Uma nova época está a começar no futebol e nas principais modalidades de pavilhão e pode ser interessante dar uma visão de conjunto, porque só existe um Sporting Clube de Portugal.
No futebol:
Rúben Amorim segue na sua 5.ª pré-época (já conta com quatro épocas e meia ao serviço do Sporting) marcada pela necessária renovação do núcleo duro criado há quatro anos e que nos deu tantos títulos. Esperamos ainda os necessários reforços para uma temporada de defesa do título e de participação numa Champions de exigência reforçada.
No futebol feminino:
Saiu a talentosa jovem canadiana Olivia Smith para um grande inglês pela cláusula, entraram uma das melhores jogadoras nacionais, Telma Encarnação, e mais três ou quatro estrangeiras e nacionais. Continua a treinadora Mariana Cabral (3 épocas), com o seu discurso redondo e enfadonho, para uma época mais exigente pela participação na "Champions".
No andebol:
Tranquilidade absoluta no reino do Leão. Ricardo Costa (3 épocas) mantém a estrutura base numa equipa que ganhou tudo a nivel nacional, quatro alterações apenas no plantel.
No futsal:
Mais ou menos a mesma coisa com Nuno Dias (12 épocas). Fala-se no interesse árabe pela modalidade e duma oferta por Pany Varela. Há dois dias, no ginásio, estava lá alguém a dar o litro com um "personal trainer" que logo reconheci, o "nosso" Erick Mendonça. Uma máquina.
No basquetebol:
Regresso ao futuro. Plantel desfeito depois duma temporada marcada por lesões e desentendimentos, treinador finalmente acordou a saída, regressa o prof. Luis Magalhães. Acho que jogadores para já temos quatro, mas se o professor tinha saido, não só mas também, pela falta de investimento do clube...
No hóquei em patins:
Sai por motivos pessoais Alejando Domingues, entra o treinador do Oliveirense, o catalão Edo Bosch. Sai também o jogador mais talentoso, Ferran Font, de regresso à sua Catalunha. Ou seja, andamos aos ziguezagues, vamos ter um catalão a comandar uma equipa onde a presença argentina aumentou com o Alejandro. Vamos ver.
No voleibol:
A equipa foi reconstruida no ano passado e continua quase toda com João Coelho (uma época e meia). Vamos ver se conseguimos este ano ultrapassar o Benfica.
No voleibol feminino:
Plantel desfeito também, ficaram a capitã Daniela Loureiro e mais duas. O novo treinador Rui Pedro Silva vem duma equipa nortenha secundária. Três ou quatro reforços de estrangeiras que actuavam no norte. Prevejo que seja uma época complicada.
Concluindo, o Sporting segue o seu caminho e se repararem a nota principal é que do futebol ao voleibol feminino falta investimento de acordo com os objectivos competitivos, e só com treinadores de excelência conseguimos ter sucesso.
A imagem foi por mim recolhida no jogo contra a equipa AS Roma. É aquilo a que, em bom algarvio do barlavento, se chamaria um pé virado para a Fóia* e outro para a Picota**. Endereço sinceros votos de que o, agora, camisola 20 tenha tido oportunidade de não só afinar a pontaria, como de ajustar a direcção dos pezinhos.
Se esta equipa do Sporting fosse uma empresa, diríamos estar perante uma preocupante escassez de recursos humanos. Este início de época será muito desgastante: face à paragem de seis semanas em Novembro e Dezembro, devido ao Campeonato do Mundo no Catar, as competições europeias vão desenrolar-se com vários jogos em prazo curto. O que pode causar estragos suplementares no plantel. Já vamos no terceiro, ainda as competições não começaram: Daniel Bragança, Ugarte e Adán lesionaram-se em fase de preparação. Ou por mero azar ou devido à implacável intensidade dos treinos.
Foi, portanto, um conjunto já desfalcado que entrou ontem em cena no Estádio do Algarve para defrontar a equipa "mais portuguesa de Inglaterra", o Wolverhampton, com cinco compatriotas no seu onze inicial - só menos um do que a nossa. Dois deles, Moutinho e Podence, foram assobiadíssimos do princípio ao fim. O problema da "cultura do assobio" agora instalada nos adeptos leoninos é que em vários casos acaba por constituir um incentivo suplementar para os visados. Aconteceu com Podence, o mais vaiado e também o melhor em campo.
Seria mais importante, creio, aplaudirmos os nossos do que xingarmos os outros. Porque o assobio também pode soar a prémio.
Mas aplaudirmos quem, entre os sportinguistas?
Não seguramente Matheus Nunes, que voltou a fazer um jogo muito abaixo das suas possibilidades. Nem Gonçalo Inácio, que logo aos 13' cometeu um penálti óbvio sobre Pedro Neto em nova demonstração de que devia ser central à esquerda e não improvisado à direita, como acontece devido à prolongada lesão do reforço St. Juste, ainda por estrear. Nem o inoperante Paulinho, com mais tendência para cair na área do que para rematar à baliza.
Ontem o ex-Braga não fez um só remate, mas caiu duas vezes: à segunda justificava-se mesmo a marcação de grande penalidade, convertida aos 44' por Pedro Gonçalves. A quem só por isto elejo o melhor dos nossos. Tenho pena que não tivesse actuado como na meia-hora final frente ao Sevilha, recuado uns metros, como médio ofensivo - posição que parece potenciar-lhe as qualidades.
Morita também voltou a justificar nota positiva, mas trabalha muito desacompanhado e não vai chegar para as encomendas sem ajustes urgentes no corredor central. O japonês está a integrar-se mais depressa na equipa do que Trincão, que continua a parecer carta fora do baralho como ala direito, sempre com um toque a mais na bola.
Dos restantes reforços, destaque óbvio para Franco Israel, agora titular da baliza leonina devido à inesperada lesão de Adán: será ele, tudo o indica, a integrar o nosso onze contra Braga (fora), Rio Ave (casa) e FC Porto (fora) nas primeiras três jornadas da Liga 2022/2023, prestes a iniciar-se. Ter o compatriota Coates à sua frente deve transmitir-lhe segurança: o jovem guardião merece nota positiva. No penálti convertido por Rúben Neves, nada a fazer.
O ganês Fatawu, de apenas 18 anos, voltou a parecer um prometedor reforço nos escassos minutos que esteve em campo neste último desafio da pré-temporada. Dando mais nas vistas do que Rochinha, outro recém-contratado.
Esta foi a pré-época dos empates - exceptuando a tangencial vitória contra a Roma, de José Mourinho, por 3-2. Reforçando a pertinência dos reiterados alertas aqui feitos sobre a necessidade de termos outro avançado, de preferência mais vocacionado para o golo do que Paulinho.
Por outro lado, é evidente que nem Palhinha nem Sarabia têm por enquanto sucessores do mesmo nível. O facto de Rúben Amorim não ter ontem utilizado Tabata parece confirmar que o brasileiro - criativo, desequilibrador e com golo - poderá mesmo estar de abalada. O que acentua a preocupação para o futuro próximo num início de temporada muito exigente não apenas no plano táctico mas também no plano físico.
Disputar a Liga dos Campeões é excelente por proporcionar grande receita financeira, mas tem este ónus suplementar: há que saber gerir com pinças o grupo de trabalho em várias frentes.
Breve análise dos jogadores:
Israel- Oriundo dos juniores da Juventus, sem jogos de equipa principal no currículo. Sofreu penálti (15'), saiu bem (19') e saiu mal (84') da baliza. O titular agora é ele.
Gonçalo Inácio- Pressionado por Pedro Neto, o esquerdino que actua no lado direito da defesa cometeu penálti (13'). Ficou algo marcado por este lance.
Coates - Pêndulo habitual da nossa defesa, que tem sofrido mais golos do que estávamos habituados - em todos os jogos da pré-temporada.
Matheus Reis- Outra adaptação: o lateral esquerdo continua a jogar como central. Momento alto: impediu um golo certo, na linha de baliza (84'). Evitando a derrota.
Porro - Parece andar com os nervos à flor da pele. Não foi fácil enfrentar Podence. Grande remate aos 56', para defesa difícil de José Sá. Substituído aos 78'.
Morita- Tornou-se titular muito depressa devido à ausência de Ugarte por lesão. Bom a transportar e a colocar a bola. Parece com elevado índice de confiança.
Matheus Nunes- Combinou pouco e mal com o japonês no meio-campo. Perdeu a bola (6' e 29') e falhou alguns passes. Incapaz de mostrar o seu melhor até agora.
Nuno Santos- Tem vontade de ser titular absoluto na ala esquerda. Oscilou nos cruzamentos, mas é dele o centro que gera o nosso penálti. Tentou remate, sem êxito.
Trincão- Melhor momento: um remate ao ângulo que saiu a rasar do poste direito da equipa inglesa (73'). Quase sempre desinspirado. Saiu aos 83'.
Pedro Gonçalves - Mais apagado do que no jogo anterior. Mas marcou o penálti - sexto golo dele na pré-época. Excelente passe para Trincão (73'). Saiu aos 83'.
Paulinho - Teatralizou um lance, caindo na grande área, aos 33'. Voltou a cair aos 43': desta vez foi penálti. Saiu com amarelo mas sem remates, aos 68'.
Edwards- Substituiu Paulinho, mas sem fazer a diferença, numa fase em que a equipa já parecia resignada ao empate. Falhou passe aos 77'.
Esgaio - Rendeu Porro aos 78' talvez para poupar o espanhol a algum desgaste físico e emocional. Cumpriu no essencial, sem rasgo nem erros.
Rochinha- Substituiu Pedro Gonçalves aos 83'. Está ainda em fase de adaptação à equipa, o que salta à vista.
Fatawu- Entrou aos 83' para o lugar de Trincão, voltando a agitar o jogo. Não no remate, pois continua com falta de pontaria, mas na pressão alta e na disputa da bola.
Finda a pré-época, resta desejar boa sorte à equipa: boa sorte! Vamos com tudo, leões!
ADENDA 13:54 de 31/07
Falta-me o ar só de me lembrar (ainda estávamos longe e já se tinha avançado qualquer coisa)
Aquecimento dos suplentes
Aquecimento da equipa inicial
A garotada que irrompeu campo adentro já tinha saído e Matheus Reis foi oferecer a sua camisola.
O autocarro mais bonito da galáxia.
P.S. Estimo que o Senhor árbitro não se cruze connosco muitas vezes. Se num amigável nos trata assim, mal posso esperar por vê-lo num jogo a sério *inserir vernáculo a contento*.
A pré-época já começou e o plantel alargado (A/B/emprestados) começa a ficar mais definido.
Facilmente se percebe por esta lista que o Sporting está a tentar manter o músculo cortando a direito na gordura e no desperdício e construir um plantel equilibrado em termos de idade e origem de formação.
Longe vão os tempos do autocarro de reforços, agora as entradas são de elementos comprovadamente de qualidade para determinados lugares ou jovens para apostar a médio prazo. Existe um vasto número de saídas definitivas que muito vai aliviar a folha de pagamentos.
Em cima da mesa está a manutenção de Matheus Nunes por mais um ano antes de rumar a um grande inglês e parece assegurada a vinda de Francisco Trincão do Barcelona. Sobre o primeiro não digo mais nada, pois já disse muito e sempre bem. Sobre o segundo acho que tem tudo para ser um novo Pedro Gonçalves, o jogador sensação do campeonato.
Confundir o Sporting com um entreposto de jogadores e fazer contas sobre o retorno económico deste e daquele, protestar contra o "futebol moderno" e o poder de Jorge Mendes, (que pelos vistos não chegou para evitar a lesão grave dum dos raros agenciados pela Gestifute do plantel), ficar indignado por não contratarmos jogadores com 100% do passe, nada disso para mim faz muito sentido num clube que luta por vitórias e títulos. Passes a 100% temos de alguns que deveríamos ter adquirido a 1%.
Interessante é também falar sobre uma questão que muita gente não percebe ou faz por não perceber que é o treino dos jogadores com contrato. Existe um plantel comprometido com o clube e com o qual Amorim conta para a temporada, e esses seguem com ele um plano de preparação bem intenso. Existem os outros, no último ano de contrato e sem pretender renovar e/ou com quem Amorim não conta para esta época, que chegam mais tarde e treinam num grupo separado. Isso não corresponde a nenhuma falta de respeito pelos profissionais nem a nenhuma quebra de direitos dos mesmos por parte do clube, trata-se apenas de adequar o treino à situação profissional de cada um, assegurando a focalização do grupo de elite nos objectivos que tem para cumprir.
Se Palhinha se treinou em instalações do Sacavenense com o seu PT, ou se um ou outro corre na Aroeira ou noutro sítio qualquer para manter a forma enquanto aguardam a apresentação ao Sporting ou ao clube de destino, fazem muito bem.
Posto isto, temos então a seguinte situação:
Entradas :
1. Hidemasa Morita (27)
2. Rochinha (27)
3. Jeremiah St Juste (25)
4. Francisco Trincão (22) (A confirmar)
5. Franco Israel (22)
6. Geny Catamo (21) (Regressado de empréstimo)
7. Diogo Abreu (19)
8. Fatawu Issahaku (18)
9. Jesús Alcántar (18)
10. Francisco Canário (18)
11. Papuna Beruashvili (18)
Empréstimos para rodar e regressar (A reserva estratégica):
1. Rúben Vinagre (23) (?)
2. Eduardo Quaresma (20) (?)
3. Gonçalo Esteves (18) (Estoril)
Saídas confirmadas :
1. Zouhair Feddal (32)
2. Pablo Sarabia (30)
3. João Palhinha (26)
4. Bruno Paz (24)
5. Eduardo Pinheiro (24)
6. Pedro Marques (24)
7. João Virgínia (22)
8. João Goulart (22)
9. Diogo Brás (22)
10. Bernardo Sousa (22)
11. Gonçalo Costa (22)
12. Pedro Mendes (22) (Rio Ave ?)
13. Anthony Walker (21)
14. Gonzalo Plata (20) (Valladolid)
15. Edson Silva (20)
16. Rodrigo Rêgo (20)
17. Rafael Fernandes (19)
18. Adriano Almeida (19)
19. Bruno Tavares (19)
20. Saná Fernandes (16)
Empréstimos com opções de compra que podem conduzir a saídas definitivas :
1. Tiago Tomás (22)
2. Rafael Camacho (22)
3. Joelson Fernandes (18)
Casos ainda pendentes de decisão cujas saidas podem representar alguns milhões de Euros:
1. Islam Slimani (33)
2. Renan Ribeiro (32)
3. Rodrigo Battaglia (30)
4. Tiago Ilori (28)
5. Filipe Chaby (27)
6. Andraž Šporar (27) (Est. Vermelha ?)
7. Luiz Phellyppe (27) (Inter Porto Alegre ?)
8. Eduardo Henrique (26)
9. Carlos Jatobá (26)
10. Idrissa Doumbia (23)
11. Marco Túlio (23)
12. Jovane Cabral (23) (Besiktas ?)
Até ao fecho do mercado ainda muito vai acontecer. Parece realmente que mais uma vez falta qualidade ao plantel para os objectivos da época e que mais um ou outro candidatos a titular poderão vir, e Matheus Nunes poderá de facto sair. Noutro post, e depois de ver os primeiros jogos de preparação, direi de minha justiça sobre isso mesmo.
PS: Muita coisa para discutir e reflectir sobre estes 12... Alguns só o presidente da altura pode dizer sobre a contratação, uma coisa é chegar, jogar e falhar, outra coisa é estar a jogar e acontecer uma lesão grave e nunca mais ser o mesmo, outra ainda é estar a jogar até bem e acontecer alguma coisa que ninguem conseguiu explicar cabalmente, outra ainda ninguém mesmo o conhecer no campo, só de nome... Se calhar vinha regar as plantas à marquise do presidente.
Carregadores de piano: os produtores culturais como protagonistas dos espectáculos
A lista de entradas & saídas continua a crescer, agora mais lentamente, muito mais pelas saídas do que pelas entradas. Algumas situações estarão a aguardar o fecho do ano fiscal para serem concretizadas.
As equipas A e B do Sporting começaram já na segunda-feira os trabalhos, duma forma um pouco estranha. Rúben Amorim arrancou com um misto de A´s e B´s enquanto aguarda pelas contratações e pelos internacionais, Filipe ficou com o resto. Nem faço ideia que equipa B vamos ter este ano com tanta limpeza feita no escalão etário 20-22.
Obviamente falta ainda muito para termos o plantel da equipa A completo e de acordo com os objectivos da época, mas nota-se uma estratégia de arrumar a casa do ponto de vista financeiro e de ter uma base bem assente, a partir do núcleo duro da época passada, antes de partir para as contratações de craques para as duas ou três posições mais carenciadas, que para mim, até pelas saídas de Matheus Nunes (provável), Sarabia e Slimani, são a "8" (box-to-box), "7" (interior) e "9" (goleador).
Ou seja, carregadores de piano já temos, venham agora os pianistas.
Entradas :
1. Hidemasa Morita (27) (A confirmar)
2. Jeremiah St Juste (25)
3. Franco Israel (22) (A confirmar)
4. Geny Catamo (21) (Regressado de empréstimo)
5. Eduardo Quaresma (20) (Regressado de empréstimo)
6. Diogo Abreu (19)
7. Fatawu Issahaku (18)
8. Jesús Alcántar (18)
9. Francisco Canário (18)
Saídas definitivas :
1. Islam Slimani (33) (A confirmar)
2. Zouhair Feddal (32)
3. Pablo Sarabia (30)
4. Rodrigo Battaglia (30) (A confirmar)
5. João Palhinha (26) (A confirmar)
6. Bruno Paz (24)
7. Eduardo Pinheiro (24)
8. Pedro Marques (24)
9. Matheus Nunes (23) (A confirmar)
10. João Virgínia (22)
11. João Goulart (22)
12. Diogo Brás (22)
13. Bernardo Sousa (22)
14. Gonçalo Costa (22)
15. Pedro Mendes (22) (Rio Ave, a confirmar)
16. Anthony Walker (21)
17. Edson Silva (20)
18. Rodrigo Rêgo (20)
19. Rafael Fernandes (19)
20. Bruno Tavares (19)
21. Saná Fernandes (16)
Empréstimos para rodar e regressar :
1. Rúben Vinagre (23)
2. Gonçalo Esteves (18)
Empréstimos que podem conduzir a saídas definitivas :
1. Tiago Tomás (22)
2. Joelson Fernandes (18)
Casos ainda pendentes de decisão (com algum entulho que algum dia chegou de para-quedas) :
1. Renan Ribeiro (32)
2. Tiago Ilori (28)
3. Filipe Chaby (27)
4. Andraž Šporar (27)
5. Luiz Phellyppe (27)
6. Eduardo Henrique (26)
7. Carlos Jatobá (26)
8. Idrissa Doumbia (23)
9. Marco Túlio (23)
10. Jovane Cabral (23)
11. Rafael Camacho (21)
12. Gonzalo Plata (20)
PS: No primeiro jogo da pré-época, contra a equipa B, o Sporting alinhou com:
André Paulo; Esgaio, Neto, Marsà, Matheus Reis e Nuno Santos; Renato Veiga e Daniel Bragança; Pedro Gonçalves, Bruno Tabata e Geny Catamo.
Parece que Marsà esteve a fazer de Coates, Daniel Bragança de Matheus Nunes e Tabata de Sarabia na versão ponta de lança móvel.
Sinais dos tempos. A utilização da aplicação Zoom prolongou-se muito para além do período de confinamento. Enquanto a equipa de futebol treina em Lagos, Marcos Acuña treina em Alcochete.
Na vanguarda, como sempre.
*Edição
Parece que o treino em Lagos incluiu o Sporting Clube Farense
Que o resultado suplante o alcançado frente à nossa equipa B.
Última imagem: Perfil IG Sporting Clube Farense
Edição 2:
O Sporting Clube de Portugal perdeu e Ryan Gauld marcou um dos golos. A favor do Farense, diga-se.
Uma derrota por uma bola selou o fim da pré-época. Foi também um bom resumo daquilo que aconteceu no último mês. Boas entradas em campo, momentos de desconcentração e um ou outro corpo estranho no onze. Ainda assim, chego ao fim de Julho com mais confiança que na época passada.
Ao contrário da grande parte dos analistas, gostei de ver Bruno Fernandes desviado para a esquerda. Acabou por ser menos massacrado pelos defesas contrários e teve oportunidade para fazer grandes aberturas (como no golo de Dost) e grandes golos (como contra o Liverpool). Também foi bom ver Vietto no meio, a ganhar confiança e rotinas com os colegas.
As grandes derrotas da pré-época são a incapacidade de Ilori em ser uma alternativa viável para central e/ou lateral direito. Bem como mais uma birra de Matheus Pereira que lesa o Sporting e lhe prejudica a carreira. Quantas oportunidades já teve? Quantas queimou?
As grandes vitórias da pré-época são Thierry acabar a titular na lateral direita bem como Neto se assumir como opção mais que viável para terceiro central e, quem sabe, titular. Também foi muito bom ver o reencontro de Dost com os golos.
Uma nota para as vozes que acham que a comunicação social está a proteger o Sporting: é sinal que alguém está a fazer bem o seu trabalho. É sempre melhor ter a imprensa do nosso lado do que contra nós. Conseguem perceber isto, certo?
Dormir um par de horas à pressa para acordar, arrastar-me para o sofá e esperar pelo jogo. Hoje reunião às oito da manhã, o que faz com que tenha sido uma noite mal dormida. Pelo meio, o mais interessante jogo do Sporting desta pré-época.
Empate a duas bolas contra o campeão europeu. O jogo durou noventa minutos mas podia ter durante três ou quatro horas, tal é a sensação de agrado com que fiquei.
Não, nem tudo foi perfeito. Foi mais um jogo onde se percebeu que Ilori não acrescenta enquanto defesa direito, que Doumbia ainda está à procura de rotinas com Wendel e muitas outras coisas para Marcel Keizer lidar.
Mas para mim, enquanto adepto, gostei muito de ver este jogo do Sporting. O único amargo de boca é que o final me fez lembrar um célebre jogo contra o Manchester em 2003...
Por isso prescindi, há imenso tempo, de ver jogos de preparação do Sporting.
Uma alegriazinha ao menos, senhores, uma para amostra...
É altura de experiências, de testar várias opções, disso tudo e mais o que quiserem, mas por favor, àqueles que dirigem no banco e aos que estão no campo, lembrem-se de quem estão a representar e o que isso significa. Com todo o respeito pelos adversários, bastante mais modestos, que já defrontámos esta pré-época, que merda é esta?!
O jogo de ontem permitiu tirar algumas conclusões sobre o que está claramente errado na frente de ataque do Sporting.
Bas Dost é menos útil à medida que a equipa tem um fio condutor de jogo. Quando não é preciso despejar bolas para o ataque nem se passa o jogo a fazer cruzamentos para a área, Bas Dost desaparece totalmente do jogo. Talvez seja uma boa altura para vender.
Luiz Phellype é mais útil que Bas Dost à equipa mas parece ainda à procura da melhor forma.
Vietto à esquerda é um desperdício de talento e, como procura constantemente o meio, afunila o jogo e retira linhas de passe. Com a baixa de forma dos outros dois pontas de lança, porque não o meter no meio?
Raphinha, Plata e Jovane têm sido os grandes criadores de oportunidades. Estou propositadamente a ignorar Bruno Fernandes pois este artigo é focado nos avançados.
O Sporting não pode voltar ao "cruzebol" mas tem que partir este funil que se montou nos últimos jogos. O campo não se resume à largura da grande-área.
Saudações Leoninas, este é o meu primeiro texto no És a nossa Fé. Um obrigado ao Rui e ao Pedro pelo convite. A pressão é grande mas espero estar ao nível dos restantes escribas deste pilar da blogosfera leonina.
Interlúdio.
Passaram-se trinta e nove dias desde a última vez que vimos o melhor jogador da Liga Portuguesa atuar com a camisola do Sporting Clube de Portugal. Os mesmos dias que se passaram desde o nosso último jogo oficial e do último título conquistado. Pelo meio conquistou foi fundamental na conquista portuguesa da Liga das Nações.
Bruno Fernandes apresenta-se hoje em Alcochete para dar início aos trabalhos de pré-época. Mesmo o mais alheado adepto perceberá que ou ainda não apareceu nenhuma proposta suficientemente tentadora ou o Sporting está a fazer os possíveis para o manter no plantel. Que seja a segunda opção pois é sempre melhor conservar talento do que o ver a ter sucesso com outras cores. Principalmente se considerarmos que os nossos mais diretos rivais perderam, entre outros, João Félix, Jonas, Herrera e Brahimi.
Mesmo tendo que pagar cinco milhões de euros, com Bruno Fernandes estaremos sempre mais perto de ter sucesso.