apoderou de alguns dos seus colegas, o central holandês fez sempre a diferença pela positiva, empurrando a equipa para a frente e protagonizando ele próprio o início de prometedores lances de ataque. No último minuto, viu o cartão amarelo por estar inconformado com aquela pasmaceira, com o empate nulo e a perda de mais dois pontos. Melhor Leão em campo. 

 

Do Gil Vicente. Boa réplica da equipa minhota, que há mês e meio venceu o FC Porto no Dragão. Merece elogio.

 

Do árbitro. Nuno Almeida dirigiu a partida com critério largo, à inglesa, sem interromper a todo o momento nem tentar roubar protagonismo aos jogadores. Nenhum erro relevante a apontar-lhe.

 

Do apoio incessante dos adeptos. Mesmo a jogarmos fora, e sem um futebol entusiasmante, nunca faltou aos nossos jogadores o incentivo das bancadas. Do princípio ao fim. 

Rescaldo do jogo de anteontem

 

Gostei

 

Da boa atmosfera em Alvalade. Os 31.603 que nos deslocámos ao nosso estádio, na noite de sábado, não demos o tempo por mal empregue. Ambiente ameno, apesar de algum chuvisco que caiu durante o jogo, famílias nas bancadas, muitas adeptas leoninas, alegria generalizada do princípio ao fim. O que se explica devido ao golo ter acontecido cedo, ainda no quarto de hora inicial, e por o desfecho estar decidido ao intervalo (quando havia 2-0), ao contrário do que aconteceu em diversas outras ocasiões.

 

Do nosso domínio total. Vencemos o Santa Clara por 3-0. Com golos de Paulinho (14'), Trincão (22') e Edwards (52'). Vitória tranquila, inequívoca, categórica num embate em que atacámos com cinco unidades em simultâneo - por vezes com seis, quando Pedro Gonçalves também aparecia lá na frente. As alas funcionaram sempre como nossos corredores ofensivos. A turma visitante fez o primeiro remate aos 61'. E só teve uma oportunidade de golo aos 90+1'. Nem parecia a mesma equipa que vencemos com extrema dificuldade (1-2) na partida da primeira volta.

 

Da primeira parte. Dois golos marcados, pelo menos mais dois podiam ter sido concretizados (aos 33', por Gonçalo; e aos 41', por Paulinho). Os 45 minutos iniciais desenrolaram-se quase sempre no meio-campo defensivo do clube açoriano que usa o mesmo emblema do Benfica - e que mais parece uma "escola de samba", condenada a descer de divisão.

 

De Edwards. Melhor em campo: joga cada vez mais para o colectivo, com disciplina táctica, movimenta-se muito bem não apenas quando transporta a bola mas também quando está sem ela. Saldo positivo: um golo (o terceiro, marcado com o pé direito) e uma assistência (para o segundo). Ainda ofereceu outro, de bandeja, que Paulinho desperdiçou (18'). Esteve quase a marcar, aos 27'.

 

De Pedro Gonçalves. Jogou no meio-campo, onde funcionou como verdadeiro patrão leonino. Está com os níveis de concentração e de confiança muito elevados desde aquele golaço no estádio Emirates, contra o Arsenal - isto reflecte-se bem no desempenho colectivo da equipa. Exímio a marcar livres - de um deles nasceu o nosso primeiro golo: foi a sua nona assistência desta temporada. De outro, aos 33', ia surgindo outro - quando Gonçalo Inácio atirou à barra. 

 

De Diomande. Voltou a ser titular, como central à direita (Matheus Reis à esquerda e Gonçalo ao meio), no onze inicial. Exibiu classe em Alvalade: é o reforço de que necessitávamos para aquela posição. Espectacular recuperação logo aos 3', dando nas vistas. Seguro, sereno, concentrado: parece jogar há anos no Sporting, não apenas há poucas semanas. E polivalente também: actuou como central ao meio a partir dos 46' e como central à esquerda a partir dos 69'.

 

De Arthur. Com Bellerín ainda lesionado e Esgaio ausente por castigo, Rúben Amorim confiou-lhe a posição de ala direito titular. O brasileiro que veio do Estoril cumpriu com distinção, não apenas no plano defensivo (grande corte dentro da área aos 17'), mas sobretudo no ofensivo, com cruzamentos tensos e bem medidos. Confirma-se: é mesmo reforço, seja qual for a posição em que actua.

 

Do regresso de Luís Neto. Apesar dos três golos, foi este o instante alto da noite: quando uma calorosa ovação sublinhou o regresso do veterano Neto, aos 34 anos, após longa ausência por lesão. Aconteceu aos 69', quando substituiu Matheus Reis - e, simbolicamente, a braçadeira de capitão passou de Adán para ele, que não jogava desde 3 de Setembro. Outro momento festivo.

 

De ver Afonso Moreira no banco. O jovem extremo (18 anos) não calçou, mas é assim que se começa. Outro elemento da formação que promete ser aposta do treinador. 

 

Do árbitro André Narciso. Actuação impecável: não estragou, não propiciou momentos mortos, não passou o tempo a interromper o jogo, não alinhou com o teatro ocasional de certos jogadores. Se fossem todos como ele, o futebol português estava muito mais valorizado.

 

De Rúben Amorim. Cumpriu o jogo 120.º do campeonato nacional de futebol. Com 84 vitórias no currículo. Números extremamente positivos, que são um excelente cartão de visita. Talvez o melhor treinador do Sporting neste século.

 

De mantermos as aspirações à Champions. Com 24 pontos ainda em disputa (estamos com 53, mas com um jogo em atraso), registámos a quinta vitória seguida no campeonato e estamos há nove jogos sem perder. Atravessamos o melhor momento da época, o que ajuda muito. Precisamos de aceder à próxima Liga dos Campeões, o que nos trará enormes vantagens desportivas e financeiras.

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Coates. Mas compreendeu-se: o nosso capitão assistiu ao jogo da tribuna. Deu para descansar após a recentíssima participação em dois jogos pela selecção do Uruguai, sendo titular absoluto e até marcando um golo (contra a Coreia do Sul). Descanso merecido, já a pensar nas partidas contra o Gil Vicente (depois de amanhã) e o Casa Pia (no domingo). Três desafios em nove dias antes do jogo em Turim contra a Juventus.

 

Do desperdício de Paulinho. Finalizou bem, concluindo com golo o impecável livre directo marcado por Pedro Gonçalves aos 14'. E é ele quem faz o passe lateral para Edwards sentenciar a partida, aos 52'. Mas falhou um golo de baliza aberta, à Bryan Ruiz (aos 41'), e desperdiçou duas outras grandes oportunidades. Apenas cinco golos à 25.ª jornada: continua a ser muito pouco para um ponta-de-lança.

 

Do Santa Clara. O que dizer de uma equipa que beneficia do primeiro canto só aos 50', faz o primeiro remate à baliza aos 61' e deixa concluir o tempo regulamentar sem uma única ocasião de golo? Que não merece integrar o primeiro escalão do futebol português. Faria bem em mudar o símbolo, antes de mais nada.

Rescaldo do jogo de ontem

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Nuno Santos, figura do jogo, marcou aos 17' um belíssimo golo que fez levantar o estádio

Foto: Manuel de Almeida / Lusa

 

Gostei

 

Da nossa quarta vitória consecutiva. Triunfo claro, categórico, indiscutível, do Sporting em casa frente ao Boavista: 3-0. Com golos aos 17', 43' (autogolo de Salvador Agra) e 90'+3. Foi também o terceiro desafio seguido na Liga sem sofrermos golos. E não perdemos há cinco jogos em mais do que uma competição. Merece registo: estamos na melhor fase da época.

 

De Nuno Santos. O homem do jogo. Marcou um golaço, daqueles de levantar um estádio. Golo de letra, a merecer nota artística e a ovação da noite. Um dos melhores golos que tenho visto em Alvalade desde sempre. Foi ele a iniciar a vitória, valendo-nos os três pontos. É ele a "assistir" Agra no autogolo que ampliou a nossa vantagem mesmo à beira do intervalo. Aos 10', já tinha dado o aviso com um belo passe de trivela a isolar Esgaio, que permitiu a intervenção do guarda-redes Bracalli. Infatigável, ainda fez um excelente centro aos 90'. 

 

De Ugarte. Regressou ao onze após um jogo de castigo e fez uma partida quase perfeita, recuperando tudo quanto havia para recuperar (26', 38', 54'). Corte providencial aos 61', quando a bola se dirigia para a baliza após perda de Gonçalo Inácio. Tem uma intuição rara na ocupação do espaço do nosso meio-campo defensivo. Dá a impressão de crescer de jogo para jogo.

 

De Morita. O japonês teve fôlego para o desafio inteiro: grande capacidade física do princípio ao fim, como médio de transição em parceria exemplar com Ugarte. Aos 89' ainda tentou o golo num remate rasteiro a sair bem perto do poste. Muito forte também nas recuperações (20', 24', 54'). As dúvidas de alguns adeptos já foram dissipadas: é um dos nossos grandes reforços desta época.

 

De Esgaio. Fez um dos melhores jogos desde que regressou ao Sporting. Muito activo no corredor direito, com propensão atacante enquanto Diomande lhe garantia as dobras defensivas, teve a baliza à sua mercê aos 10' quando surgiu com perigo no segundo poste. Aos 52', culminou um excelente lance individual com forte remate que fez a bola embater na barra. É dele a assistência para o nosso terceiro, marcado por Paulinho no penúltimo minuto do tempo extra.

 

De Diomande. Voltou ao onze inicial, actuando como central à direita na ausência de St. Juste. Missão cumprida. Transmite a sensação de já jogar há muito no Sporting: nem parece ter chegado só neste mercado de Inverno nem ser tão jovem: apenas 19 anos. Transmite segurança e confiança à equipa.

 

De Paulinho. Entrou apenas aos 72', substituindo Chermiti, e voltou a fazer o gosto ao pé encostando após centro milimétrico de Esgaio para fixar o resultado. Apenas o seu quarto golo no campeonato 2022/2023, mas a verdade é que marca há três jogos seguidos. Teremos goleador enfim?

 

Da nossa capacidade física. Nem parecia que tínhamos jogado três dias antes, também em casa, contra o Arsenal. Primeira parte muito intensa, em velocidade acelerada, transições muito rápidas, quase todo esse período disputado no meio-campo do Boavista. Nos 15 minutos iniciais já havíamos registado três oportunidades claras (duas por Chermiti, uma por Esgaio). Atitude forte, níveis de movimentação elevados. A merecer aplauso dos adeptos.

 

De termos mais oito pontos do que na primeira volta em jogos com as mesmas equipas. É caso para dar razão ao Pedro Boucherie Mendes: desta vez fomos, em boa parte, vítimas dos caprichos do calendário.

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Adán. Pela primeira vez num desafio deste campeonato, o nosso guarda-redes titular esteve ausente. Poupado por queixas musculares. Resta ver se recupera a tempo do Arsenal-Sporting. Mas Franco Israel - na sua estreia como titular da nossa baliza em desafios do campeonato - pareceu sempre bem entre os postes, embora com pouco trabalho: raras vezes a equipa adversária o incomodou. 

 

Do árbitro João Pinheiro. Nunca desilude: é sempre muito mau. Desta vez, aos 59', fez vista grossa a um claro derrube de Trincão em falta para penálti, dentro da área, poupando Malheiro, do Boavista, ao correspondente cartão vermelho nessa jogada promissora para golo quando o nosso avançado só tinha o guarda-redes pela frente.

 

Do Boavista. Nenhuma oportunidade de golo, nem um remate digno desse nome: a turma treinada por Petit parece ter pedido emprestado o "nome de guerra" do técnico. Há oito épocas consecutivas que não nos marca um só golo para o campeonato em Alvalade. Só custa perceber como perdemos com esta equipa na primeira volta, no estádio do Bessa.

 

De só haver 27.353 espectadores em Alvalade. Os horários, associados aos preços dos bilhetes, continuam a afugentar público do nosso estádio - mesmo havendo qualidade do espectáculo garantida, como sucedeu nestes dois mais recentes desafios. Temos sido claramente penalizados na marcação dos jogos no confronto com os nossos maiores rivais. Não faz sentido isto continuar assim.

 

De não termos encurtado distâncias. Como as equipas situadas à nossa frente também venceram, continuamos 15 pontos abaixo do Benfica, sete pontos abaixo do FC Porto e cinco pontos abaixo do Braga à 24.ª jornada.

Rescaldo do jogo de hoje

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Chermiti, hoje titular no ataque, cumprimenta Paulinho pelo golo que marcou 2' depois de entrar

Foto: Luís Forra / EPA

 

Gostei

 

Da nossa quarta vitória consecutiva. Há pouco, contra o Portimonense, no Algarve. Triunfo suado, por marca tangencial: 0-1. Mas absolutamente indiscutível num jogo que dominámos por completo, em que fizemos 20 remates e tivemos 11 oportunidades de golo. Talvez mesmo o desafio com maior número de oportunidades para o nosso lado neste campeonato 2022/2023.

 

De Paulinho. Desta vez ficou fora do onze titular. Entrou apenas aos 75', substituindo Ugarte, quando Rúben Amorim apostou tudo para desfazer o empate a zero que se mantinha. Dois minutos depois, marcou o golo que nos deu três pontos - na primeira vez em que tocou na bola. Terceiro remate para o fundo das redes à 23.ª jornada, primeiro em 2023. Bastou para merecer ser distinguido como homem do jogo.

 

De Pedro Gonçalves. Esteve no melhor e no pior deste desafio em Portimão. Aqui só interessa o melhor - acima de tudo a assistência para Paulinho desbloquear a partida: foi quase meio golo ao fazer a bola sobrevoar a defesa. A sua sexta assistência no campeonato. Jogando no trio da frente, quase todos os lances de maior perigo passaram por ele. Esteve perto de marcar aos 17' e aos 51' (enormes defesas do guarda-redes Nakamura, uma das figuras da partida). Aos 65', num remate bem ao seu jeito, fez a bola embater no poste esquerdo. 

 

De Morita. Vem-se impondo como pêndulo da equipa no nosso meio-campo. Põe a bola sempre a rolar, com notável precisão de passe, e não perde de vista a baliza, fazendo a ligação ao ataque. Cheirou o golo em recarga aos 17': a bola foi travada quase em cima da linha de baliza. 

 

De Diomande. Chegou há muito pouco tempo, no mercado de Janeiro, mas já começa a dar nas vistas. Titular na linha de centrais, colocado mais à direita, teve exibição irrepreensível. Liberta o ala nas acções de desmacarção, transmitindo confiança no sector à sua guarda. Bons passes verticais isolando Edwards (16') e Esgaio (18'). Nem parece, mas ainda só tem 19 anos. Carreira promissora pela frente.

 

De não termos sofrido qualquer golo. Dos 23 desafios já disputados neste campeonato 2022/2023, só mantivemos as nossas redes intactas em nove. Pela segunda jornadas consecutiva, este foi um deles. 

 

Da segunda volta até agora. Seis jogos, cinco vitórias. Contra Braga, Rio Ave, Chaves, Estoril e hoje ao Portimonense. Excepção: a derrota em Alvalade (1-2) frente ao FC Porto. De qualquer modo, mais cinco pontos do que as rondas similares da primeira volta. Foi também o nosso quarto triunfo seguido fora de casa, se somarmos o campeonato à Liga Europa. Estamos a progredir.

 

Da centésima vitória de Amorim no Sporting. En 144 jogos já disputados como técnico da nossa principal equipa de futebol. Número emblemático, que merece ser assinalado.

 

 

Não gostei

 

Do penálti falhado por Pedro Gonçalves. Castigo máximo a assinalar falta indiscutível sobre Nuno Santos na grande área da turma algarvia. Chamado a converter, o maior goleador leonino atirou muito por cima, pelo menos 2 metros sobre a barra. Nem foi necessário o guarda-redes esboçar defesa. Neste campeonato já beneficiámos de oito grandes penalidades e falhámos duas. Oportunidades que não devem ser desperdiçadas.

 

Do 0-0 que se mantinha ao intervalo. Resultado que não traduzia o domínio absoluto da nossa equipa. Mesmo com uma linha defensiva de seis jogadores(!) imposta pelo técnico Paulo Sérgio, a equipa da casa só com muita sorte - e alguma displicência nossa - não se viu a perder no final da primeira parte. Pedro Gonçalves (17', 51', 78'), Morita (17'), Edwards (32'), Esgaio (63') e duas bolas aos ferros - pelo central Park, que quase fez autogolo (47') após cruzamento de Edwards, e por Pedro Gonçalves (65').

 

Da nossa tremideira nos últimos dez minutos. A equipa recuou demasiado, concedendo a iniciativa atacante ao adversário, perdeu-se a gestão da posse de bola e a vontade de tentar o segundo golo. Período curto, mas complicado. Adán esmerou-se ao evitar o possível empate com duas defesas aos 90'. 

 

Do relvado. O estádio do Portimonense foi considerado o melhor da Liga em cinco temporadas consecutivas. Já não é. Agora apresenta evidentes indícios de desgaste, o que prejudicou a qualidade do espectáculo. 

Rescaldo do jogo de ontem

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Trincão marcou o nosso segundo, autêntica obra de arte, rasgando a defesa do Estoril

Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

Gostei

 

Da vitória em casa frente ao Estoril. Domínio total do Sporting neste embate em Alvalade que só pecou pelo resultado escasso (2-0) face à exibição muito conseguida. Futebol de ataque, bem ligado, alternando a condução da bola pelos flancos e pelo espaço interior, baralhando as marcações estorilistas.

 

De Bellérin. Recém-chegado para substituir Porro, já marca. Titular ontem, assumiu-se como dono do flanco direito. Mas foi em incursão no corredor central que fez o golo inaugural da nossa equipa, em estreia absoluta como artilheiro de Leão ao peito - como se fosse um avançado, com toda a calma do mundo. Há dois anos que não marcava: na última vez, ainda actuava no Arsenal. No Barcelona e no Bétis ficou em branco. Em boa hora interrompeu o jejum. Ganhámos com  isso.

 

De Edwards. Grande partida do ex-Tottenham combinando muito bem com Bellerín no corredor direito: parece que jogam juntos há muito tempo. Vários dos nossos lances mais perigosos partiram dos pés dele: cruzamento perfeito para a cabeça de Paulinho (18'), outros centros dignos de nota aos 58' e aos 90'+3. Ele próprio esteve a centímetros de marcar um golaço num remate em arco para o canto superior direito da baliza estorilista (39').

 

Do golo de Trincão. Após onze jogos em branco, o ex-Braga mostrou enfim um rasgo de génio. Aos 51' pegou na bola junto ao flanco esquerdo, levou-a em progressão, foi rasgando a defesa, tirou quatro do caminho e deixou o guarda-redes pregado - num lance à Messi, com a diferença de ter marcado com o direito, que é o seu pior pé. Mas nem parecia. Só para ver esta obra-prima valia a pena ter ido ao estádio. Podia ter bisado aos 63' e colocou muito bem a bola em Chermiti aos 90'. Após uma primeira parte em que pareceu desaparecido, despertou no segundo tempo - e de que maneira. Melhor em campo.

 

De St. Juste. Após meses de inactividade forçada devido a uma série de quatro lesões, parece enfim totalmente recuperado. E vai agarrando a titularidade como central à direita. Seguro, confiante, exibiu-se em alto nível. Agora já podemos dizer que é reforço.

 

De não termos sofrido qualquer golo. Dos 22 desafios já disputados neste campeonato 2022/2023, só mantivemos as nossas redes intactas em oito. Este foi um deles. 

 

Da clara superioridade no nosso estádio. Até agora, onze jogos da Liga em casa com um balanço largamente positivo: nove vitórias. As partidas contra Chaves e FC Porto foram excepções à regra. Oxalá pudéssemos dizer o mesmo dos desafios já disputados longe de Alvalade.

 

Dos aplausos a Francisco Geraldes. O nosso antigo médio, formado na Academia de Alcochete, continua a ser muito estimado pelos adeptos. Aos 57', quando foi substituído, recebeu uma calorosa e espontânea salva de palmas. Merece este carinho.

 

Do árbitro Manuel Mota. Facto raríssimo no nosso campeonato: chegou ao fim do jogo sem exibir qualquer cartão. Critério largo, à inglesa, deixando a bola rolar sem interromper a partida ao menor contacto físico nem confundir futebol com festival de apito. É hoje dos poucos a mostrar-se assim em Portugal, valorizando o espectáculo e propiciando mais tempo útil de jogo. Ao contrário de Artur Soares Dias, João Pinheiro e mais uns quantos.

 

De termos vencido em três estádios nesta ronda. Continuamos em quarto lugar, mas agora mais perto dos postos que dão acesso à próxima Liga dos Campeões. Aproveitámos as derrotas do FC Porto no Dragão frente ao Gil Vicente (1-2) e do Braga em Guimarães (2-1). 

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Ugarte. O uruguaio ficou fora desta partida devido a uma falta totalmente escusada que lhe valeu um amarelo - o nono neste campeonato. Mas a posição 6 foi bem entregue a Morita, que desempenhou a tarefa sem problema e ainda arriscou várias incursões para zonas mais adiantadas do terreno. 

 

De ver Pedro Gonçalves fora do trio ofensivo. Após bisar em Chaves, jogando onde melhor exibe a sua veia como finalizador exímio, o maior marcador da Liga 2020/2021 voltou a ser remetido ao meio-campo. Ali parece escondido do jogo, mas está apenas a cumprir a missão táctica que o treinador lhe confia. Gostava de o ver de novo lá na frente nos próximos desafios.

 

Do tangencial 1-0 ao intervalo. Sabia a pouco após várias oportunidades que ficaram por concretizar. Pelo menos quatro. 

 

De Paulinho. Outro jogo em branco. Desta vez teve uma boa oportunidade, quando Edwards lhe pôs a bola na cabeça em posição frontal: o remate saiu forte, mas de modo a permitir uma boa defesa do guarda-redes. Ficou-se por aí. Mas só cedeu lugar a Chermiti aos 67'. Nos 89 desafios que já cumpriu de verde-e-branco nestes dois anos, marcou 28 golos atá agora. Número escasso para um avançado-centro.

 

Das enormes clareiras nas bancadas. Apenas 22.300 espectadores viram ao vivo este Sporting-Estoril, iniciado às 19 horas de ontem, segunda-feira. Muito poucos: há cada vez mais gente a perder o hábito de ir ao estádio. Foi a mais fraca assistência para o campeonato nesta época.

Rescaldo do jogo de ontem

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Pedro Gonçalves muito cumprimentado pelos colegas: o transmontano bisou em Chaves

Foto: Pedro Sarmento Costa / Lusa

 

Gostei

 

Da vitória em Trás-os-Montes. Missão cumprida: fomos a Chaves e vencemos. Por 2-3, quase replicando o resultado lá alcançado na deslocação anterior, há quatro anos. A segunda parte foi de inequívoco domínio leonino, exceptuando a falha defensiva que permitiu o segundo golo flaviense mesmo ao cair do pano.

 

Da desforra. Com este resultado vingámos a humilhante derrota em casa (0-2) frente à mesma equipa, em Alvalade, logo à quarta jornada desta Liga 2022/2023. 

 

Do bis de Pedro Gonçalves. Rúben Amorim, evidenciando uma casmurrice que começa a desafiar toda a lógica, insistiu em colocá-lo novamente no meio-campo em parceria com Ugarte, quando tinha Morita e Tanlongo no banco. Foi preciso o Chaves empatar - e o tempo começar a escoar-se sem reviravolta no marcador - para o técnico mandar entrar enfim o internacional japonês, por troca com o inútil Trincão, e fazer avançar o transmontano. Isto aos 60'. No minuto seguinte, num belo lance de futebol de ataque, Pedro Gonçalves marcou um golaço - o da reviravolta. Já aos 8' tinha mandado a bola para o fundo das redes, convertendo um penálti. Foi o homem do jogo, igualando João Mário, Gonçalo Ramos (Benfica) e Navarro (Gil Vicente) na lista dos melhores artilheiros do campeonato. É assim quando actua no sítio certo.

 

Da estreia de Diomande. Pela primeira vez como titular, actuando na posição de central do lado direito, o jovem marfinense, de apenas 19 anos, deu boa conta do recado: atento, concentrado, com poderio físico, disciplina táctica e leitura correcta do tempo de intervenção, foi competente no passe e não hesitou em transpor linhas envolvendo-se em lances ofensivos. Promissora estreia deste nosso reforço de Inverno.

 

Dos três golos marcados. Facto que merece ser assinalado pois há seis meses não nos sucedia isto: a última vez que tínhamos rematado com tamanho sucesso fora de casa, nesta Liga, havia sido na jornada inaugural, contra o Braga (3-3). Outro destaque: é a primeira vez, no campeonato em curso, que registamos dois triunfos seguidos como visitantes.

 

De termos sido desta vez os primeiros a marcar. A vencer desde o minuto 8, nunca deixámos a equipa adversária adiantar-se. Caso para sublinhar, sobretudo nos jogos fora de Alvalade, em que temos um saldo ligeiramente positivo (5 vitórias, 2 empates, 4 derrotas) e apresentamos igualdade entre golos marcados e sofridos (16-16, a partir de agora). 

 

Do centésimo jogo de Rúben Amorim na Liga 1. Foi este, agora cumprido, com uma vitória. Oxalá seja sinal de que a estrelinha do treinador leonino voltou a brilhar. Espero que ele contribua para isso, adaptando-se com maior eficácia às dificuldades que lhe surgem pela frente sem insistir sempre nos mesmos processos e nos mesmos protagonistas, até quando se torna evidente que é fundamental haver mudanças.

 

 

Não gostei

 

Do empate (1-1) que se registava ao intervalo. Aos 34', deixámos o Chaves empatar, num vistoso remate cruzado de João Teixeira em que Adán saiu mal na fotografia - ele que seis minutos antes tinha evitado um golo praticamente certo. Parecia um filme que já vimos em diversos desafios ao longo deste campeonato. Felizmente desta vez o desfecho foi diferente.

 

Do golo que sofremos ao cair do pano. Mesmo no último lance da partida, com a bola a deslocar-se a toda a largura da nossa defesa sem ninguém conseguir interceptá-la e Nuno Santos, apático, a falhar o duelo com Hector. Dava a impressão que naquele momento alguns dos nossos jogadores já estavam com os níveis de concentração próximos do zero, talvez a pensar no desafio de quinta-feira, na Dinamarca, para a Liga Europa.

 

De Trincão. Amorim insiste nele, fez até questão de o incluir entre os titulares, mas o ex-Braga voltou a demonstrar que está muito longe de merecer tal confiança. Outra partida em que passou ao lado, sem nada de relevante evidenciar: macio, sem objectividade, incapaz de causar desequilíbrios, facilmente anulado, com pouca resistência ao choque, ficou novamente aquém daquilo de que uma equipa com as aspirações do Sporting necessita. Pior: a sua inclusão no onze titular força Pedro Gonçalves a jogar onde menos rende. Saiu aos 60', por troca com Morita: no minuto seguinte desfizemos o empate. Não terá sido coincidência.

 

De Paulinho. Desta vez rematou, acertando na barra à queima-roupa (25'). E até marcou duas vezes, mas em qualquer dos casos estava fora-de-jogo. Custa entender como é que um avançado com a experiência dele é incapaz de medir o tempo de intervenção de modo a colocar-se atrás do defesa em fracções de segundo. É verdade que fez uma assistência - a segunda nesta Liga - para o nosso terceiro golo, apontado por Nuno Santos aos 70'. Mas não é menos certo que saiu, aos 80', mantendo-se em jejum prolongadíssimo, sem corresponder àquilo que os adeptos mais aguardam dele. Balanço à 21.ª jornada: apenas dois golos no campeonato. Segue em 56.º lugar na lista dos marcadores.

 

Do penálti falhado. Pedro Gonçalves já tinha marcado duas vezes: se marcasse o terceiro, isolava-se como goleador da Liga 2022/2023. Estranhamente, cedeu essa prerrogativa a Chermiti aos 85' - ou por decisão própria ou por imposição do treinador. O miúdo recém-entrado, chamado a converter, permitiu a defesa do guardião flaviense. Impõe-se a pergunta: há uma hierarquia na equipa para os marcadores de grandes penalidades ou estas coisas acontecem à vontade do freguês?

 

Do amarelo exibido a Ugarte. O combativo médio uruguaio viu o nono cartão desta época. Não poderemos contar com ele na partida 22 do campeonato, em que vamos receber o Estoril.

 

Da classificação. Quando faltam 13 jornadas para terminar a prova máxima do futebol, nada se alterou nos lugares da frente: todos os nossos competidores venceram. Continuamos, portanto, a ver o Benfica 15 pontos à nossa frente, o FC Porto com mais dez e o Braga com mais oito.

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