"Um treze no totobola"
A vida felizmente é feita também de música e esta é da boa e do nosso brilhante consócio Sérgio.
Que premonição a dele, hein? Treze...
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A vida felizmente é feita também de música e esta é da boa e do nosso brilhante consócio Sérgio.
Que premonição a dele, hein? Treze...
Para o Record a águia assume liderança e só falta dizer que já são campeões.
Curiosamente, aqui, A Bola, sublinhava bem a efemeridade da coisa: "Sporting (...) é líder provisório" no final dessa época os provisórios tornaram-se definitivos (como quem troca de marca de tabaco).
É interessante atentarmos à euforia que grassa do lado errado da segunda circular e às palavras serenas de Rúben Amorim em 2020: "O que conta é a classificação final".
Vamos então fazer contas.
Quando o campeonato português começa todas as equipas podem chegar, potencialmente, aos 102 pontos. São os pontos perdidos que vão determinar o campeão.
Sporting, 94 pontos potenciais, 8 pontos perdidos.
Benfica, 93 pontos potenciais, 9 pontos perdidos.
FC Porto, 87 pontos potenciais, 15 pontos perdidos.
O Sporting neste momento está mais perto de ser campeão que o Benfica, que o FC Porto ou que a PSP, esta última tem sido a equipa mais difícil de enfrentarmos.
Já vários colegas de blogue comentaram a situação, por isso não vou entrar em detalhe na questão dos protestos dos polícias, mas, em resumo, que se querem ganhar as simpatias do público não é a faltar em jogos e a ameaçar que poderão faltar às eleições que as vão ganhar.
Para além da irresponsabilidade policial ao faltar ao Famalicão-Sporting, único jogo da 1.ª Liga adiado (o Sporting tem sempre um grande azar nestas coisas), temos ainda de abordar a incompetência da Liga Portugal para fazer o calendário competitivo, algo para que já tenho alertado noutros anos.
Dividindo as competições por meses, para o Sporting esta época temos:
- 3 jogos em Agosto, todos da 1.ª Liga
- 5 em Setembro, 4 da 1.ª liga e 1 da Liga Europa. Inclui uma pausa de 15 dias para as selecções
- 5 em Outubro- 2 da Liga, 1 da Taça e 2 da Europa. Há uma pausa de 15 dias para as selecções, e o jogo de regresso é para a Taça, que nesta altura costuma ser com um adversário acessível. Ou seja, grande parte dos clubes estátrês semanas sem um jogo ao seu nível.
- 6 em Novembro- 2 da Liga, 2 da Europa, 1 da Taça da Liga e 1 da Taça de Portugal.
- 6 em Dezembro- 4 para a Liga, 1 da Europa e 1 da Taça da Liga
- 6 ou 7 em Janeiro- 4 da Liga, 1 da Taça de Portugal, 1 ou 2 para a Taça da Liga
- 7 ou 8 em Fevereiro- 4 da Liga, 1 ou 2 da Taça de Portugal (depende se passar à meia-final), 2 da Liga Europa. O mês mais curto do ano é o que tem mais jogos.
- Entre 4 a 6 em Março- 4 da Liga, 2 da Liga Europa (se passar). Inclui paragem de 15 dias para as selecções.
- Entre 4 a 7 em Abril. 4 da Liga, 2 da Liga Europa (se passar), 1 da Taça de Portugal (se passar)
- Entre 3 a 5 em Maio. 3 da Liga + Final da Liga Europa (se lá chegar) + Final da Taça (se lá chegar).
É bastante claro que há uma competição que estraga o calendário, de seu nome Taça da Liga que, além dos jogos adicionais que provoca em Dezembro e Janeiro, "empurra" ainda vários jogos das outras competições nacionais para Fevereiro e Março, altura em que os clubes Nacionais que ainda estejam nas competições europeias voltam a jogar nas mesmas, ficando dois meses a jogar de três em três dias, com excepção da pausa para as selecções.
Fica tão mau que um jogo que tenha de ser adiado, como foi o caso deste fim de semana, fica provavelmente mais de dois meses sem poder ser realizado, devido a um calendário tão cheio.
No caso do Sporting estamos a falar de um jogo adiado quando a equipa estava no seu melhor momento da época ( não sabemos como vamos estar daqui a dois meses, com possíveis lesões, castigos e abaixamentos de forma), isto para não falar do factor psicológico de deixar de ser o primeiro classificado durante dois meses, por ter sempre um jogo a menos do que o rival Benfica, que também tem bastante influência na cabeça de jogadores e adeptos.
Defendo uma de duas opções, ou que se acabe com a Taça da Liga ou que a mesma passe a ser uma competição de Verão, que pode substituir alguns jogos de pré-época, com a possibilidade de realizar a fase de grupos em terreno neutro, em zonas do país que normalmente não recebem grandes jogos de futebol.
Vamos ver o que acontece hoje.
Se o Benfica vs. Gil Vicente se realizar, o governo terá toda a legitimidade para fazer à PSP o mesmo que fez ao SEF, extinção.
Se os polícias se amedrontam e adoecem ao serem confrontados com a possibilidade de pastorear 5000 adeptos, como será hoje? Com seis milhões de adeptos e um estádio com capacidade para 120 000 pessoas?
Repito ou a PSP se organiza e baicota o jogo do Benfica, hoje ou, provavelmente, deixa de existir.
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