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És a nossa Fé!

Os golos de Amorim!

Há quem considere que o resultado num jogo de futebol passa a ser de goleada a partir de três golos de diferença. Mas há quem defenda que devem ser quatro a dita diferença entre os golos marcados e sofridos.

O curioso é que o resultado de três a zero, para muitos, pode não ser goleada, mas de quatro a um já é… No entanto a diferença de golos é a mesma.

Posto isto vou ter como matriz a diferença de três golos para considerar goleada. Assim, e em 25 jogos já realizados, o Sporting brindou os adversários com a diferença de três ou mais golos por oito ocasiões (quase um terço dos jogos).

Vejamos a lista das partidas realizadas:

jornada 5 – 3 - 0 ao Moreirense;

jornada 16 - 5 - 1 ao Estoril;

jornada 17 – 3 - 0 em Chaves;

jornada 18 – 5 - 2 em Vizela;

jornada 19 – 8 - 0 ao Casa Pia;

jornada 21 – 5 - 0 ao Braga;

jornada 25 – 3 - 0 em Arouca;

jornada 26 – 6 - 1 ao Boavista.

Depois fui ver os resultados do nosso adversário mais directo. Também ousou fazer oito goleadas contra apenas três do clube da Cidade Invicta. Neste último caso uma delas foi contra o nosso perseguidor.

Olho para estes dados e pergunto-me há quanto tempo isto não acontecia com o Sporting. Segundo li hoje parece que será necessário recuar meio século para se conseguir encontrar algo semelhante.

Agora a questão sacramental e que divide alguns sportinguistas: a quem atribuir o mérito destes resultados?

É fácil atribuir os louros ao ponta de lança sueco Gyökeres, a Pedro Gonçalves ou até mesmo ao Francisco Trincão ou em última instância partilhar o mérito pelos três. Só que nenhum deles, sem Rúben Amorim, conseguiria fazer da equipa o que ela é: uma poderosa máquina de fazer golos.

Rúben conhece hoje bem os seus homens. Conhece as características de cada um e sabe retirar deles o melhor. Mesmo quando estão cansados.

Posto isto e em termos meramente internos o Sporting é sem dúvida a melhor equipa portuguesa. Os outros podem até ter campeões do Mundo, da Lua ou de Marte, mas falta-lhes o espírito de grupo e de conquista como hoje tem a equipa leonina.

Mesmo quando as coisas não correm bem, como foi o caso em Bérgamo ou em Vila do Conde, a equipa não se desune e mostra que é sabendo ultrapassar os momentos menos bons que se pode encontrar o segredo das vitórias seguintes.

São estes os golos de Amorim e que a Liga não consegue contabilizar!

"O verdadeiro fora de série do Sporting é Rúben Amorim"

Foi o que disse, em entrevista à Antena 1, Ivone De Franceschi, jogador muito importante na conquista do título nacional na época 1999/2000 sob o comando de Giuseppe Materazzi e Augusto Inácio. Era um extremo clássico, colado à linha, fintava pouco, cruzava bem.

O plantel do Sporting foi agora revisto em alta em cerca de 10% pelo Transfermarkt para um valor de 330M€, bem mais próximo do Benfica (360M€) do que do Porto (283M€). 

Este plantel inclui alguns jogadores fora-de-série com valor de mercado igual ou superior a 30M€, ao nível do melhor que alguma vez tivemos, como Gyökeres, Pedro Gonçalves, Diomande, Inácio e Hjulmand. Todos foram escolhidos por Rúben Amorim: viu neles o que escapou a muitos, e foi com ele que atingiram patamares de rendimento reflectidos nos valores de mercado que nunca antes tinham experienciado.

Muito poucos foram os jogadores escolhidos por Amorim que fracassaram no Sporting, talvez apenas Vinagre e Rochinha. Do Nuno Mendes ao Ugarte, do Paulinho ao Esgaio, do Edwards ao Trincão, do Adán ao Israel, muitos outros exemplos podia dar, trata-se de jogadores que foram e são importantes no plantel e nos sucessos da equipa.

Sendo Slimani um caso à parte, um regresso mal pensado dum ídolo dos adeptos de feitio complicado, Amorim nunca deixou cair ninguém por muito mal que tivesse estado aqui e ali, conseguiu recuperar jogadores que andavam meio perdidos, como Quaresma e Catamo, e não foi criticado por algum jogador que tivesse saído por iniciativa própria ou do clube. Com Amorim não houve nenhum David Carmo chutado para a B.

Também não conheço nenhum jogador menos utilizado por Amorim que tenha saído sem ser por venda lucrativa e explodido de rendimento noutro clube.

Quinta-feira em Bérgamo, ganhando ou perdendo, continuarei a concordar com o Ivone. O verdadeiro fora-de-série do Sporting é Rúben Amorim.

SL

Rúben Amorim há quatro anos no Sporting

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Faz hoje quatro anos, Rúben Amorim estreou-se como treinador da equipa principal do Sporting. Entre imensas críticas  dos sócios. E o repúdio total da Associação Nacional de Treinadores Portugueses, que durante um ano lhe moveu uma guerra implacável.

 

Recordo algumas frases que ele disse na apresentação aos adeptos em Alvalade:

«Sou fanático por ganhar.»

«Todos têm de provar que merecem estar aqui e o primeiro a ter de fazê-lo é o treinador.»

«O lugar do Sporting é a lutar pelas provas.»

«Ninguém aqui quer mais ganhar do que eu.»

«No fim faremos as contas.»

«As pessoas perguntam: e se corre mal? Eu pergunto: e se corre bem?»

 

Estreou-se no banco a 8 de Março, com uma vitória em casa (2-0) sobre o Aves. No mesmo dia em que cerca de três mil sócios se manifestaram ruidosamente no exterior do estádio, exigindo a demissão imediata de Frederico Varandas.

Pergunta aos leitores: que balanço fazem destes quatro anos?

Temos de falar do árbitro, de Amorim, de Adán e da Rio Ave TV

Começo por dizer que o empate de hoje em Vila do Conde teve como principal autor o árbitro, que foi André Narciso, tal como aliás já tinha acontecido na última vez que perdemos pontos, em Guimarães. Assim temos de começar por falar sobre isso.

Mesmo em várias das vitórias conseguidas ao longo deste campeonato temos muitas queixas da arbitragem. Segundo li em algumas notícias, parece que é estratégia da "Estrutura" não comentar as mesmas, o que toda a gente sabe que é sempre uma estratégia muito acertada, já que ser roubado quase todas as semanas e estar caladinhos é uma receita vencedora. Agora se vier alguma queixa, mais ou menos tímida, decorrente do empate de hoje, eu diria que vem muito tarde.

Voltando à arbitragem deste jogo, só de memória temos:

  • Há uma falta evidente sobre Pote no início da jogada que origina o primeiro golo do Rio Ave;
  • Há um corte perigosíssimo dentro da área do Rio Ave, a tal ponto que provoca um pancada que obriga à saída de Trincão por lesão. Não sei qual é a regra da FIFA invocada esta semana, deve ser aquela que diz que desde que não se arranque a cabeça ao jogador, vale tudo para cortar uma bola. É uma entrada negligente e devia ter sido marcada grande penalidade.
  • Há mais um penálti evidente sobre Pedro Gonçalvez na segunda parte, quando o jogo estava 2-2. O nosso jogador foi agarrado para o impedir de ir à bola.
  • Os defesas do Rio Ave tiveram todos margem para poderem efectuar meia dúzia de faltas cada um, isto porque dessa meia dúzia, duas não são marcadas e três ou quatro são feitas à vontade, porque só há lugar a amostragem de cartões ao fim desse número de faltas.
  • Nos 5 minutos de descontos da segunda parte há uma expulsão de um jogador do Rio Ave, em que este demora mais de um minuto para sair, há a marcação de dois ou três livres e de um canto, mas mesmo assim o jogo acabou assim que se chegaram aos 5 minutos em ponto.

 

Depis temos de falar de Rúben Amorim.

Não sei por que carga de água achou que um jogo fora, com um adversário difícil e com condições climatéricas más era bom para colocar Diomande a titular pela primeira vez desde 18 de Janeiro. Viu-se que o jogador estava fora de forma, com falta de velocidade e preso de movimentos, e foi precisamente pelo seu lado que sofremos logo aos 5 minutos. Tal como não percebo que Quaresma, em excelente forma, tenha ido para o banco logo neste jogo, para dar lugar ao costamarfinense.

Depois, voltamos ao problema de sempre. Como Paulinho está lesionado, inciámos o jogo só com uma opção de ataque no banco, no caso Edwards. Lesiona-se Trincão durante o jogo, entra Edwards ainda na 1.ª parte e vamos para a 2.ª parte sem nenhuma opção de ataque no banco. Ao fim de quase 200 jogos de Amorim no Sporting, ainda andamos a acabar com Coates a ponta-de-lança.

 

De seguida temos de falar de Adán. Depois de duas boas épocas iniciais, teve uma bastante fraca no ano passado, e está a ir pelo mesmo caminho este ano.

Raramente é mais-valia, por isso nunca conto que ele defenda um grande remate, um livre directo ou uma grande penalidade. Fio-me na defesa para deixar criar muito poucas ocasiões ao adversário, porque se essa ocasião aparece mais vale confiar na Nossa Senhora do que em Adán para nos safar.

 Se o espanhol se ficasse por aí, no não acrescentar nada, já podíamos ficar satisfeitos. Infelizmente tem paragens cerebrais, como uma a meio da 1ª parte em que oferece a bola ao adversário que só não deu golo porque não calhou, ou na grande penalidade que comete, numa saída completamente tonta.

Não sei se estamos a preparar Franco Israel ou Diego Callai para a sucessão, ou se pensamos que Adán ainda tem condições para ser titular. O que é certo é que continuamos a sofrer um número assustador de golos para a quantidade de lances de perigo que consentimos.

 

Por fim temos de falar na Rio Ave TV, que fez a transmissão deste jogo. Não sei como é que ainda permitem que jogos da 1.ª Liga sejam transmitidos por canais de clubes, o que dá azo a comentários tendenciosos e a que não se repitam nem se comentem em condições alguns lances duvidosos, como os que referi acima. Um dos comentandores era um tal de Freitas Lobo, que pela maneira como só só via Rio Ave e só falava de Rio Ave, está no sítio certo, a trabalhar no canal do clube do seu coração.

Apoiar é agora, não é depois

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Alguns adeptos insistem em dizer que só acreditarão verdadeiramente na nossa equipa em Maio. Deduzo, portanto, que os jogadores do Sporting apenas nessa altura receberão apoio desses adeptos. Quando tudo tiver acabado.

Ou seja: quando já não for preciso.

Demarco-me totalmente desta atitude derrotista daqueles que só apanham o comboio na última estação, quando houver a certeza absoluta de que um título foi conquistado. 

Esse é um "apoio" que não interessa a ninguém.

Estamos em Fevereiro, não em Maio. O apoio deve ser hoje, deve ser agora. O nosso aplauso deve ser constante, deve ser permanente. Sem estar sujeito à folha do  calendário.

 

E este Sporting não merece já o nosso apoio, o nosso aplauso?

Claro que merece. Merecem os jogadores, merece a equipa técnica. 

Especifico porquê. Com números, como gosto:

- Levamos 92 golos marcados em 33 jogos de todas as provas disputadas nesta época. Média: 2,79 por jogo. O melhor registo em 61 anos. Melhor, na mesma fase, só os 3,02 da temporada 1962/1963.

- Já ultrapassámos o número total de golos marcados nas épocas 1999/2000 e 2020/2021, em que fomos campeões. 

- Já marcámos 58 em 20 jornadas deste campeonato. Média: 2,9 golos por jogo. É a segunda melhor cifra em 50 anos. Melhor, só em 1973/1974, quando tínhamos marcado 66 na mesma fase.

- Na Liga, à 20.ª jornada, tínhamos 37 marcados em 1999/2000 e 42 em 2020/2021. Muito menos do que agora.

- Levamos 12 golos de vantagem no campeonato face ao Benfica, que é a segunda equipa mais goleadora, mas temos menos um jogo disputado.

- Só uma equipa, no último meio século, marcou mais do que este Sporting à jornada 20: foi o Benfica de 1975/1976, treinado por Mário Wilson, então com 60 golos.

- O Sporting tem a segunda melhor média de golos das principais ligas europeias. Apenas o PSV apresenta melhor média: 3,23 por jogo.

- Temos 12 vitórias consecutivas em casa para o campeonato - 11 nesta época, com 37 golos marcados e apenas sete sofridos.

- Dos 17 jogos disputados em Alvalade para várias competições nesta temporada, vencemos 16.

- Marcámos 26 golos nas últimas cinco jornadas da Liga.

- Já protagonizámos 6 goleadas nesta época, duas delas por 8-0 (Dumiense e Casa Pia).

- Gyökeres, com 16 golos marcados, lidera a lista dos artilheiros da Liga 2023/2024 - mais dois do que Banza, do Braga.

- O internacional sueco marcou 27 em todas as provas e já contabiliza 11 assistências. Teve influência directa em 38 golos.


Tudo motivos para celebrar, já em Fevereiro.

Em Maio, quando tivermos conquistado o campeonato ou a dobradinha, os nossos jogadores já não precisarão de apoio algum. Eles precisam de apoio é agora. E apoiar é dizer o óbvio: eles formam a melhor equipa hoje em Portugal, são orientados pelo melhor treinador, praticam o melhor futebol.

Escrever e dizer isto em Fevereiro tem muito mais valor do que em Maio.

Eu escrevo e digo desde Agosto. 

Cabazada histórica num hino ao futebol

Sporting, 8 - Casa Pia, 0

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Momento de celebração em Alvalade: acabava de marcar-se um dos oito golos contra o Casa Pia

Foto: Rodrigo Antunes / Lusa

 

Foi um jogo histórico. Basta olhar para o resultado: há meio século que não se registava um desfecho destes, em nossa casa para o campeonato. Temos de recuar a Fevereiro de 1974 para encontrar outro 8-0 como o de anteontem: nessa altura cilindrámos o Oriental, com cinco golos de Yazalde, já mítico craque argentino que no final dessa época se sagrou melhor artilheiro dos campeonatos europeus, tendo apontado 46 com a Verde e Branca nessa inesquecível competição em que a festa leonina se confundiu com a Festa da Liberdade. Recebeu justamente a Bota de Ouro pela proeza.

Desta vez não temos um argentino, mas um sueco. Craque também. De longe o astro maior desta Liga 2023/2024, que o Sporting comanda isolado há várias jornadas. Anteontem foi ele o melhor em campo, já sem surpresa. Surpreendente foi a amplitude do nosso triunfo face a um Casa Pia a que não demos a menor hipótese, do primeiro ao último momento da partida. A mais volumosa goleada desta Liga.

O vitorioso Viktor Gyökeres faz jus ao nome próprio: leva já 24 golos marcados nesta temporada - 15 só no campeonato. Mais dois do que a sua melhor marca anterior na carreira, ao serviço do Coventry, da segunda divisão inglesa. Agora marcou mais dois: novo bis de Leão ao peito. Primeiro aos 23', correspondendo da melhor maneira a um cruzamento milimétrico de Pedro Gonçalves; depois de penálti, aos 32', punindo falta cometida sobre ele próprio, numa das suas numerosas incursões na grande área casapiana.

 

Numa antítese clara do desafio anterior, frente ao Braga para a Taça da Liga, em que tivemos sete ou oito oportunidades de golo sem concretizar nenhuma, desta vez transformámos em golos quase todas quantas construímos. Tal como Viktor, também Coates (13' e 81') e Trincão (43' e 90'+4) bisaram, provocando saudáveis explosões de euforia nos mais de 32 mil espectadores presentes nas bancadas. Pedro Gonçalves (25') e Geny (64') completaram a contagem.

Selando o desfecho deste encontro de sentido único, autêntico hino ao futebol. Valorizado também pelo desempenho do jovem árbitro Helder Carvalho.

Uma cabazada, como se dizia antigamente. E pode continuar a dizer-se, sem problema algum. É expressão que faz todo o sentido perante o que se passou no tapete verde de Alvalade.

 

Com este triunfo, o Sporting mantém-se invicto no plano doméstico: dez desafios para a Liga 2023/2024 terminados da melhor maneira, todos com vitórias em casa. Continuamos no topo, com Benfica um ponto atrás e FC Porto já cinco ponto abaixo de nós. Reforçamos a liderança isolada também do nosso ataque, de longe o mais concretizador da prova: 53 golos já convertidos. Mais 11 do que o Braga, já num distante segundo posto. 

Outro dado relevante: temos um índice médio de 2,71 golos por jogo após 31 partidas oficiais já realizadas nesta época para quatro competições. Muito acima - vale a pena notar - do que ficou registado em 2020/2021, quando fomos campeões: 1,96 golos por jogo no conjunto das provas então disputadas. Números que revelam muito bem a grande evolução registada de então para cá sob o comando de Rúben Amorim. Já hoje um dos melhores treinadores de sempre do Sporting.

Quem ainda não percebeu isto, nada percebe de futebol. Ou padece de miopia talvez irreversível. No primeiro caso, poderá registar progressos. No segundo, infelizmente, talvez já não.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Foi uma das jornadas mais tranquilas, até agora, para o guardião espanhol. Quase se limitou a uma defesa fácil aos 49'. Manteve as nossas redes intactas: ninguém o perturbou.

Eduardo Quaresma - De repente, o miúdo ficou adulto. E de que maneira. Outra exibição segura, cheio de confiança. Ao minuto 25 já tinha protagonizado quatro cortes e recuperações.

Coates - Tornou-se o segundo defesa mais goleador da história leonina. Ao bisar contra o Casa Pia soma já 35 golos no seu currículo português. Iniciou a cabazada com golpe de cabeça certeiro.

Gonçalo Inácio - Vai-se especializando no início da construção lançando Gyökeres com passes longos, explorando a desmarcação do sueco. Interveio assim no golo 2. Dobrou bem Coates.

Esgaio - Tinha Eduardo Quaresma a resguardar-lhe a retaguarda. Mas nem assim o nazareno foi muito afoito no ataque. Pecou por défice ofensivo. Não interveio em qualquer dos golos.

Morten - Protagonizou um dos melhores momentos da partida ao fazer sobrevoar a bola, com classe, sobre a defesa casapiana, oferecendo o golo a Pedro Gonçalves. Cada vez mais influente.

Pedro Gonçalves - Ainda com queixas físicas, só fez a primeira parte. Exibição de luxo: marcou, deu a marcar (no segundo) e fez pré-assistência (no quinto). Com ele o nosso jogo é mais fluido.

Nuno Santos - Assistiu Coates no primeiro, marcando livre. Aos 30', recuperou uma bola em lance que daria penálti, fazendo túnel a Lameiras. Cobrou o canto que gerou o golo 6. Incansável.

Edwards - Mais discreto do que noutras partidas, ofereceu golo a Morten (38') que só o guardião Baptista impediu. Uma incursão sua, aos 43', esteve na origem do 5-0. Resultado ao intervalo.

Trincão - Uma das suas melhores exibições no Sporting. Bisou, marcando o nosso melhor golo do mês à beira do apito final. Foi ele a recuperar a bola no segundo golo. Útil de várias formas.

Gyökeres - Um espectáculo. Bisou, ultrapassando Banza como artilheiro-mor da Liga. Aos 90'+1 ainda ofereceu um golo a Paulinho e logo a seguir esteve quase a marcar ele próprio outra vez.

Daniel Bragança - Fez toda a segunda parte, substituindo Pedro Gonçalves. Quando a equipa já geria o resultado. Explorou com eficácia o espaço entre linhas. Ajudou a construir o golo 7.

Geny - Substituiu Esgaio (57'). Ausente durante um mês, voltou em forma. Sete minutos após entrar já assinava um golão - estreia a marcar em casa. E assistiu o capitão no penúltimo golo.

Paulinho - Rendeu Edwards aos 57'. Muito apagado. Falhou emenda, com a baliza à frente, aos 59'. Dominou mal a bola que Gyökeres lhe ofereceu já no tempo extra. Devia ter feito mais.

Matheus Reis - Entrou aos 81', rendendo Gonçalo. Tempo para protagonizar um grande cruzamento, sentando o defesa adversário e assistindo Trincão a fechar a contagem.

Dário - Substituiu Morten aos 86'. Entrou sobretudo para se despedir do público leonino antes do empréstimo ao Chaves no resto da temporada. Mas vai com bilhete de regresso.

O dia seguinte

Era eu um puto que começava a frequentar as bancadas de Alvalade, na circunstância fazendo o caminho a pé desde a Estefânia e pedindo a um sócio mais bondoso que me deixasse entrar com ele (isto para os completos idiotas que passam por aqui a falar em Campo Grande Futebol Club e que nunca precisaram de passar por essas e outras coisas para ir ver o seu Sporting), quando em 17/02/1974 assisti aos 8-0 que o Sporting de Yazalde inflingiu ao Oriental "vinho tinto". Foram 5 golos dele, 1 do Nelson, e 2 do Baltasar, não vale a pena comparar com os actuais. Nessa mesma época tinha já ocorrido um 8-0 ao Montijo algum tempo antes.

Mas entre esse jogo com o Oriental e este com o Casa Pia não me recordo de nenhum outro para o campeonato que terminasse com 8 ou mais golos de diferença. Se calhar existiu, mas não me recordo, quem se recordar está à vontade para dizer. Recordo-me apenas do 8-1 no Jamor há quase 5 anos do Marcel Keizer contra o BSAD de Silas, onde por acaso também estive, mal sabendo eu que um ano depois seria treinador do Sporting. Mesmo que tenha ocorrido, assistimos ontem a um feito histórico do Sporting, que vai demorar muito tempo a repetir-se, se calhar eu e a grande maioria dos que lerem este texto não estaremos já no mundo dos vivos. Há que celebrar então.

Na base desta goleada esteve a decisão de Rúben Amorim (e dele não seria de esperar outra coisa) de apostar na equipa que jogando excelentemente tinha conseguido perder a Taça da Liga. Tirando o guarda-redes, o onze inicial foi exactamente o mesmo, a forma de jogar também, um 3-1-1-2-1 em que Pedro Gonçalves era o "joker" com liberdade total em campo, e depois era pressionar, recuperar e lançar Gyökeres em profundidade. Mas para que isso fosse possível, o adversário tinha de querer jogar e nisso o primeiro golo de Coates foi determinante.

Ao intervalo o então melhor em campo foi descansar o pé, veio um rotativo Bragança e o jogo continuou no mesmo registo: bola recuperada era bola lançada para o sueco, as substituições mantiveram o ritmo, os belos remates de Catamo e Trincão fizeram o resto.

Exibição de luxo para fazer esquecer a enorme injustiça que foi a derrota com o Sp. Braga, exibição de luxo para fazer lembrar que Amorim é o melhor treinador do Sporting desde há muitos, muitos anos e que não tem nada que sair nem ninguém (menos meia dúzia de burros com palas nas redes sociais) vai exigir isso se os títulos por alguma razão acabarem por não aparecer.

Melhor em campo? Gyökeres, a locomotiva sueca, mas depois Coates, Hjulmand e Pedro Gonçalves. Aliás todos excelentes, talvez só Edwards e Paulinho tenham tido uma noite mais negativa.

Arbitragem? Excelente, humilde, dialogante, sem complicar o fácil, a envergonhar o Pinheiro.

E agora? Ir ganhar a Famalicão, em 5 minutos os bilhetes voaram da plataforma de vendas e não sobrou nenhum para mim. O meu protesto. Ainda liguei para lá, mas a menina destruiu qualquer esperança. São os custos... da onda verde.

SL

Imparáveis no início da segunda volta

Vizela, 2 - Sporting, 5

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Coesão colectiva, alegria a jogar, moral em alta: terceira goleada em quatro jogos, desta vez em Vizela

Foto: José Coelho / Lusa

 

O Sporting começa a segunda volta do campeonato como terminou: em grande. Com a 23.ª vitória em 29 jogos já disputados desde o início da temporada. Mantendo o posto de comando no campeonato e aspirações intactas em todas as outras provas. Com um futebol de ataque como raras vezes nos recordamos. Impulsionado, em larga medida, por Gyökeres, que consolida o lugar - indiscutível - de melhor futebolista da Liga 2023/2024.

Futebol de ataque, sim. Comprovado com números, num registo impressionante: 76 golos marcados nestas 29 partidas, portanto com média de 2,62 por jogo. Muito acima do desempenho do Benfica (59 golos, com o mesmo número de desafios disputados) e do FC Porto (53 golos, idem).

Vendo a questão de modo mais abrangente: somos neste momento a quinta equipa com melhor índice goleador do futebol europeu. Só atrás do Leverkusen (3,15 golos por jogo), Fenerbahce (2,94), PSV (2,93) e Bayern de Munique (2,76). É obra.

 

Mérito de quem?

Do treinador, acima de todos. Rúben Amorim tem moldado este conjunto de jogadores à sua imagem e semelhança, transformando-o numa equipa coesa, inspirada, motivada. Imparável. Com um balneário que irradia optimismo, uma alegria de jogar que contagia as bancadas e capaz de pôr em sentido qualquer adversário, como bem se viu no clássico contra a turma portista em Alvalade.

Sábia combinação entre a dinâmica colectiva e o aproveitamento dos talentos individuais. Tudo isto ficou evidente no desafio de anteontem em Vizela, frente ao penúltimo classificado, que tanto trabalho nos tinha dado no embate da primeira volta (vencemos à tangente, por 3-2, com o golo vitorioso a surgir só nos instantes finais).

Dominámos do primeiro ao último som do apito. Com muita vontade de garantir os três pontos em pouco tempo. Mas, contra a corrente de jogo, sofremos um golo, nascido de livre a cobrar falta inexistente - decisão infeliz do árbitro André Narciso, péssimo sobretudo no capítulo disciplinar e nada auxiliado pelo vídeo-árbitro Rui Costa.

A perder desde o minuto 13, pressionámos ainda mais. Chegando a suceder o impensável: Gyökeres falhou um golo de baliza aberta, à queima-roupa, fazendo a bola subir para a barra, aos 18'. Mas adivinhava-se a todo o momento que o internacional sueco estava em dia sim: ia desatar o nó. E desatou mesmo. Empatando a partida aos 45'+7, quase no limite do tempo extra.

 

No segundo tempo acentuou-se a nossa pressão ofensiva. Com Trincão em alta rotação: deixou de ser o Trinquinho de jogos anteriores e despachou o segundo golo logo a abrir a segunda parte. Paulinho exibiu sempre confiança lá na frente, ja não só para arrastar defesas mas também para a meter no sítio certo. É dele o terceiro golo e ajudou a construir outros dois. Também Pedro Gonçalves se destacou, com duas assistências. 

O quarto foi apontado por Coates, em estreia como artilheiro neste campeonato - para compensar um erro individual que minutos antes o levara a perder a bola, possibilitando o segundo e último do Vizela. É o único problema que subsiste: ainda sofremos demasiados golos. Dezanove, só na Liga.

O jogo não terminou sem novo momento alto de Gyökeres, fixando o resultado com o seu quarto bis da temporada. Um espectáculo: acaba de igualar a sua melhor época de sempre, em que marcou 22 pelo Coventry. Agora atingiu a mesma marca, em apenas 25 jogos.

Resta acrescentar: entrámos em campo sem três titular habituais. Diomande, Geny e Morita continuam ausentes, ao serviço das respectivas selecções. Mas quase não se deu por isso. É outra forma de comprovar como o Sporting está forte.

 

Breve análise dos jogadores:

Adán - Quase não foi incomodado. Não podia fazer nada nos dois golos sofridos: no primeiro, Esgaio falha a intercepção; no segundo, Coates perde a bola. De resto, noite tranquila.

Eduardo Quaresma - Está cada vez mais confiante - e o treinador contribui, apostando nele. Toda a partida como central à direita neste seu centésimo jogo como profissional (21.º pelo Sporting).

Coates - Esteve muito mal ao perder duelo com Essende que nos custou o segundo golo (63'). Mas redimiu-se marcando, à ponta-de-lança, o nosso quarto (72') na sequência de um livre.

Gonçalo Inácio - Exibe crescente maturidade. Não só na dinâmica defensiva, desta vez fazendo também de lateral para compensar avanço de Nuno Santos, mas também no passe longo.

Esgaio - Apático, deixou Soro movimentar-se à vontade no sector defensivo à sua guarda no lance de que resultou o golo inicial do Vizela. Défice também no capítulo ofensivo.

Morten - Imprescindível no controlo do corredor central, colando linhas. Atento nas acções de corte e recuperação, seguidas de passes verticais. Injustamente amarelado aos 16'.

Pedro Gonçalves - Médio muito activo no apoio da linha da frente. Soube trabalhar para a equipa. Assistiu nos dois últimos golos - o primeiro num livre marcado de forma exemplar.

Nuno Santos - Actuou como extremo, tendo Gonçalo a vigiar-lhe a retaguarda. Desta vez os centros não lhe saíram com a precisão habitual. Deu nas vistas com uma trivela aos 38'.

Trincão - Segundo jogo a dar nas vistas, destacando-se como um dos melhores. Exibição coroada com o segundo golo, ao minuto 46. E assistiu no terceiro, com excelente cruzamento.

Paulinho - Uma das suas melhores actuações da época. Recupera a bola no lance do primeiro golo, marca o terceiro impondo-se no jogo aéreo (57'). E viu outro talvez mal anulado (45'+1).

Gyökeres - De novo o melhor em campo: começa a tornar-se monótono. Sai de Vizela com um bis (45'+7 e 86'). Ninguém se entrega tanto ao jogo como ele, ninguém exibe tanta pujança física.

Daniel Bragança - Substituiu Morten aos 60'. Deixou marca de qualidade no jogo, em posição mais adiantada do que o dinamarquês. Participação decisiva no quinto golo.

Edwards - Substituiu Paulinho (79'). Ainda a tempo de protagonizar acção ofensiva que foi travada em falta já dentro da área. Devia ter sido penálti, mas o árbitro não viu e o VAR fingiu não ver.

Dário - Rendeu Pedro Gonçalves aos 90'+1. Entrou essencialmente para queimar tempo. Chutou para ninguém aos 90'+2, perdendo a bola de forma infantil.

Portelo - O brasileiro recém-contratado ao Leixões estreou-se na Liga 1 aos 90'+1, rendendo Coates. Entrou só para a equipa queimar alguns segundos com esta troca.

Com lugar no pódio de vitórias

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Disputámos até agora, nesta temporada, 26 jogos. Assim distribuídos: 16 do campeonato, 6 da Liga Europa, 2 da Taça de Portugal, 2 da Taça da Liga. Com este balanço: 20 vitórias, 3 empates, 3 derrotas.

Percentagem de triunfos: 76,9%.

 

Vocês não sei, mas eu confesso: jamais me recordo de um treinador com tanta percentagem de sucesso em Alvalade. Com lugar cada vez mais garantido no melhor pódio de sempre.

Quem tiver opinião diferente, pode expressá-la à vontade.

Jogar como nunca e perder como sempre

Faz-me grande confusão o incómodo de alguns Sportinguistas, e não falo dos ressabiados da tasca, sobre o modelo de jogo que o Sporting continua a praticar com Rúben Amorim, mais ou menos igual ao que sempre praticou sob o seu comando desde que chegou a Alvalade há quase quatro anos.

Esses mesmos falam em vontade, em atitude, em exigência, em muita coisa que bem esprimida não é garantia de coisa nenhuma em termos de capacidade de ganhar jogos e garantir títulos.

Por exemplo Gyökeres entrou na Polónia com toda a vontade, atitude e exigência competitiva ao adversário a abrir o jogo, foi expulso, o Sporting jogou com 10 o resto do tempo e empatou o jogo. Já Pedro Gonçalves, um dos mais criticados por falta disso tudo, um dos "..." do plantel, mesmo a mancar com uma unha do pé partida fez um passe teleguiado, parecia um "pitch" de basebol, que Gyökeres aproveitou para pôr o Sporting à frente do marcador em Portimão. E muitos mais exemplos poderia dar neste sentido, mesmo sem falar do Pepe.

Em Alvalade, um sócio mais velho com lugar cativo mesmo na minha frente, sempre à beira do colapso nervoso, farta-se de berrar de cada vez que a equipa passa para trás e para o lado, outro na central vociferava quando Nuno Santos mais uma vez passava para trás, queria a bola atirada lá para a frente e depressa, foi preciso isso acontecer e a equipa perder a bola para o sócio do lado lhe perguntar se assim já estava satisfeito.

Realmente não percebo que raio de futebol andam a ver. Nos velhos matraquilhos é que era sempre para a frente.

 

O modelo de jogo de Amorim consiste em sair a jogar pausadamente desde Adán, para levar a equipa toda junta para perto da área adversária, rodar a bola de um lado para outro do campo para confundir as marcações e desposicionar os defensores, criando situações de perigo para o adversário e tentando cortar pela raiz as saídas em contra-ataque. Contra o Portimonense, pelo "estacionar do autocarro" de Paulo Sérgio, ainda mais isso foi evidente. Na 1.ª parte a equipa parecia estar a jogar andebol de 11 com os pés. A verdade é que mesmo o adversário defendendo muito bem, e faltando aqui e ali as entradas dos médios em velocidade na estrutura defensiva adversária, o Sporting teve na 1.ª parte uma grande oportunidade de golo para nenhuma do adversário.

A 2.ª parte, pelo cansaço acumulado do adversário, naquela defesa reforçada, já foi bem diferente com as oportunidades a sucederem-se infelizmente desaproveitadas, tendo o adversário apenas três oportunidades de golo, o livre directo (continuo a dizer que a falta não existiu, como não existiu causa para o amarelo a Diomande mesmo antes) e as duas situações de contra-ataque rápido. Ou seja, mais uma vez o Sporting ganhou um jogo difícil por 2-1, mas pelas oportunidades para cada lado o resultado podia ser 6-3 ou algo assim.

 

Vamos agora supor que desfalcados de três titulares fulcrais no centro do terreno, Coates, Inácio e Hjulmand, e com cinco levezinhos no onze como Edwards, Catamo, Nuno Santos, Morita e Pedro Gonçalves, Bragança no banco, o Sporting entrasse em Portimão de peito aberto, meia bola e força, ora ataco eu, ora atacas tu, corro agora para lá, logo a seguir para cá. 

Isso era garantia de alguma coisa? Paulo Sérgio chamava-lhe um figo, e se calhar teriamos um resultado como tempo do Peseiro em que perdemos por 4-2...

 

Se depois de tantas vitórias conseguidas desta forma pela mão de Amorim alguns ainda não gostam e não querem, parece que têm vergonha de ganharem assim, querem o quê exactamente? Jogar como nunca e perder como sempre? 

Sabem quantos jogos é que o Sporting perdeu em 2023 e como os perdeu? Não chega? Querem mesmo o Jesus de volta? Ou então quem ?

Não entendo...

SL

Titular e suplentes

Rúben Amorim é o nosso treinador titular.

Vou apresentar três suplentes que já foram treinadores do Sporting Clube de Portugal.

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1. Ricardo Sá Pinto, eliminou o Manchester City de Mancini (que venceria a Premier League) das competições europeias.

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2. José Mário Mourinho, chantageou o Benfica, colocou-se sob a pata do leão e diz a lenda foi impedido pela Juventude Leonina (obrigado, JL) de continuar como treinador após duas horas.

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3. Jorge Jesus, venceu o Benfica na Luz por 0-3, tinha tudo encaminhado para vencer o campeonato mas os pós da porta 18, as toupeiras, os padres e as missas que levaram à detenção do presidente do "glorioso, impediram-no.

Recordo Tapie foi preso e o Marselha foi para a segunda divisão. Por cá o presidente é preso mas o clube, o Benfica, continua, cantando e rindo, na primeira divisão.

Classificação actual de Sá Pinto:

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Classificação actual de Mourinho:

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Classificação actual de Jesus:

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Então?

Continuamos com Rúben Amorim ou substituímo-lo por um dos nossos ex-treinadores (ou outros)?

2023 em balanço (2)

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TREINADOR DO ANO: RÚBEN AMORIM

Ano agridoce para Rúben Amorim: começou mal, termina muito bem. Com o Sporting no comando do campeonato - como aconteceu na gloriosa época 2020/2021, em que conquistámos o título máximo do futebol português.

O problema da temporada anterior foi o péssimo arranque, ainda em 2022, com a saída de Matheus Nunes já com o campeonato em andamento. A equipa demorou a corrigir a rota e a conseguir novas rotinas sem o mais influente membro do onze titular. Mas os 14 jogos finais dessa Liga 2022/2023 decorreram já sem derrotas (11 vitórias e três empates), com triunfos contra Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira, Marítimo e Vizela. O que não bastou, no entanto, para nos tirar do quarto posto.

 

A boa preparação da nova época, com as contratações de Viktor e Morten, fez toda a diferença. Seguimos em primeiro, isolados. Derrotámos o FC Porto em Alvalade por 2-0 num jogo em que o vídeo-árbitro Tiago Martins conseguiu anular-nos dois golos limpos para impedir a goleada. Chegamos ao Natal em todas as frentes, qualificados para as meias-finais da Taça da Liga e os oitavos da Taça de Portugal. E mantemo-nos na frente europeia: iremos defrontar o Young Boys em Fevereiro.

Apresentamos também o melhor futebol da temporada, como é reconhecido pelos comentadores mais insuspeitos de simpatias pelo Sporting. Já havíamos mostrado isso na época anterior, nomeadamente na épica eliminatória contra o Arsenal, em Março - culminando no afastamento da turma inglesa, derrotada nos penáltis no seu próprio estádio para a Liga Europa após empate 2-2 em Alvalade) quando liderava a Premier League. Nunca a nossa equipa tinha saído de Londres com um triunfo - outra conquista do actual técnico a par de vitórias inéditas na Alemanha e na Áustria - esta em Setembro do ano em curso.

 

Em Outubro, Rúben Amorim tornou-se o treinador do Sporting com mais vitórias neste século: 117, marca igual à de Paulo Bento mas alcançada com muito menos jogos. Passou a ser também o treinador mais vitorioso que passou por Alvalade nas últimas sete décadas. Melhor do que ele, apenas Joseph Szabo (1896-1973), húngaro que esteve onze temporadas no nosso clube - primeiro de 1935 a 1944, depois entre 1953 e 1955. O que faz já dele o português mais vencedor na história do nosso clube.

Nesta época, com 24 desafios disputados, Rúbem conduziu a equipa a 18 vitórias (com três empates e três derrotas) em todas as provas. Percentagem global de triunfos: 75%. Em casa, para a Liga, folha limpa: oito partidas, todas ganhas. Números de equipa grande. Tão grande como as maiores da Europa, cumprindo o lema do fundador.

Todos queremos que prossiga neste rumo.

Todos? Todos não. Uma ínfima minoria de letais ao Sporting torce para que ele perca sempre. Mas Rúben insiste em contrariar essa turba de ressabiados. Vai voltar a acontecer.

 

Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência

Treinador do ano em 2013: Leonardo Jardim

Treinador do ano em 2014: Marco Silva

Treinador do ano em 2015: Jorge Jesus

Treinador  do ano em 2016: Fernando Santos

Treinador do ano em 2017: Jorge Jesus

Treinador do ano em 2018: Nuno Dias

Treinador do ano em 2019: Paulo Freitas

Treinador do ano em 2020: Rúben Amorim

Treinador do ano em 2021: Rúben Amorim

Treinador do ano em 2022: Nuno Dias

Lembro-me

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Disputámos até agora, nesta temporada, 24 jogos. Assim distribuídos: 14 do campeonato, 6 da Liga Europa, 2 da Taça de Portugal, 2 da Taça da Liga. Com este balanço: 18 vitórias, 3 empates, 3 derrotas.

Percentagem de triunfos: 75%.

 

Tendo ao comando da equipa o «inexperiente» e «impreparado» Rúben Amorim, que Frederico Varandas trouxe de Braga, onde foi «enrolado» pelo homólogo minhoto.

Tudo quanto vem entre aspas, e muito mais, foi escrito e papagueado até à exaustão por muitos - demasiados - adeptos leoninos. Vários dos quais brindaram com insultos e estridentes assobios o jovem técnico no dia em que se estreou em Alvalade. Quando uns tantos milhares saíram à rua, ali mesmo, exigindo a destituição imediata do presidente para abrir caminho sabe-se lá a quê.

 

Três dias antes, ao ser apresentado por Varandas como novo técnico leonino, Amorim, com um sorriso desconcertante, tinha-se limitado a perguntar: «E se corre bem?» 

Lembro-me como se fosse hoje.

Afinal, Sérgio vs. Rúben

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Dum lado o risonho Conceição, recém eliminado no Estoril e recém beneficiado com o Casa Pia. A história repetiu-se, um quarentão a maltratar um casapiano. Pepe só será expulso, num jogo do campeonato português, quando assassinar um colega de profissão, em campo, já faltou mais [ainda vamos ver Pepe com uma pistola, no gramado, dar um tiro em alguém e o árbitro mostrar-lhe amarelo].

Os confrontos, em finais, entre Sérgio e Rúben começaram em Janeiro de 2020, final da Taça da Liga. Rúben 1 vs. Sérgio 0.

No mesmo mês do ano seguinte, meias-finais da Taça da Liga, mais uma derrota do risonho Sérgio, mais um triunfo do aziado Rúben; FC Porto 1 vs. Sporting CP 2.

Estas derrotas, em finais, do risonho com o Sporting não são únicas, como esquecer as finais da Taça da Liga de 2019, 3-1 para o Sporting e da Taça de Portugal do mesmo ano, 5-4 para o leão rampante.

Dia 18, em Alvalade, dum lado Sérgio e um FC Porto habituados a perderem finais com Rúben e com o Sporting, do outro Rúben Amorim e o Sporting habituados a vencerem finais contra o Porto (e as arbitragens) sem ser exaustivo, alguns exemplos:

✓ Taça de Portugal 1978; 2 SCP 1 FCP

✓ Supertaça 1995; 3 SCP 0 FCP

✓ Supertaça 2000; 1 SCP 0 FCP

✓ Supertaça 2007; 1 SCP 0 FCP (com um golo de Izmailov)

✓ Taça de Portugal 2008; 2 SCP 0 FCP (um Ti Ti, uí uí, bis de Tiuí)

✓ Supertaça 2008; 2 SCP 0 FCP (Yannick Djaló a bisar)

Rodrigo Tiuí e Yannick Djaló foram suficientes para derrotar o FC Porto, espero uma ou duas surpresas na segunda-feira, Diogo Abreu no meio campo e Afonso Moreira na ala, por exemplo.

Vamo-nos a eles, como se fosse uma final, afinal é "fácil" ganhar-lhes.

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Um triunfo, três pontos, não peço mais nada.

Desempenho europeu

O Sporting segue na liderança da Liga, está na luta pelo primeiro lugar no grupo da Liga Europa, segue em frente na Taça de Portugal, dificilmente a situação seria melhor.

Algo que muito incomoda lampiões, andrades e comentadeiros "amigos", habituados a um cenário bem diferente, e que não deixam de procurar argumentos para menosprezar o desempenho do Sporting. Que conseguiu o que conseguiu com algumas arbitragens APAF tendenciosas e que tentaram roubar o Sporting de forma invisível para o radar do VAR, a expulsão de Diomande foi o melhor exemplo disso. Enquanto os rivais tiveram colinho arbitral nos momentos em que mais precisavam.

Mas ainda incomoda mais alguns "de dentro", os ressabiados letais ao Sporting que não aguentam esta realidade. Um dos argumentos que esta seita utiliza para menosprezar o nosso treinador, a que chamam todo um conjunto de nomes mais feios uns que outros, é a sua mediocridade em termos europeus. 

Mas qualquer análise rigorosa revela que Rúben Amorim conduziu o Sporting ao melhor desempenho europeu dos últimos dez anos. Se recuasse mais só teria comparação, mesmo assim penso que favorável, com Paulo Bento:

 

2013/2014         Leonardo Jardim  ZERO

 

2014/2015         Marco Silva        80% CL, 33% PONTOS (2V 2E 4D)             

  1. CL 17-09-2014    Maribor 1  – SPORTING   1
  2. CL 30-09-2014    SPORTING 0 – Chelsea 1
  3. CL 21-10-2014    Schalke 4 – SPORTING 3
  4. CL 05-11-2014    SPORTING 4 – Schalke 2
  5. CL 25-11-2014    SPORTING 3 – Maribor 1
  6. CL 10-12-2014    Chelsea 3 – SPORTING 1
  7. EL 19-02-2015    Wolfsburgo 2  – SPORTING 0
  8. EL 26-02-2015    SPORTING 0 – Wolfsburgo 0

 

2015/2018          Jesus 53% CL, 41% PONTOS (11V 4E 15D)

  1. CL 18-08-2015    SPORTING 2 – CSKA Moscovo 1 
  2. CL 26-08-2015    CSKA Moscovo 3 – SPORTING 1
  3. EL 17-09-2015    SPORTING 1 – Lokomotiv Moscovo 3       
  4. EL 01-10-2015    Besiktas 1 – SPORTING 1
  5. EL 22-10-2015    SPORTING 5 – Skenderbeu 1       
  6. EL 05-11-2015    Skenderbeu 3 – SPORTING 0
  7. EL 26-11-2015    Lokomotiv Moscovo 2 – SPORTING 4       
  8. EL 10-12-2015    SPORTING 3 – Besiktas 1              
  9. EL 18-02-2016    SPORTING 0 – Bayer Leverkusen 1
  10. EL 25-02-2016    Bayer Leverkusen 3 – SPORTING 1
  11. CL 14-09-2016    Real Madrid 2 – SPORTING 1
  12. CL 27-09-2016    SPORTING 2 – Légia Varsóvia  0
  13. CL 18-10-2016    SPORTING 1 – B. Dortmund 2     
  14. CL 02-11-2016    B. Dortmund 1  – SPORTING 0
  15. CL 22-11-2016    SPORTING 1 – Real Madrid 2
  16. CL 07-12-2016    Légia Varsóvia 1  – SPORTING 0
  17. CL 15-08-2017    SPORTING 0 – Steaua Bucareste 0
  18. CL 23-08-2017    Steaua Bucareste 1 – SPORTING 5
  19. CL 12-09-2017    Olympiacos 2 – SPORTING 3       
  20. CL 27-09-2017    SPORTING 0 – Barcelona 1          
  21. CL 18-10-2017    Juventus 2 – SPORTING 1             
  22. CL 31-10-2017    SPORTING 1 – Juventus 1             
  23. CL 22-11-2017    SPORTING 3 – Olympiacos 1
  24. CL 05-12-2017    Barcelona 2 – SPORTING 0
  25. EL 15-02-2018    Astana 1 – SPORTING 3
  26. EL 22-02-2018    SPORTING 3 – Astana 3
  27. EL 08-03-2018    SPORTING 2 – Viktoria Plzen 0
  28. EL 15-03-2018    Viktoria Plzen 2– SPORTING 1
  29. EL 05-04-2018    Atl. Madrid 2  – SPORTING 0
  30. EL 12-04-2018    SPORTING 1 - Atl. Madrid 0       

 

2018/2020          Peseiro/Tiago/Keizer/Silas       0% CL, 60% PONTOS (9V 2E 5D)

  1. EL 20-09-2018    SPORTING 2 – Qarabag 0
  2. EL 04-10-2018    Vorlska Poltava 1 – SPORTING     2
  3. EL 25-10-2018    SPORTING 0 – Arsenal 1
  4. EL 08-11-2018    Arsenal 0 – SPORTING 0
  5. EL 29-11-2018    Qarabag 1 – SPORTING   6
  6. EL 13-12-2018    SPORTING 3 – Vorlska Poltava 0
  7. EL 14-02-2019    SPORTING 0 – Villarreal 1
  8. EL 21-02-2019    Villarreal 1 – SPORTING  1
  9. EL 19-09-2019    PSV Eindhoven 3 – SPORTING 2
  10. EL 03-10-2019    SPORTING 2 – LASK Linz 1
  11. EL 24-10-2019    SPORTING 1 – Rosenborg 0
  12. EL 07-11-2019    Rosenborg 0 – SPORTING 2
  13. EL 28-11-2019    SPORTING 4 – PSV Eindhoven 0
  14. EL 12-12-2019    LASK Linz 3 – SPORTING 0
  15. EL 20-02-2020    SPORTING 3 – Istambul Besaksehir 1
  16. EL 27-02-2020    Istambul Besaksehir 4 – SPORTING 1 (a.p.)

 

2020/…                Amorim               56% CL, 44 % PONTOS (9V 6E 10D)

  1. EL 24-09-2020    SPORTING 1 – Aberdeen 0
  2. EL 01-10-2020    SPORTING 1 – LASK Linz  4           
  3. CL 15-09-2021    SPORTING 1 – Ajax 5
  4. CL 28-09-2021    B. Dortmund 1  – SPORTING 0
  5. CL 19-10-2021    Besiktas 1 – SPORTING   4
  6. CL 03-11-2021    SPORTING 4 – Besiktas 0
  7. CL 24-11-2021    SPORTING 3 – B. Dortmund 1
  8. CL 07-12-2021    Ajax 4  – SPORTING 2
  9. CL 15-02-2022    SPORTING 0 – Manchester City 5
  10. CL 09-03-2022    Manchester City 0 – SPORTING 0
  11. CL 07-09-2022    Eintracht Frankfurt 0 – SPORTING 3
  12. CL 13-09-2022    SPORTING 2 – Tottenham 0
  13. CL 04-10-2022    O. Marselha 4 – SPORTING 1
  14. CL 12-10-2022    SPORTING 0 – O. Marselha 2
  15. CL 26-10-2022    Tottenham 1  – SPORTING 1
  16. CL 01-11-2022    SPORTING 1 – Eintracht Frankfurt 2
  17. EL 16-02-2023    SPORTING 1 – Midtjylland 1
  18. EL 23-02-2023    Midtjylland 0 – SPORTING 4
  19. EL 09-03-2023    SPORTING 2 – Arsenal 2
  20. EL 16-03-2023    Arsenal 1 – SPORTING 1  (3-5)    
  21. EL 13-04-2023    Juventus  1 – SPORTING 0            
  22. EL 20-04-2023    SPORTING 1 – Juventus  1
  23. EL 21-09-2023    Strum Graz 1 – SPORTING    2
  24. EL 05-10-2023    SPORTING 1 – Atalanta 2
  25. EL 26-10-2023    Rakow  1 – SPORTING 1

 

Considerando um primeiro nivel europeu de clubes de Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha e Holanda, e um segundo nível de clubes doutros paises,

Vitórias do Sporting com clubes do primeiro nível:

  • CL 05-11-2014    SPORTING 4 – Schalke 2 (Marco Silva)
  • EL 12-04-2018    SPORTING 1 - Atl. Madrid 0  (Jesus)
  • EL 28-11-2019    SPORTING 4 – PSV Eindhoven 0 (Peseiro/Tiago/Keizer/Silas)
  • CL 24-11-2021    SPORTING 3 – B. Dortmund 1 (Amorim)
  • CL 07-09-2022    Eintracht Frankfurt 0 – SPORTING 3 (Amorim)
  • CL 13-09-2022    SPORTING 2 – Tottenham 0 (Amorim)
  • EL 16-03-2023    Arsenal 1 – SPORTING 1  (3-5)     (Amorim)

Derrotas do Sporting com clubes do segundo nível:

  • CL 26-08-2015    CSKA Moscovo 3 – SPORTING 1 (Jesus)
  • EL 05-11-2015    Skenderbeu 3 – SPORTING 0 (Jesus)
  • CL 07-12-2016    Légia Varsóvia 1  – SPORTING 0 (Jesus)
  • EL 15-03-2018    Viktoria Plzen 2– SPORTING 1 (Jesus)
  • EL 12-12-2019    LASK Linz 3 – SPORTING 0 (Peseiro/Tiago/Keizer/Silas)
  • EL 27-02-2020    Istambul Besaksehir 4 – SPORTING 1 (a.p.)(Peseiro/Tiago/Keizer/Silas)
  • EL 01-10-2020    SPORTING 1 – LASK Linz  4     (Amorim)      

 

A realidade dos números é esta. Por bem menos do que as derrotas de Jesus Sousa Cintra despediu Sir Bobby Robson mais a sua equipa técnica de excelência (Manuel Fernandes, José Mourinho e Roger Spry) em pleno avião de regresso a Lisboa.

Se calhar faltou atitude, faltou exigência, faltou compromisso, faltou muita coisa ao presidente da altura. Faltou tudo aquilo que a seita que deixou no clube exige agora aos berros nas redes sociais que os atascam (porque quotas não pagam, ao estádio não vão, Sport TV também não, vêem os jogos aos soluços no "Inácio").

 

PS: Não fiz as contas mas penso ter estado presente em cerca de 60% dos jogos, em casa quase todos e fora contra o Bayer Lerverkusen (Jesus), Juventus (Jesus), Real Madrid (Jesus), Arsenal (Tiago Fernandes) e Borussia Dortmund (Amorim). Sem convites e tudo à minha custa, como vai acontecer amanhã no Bessa. Atitude, exigência e compromisso começam por cada um de nós, como diz a canção "O mundo sabe que".

SL

Rúben Amorim, o português mais vencedor

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Celebração do título de campeão nacional em Maio de 2021

Foto: Patricia de Melo Moreira / Tribuna Expresso

 

Números que não enganam: Rúben Amorim é o treinador mais vitorioso do Sporting Clube de Portugal neste século. Igualou o número de vitórias de Paulo Bento, que antes liderava esta lista: são já 117. Mas com muito menos jogos. O actual técnico leonino comandou a equipa em 170 (68,8% de triunfos) enquanto Paulo Bento atingiu aquela marca só após 184 desafios (percentagem: 60,3%).

E não só: Amorim é também o treinador mais vitorioso que passou pelo Sporting nas últimas sete décadas. Melhor do que ele, apenas Joseph Szabo (1896-1973), húngaro que esteve onze temporadas no nosso clube - primeiro de 1935 a 1944, depois entre 1953 e 1955. Registo: 236 vitórias em 327 partidas (percentagem: 72,2%).

Caso para concluir: Rúben Amorim tornou-se, por mérito próprio, o português mais vencedor de sempre na história do nosso emblema já centenário. Motivo para merecer calorosos parabéns, sem favor algum.

Alguém imagina que ele ainda acabe por ultrapassar a marca de Szabo?

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