Venha o próximo (desde que não seja o mestre da táctica)
Não vi o jogo para a taça da carica. Regra geral não vejo a maior parte dos jogos a contar para esta prova desprovida de qualquer interesse. Fiquei pois surpreendido com o despedimento de José Peseiro após desaire num jogo ligeiramente menos informal que um treino. O lado positivo será uma eventual não ida à final-four da taça Lucílio Baptista, possibilitando ao nosso plantel algum descanso, tão necessário para enfrentar as provas que interessam, para mais face ao previsível apuramento para a fase eliminatória na Liga Europa.
Apesar de ter defendido anteriormente a manutenção do ex-treinador, reconheço que a qualidade do futebol praticado não estava a evoluir no bom sentido, os resultados eram intermitentes, faltava empatia entre adeptos e equipa técnica, a maioria dos jogadores com rendimento abaixo do seu valor, teimosia do técnico na manutenção do mal-amado duplo pivot, deficiente leitura dos jogos e sucessivas substituições de sentido defensivo, deixavam antever a possibilidade deste desfecho a curto ou médio prazo.
Acredito em Frederico Varandas, na sua capacidade para encontrar uma solução no mercado nacional ou internacional. De todos os nomes falados, agrada-me Leonardo Jardim, que não parece no entanto ser uma possibilidade real ou Paulo Sousa. Já um eventual regresso do mestre da táctica me provoca urticária, ouve-se que o rival da 2ª circular o tem como opção para um regresso no final da época, por mim que vá para onde quiser, desde que seja longe de Alvalade, porque um fanfarrão pago a peso de ouro durante 3 anos, que ganhou uma supertaça e uma taça da carica, não é alguém por quem possa sentir saudades…
Não deixa de ser curioso ver agora Pedro Madeira Rodrigues, qual abutre, surgir a criticar o despedimento, alertando para eventuais prejuízos financeiros da decisão. Logo ele, que havia anunciado a contratação de Claudio Ranieri, um verdadeiro pé-frio do futebol internacional, coleccionador de derrotas por onde passou, à excepção da histórica, mas atípica época da conquista do campeonato inglês no Leicester city. No ano seguinte à proeza logo tratou de confirmar que tudo não passara da excepção à regra na sua carreira e terminou despedido, como habitual. Mas há pessoas que não aprendem.