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És a nossa Fé!

Decisão muito ponderada

Tinha combinado comigo próprio só voltar aqui a 2 de Agosto falar de aquisições, vendas e dispensas, já abordadas pelo Pedro Correia em posts anteriores. O meu lado sério e cumpridor vai ganhar esta batalha e a modos que sobre este assunto só mesmo em 2/8, ainda que me esteja a roer todo.

Serve o presente para anunciar um assunto que não vos aquecerá e muito menos arrefecerá, que é a não renovação da minha Game Box.

Tenho (tinha) GB desde a inauguração do estádio e antes lugar cativo no anterior José de Alvalade e este ano decidi não renovar. Também por questões financeiras, que entre o preço da GB, as portagens, o combustível, às vezes o estacionamento e a bifana e as imperiais, a coisa aproxima-se ali do milhar de euros e, meus amigos, a vida não está para desperdícios.

Para aquele senhor ali do canto que disse que ver o Sporting não é desperdício, convido-o a visualizar os jogos da última época para o campeonato e se não mudar de opinião, aconselho-lhe uma qualquer loja de óculos, que estará a necessitar deles urgentemente.

E sem tocar no tema do primeiro parágrafo, pela pequena amostra do primeiro jogo em regime de porta aberta, apesar de se saudar a apresentação de um plano B (finalmente!), que é jogar com um trinco (parece-me que se está a queimar o Inácio, mas logo se verá), o resto foi uma fotocópia autenticada dos jogos da época anterior.

Para o outro senhor lá atrás que diz que devemos sempre apoiar o Sporting, tem toda a razão do mundo e "arredores", e eu, como sou incapaz de assobiar ou vaiar alguém envergando a nossa camisola, solucionei o problema de uma eventual e mais que previsível apoplexia, evitando expor-me ao espectáculo triste dos nossos jogadores, salvo raras excepções. De jogadores e de jogos.

Ah, queres é que o Sporting vá por aí abaixo, diz aquele senhor ali sentado na mesa ao lado da televisão. Nunca! As minhas quotas estão pagas até Outubro e serão pagas nessa data até Outubro de 2024, a minha militância sportinguista continuará por aqui regularmente, irei até ver um jogo ou outro, comprando a minha entrada, que se a coisa estiver como no ano passado, lugares não faltarão, apesar dos anunciados recordes de vendas de bilhetes de época.

E por último, e mais importante, para aquele senhor ali ao balcão que está a torcer o nariz, o que está em causa é a minha saúde, não apenas o risco de uma apoplexia, mas também o meu coração, que não aguenta tanto calafrio e trocas de bola em frente à baliza e a minha sanidade mental não está disponível para aturar dirigismo de vão de escada.

Não pensem que esta foi uma decisão tomada de ânimo leve. Custa cortar este cordão que nos prende ao clube e o meu Dr. Jekill andou aqui em luta permanente com o meu Mr. Hyde, tendo um deles vencido apenas por meio ponto. E este meio ponto tem a ver não só com o Sporting, mas, mais do que com o Sporting, tem a ver com aquilo em que se vem tornando o futebol. O futebol que aprendi a amar e a seguir quase desde que nasci, está esboroando-se a passos largos. As quantias astronómicas, pornográficas, que circulam no futebol (apenas o que se vê e sabe), retiram-me a vontade de contribuir para um negócio do qual já nada de importante colho. Em Roma dava-se circo para acalmar as multidões e eventuais rebeliões, hoje serve-se futebol a maior parte da vezes de má qualidade, para desviar as atenções dos flagelos que correm pelo planeta. Sem pinga de vergonha um clube saudita oferece dois milhões de euros por dia (por extenso para se perceber melhor) a um jogador de futebol. Isto não é desporto, pode ser tudo mas não é desporto. Para esta pantominice não contem comigo.

Só faz falta quem está

Para início de conversa, é sabido que o meu desejo é que o Sporting renove contrato com o jogador Carrillo. Pela sua preponderância na equipa, pelas qualidades que demonstra e que se perspectivam ainda melhores, enfim, porque podemos ter aqui um verdadeiro craque, que em última instância até pode proporcionar um bom encaixe financeiro numa eventual transferência!

 

Acontece que, ao contrário da generalidade dos jornais e dos imensos comentadores em programas sobre futebol, eu o que conheço sobre o assunto, em concreto, é o mesmo que nada. Zero! E é  com esta "informação" quase nula que formulo a minha opinião sobre o assunto.

Sabendo nada, ainda assim sei que o jogador tornou público que queria continuar com o Sporting e que houve um almoço entre aquele e Jorge Jesus, onde acredito que o tema tenha sido a renovação (mas onde também se podia ter falado de "peaners", é perguntar ao Guerra).

Sei que decorrem negociações, e a acreditar pelos jornais, parece que as mesmas estão emperradas. A fazer fé no que publicam, parece que Carrillo passará(ia) a ser o jogador mais bem pago do grupo.

Já quase não me incomodam os ordenados pornográficos dos futebolistas, num país miserável onde quase um milhão de pessoas vive abaixo do limiar da pobreza, mas dois milhões de Euros por ano parece-me um ordenado razoável. Pouco acima do RMN, é certo, mas ainda assim o jogador não morrerá à fome, que é o que mais me preocupa.

 

Estando as coisas como estão, a questão que me incomoda e até me divide, é o que fazer, se o jogador não renovar o vínculo.

Por um lado, entendo que o jogador é uma pedra importante na manobra da equipa e que não se deve prescindir do seu talento até final do contrato; Por outro, atentos os jovens que estão à espreita duma oportunidade e que entram de caras na equipa, provavelmente o afastamento do grupo fará sentido.

Mesmo dividido, por mim, sem mais rodeios, é fazer como os nossos vizinhos fizeram a Paulo Madeira: Treino na praia! Mané  e Gelson agradecem.

 

Carrillo parece não ter prestado atenção ao que se passou neste defeso: Apenas uma oferta de compra chegou a Alvalade, dum clube de segunda linha de Inglaterra, país onde, pelo futebol que se pratica, não me parece que tenha grande futuro. A renovação dá-lhe a hipótese de se valorizar e fazer uma transferência por números muito mais elevados. Será bom para o Sporting, mas será sobretudo muito bom para ele próprio e até para o seu empresário.

 

Em resumo, o Sporting, dentro da sua política de contenção e obrigado por um acordo de renegociação da dívida com a banca e com a UEFA a propósito do fair play financeiro, já demonstrou que quer valorizar Carrillo e que conta com ele como pedra fundamental para o ataque ao título; Carrillo já divulgou que quer continuar no Sporting, mas ao que parece não concorda com as condições que lhe oferecem.

Posições extremadas, portanto.

Assim sendo e não querendo o jogador renovar contrato (que é um direito que lhe assiste), é cumprir a Lei no que diz respeito às condições de treino e amigos como dantes.

 

De imprescindíveis está o cemitério cheio.

 

{ Blogue fundado em 2012. }

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