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És a nossa Fé!

O que queremos para o nosso clube?

Mais um ano, mais uma desilusão, a juntar a tantas e tantas outras. Desta direcção nem adianta já falar. Tudo o que tinha para nos dar, muito pouco diga-se, já deu. Resta-nos esperar que tenha a coragem para de forma rápida, apresentar a demissão e provocar as necessárias eleições.

Mas depois vem o mais difícil. Definitivamente temos que assumir de vez qual o rumo que escolhemos para o Sporting. Restam-me poucas dúvidas, que com a podridão presente em todos, mesmo todos, os órgãos que comandam por hoje o futebol, profissional em Portugal, só existe uma forma do nosso clube ganhar um campeonato nos próximos anos. Juntarmo-nos a eles, à sua forma de actuar, aceitarmos jeitos e manhas, negociatas e missas. Não há outra forma de ganhar, no presente, um campeonato em Portugal. 

Mas não é isso que todos nós Sportinguistas queremos.

Eu quero uma direcção que nos diga simplesmente que nos próximos anos não poderemos sequer sonhar em sermos candidatos em igualdade com Benfica e Porto.

Quero uma direcção que nos diga que vai de forma clara, apostar nos jovens jogadores da formação.

Quero uma direcção que não esteja comprometida com grupos e grupelhos, que não queira agradar à suposta elite intelectual que nos trouxe aqui.

Quero um presidente idóneo, sério, um líder. Quero um presidente que assuma de forma clara que nos dias de hoje o Sporting não tem condições para lutar de igual para igual com os outros dois clubes, pelo título. Quero um presidente exigente, que seja de forma clara quem manda, que todos no clube o saibam.

Conhecem alguém disposto a ser presidente do Sporting?

Precisamos de um novo presidente?

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Frederico Varandas perdeu ontem mais uma oportunidade para dar confiança aos sportinguistas? Sim... Teresa. De entrevista em entrevista, FV parece cada vez menos ambicioso para o Sporting? Infelizmente, sim. A este ritmo, daqui a dois meses já se dá por contente com a manutenção na primeira liga. A direcção que FV encabeça planeou esta época de forma amadora? Sem qualquer dúvida. Devemos estar preocupados, ao contrario do que FV diz? Ó, se devemos.

Agora... Precisamos de um novo presidente e de uma nova direcção? Bem, entendo quem diz que sim, mas acho que não neste momento. E dou cinco razões para isso:

1. Mal ou bem, FV conseguiu dois títulos na primeira época.

2. Não se pode avaliar uma direcção por um ano de trabalho, quando foi eleita para quatro.

3. Esta direcção é jovem, inexperiente. Era óbvio desde o início que ia cometer muitos erros, até porque herdou uma situação complicada.

4. Quem/qual é a alternativa, e o que nos garante que não será pior?

5. Mais importante que tudo, será que queremos que os presidentes, tal como os treinadores, passem a estar dependentes de ciclos de sete ou oito jogos? Cada ciclo mau, um novo presidente e uma nova receita?

Quando a bola não entra... o fosso alarga

Quando a bola não entra, o grau de probabilidade de que comece tudo a correr mal aumenta em conformidade. Sobretudo porque se confirma a máxima de que se pode correr assim, ainda vai correr pior, o que tem acontecido. Qualquer direção deve ter este risco em conta e plano de contingência para o efeito. Parece que esta direção e o Presidente não tiveram isso em conta nem nada preparado para o efeito, dando uma ideia de navegação à vista que fragiliza. É pena. 

É preciso ser feita reflexão profunda sobre o que se passou, e o retrovisor não pode alcançar distância superior à pré época, onde parece que tudo começou. E também é altura para questionar o que se passa com a estrutura profissional para o futebol, que mais parece que desestrutura. Qualquer equipa tem de responder por atingir objetivos e responder por maus resultados, como nas empresas, pois são todos assalariados. Dentro e fora das quatro linhas. 

Sem querer invocar exemplos que podem ser lidos em livros de auto ajuda ou de sucesso empresarial, nem querer mergulhar ninguém no "shark tank", olhem em redor e vejam como está estruturada a organização das modalidades, o nível competitivo das suas equipas, a identificação entre jogadores e técnicos com adeptos, a relação entre profissionais das diversas secções, o apoio e o carinho dos assíduos no Pavilhão João Rocha pelos atletas (mesmo nas derrotas, pouquíssimas felizmente), e os resultados. Não é preciso ir longe para perceber que há, ali, algo para aprender. E, às vezes, a bola também não entra. Mas nunca se desiste.

Ainda vamos a tempo de tapar o fosso?

Já chega

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Frederico Varandas tem andado a improvisar em decisões de carácter estratégico como são as escolhas dos treinadores.


Improvisou ao garantir, na campanha eleitoral do ano passado, que José Peseiro era o "seu treinador".
Improvisou ao despedir Peseiro menos de dois meses depois, quando viu uns lenços brancos a esvoaçar nas bancadas.
Improvisou ao accionar a mudança sem nome alternativo garantido no momento em que mandou sair Peseiro, forçando assim a passagem pelo banco de um treinador interino, Tiago Fernandes.
Improvisou ao trazer para o Sporting um treinador sem títulos nem currículo, fiado na convicção (errada) de que Marcel Keizer apostaria na formação.
Improvisou ao manter o holandês no clube após o fim da época, deixando-o comandar a equipa na calamitosa pré-temporada.
Improvisou ao despedir o técnico à quarta jornada do campeonato, uma vez mais sem ter solução alternativa na manga.
Improvisou ao colocar Leonel Pontes, pedido emprestado à equipa sub-23, a aquecer o banco com carácter interino.

 

Está prestes a chegar ao Sporting o sexto treinador em ano e meio. Terminou a tolerância dos sócios perante tanto improviso. Já chega.

Varandas para o sucesso?

O Doutor Frederico Varandas tem desde a madrugada de Domingo sobre si todos os holofotes apontados. Pelos jornalistas, pelos nossos adversários, pelos candidatos perdedores e essencialmente pelos sócios e pelos adeptos que não votando têm outrossim uma opinião.

Cabe então ao novel Presidente do Sporting saber gerir as solicitações a que estará sujeito nos próximos tempos, sejam as televisões, rádios ou jornais. Acima de tudo não dar para todos os peditórios, sejam eles quais forem. Resguardar-se!

Há que aprender com os erros por outros cometidos e evitar entrar em guerras directas ou indirectas com os adversários (internos e externos!).

Unir os Sportinguistas foi o tema principal da campanha do Dr. Varandas. Todavia fica aqui a minha ideia de que há (ainda) muuuuuuuito sportinguista que não se quer unir aos restantes sócios e adeptos. Infelizmente, acrescento.

Olhando um pouco para trás, jamais imaginei que a votação em Março do ano passado (e sobre a qual, na altura, escrevi este texto) viesse a descambar nos tristes acontecimentos deste ano e que culminaram nas eleições no passado fim de semana.

Portanto... já não passo cheques em branco a ninguém. Nem mesmo o faria a João Benedito em quem votei, conscientemente. Vou aguardar os futuros desenvolvimentos, no sentido de perceber qual o novo caminho do Sporting. Espero e anseio que seja o do sucesso!

Como católico termino com um simples desejo: que Deus ajude o nosso Presidente.

Pódio: Couceiro, Dias Ferreira, Rogério

Durante 25 dias, lancei aqui um repto aos leitores, questionando-os sobre quem gostariam de ver como sucessor de Bruno de Carvalho - alguém capaz de pôr fim ao «caos» reinante no clube e de «colar os cacos» hoje existentes em Alvalade, para recorrer a duas expressões usadas pelo agora discretíssimo Augusto Inácio quando foi apresentado à comunicação social como novo director do futebol leonino.

Não pedi a ninguém para votar. Mas não deixa de ser interessante comparar o número de comentários que cada uma destas personalidades mereceu enquanto os seus nomes aqui desfilavam. Vou enumerá-las, em jeito de balanço e de forma ordenada, começando por quem suscitou mais comentários. Talvez isto também gere nova troca de impressões entre quem nos lê e nos comenta.

 

José Couceiro                   74

J. Dias Ferreira                 42

Rogério Alves                   40

João Benedito                  26

Jorge Coelho                    26

Luís Figo                           22

Carlos Vieira                    18

José Maria Ricciardi        18

Jaime Marta Soares        18

Miguel Poiares Maduro 16

Jorge Jesus                       16

Miguel Albuquerque      16

Augusto Inácio                14

Tito Arantes Fontes        14

Paulo Andrade                10

João Duque                        8

Miguel Ribeiro Telles        7

Pedro Baltazar                  6

Eduardo Marçal Grilo       6

Frederico Varandas          4

Bernardo Trindade           4

José Eduardo                     4

M. Moura dos Santos       2

Jaime Mourão Ferreira     2

Dionísio Castro                  1

É isto um presidente?

A situação que estamos a viver tem um responsável: Bruno de Carvalho. Espero que esteja satisfeito. Acontece hoje o que nunca aconteceu no Clube. Conseguiu colocar os adeptos uns contra os outros e permitiu que acontecessem agressões a jogadores e elementos da equipa técnica. E nem vale a pena virem com a conversa dos comunicados de imprensa! As derrotas deixam-me triste, mas isto deixa-me de rastos.

Hoje giro eu - O Circo de Alvalade

Este clube parece um circo. Tem trapezistas, com ou sem rede, que ainda dão uma "perninha" na corda bamba, tem contorcionistas, especialistas na arte de escaparem entre os "pingos da chuva", tem ilusionistas, mestres em esconder a realidade, e inúmeros actos de palhaçadas. Muitas e muitas palhaçadas. E, depois, também tem leões, a força viva de qualquer circo. Deixados sonolentos, de forma a poderem ser melhor amestrados/adestrados. 

 

Um líder

Gosto de ver o presidente do meu clube solidário com os jogadores quando o Sporting vence, como aconteceu anteontem em Alvalade.

Mas exijo-lhe que seja também solidário com eles quando empatamos ou perdemos.

Um líder é assim. Presente em todas as horas - nas boas e nas más, nas fáceis e nas difíceis, nas luzes e nas sombras.

Pausa

Adepta desde miúda, sócia desde 2013, aquele ano horrível em que o Sporting mais precisou de nós e da nossa presença. Atónita, não compreendo nada do que se passa. Desconheço as correntes que se movem, os grupinhos, as influências. Sempre vivi o clube de longe, antes a quase 250 km, agora a 150. Continuo longe. Ir a Alvalade sempre foi uma festa, um dia em que todos os problemas se desvaneciam para dar lugar àquela sensação maravilhosa de estar em casa, entre iguais. Sempre foi o meu "ponto de equilíbrio". A aproximação do Estádio empre foi feita com um sorriso (até um bocadinho irritante) na cara, uma felicidade infantil que perdurava pela noite dentro.

Os meus primeiros votos como sócia foram para Bruno de Carvalho. Os meus amigos e conhecidos diziam-me "Mas tu defendes aquele homem? Não vês que ele é louco?" e eu punha outra vez o sorriso irritante na cara e respondia "Vocês sabem lá o que ele fez pelo Sporting. Votei e votarei nele!".

Mas aqui dentro um nó crescia. Não era possível que a instabilidade demonstrada na comunicação com o exterior, a agressividade gratuita, o disparar cegamente em todas as direcções, a falta de sentido de oportunidade, o egocentrismo, fossem produto da mesma cabeça que pôs o clube, estrutural e financeiramente, em ordem, que fez crescer as modalidades, que tornou real o Pavilhão João Rocha, que negociou contratos publicitários e vendas de jogadores sempre com lucro para o Sporting.

Em apenas um ano desceu do céu ao inferno. De uma maioria absolutíssima, confirmada há poucas semanas com um enorme cheque em branco - "Tens razões de queixa? Aqui está a nossa confiança, faz uso dela" - até ao branco dos lenços que ontem se mostraram em Alvalade. E o ridículo supremo daquele episódio das dores nas costas... triste, profundamente triste.

Leio, entretanto, os comentários nas notícias dos jornais, nas redes sociais. Penso que posso estar errada, que ele pode ter razão, que podemos estar a ser injustos. Mas eis que surge novo comunicado. Nova prosa ofensiva, novo disparar em todas as direcções, novo ajuste de contas violento e demonstrativo de um absoluto desnorte. Mesmo que tenha razão, Senhor Presidente, perde-a toda com este comportamento que não posso descrever a não ser como paranóico.

Para bem de todos, retire-se por uns tempos. Aproveite o nascimento da sua filhota e usufrua da licença de paternidade. Aproveitemos todos este tempo para serenar ânimos e reflectir. Daqui a um mês todos - sócios, jogadores, órgãos sociais - estaremos mais calmos e em  condições mais favoráveis para decidir o que é melhor para o que nos une, que é o Sporting. E essa é, de facto, uma união de aço, inquebrável, indissolúvel.

Evitemos as precipitações, as decisões irrevogáveis, as cisões dentro de um clube que é a nossa casa. Cessemos de imediato este combate fraticida em público, que só aproveita a quem precisa de vender jornais e fazer crescer audiências. Sejamos - todos - inteligentes, maduros e responsáveis, em nome de um bem maior do que todos nós: o Sporting Clube de Portugal.

Só quero uma coisa…

Depois de alguns textos que li, eu sócio do Sporting há muuuuuuito perto de 40 anos, venho solicitar algo que me é devido: o meu voto em si Senhor (ainda) Presidente.

Agradeço que mo devolva quanto antes.

Porque se o arrependimento matasse eu já estaria em cinzas há muito tempo.

E fico-me por aqui pois o Senhor Bruno de Carvalho não merece mais do meu tempo e paciência.

Um imenso vazio

Hoje alguém me perguntou: se BdC sair, quem o substituirá?

Pois é… neste momento o maior problema do Sporting é esse mesmo. Quem poderá vir a ser o senhor que se segue?

Desde João Rocha, o Sporting teve diversos Presidentes. Uns mais serenos, outros mais extrovertidos, alguns amplamente conhecidos, outros saíram do (quase) anonimato

Entretanto os Presidentes passaram, mas o Sporting manteve-se. Com menos sucessos (especialmente no futebol) do que os sócios gostariam e desejariam, todavia estes estiveram sempre muito presentes.

A questão mantém-se, então… Se sair quem entra?

Já se percebeu que tanto Madeira Rodrigues como Carlos Severino não têm, neste momento, o apoio da maioria dos sócios. Um imbróglio à boa maneira leonina.

Pode-se atirar para cima da mesa muitos nomes: Rogério Alves, Augusto Inácio, Luís Figo e tantos outros sportinguistas ilustres que poderiam dar ao clube uma serenidade e uma dimensão mais condizente com a história do Sporting.

Mas também sei que alguns não estariam disponíveis para tal desafio tendo em conta a enormíssima exigência do lugar. Quiçá um sócio quase anónimo, mas com tempo e amor suficiente para sacrificar a sua vida pessoal em prol do clube. Mas destes há poucos ou nenhuns.

Então em que é que ficamos?

Pois… não imagino nem calculo o futuro próximo. Pior… sinto, neste momento, um imenso vazio.

Sporting adiado

Mudar a data de uma gala que celebra o aniversário do clube para não colidir com o casamento do presidente que quer casar no dia de aniversário do clube... Confesso que por esta não estava à espera.

Isto é que é ser mesmo sportinguista, pá. Sim senhor, grande ideia. Estou todo derretido com tanto fervor. Isto é que é um verdadeiro presidente.

Que emoção.

 

Menos, caro presidente, menos, muito menos. Ou ganha o sentido do ridículo depressa e percebe que ninguém lhe entregou carta branca para fazer do Sporting um servente para caprichos pessoais, por maior que seja a corte que agora granjeou em sua volta, ou então passa a ser um problema.

Foi com fundadas esperanças e empenho que votei em si há poucos dias, mais até do que quando votei nas eleições anteriores, mas esse voto foi acima de tudo patrocinado por um conjunto de valores que quero ver a protagonizar e sempre em defesa do clube, acima de qualquer devaneio pessoal, seja de quem for.

Pela minha parte estou farto de ver o Sporting adiado e desrespeitado por quem chega a seu dirigente. Quer mesmo fazer parte desse restrito "clube"? É que há muitas formas de ganhar lugar cativo por lá.

Olhe e outra coisinha para tentar continuar a respeitá-lo: bardamerda para si por não ser capaz de encaixar uma crítica decente e respeitosa dos adeptos do clube que lidera. Espero que entenda, é que é inteiramente merecido.

Saudações leoninas para todos.

O que disse Bruno de Carvalho

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Ao princípio da noite de ontem, Bruno de Carvalho tomou posse no segundo mandato como presidente do Sporting Clube de Portugal.

Já empossado, dirigiu aos sócios e adeptos leoninos um dos melhores discursos que já lhe ouvi. Não por acaso, um discurso escrito do qual destaco as passagens que considero mais memoráveis.

Para mais tarde recordar.

 

«No plano político e institucional, continuaremos a ser intransigentes na luta pela verdade e pela transparência no desporto em geral e no futebol em particular.»

 ........................

«Continuaremos a integrar a Direcção da Liga de Futebol Profissional, e de todos os seus grupos de trabalho, como fizemos aliás desde o primeiro dia. O Sporting Clube de Portugal não pode, em nenhuma circunstância, deixar de estar em todos os lugares e em todos os centros de decisão.»

 ........................

«Relativamente à Federação Portuguesa de Futebol, continuaremos também, como tem sido de resto nosso apanágio, a colaborar através de propostas para melhorar o futebol português. Quero aliás sublinhar aquilo que considero ser a primeira etapa do mais que justo reconhecimento daquele que é o maior goleador de todos os tempos do futebol português, Fernando Peyroteo, traduzido pelo desfraldar de uma lona gigante colocada na sede da Federação. Quero acreditar que este tenha sido finalmente o arranque para um processo que culminará na consagração oficial de Fernando Peyroteo como o maior goleador da história do futebol.»

 ........................

«Não se pode adulterar a história, transformando campeões em perdedores e guindando perdedores à condição de campeões. O Sporting Clube de Portugal foi campeão nacional por 22 vezes e não 18.»

 ........................

«Aquilo que exigimos é que a verdade seja restabelecida e que se honrem aqueles que, com mérito, alcançaram a glória à custa do seu esforço, dedicação e devoção.»

  ........................

«Não podemos, em circunstância alguma, regredir e pôr em causa o trabalho que foi feito nos últimos quatro anos. Por isso estaremos firmes no cumprimento rigoroso da reestruturação financeira que executámos e das regras de fair play financeiro impostas pela UEFA.»

 ........................

«Seremos também intransigentes na criação de condições para que o clube mantenha a maioria do capital da SAD. Este é um compromisso de que nunca abdicámos e um objectivo perante o qual nunca iremos capitular.»

 ........................

«É meu compromisso pessoal que tudo farei e tudo faremos para agregar aqueles 9% dos sócios que livremente votaram na outra lista. Sou, como sempre fui, o presidente de todos os sportinguistas. Todos são válidos, todos são importantes, todos são indispensáveis.»

Serenidade

Aproveito esta palavra utilizada pela Marta Spínola, a fim de responder ao repto lançado pelo Pedro Correia. Serenidade não resolveria todos os problemas do Sporting, mas penso que daria uma grande ajuda. E a serenidade teria de vir do Presidente!

 

Confesso que estou desiludida, acima de tudo, com Bruno de Carvalho. Digo isto, não para o desanimar, muito menos para o ver pelas costas. Nunca fui de opinião de que os problemas se resolvem substituindo pessoas, acredito mais no diálogo e na reflexão (mais uma palavra “roubada” à Marta Spínola). Claro que isso pressupõe que as pessoas estejam dispostas a dialogar e a refletir.

 

Bruno de Carvalho começou muito bem, não podia mesmo começar melhor. Ele foi o novo Presidente certo na altura certa. Porém, não sei se foi pela euforia criada na excelente época passada, se foi por problemas pessoais (não pretendo especular, apenas procurar razões) tem causado muita agitação no clube.

 

Que esta época tenha começado com alguns solavancos, é natural, depois dos talentos que nos deixaram. E também não é segredo nenhum que os árbitros tomam decisões, no mínimo, polémicas. Mas, por isso mesmo, é que o mote deveria ser a serenidade. Reclamar também é legítimo, mas é preciso saber reclamar, o que é bem diferente de insultar, ou mesmo provocar rixas!

 

Desde o episódio com o Presidente do Arouca, em Alvalade, a situação do clube piorou, foi mesmo a partir daí que o Sporting começou a descarrilar sem controlo. E culminou com a ida de Bruno de Carvalho aos balneários, em Chaves. Pelo meio, tivemos publicações, no mínimo, desaconselháveis, nas redes sociais. Haverá outros problemas, nomeadamente técnicos, cuja complexidade não sei avaliar e acredito na opinião dos meus colegas, quando dizem que Jorge Jesus tem vindo a cometer erros. Entendo, no entanto, que é dever do Presidente cuidar para que haja sossego e harmonia, independentemente da eficácia do treinador. Bruno de Carvalho tem feito o contrário!

 

Os jogadores estão revoltados. Jogam mal e/ou desinteressadamente. Penso que é a sua maneira de protestar, de fazer greve. Os jogadores do Sporting estão em greve! Eu sei que eles ganham muito bem, mas há sempre um limite para aquilo que estamos dispostos a aceitar. E, pelos vistos, eles pensam que esse limite foi ultrapassado… Há que procurar as razões! Espero que os responsáveis do clube saibam encontrar um novo caminho e dar novo alento à equipa. Apesar de todas as desilusões, nas últimas semanas, e parafraseando Luís Aguiar Fernandes, tudo isto não quer dizer que já não há nada por que lutar: há lugares para conquistar e uma imagem para limpar.

O problema

O problema central do Sporting não passa pelo deficiente jogador X ou pelo inepto jogador Y. O problema mais grave remonta ao início da época e relaciona-se com a dimensão colectiva da equipa: o treinador insiste em impor um modelo de jogo a profissionais que não se adaptam a ele.

Isto explica porque sofremos sempre o mesmo género de golos, nos mesmos momentos dos desafios, sem que se vislumbre um antídoto eficaz para evitar novos desaires. No final do jogo em Chaves, todos ficámos com a sensação de já ter visto aquele filme. Não foi novidade para ninguém. Nem se resolve com o presidente a berrar com os jogadores no balneário, como ontem sucedeu - o que pouco augura de bom para o crucial desafio da próxima terça-feira.

Se alguma mudança urge fazer, passará sempre pela adaptação do modelo aos intérpretes em vez da insistência cega e surda no contrário. E já agora - como há tanto tempo aqui venho anotando - convém também mudar o discurso. Que grande injecção de moral deve ser para um jogador ouvir o treinador dizer que não gosta de o ver marcar os golos todos...

A limpeza das espingardas*

Está lançado aqui no blogue o mote para fazermos todos, sportinguistas, o balanço do que se vai passando na equipa de futebol e no Clube, que críticas ou reparos, ou propostas, ou sugestões temos para ajudar a ultrapassar esta fase menos boa.

Um dos visados nas críticas, para além do treinador, é o presidente e a sua atitude e forma de actuar/comunicar, considerando-se exagerada, desfasada, despropositada até, a sua forma de governar a comunicação do Sporting e inclusive o relacionamento para dentro.

Eu já não acho!

Em relação ao presidente, o que eu temo, sinceramente, é que ele comece a deixar-se vencer pelo status quo.
É que, concordando que aqui ou ali deu alguns tiros nos pés (ninguém é perfeito), há temas que, se estão na ordem do dia, a ele o devemos.
Quando dizemos que hoje o presidente está "muito melhor" e nunca deixamos de referir os episódios em que esteve mal (e que eu subscrevo), quer dizer que o "desgraçado" do presidente tem um sacana dum carimbo na testa do qual nunca se irá livrar e haveremos de, ad eternum, cobrar-lhe esses excessos fruto de uma clara imaturidade inicial, que todos lhe desculpámos em tempo.
O homem há-de ser sempre preso por ter cão e por não o ter; Se fala é porque fala, se se cala é porque deveria ter falado. É claro para mim que "diálogo" do presidente, só com outros presidentes, mas não será esse o objectivo dos outros presidentes, forçar um diálogo de surdos? Senão, porque anda calado que nem rato o tipo dos camiões e não se houve falar o azeiteiro dos chocolatinhos, se não for com o intuito óbvio de cortar o pio a quem os pode colocar em causa e às suas manigâncias?
Exagera? Por certo, mas creio que o tempo do verbo deverá ser conjugado no passado. Hoje por hoje, não me parece que as intervenções do presidente sejam factor de desestabilização e aquele comunicado após a derrota de Madrid, p.e.,  tem um claro objectivo que é o de dar um voto de confiança à equipa. Não creio que o facto de "valorizar uma derrota" tivesse sido prejudicial à equipa e aos jogadores.  Está claro para mim que o problema actual da falta de resultados é mais do foro psicológico que de outra coisa qualquer e aprecio a atitude do presidente dando um voto de confiança ao grupo. Se não gostei do episódio Guimarães (Marco Silva), não posso criticar a forma que foi encontrada para dizer aos jogadores que estava com eles, ainda que a forma talvez não tivesse sido a ideal. E conhecendo já um pouco de Bruno de Carvalho, estou em crer que uma parte do recado foi dada no recato do balneário e não terá sido tão simpática quanto a versão dada a público.

Tenho um reparo a fazer-lhe: Já é tempo de se virar para dentro e deixar para outras pessoas da estrutura o pesado fardo de guerrear com os adversários. Há ainda tanta coisa e tão importante a fazer dentro do Clube, que o presidente é valioso demais para perder o seu tempo com fait divers.

 

Há no entanto um tónico excelente para a resolução do problema porque ora passamos: Vitórias. Tenho certeza que começando a ganhar, ninguém prestará atenção às eventuais incontinências do presidente.

 

 

 * Sem nada ter a ver com guerra, antes com a lúdica actividade cinegética, é em tempo de descanso que se limpam as espingardas e se pensa na melhor forma de atacar a presa.

{ Blogue fundado em 2012. }

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