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És a nossa Fé!

Uma oportunidade perdida

A selecção de Portugal foi eliminada anteontem pela da França nas grandes penalidades, depois do 0-0 nos 120'. Exactamente como tinha sido apurada contra a Eslovénia. 

E Portugal foi eliminado sem razão de queixa de seja o que for. O jogo foi repartido, as oportunidades de golo aconteceram para ambos os lados, cada equipa tinha a sua forma de ferir o adversário, uma demorando mais com a bola outra menos, os guarda-redes e as defesas conseguiram manter as balizas invictas até ao fim. Depois vieram as grandes penalidades. Se alguém ainda pensa que as grandes penalidades são questão de sorte, que veja a forma como Ronaldo marcou a sua e o Félix falhou a dele. 

 

Portugal foi eliminado por uma França com a qual sempre poderia ser eliminado, mas depois duma campanha que deixou muito a desejar contra adversários de menor estatuto, que incluiu uma derrota humilhante contra a Geórgia. Foram 2-1, 3-0, 0-2, 0-0 e 0-0 os resultados, 5-3 em golos, sendo que, dos cinco, dois foram autogolos, outro um ressalto num defensor e outro um escorreganço dum defesa contrário que quebrou a linha de fora de jogo.

A selecção portuguesa dispunha dum meio-campo de luxo. Com Palhinha (agora Bayern de Munique), Bruno Fernandes (Man. United), Vitinha (PSG) e Bernardo Silva (Man. City) e dois alas perfurantes de grande classe como Nuno Mendes (PSG) e Cancelo (Barcelona). E depois Diogo Costa, Rúben Dias (Man. City), Pepe, Cristiano Ronaldo e Rafael Leão (Milan). Como é que com tanta qualidade não se consegue ter uma jogada colectiva que resulte num golo numa sequência de cinco jogos?

Não é difícil adivinhar a resposta.

 

Sendo assim, a selecção fracassou na Alemanha. Não há minutos de posse de bola nem choros convulsivos nem conversa da treta que prove o contrário. Para mim o grande responsável chama-se Roberto Martínez e a selecção Ronaldo & Pepe que montou sob o alto patrocínio de Jorge Mendes. Como é que um João Félix, a acumular fracassos por onde passa, que se ausenta para "jogar às cartas" enquanto a Itália joga, é seleccionado, joga pessimamente e mesmo assim vai marcar um penálti decisivo? 

No final do jogo, enquanto os dois manos choravam agarradinhos, alguns outros passavam ao lado de tanta ternura. Pepe fez um grande jogo de facto, mas a selecção já podia estar em casa à conta dele contra a Eslovénia. Ronaldo fez um péssimo jogo contra a França, também é um facto, mas tanto minuto de jogo e tanto livre marcado dá cabo do melhor jogador do mundo. Ainda assim converteu dois penáltis nos desempates finais.

Depois veio Martínez a falar no exemplo de Pepe para os portugueses. Qual Pepe? Aquele do murro ao Coates, da bofetada ao Matheus Reis, aquele do pontapé ao adversário caído no chão quando ao serviço no Real Madrid, aquele que colecciona expulsões e goza com os árbitros, o Pepe exemplo de quê? De que alguém pode ser um santo na selecção e um bandido no clube? De alguém já despedido do clube pelo novo presidente e que vai não sei para onde e que se calhar a Portugal não volta, já facturou o que pôde? Se gosta tanto, que compre o livro da história da vida dele quando for publicado. Já agora, se tivesse apostado de início numa dupla de centrais Rúben Dias-Gonçalo Inácio, com Nuno Mendes a lateral esquerdo e Rafael Leão a extremo, não teríamos outro desenvolvimento de jogo pela esquerda?

Sobre Rafael Leão, prometo nunca mais dizer mal dos cruzamentos do Nuno Santos. Nunca mais. 

 

Tínhamos jogadores de elite para muito mais. E no que respeita ao lançamento duma nova geração, Gonçalo Inácio, António Silva e João Neves vão precisar de psicólogos, como os dois guarda-redes suplentes, e o Gonçalo Ramos vai precisar de psiquiatra. Safou-se mesmo assim o Francisco Conceição que, com alguma trapaceirice "genética", conseguiu demonstrar a sua utilidade. O seu a seu dono.

Porque é que foram convocados Rúben Neves e Danilo? Para proteger o Pepe? E Pedro Neto? Para recuperar o valor de mercado do rapaz?

E pronto. Lendo e ouvindo o que se diz nos jornais e nas tvs, já temos um bode expiatório, o Cristiano Ronaldo, é malhar à vontade. Eu ofereço-me para ocupar a mansão na Quinta da Marinha. E não o deixo entrar.

 

PS: Se vier algum morcão a dizer que perdemos o Europeu pela falta do Otávio e do Galeno... ou do Evanilson... faça favor.

SL

Ecos do Europeu (9)

Vencer e convencer, silenciando adeptos turcos

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Queriam uma exibição categórica da selecção nacional neste Campeonato da Europa? Pois tiveram-na. Queriam uma vitória clara da equipa das quinas neste certame? Registou-se ontem em Dortmund, num estádio que abarrotava sobretudo de adeptos turcos. Durante a meia hora inicial assobiaram estrondosamente todos os nossos jogadores cada vez que tocavam na bola. Em decalque ampliado do pior que vemos nas bancadas portuguesas.

Antes do jogo diziam que a Turquia iria ser um "sério adversário", temível, capaz de nos travar o passo. Depois do jogo, afinal, alguns dos tais passaram a dizer que enfrentámos um onze menor, correspondente à segunda divisão do futebol europeu, portanto ao vencê-lo não teremos revelado grande mérito.

Há gente em Portugal assim, sempre pronta a denegrir o futebol que praticamos. Esteja o seleccionador que estiver, a música é sempre a mesma. Por mais elogios que nos façam lá fora.

 

Lamento contrariar tal gente, mas superámos com brilhantismo esta prova. Os tais assobios foram-se calando e no estádio onde se disputou o Portugal-Turquia, já perto do fim, apenas se ouviam aplausos às nossas cores. 

Qual o segredo? Superioridade total do princípio ao fim. Maturidade até no plano psicológico: aquelas estrondosas vaias entraram a cem, saíram a mil. Até emudecerem. Primeiro com o golo de Bernardo Silva, aos 21', culminando excelente lance colectivo. Depois, aos 28', com um autogolo turco que entrou de imediato no anedotário do futebol: Akaydin, central do Fenerbahce, jamais esquecerá esta humilhação. Finalmente, aos 56', quando Bruno Fernandes fixou o 3-0, emudecendo de vez os turcos. Até porque quem o assistiu neste golo foi um gigante: Cristiano Ronaldo, aos 39 anos, voltou a cumprir 90 minutos em campo numa inédita sexta participação em fases finais de campeonatos da Europa.

Nunca ninguém participou em tantos, nunca ninguém marcou em tantos, ninguém assistiu mais do que ele. Silenciando até aqueles que tentam denegrir o astro maior da formação leonina por ser supostamente incapaz de "futebol associativo". Revejam este golo em que Ronaldo recupera, progride com bola, se isola perante o guardião e a endossa ao companheiro que surge entretanto à sua esquerda, ainda mais bem colocado.

Pensar em movimento é isto. Um hino ao futebol como verdadeiro desporto de equipa.

 

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Criança interrompeu jogo para se fotografar com CR7: jogo deu para tudo, até para isto

 

Este segundo triunfo colectivo, após o 2-1 aos checos, transporta-nos de imediato à liderança do Grupo F e consequente qualificação automática para a partida dos oitavos-de-final, a 1 de Julho, contra um adversário ainda incerto. Dois jogos, duas vitórias, cinco marcados e só um sofrido. Enquanto Chéquia e Geórgia empatavam

Do nosso lado, além dos jogadores já mencionados, quase todos os outros justificam destaque. Cancelo subiu de rendimento, Vitinha manteve o nível da partida anterior, Palhinha mostrou que merece muito mais um lugar no onze do que Dalot, entretanto excluído. Todo o bloco defensivo funcionou na perfeição, desta vez numa linha de quatro da qual emergiu um talento superior: Nuno Mendes, para mim o melhor em campo. Mais talentoso ala esquerdo português da actualidade, sempre em rotação, sempre como seta apontada à baliza adversária sem temor de qualquer espécie.

O mais fraco foi novamente Rafael Leão. Segundo cartão amarelo por simulação grosseira - os árbitros têm instruções da UEFA para serem implacáveis nestes casos. Tal como simulou ter sido agredido em Maio de 2018, no assalto dos bisontes à Academia de Alcochete.

Já não regressou para a segunda parte. Fica fora do próximo desafio, por demérito próprio.

 

Outra nota insólita: pelo menos cinco espectadores invadiram o campo para se fazerem fotografar com Ronaldo. O astro português ainda sorriu ao primeiro, uma criança. Mas deixou de achar graça à invasão. Actos deste género podem constituir séria ameaça aos jogadores, além de lesarem o espectáculo.

Os turcos, estranhamente, iniciaram a partida mantendo no banco duas das suas maiores estrelas, Yildiz (Juventus, 19 anos) e Güler (Real Madrid, 19 anos). Quando ambos entraram, no segundo tempo, já era tarde: a equipa estava partida, extenuada, desmoralizada. Nas bancadas quase só se escutavam cânticos portugueses.

Çalhanoglu, centrocampista que organiza o jogo turco, quase passou despercebido, engolido pela vertigem ofensiva lusa. O benfiquista Kokçu "assistiu" Bernardo no primeiro e limitou-se a fazer cócegas a Diogo Costa, seguro entre os postes.

Mas gostei de rever um central formado na nossa Academia: Demiral, que entrou aos 75'. Hoje com 26 anos, actua no Al-Ahli da Arábia Saudita. Ainda lamento que só tenha cumprido um jogo oficial pelo Sporting. Tanto prometia, tão cedo saiu. 

 

E pronto. Página virada, objectivo cumprido, seguimos em frente. O jogo contra a Geórgia, pela nossa parte, servirá apenas para cumprir calendário. Tomem nota: será na próxima quarta-feira, dia 26.

Espécie de intervalo nas conversas de café, orais ou escritas. Convém sempre fazer uma pausa, até nesse passatempo nacional que é dizer mal da selecção.

 

Portugal, 3 - Turquia, 0

Muito Sporting

Muito Sporting ontem em Guimarães contra a Suécia. Com Inácio no banco, Gyokeres a jogar e a marcar, e depois Rui Patrício, Nuno Mendes,  Matheus Nunes, Palhinha, Bruno Fernandes, Rafael Leão e Bruma.

Muito Sporting ontem também em Faro, com Mateus Fernandes o melhor em campo na selecção sub-21 contra a selecção das Ilhas Faroé. E também Renato Veiga, Chermiti e Tiago Tomás.

Mais ainda podia ser se não fossem as lesões de Pedro Gonçalves e Trincão.

Muito bom Sporting, jogadores que passaram vários anos em Alvalade, deram rendimento desportivo e proporcionaram vendas no total de algumas centenas de milhões de euros. Alguns deles são visitas frequentes na tribuna de Alvalade.

Algum mau Sporting, jogadores que sairam pela porta dos fundos depois do assalto a Alcochete e muito pela incapacidade do presidente de então assumir as suas responsabilidades e estancar ali mesmo o problema. Rafael Leão deu zero de rendimento desportivo na 1.ª equipa e passados quase seis anos do assalto a Alcochete o melhor que o Sporting conseguiu por ele depois de muita litigância foram 20 M€.

Foi então com lentes verdes que vi o jogo de ontem, mas de qualquer maneira acho que a selecção de Martinez está no caminho certo.

E melhor estará se terminarem de vez as naturalizações a martelo dos brasileiros vendáveis do Pinto da Costa. Já basta o que basta com um Pepe que não tem dignidade desportiva para lá estar e um Otávio que o Porto fidelizou com a ida à selecção e depois encaixou milhões . Como disse e bem o Fernando Mendes: "Isto não é a selecção de futsal do Azerbaijão."

SL

Rafael Leão- O teu sucesso é o nosso reembolso

De todos os jogadores que aproveitaram a invasão de Alcochete para rescincidirem com o Sporting, Rui Patrício e Rafael Leão foram os que me custaram mais.

Rui Patrício pelos 19 anos que passou de Leão ao peito, rapidamente desbaratados pela promessa de milhões do seu empresário, Jorge Mendes, Rafael Leão pelo potencial incrível que tinha na altura e está a confirmar hoje em dia no Milão.

Não vou crucificar em demasia um miúdo de 18 anos que nem estava no Complexo de Alcochete quando aconteceu a invasão, certamente também terá ficado doido com as promessas de milhões de Jorge Mendes, o seu empresário (onde é que eu já vi este nome?), vamos é apreciar as suas qualidades de jogador, como na fabulosa jogada que fez ontem contra o Nápoles, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões:

https://youtu.be/bqHKnSJ0G1I?t=106

 

Sempre que se fala sobre qual é o melhor jogador da actualidade, falar de Bernardo Silva, com justeza, mas ignorar Rafael Leão é mostrar, mesmo de forma inconsciente, de que clube português se é adepto.

Espero que continue a ter muito sucesso na sua carreira, pois assim mais depressa poderá pagar a indemnização que está a dever ao Sporting, que com os juros já vai em 20 milhões.

Paga o que deves, Rafael

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O Sporting vai continuar a dar luta a Rafael Leão, que abandonou Alvalade em Junho de 2018 e nunca se mostrou receptivo a compensar o clube que o formou, quando tinha uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros.

Esta é a quantia que a SAD leonina exige por inteiro ao jogador, recusando receber apenas os 16,5 milhões de euros, acrescidos de 3,8 milhões em juros, que o Lille se prontificou a pagar por receber e registar o avançado, à época com 18 anos, sem ter direito a isso. 

Frederico Varandas não abdica da cláusula penal determinada pela justiça e deu instruções ao gabinete jurídico do Sporting para interpor recurso junto da FIFA, caso seja necessário. O Lille encaixou 30 milhões de euros pelo passe do jogador quando este se transferiu para o Milan, garantindo ainda 20% de uma futura venda. Tudo inaceitável para nós.

Vais ter de pagar o que deves, Rafael. És ingrato e traiçoeiro. Trataste da pior maneira um emblema que te deu tudo. Continuas com o salário penhorado - e é muito bem feito. Se for preciso, ficarás anos assim.

Não penses que te escapas.

Ronaldo: sim ou não?

Portugal perdeu o jogo contra a Coreia do Sul já sem Cristiano Ronaldo em campo.

Terá sido coincidência? Não creio.

O melhor jogador português de todos os tempos fixa sempre dois ou três defesas perto dele, em policiamento permanente. Seja o adversário quem for.

Ronaldo abandonou o rectângulo de jogo visivelmente contrariado. Parecia prever o que aconteceu depois.

Resta acrescentar: André Silva, que o substituiu aos 64', foi uma nulidade. E Rafael Leão, também em campo desde o minuto 64, rendendo Matheus Nunes, voltou a demonstrar uma indigência total pelo segundo jogo consecutivo.

Valerá a pena pôr qualquer deles como titular no lugar do Cristiano na decisiva partida de amanhã contra a Suíça?

 

ADENDA: Uma alegada "sondagem" do jornal A Bola revela que «70% dos adeptos lusitanos» (!) desejam ver CR7 fora da selecção.

Paga o que deves, caloteiro

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Tribunal da Relação de Lisboa confirma sentença do Tribunal Arbitral do Desporto, que condenou Rafael Leão a indemnizar o Sporting em 16,5 milhões de euros.

Este artista vai mesmo pagar até ao último cêntimo por se ter desvinculado do clube que o formou, sem justa causa, em Junho de 2018 a caminho do Lille.

Não merece perdão.

 

Adenda: com juros de mora, a factura já sobe aos 20 milhões.

Este homem não paga, ri de quê?

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Lembram-se de uma publicidade que dizia: "Este homem paga, ri de quê?".

Ria-se porque pagava com o cartão multibanco, que apareceu pouco tempo depois da chave 24 do Montepio, estávamos nos finais dos anos oitenta do século passado.

Não serei tão radical como o meu colega/camarada de "blog"  Paulo, uns "posts" abaixo; aquilo que penso, ajudaria a melhorar o ambiente na selecção, era que podiam fazer uma "vaquinha" para ajudar o rapaz, para ele poder jogar com a cabeça mais limpa.

Fernando Santos daria o exemplo, "eu avanço com dois milhões", "se o Fernando dá dois, eu dou quatro" dizia João Mário, e por aí fora até aos 18 milhões, depois de terem reunido os 18 milhões, dizia Cristiano Ronaldo: "não disse nada até agora, queria ver até onde ia a vossa solidariedade, os 18 milhões estão reunidos e eu apesar das despesas que tive com a demolição da marquise, avanço com mais 18 milhões para o meu Sporting".

Fica a ideia, a selecção que resolva, rapidamente, o problema que têm com o Sporting ou então qualquer dia convocam o João Rendeiro, ele vem dar uns pontapés na bola, depois volta para Belize ou para Singapura e, aparentemente, está tudo bem.

Eu boicoto uma seleção com o condenado Rafael Leão

Estreou-se ontem pela seleção A um condenado: Rafael Leão.

Recorde-se que: 

- Rafael foi condenado em 2020 pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) a indemnizar o Sporting em 16,5 milhões de euros (ME), pela rescisão ilícita do contrato;

- Rafael é réu num processo, no Juízo do Trabalho de Lisboa, em que a SAD do Sporting reivindica o pagamento de quase 18 milhões de euros;

- Rafael rescindiu o contrato por pura ganância - sua e/ou dos seus agentes - embolsando uns milhões em prémios de assinatura;

- Ao contrário de outros jogadores que rescindiram, e apesar de ser aquele que tinha uma posição negocial mais débil, Rafael sempre recusou negociar com o SCP;

- Mesmo depois de condenado pelo TAD, Rafael, os seus agentes e o clube que se aproveitou da fragilidade do Sporting para o desviar (o Lille, que ganhou 35 milhões de euros com a transferência para o Milan) sempre tiveram uma postura de total desafio e desrespeito para com o Sporting.

Ou seja, Rafael teve um comportamento absolutamente indigno para com a instituição que o formou, os seus técnicos, colegas e adeptos. Era bom que os sportinguistas não esquecessem quem é este indivíduo e como cuspiu no clube que o formou. 

De igual forma, o Sporting deveria protestar junto da FPF que alguém com este perfil possa representar a seleção. Tirando o lugar a algum jogador igualmente bom ou melhor, e que represente alguma coisa de decente. Ao promover Rafael L., a FPF e a seleção estão a promover o desrespeito por contratos, a ganância e o ultraje do clube que mais contribui para a formação em Portugal.

Uma seleção com Rafael é uma seleção sem valores. Eu, quando ele voltar a entrar em campo, mudarei de canal.

Sem piedade para com gente reles

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Como já aqui expressei várias vezes sou um sportinguista totalmente independente de interesses e crítico (muito...) da actual direcção. Mas isso não me impede de aplaudir o que vai sendo bem feito. 

O jovem Rafael tem de pagar. Tem de indemnizar o Clube até ao último cêntimo: pelo oportunismo com que rescindiu sem razão para tal, para ir assinar por quem lhe acenou com o cheque mais chorudo; pelo mal que falou do Clube que fez dele alguém; pelo péssimo exemplo que deu a outros jovens jogadores do clube. Entre os jogadores que demonstraram total desrespeito pelo Clube que os formou (Carlos Martins ou Simão Sabrosa são casos notáveis recentes) o deste indivíduo choca pelo carácter totalmente reles do episódio e das pessoas envolvidas. É a prova de que bons jogadores há muitos, mas são raros aqueles que são Homens ao mesmo tempo.

Está portanto de parabéns a direcção por ter pedido a penhora deste indivíduo. Que não tenham piedade para com gente reles. E também deveriam fazer pagar o seu agente e o clube que o contratou, aproveitando-se da confusão no Sporting para fazer negócio e gerar comissões. O Sporting é demasiado grande para que gentinha destas se aproveite dele impunemente. 

Um pássaro na mão?

O TAD deu razão ao Sporting no diferendo com Rafael Leão, referente à rescisão unilateral do contrato por parte daquele atleta, que terá que pagar ao Sporting 16,5 milhões de Euros, ainda assim muito abaixo do pretendido pelo clube na acção que interpôs, mas não deixa de ser uma sentença relevante.

Ao contrário do que se pensava e argumentava, até não demorou muito.

Isto permitir-nos-á concluir que todos os restantes que foram resolvidos por acordo mútuo a posteriori, também teriam decisões favoráveis ao clube?

Perante esta decisão há quem tenha, entre os leitores e colegas do blogue, mudado de ideias em relação ao que defendeu na altura dos acordos com jogadores e clubes que os "levaram"?

Em tempos de coisas bem mais importantes, isto não passará de um fait divers, mas digam de vossa justiça, se vos aprouver.

R. Leão e R. Ribeiro - Ler quem sabe

Depois do comunicado emitido pelo Sporting Clube de Portugal, conheçamos o que diz Gonçalo Almeida, advogado especialista em direito desportivo, em entrevista a O Jogo:

1 - Quais os próximos passos que estes processos podem seguir?
- Partindo do princípio que a Sporting SAD não se conforma com as decisões em questão, os fundamentos deverão ser requeridos, correndo após a respectiva notificação um prazo de 21 dias para se intentar recurso junto do TAS, acrescido de outros 10 para se juntarem os fundamentos dos recursos [n.d.r.: o Sporting garantiu ter pedido à FIFA os fundamentos da decisão] . Posteriormente, e mesmo sendo difícil antecipar prazos, aponta-se para seis a oito meses até que as partes sejam chamadas ao TAS para uma audiência, contando-se pelo menos mais seis meses até que a decisão do TAS seja finalmente notificada - falamos num período total de aproximadamente ano e meio. Um último e eventual recurso para o Tribunal Federal Suíço versará meramente sobre questões formais, não se pronunciando tal Tribunal quanto a questões de facto ou de direito da decisão recorrida.

2 - Será difícil que o TAS possa reverter esta decisão?
- É complicado falar sobre estes processos, uma vez que não são conhecidos os fundamentos das decisoes, pese embora na sua maioria, e pela experiência que adquiri ao longo das últimas duas décadas e, nomeadamente, cinco anos na FIFA, o TAS, na maioria dos casos, confirmar as decisões FIFA recorridas. Contudo, existem inúmeras excepções a esta regra.

3 - A FIFA deveria ter enviado os fundamentos ao Sporting - e às outras partes - junto com a notificação?
- É um procedimento normal, este que foi aplicado - é a regra. A FIFA, por uma questão de economia processual, não redige de imediato as decisões dos seus tribunais. Envia, apenas, o corpo da decisão, um documento de três páginas onde resume o que foi decidido e, caso alguma das partes pretenda recorrer, então notifica os respectivos fundamentos, uma vez requeridos.

Estimo que Sporting Clube de Portugal, não se detenha, que pugne pelos seus interesses e que estes passem por levar ambos os casos até às últimas instâncias disponíveis.

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Imagem retirada da internet 

Estiveram bem

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Quase dois anos depois, como vários de nós já esperávamos, a FIFA pronunciou-se sobre o diferendo entre o Sporting e os jogadores Rafael Leão e Rúben Ribeiro, que haviam rescindido o contrato com o clube no rescaldo do assalto a Alcochete.

Não pode haver paliativos nesta matéria: trata-se de um rotundo fracasso para os interesses do Sporting. E que ajuda a firmar jurisprudência em casos desta natureza. 

O rombo, no entanto, podia ter sido bem pior se tivesse sido mantida a via litigiosa "até ao fim", como muitos advogavam em relação aos nove que saíram na sequência da agressão sofrida no próprio local de trabalho, transformado em cenário do faroeste. Uma agressão que as câmaras registaram e que todo o País pôde testemunhar através de imagens que deram a volta ao mundo.

 

Sousa Cintra e Frederico Varandas acertaram, portanto, ao optarem pela via do acordo com os clubes envolvidos: Wolverhampton, no caso de Rui Patrício; Bétis, no caso de William Carvalho; Atlético de Madrid, no caso de Gelson Martins; e Olympiacos, no caso de Podence. O dinheiro recebido foi inferior ao que valem estes jogadores formados pelo Sporting: terá rondado os 60 milhões de euros. Mas muito mais substancial do que seria caso tivesse vingado a tese daqueles que clamavam «Vamos dar-lhes luta em tribunal até ao fim.» Como se tivessem a certeza antecipada do teor das sentenças judiciais.

O ditame da FIFA comprova - de novo sem surpresa para vários de nós - que Sousa Cintra defendeu os interesses do Sporting ao ter negociado o regresso de Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia. Sem a oportuna intervenção dele, qualquer destes jogadores teria continuado longe de Alvalade - e um deles, pelo menos, talvez rumasse a um dos nossos rivais directos - sem um cêntimo de receita para os cofres leoninos.

Gerir um clube também é isto: saber ponderar, a qualquer momento, entre a solução óptima mas sem viabilidade e a solução possível mas garantida. Cintra e Varandas estiveram bem.

Rafael Leão e Rúben Ribeiro

Comunicado Sporting Clube de Portugal

A Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD (Sporting CP, SAD) informa que foi hoje notificada das decisões proferidas pela FIFA nos dois processos em assunto.

Não são ainda conhecidos os fundamentos das decisões.

No caso do Rafael Leão, a FIFA declara que o pedido da Sporting CP, SAD é inadmissível, mas não aprecia o mérito.

No caso do Rúben Ribeiro, aceita apreciar o mérito e considera que o jogador teve justa causa para resolver o contrato, mas não atribui a nenhuma das partes o direito a receber qualquer compensação.

A Sporting CP, SAD já solicitou os fundamentos de cada uma das decisões para os analisar aprofundadamente e preparar os competentes recursos para o CAS.

O amiguinho da claque

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Esta foi uma das revelações mais significativas, até agora, no julgamento de Alcochete: o modo carinhoso como os jagunços da Juve Leo trataram um jogador, em contraste total com os restantes. O privilegiado foi Rafael Leão, como assegurou o secretário técnico Vasco Fernandes no banco das testemunhas.

«Ele estava à entrada do balneário e até o cumprimentaram. Disseram-lhe: "A ti não fazemos nada, não te preocupes".» Só faltou servirem-lhe chá e torradinhas.

De nada valeu o tratamento de excepção concedido pelos trogloditas àquele leão sem juba que tanto admiravam: mal se apanhou a jeito, o amiguinho da claque aproveitou a confusão e deu um par de coices no clube que o formou. Vegeta agora no Milan, onde só marcou um golito esta época.

Faz muito bem a administração da SAD leonina em manter a participação contra este artolas no Tribunal Arbitral do Desporto, exigindo-lhe os 45 milhões de euros a que tem direito, a título de indemnização, por quebra unilateral do contrato de trabalho. Ao contrário de vários outros, o rapaz Rafael não teve qualquer motivo para alegar justa causa. Como agora ficou confirmado sem o menor rasto de dúvida, enquanto os comparsas dele metem a viola no saco.

2018 em balanço (5)

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 DECEPÇÃO DO ANO: RAFAEL LEÃO

Era um dos jovens profissionais mais promissores do Sporting, merecia o carinho de sócios e simpatizantes, o treinador Jorge Jesus apostou nele fazendo-o alinhar em desafios importantes. Já tinha empolgado a massa adepta na estreia absoluta pela equipa principal ainda em 2017, marcando logo aí, na Taça de Portugal, frente ao Oleiros. Em Fevereiro de 2018, foi dele a assistência para o golo decisivo na nossa difícil vitória frente ao Tondela, por 2-1: progrediu com a bola controlada deixando três adversários para trás numa sequência de dribles antes de servir Gelson Martins no momento decisivo.

Mas o seu melhor momento vestido de verde e branco ocorreu em Março, no sempre difícil clássico do Dragão. Entrou em campo aos 43', devido a lesão de Doumbia, e marcou logo na primeira vez em que tocou na bola, aos 45'+1, com uma excelente mudança de velocidade, baralhando a marcação de Felipe e Dalot, e colocando muito bem a bola, que passou entre as pernas de Casillas, sem se atemorizar por ter pela frente um guarda-redes bicampeão da Europa e campeão mundial. Fazia assim o empate, gelando o público no Dragão.

Perdemos esse desafio, por 1-2. Mas Rafael Leão ganhou um lugar muito especial entre os sportinguistas. Infelizmente para ele, e também para nós, esse afeição só durou três meses. Em Junho, semanas após a invasão da Academia de Alcochete, o jovem avançado de 19 anos rescindiu unilateralmente com o Sporting, alegando justa causa apesar de não ter sido molestado directamente pelos agressores. Ao contrário do que viria a acontecer com Bas Dost, Battaglia e Bruno Fernandes, recusou regressar, mesmo perante a insistência de Sousa Cintra, que sucedeu a Bruno de Carvalho na presidência (interina) da SAD leonina. Também não foi possível ajustar um preço para a rescisão, por intransigência do jogador e dos seus representantes, contrariando o que aconteceu com Rui Patrício e William Carvalho.

O caso seguiu para litígio, aguardando sentença no Tribunal Arbitral do Desporto, e Rafael Leão começou a jogar no Lille, em França, onde até já marcou três golos. Mas o destino dele deixa-nos indiferentes: esteja onde estiver, agora é Leão só de apelido. Muito pouco - quase nada - para o que esperámos dele.

 

Decepção do ano em 2012: Elias

Decepção do ano em 2013: Bruma

Decepção do ano em 2014: Eric Dier

Decepção do ano em 2015: Carrillo

Decepção do ano em 2016: Elias

  Decepção do ano em 2017: Alan Ruiz

Sem perdão

Gelson Martins, Podence e Rafael Leão, três jogadores da cantera de Alcochete que sempre foram acarinhados pelos adeptos (o arquivo deste blogue é prova viva disso), reclamam agora indemnizações do Sporting depois de terem virado as costas unilateralmente ao clube, enquanto outros colegas nunca saíram e alguns decidiram regressar.

Espero que o Sporting seja inflexível na via litigiosa que agora prossegue, nomeadamente no Tribunal Arbitral do Desporto. Para mim, estes jogadores - que receberam muito mais do que deram em troca e tudo devem ao clube que os formou - não têm perdão.

{ Blogue fundado em 2012. }

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