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Várias paredes na cidade do Porto têm amanhecido com estas pichagens. Algum comentário?
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Várias paredes na cidade do Porto têm amanhecido com estas pichagens. Algum comentário?
Por ordem médica, fui aconselhado a não ir a Alvalade ver o jogo de ontem, como já havia referido aqui. Ora como não sou assinante da TV Inácio fiquei às escuras quanto a ver o jogo em directo. Nem optei por escutar o relato, já que uma aplicação que tenho no telemóvel dá o resultado quase instantaneamente.
Portanto só mesmo no fim é que soube o resultado.
Contudo só à uma da manhã consegui ver (nem imagino qual o canal televisivo!!!) um resumo alargado do clássico de Alvalade.
Hoje de manhã, na praia, passei os olhos pelos principais diários desportivos, li diversas opiniões e fiquei a matutar em tudo o que absorvi sobre o jogo de ontem.
Foi com base neste apanhado de leituras que encontrei três aspectos que me levam a dar razão aos adeptos portistas quanto ao resultado de ontem à noite, a saber:
1 – Todos já percebemos que o FC Porto não está habituado a jogar 90 minutos contra onze jogadores. Por isso não consigo entender porque o árbitro da partida não expulsou um jogador leonino.
2 – A determinada altura há uma grande penalidade contra o FC Porto. Contra? Terá sido possível? Perante as imagens vistas de madrugada diria que se fosse o Taremi a sofrer aquele tipo de falta era penalty de certezinha absoluta. Creio mesmo que se marcaram diversas a favor do Porto por muuuuuuuuuuuuito menos. Mas Taremi era Taremi… Tinha direito a tudo e mais um par de botas;
3 – O discurso no fim do jogo do capitão portista Diogo Costa e do treinador Vitor Bruno, assumindo ambos que o Sporting fora um justo vencedor, não se parece nada com a filosofia barata e inflamada de um antigo treinador portista.
Face aos pontos precedentes diria que o Porto foi grandemente prejudicado no jogo de Alvalade. Seria bom que as entidades oficiais cuidassem mais do clube de AVB. Para que haja finalmente justiça no futebol azul.
Começámos por andar aos papéis nos primeiros quinze minutos. Eu acho que foi pela surpresa de ver uma equipa do Campeonato de Portugal em vez do terceiro classificado da Liga NOS do ano passado. O Quaresma e o Inácio ficaram tão abasbacados com o espaço que uma defesa de cinco mais um meio-campo de quatro bem juntinho aos cinco e apenas um solitário, que não é diamante, lá na frente, que se lhes parou o cérebro durante quinze minutos, os tais em que eles, meio sem saber como, até dominaram o jogo e poderiam ter marcado. Depois ao dezassete tivemos uma soberana oportunidade para marcar, um falhanço daqueles que não podem acontecer (apesar da sorte do defesa deles, vá) e a partir daí, foi um festival de belo futebol que só pecou, mais uma vez, pela falta de eficácia.
Surpreendeu o treinador do Porto ter colocado Galeno, o melhor avançado, a defesa. Nem todos são Mourinho, caro Vitor Bruno.
A qualidade do nosso jogo, que funciona de olhos fechados, fez o resto até que o nosso "touro" levou um desastrado Otávio de arrasto obrigando-o a fazer um penálti claríssimo que o sueco marcou de forma irrepreensível, redes para um lado, bola para o outro. Um "patardo" dos antigos. Isto aconteceu quando eles estavam a levantar cabelo e estavam a tentar discutir o jogo e o defesa Galeno até obrigou o nosso redes a uma enorme defesa.
Depois o gényo de Catamo fez o resultado final. O miúdo faz-se.
Resultado mais que justo, para a produção da equipa.
Nota final para Luís Godinho: Permitiu que Nico continuasse em campo, o que demonstra que é um homem de bom coração.
Agora é tempo de selecções, é para recuperar os que estão combalidos e desfrutar o momento, que a orquestra segue afinada.
Este abalo sísmico, sentido hoje de madrugada, depois de 14 golos em 3 jogos, era expectável.
Assim, para o próximo fim de semana, sábado concretamente, a Protecção Civil que vá dando corda aos sapatos e prepare o plano de contingência, que esta onda telúrica tem tendência a intensificar-se. Só quero que as autoridades não esqueçam que na comemoração do título até apareceu um meteorito...
Depois digam que não avisei.
Isto nada como escrever sobre um jogo quase 48 depois de ele se ter realizado.
A fúria e a vergonha, que num jogo qualquer devem ser efémeras, até no jogo da vida, passam, o estado depressivo já lá vai e o que conta é o próximo jogo, que é já neste fim de semana, para abrir as contas que interessam.
O facto de ser sportinguista desde que me conheço por gente, já lá vão mais de 60 anos, leva-me a estar sempre de pé atrás até ao lavar dos cestos, que eu vindimas também fiz muitas e no rabisco às vezes é que se apanham os melhores cachos e os mais doces, aqueles que dão vida depois no tonel. Ora este facto, o de ser sportinguista, avisa-me para não dar nada por adquirido antes que um qualquer pinheiro apite para o final das hostilidades. E aquele 3-0 aos vinte minutos, ao contrário de alguns convivas que já anteviam uma goleada das antigas, levou-me a conter o meu entusiasmo. Debast e Vladan (que bela forma de nos empalar, rapaz) confirmaram o meu receio.
É lamentável perder um jogo que se tem na mão. Com esta equipa do Porto, que deixou os mais experientes na bancada, arrisco-me a dizer que nenhuma equipa da primeira liga perderia este jogo. Pior, restam-me poucas dúvidas que em situação semelhante conseguíssemos fazer o mesmo que eles.
Houve uma enorme diferença de atitude em campo e jogadores que são pouco mais que banais, rasgaram-se todos para dar a volta a um resultado que os tinha atirado para um poço que até parecia sem fundo e tenho que ser justo, nós marcámos três golos sem fazer grande esforço, porque somos claramente melhores que eles, mas eles tiveram aquilo que nós raramente temos: Garra. Alguns falam de um erro arbitral, mas eu não vou por aí, não foi pelo Pinheiro que fomos claramente derrotados, foi por culpa própria e se há que assacar culpas, apesar das três fífias de Debast e do peru com direito a recheio de Vladan, elas têm de ser assacadas a Amorim, que perde dois jogos seguidos contra o Porto que nos custaram dois títulos, ou um título e um troféu, ou lá como lhe queiram chamar, e pior que isso, em ambos a vitória dos portistas é inteiramente justa.
Alguém terá que dizer ao nosso treinador que as finais são para ganhar e não para inventar e que a época só termina depois do jogo da taça de Portugal e que a pré-época termina antes do jogo da Supertaça.
Do outro lado, vimos uma equipa e um clube que estão de rastos, que herdaram uma situação de falência, que se perdessem este jogo pelos números a que chegou o marcador levariam uma "porrada" enorme na sua auto-confiança e o que vimos? Raça, querer, entrega... E normalmente quem porfia, consegue alcançar e eles conseguiram. Sairam deste jogo com uma confiança enorme para o campeonato, com a moral lá no alto. Já nós, bom, nós, o nosso treinador pede-nos para continuarmos a acreditar neles. Ó Amorim, nós somos sportinguistas, se há alguém que nunca deixa de acreditar somos nós, prega mas é lá o teu discurso na academia para os teus jogadores, que a mim me parece que há por lá alguns que ou andam com má vontade ou acreditam pouco.
No que diz respeito ao plantel, este jogo deixou claras as deficiências que tem. Anda-se há dois meses atrás de um grego e eu temo que a gente se veja gregos para marcar golos, sem um rapaz para ajudar o Gyökeres lá na frente, porque este parece que não sai de Atenas. Este rapaz Debast, teria sido avisado deixá-lo no banco, que as rotinas se fazem nos treinos, não numa final, ainda por cima contra o Porto. Diomande é, até prova em contrário, o dono daquele lugar. Tal como me parece que Franco é o dono da baliza, por alguma razão tem o n.º 1 na camisola. Este Vladan já cometeu erros suficientes e não por culpa dos colegas da defesa, que denotam falta de técnica, nos jogos da pré-época. Isso resolve-se com treino, tem a palavra o meu amigo Vital, mas até que seja inequívoca a diferença, deixem lá estar o Franco Israel, que tão boa conta deu da nossa baliza até se lesionar na época passada. Falta-nos um defesa direito, ou um central do lado direito, como queiram, que Geny quando joga por ali não defende e temo que se o lugar tocar a Quenda, o mesmo venha a acontecer. Precisamos de um 10 que faça explodir o jogo, não de um que se perca em rodriguinhos e como a época vai ser dura e esperemos que longa, falta não só qualidade, mas qualidade e quantidade, que eles não são de ferro.
A procissão está no adro. Os santos, os anjinhos, o vigário e o pálio e o povo, ainda não sairam, mas os sinos já repicam e a procissão ainda não está completa, falta gente para carregar o andor. Isso preocupa-me mais que as fífias do Debast e o pior dos pecados é que a procissão vai sair e se sai sem andor, ou com pouca gente para o levar a ombros, inevitavelmente ele vai tombar. E se tomba, adeus Amorim.
Pinto da Costa perdeu as eleições de forma clara, com uma retumbante derrota, não tendo chegado sequer aos 20% dos votos. Qualquer pessoa que respeitasse a decisão de quem votou, neste caso os sócios do clube que presidiu, afastar-se-ia de imediato. Mas Pinto da Costa sempre olhou para o Porto como coisa sua. Assim, até ao final de Maio vamos ter o presidente eleito por larga maioria dos sócios do Porto e teremos como presidente da sad, do futebol portanto, o candidato largamente derrotado nas eleições, que se recusa a sair. E ainda há quem apoie uma pessoa destas.
Parece que agora já é fixe, como vi ontem alguns comentadores em vários canais de televisão enaltecerem.
Foi uma declaração de profundo portismo a primeira intervenção de Villas-Boas, segundo eles.
Limitou-se a um "Porto! Porto! Porto! Porto!".
Vá, não mandou ninguém bardamerda, mas este vem de famílias com pedigree, não caía bem.
Estimo muito que não lhe minem o caminho e que não lhe expluda o Olival nas mãos, que ainda se arrisca a ser corrido. Bom, se for, vai treinar algum clube. Há quem passe música.
E com esta me despeço até meados de Maio, esperando regressar campeão.
Quando tudo acaba bem.
Vejamos: O Porto ganhou, bom para eles que não deixam fugir o Benfica, pelo menos nesta jornada;
O árbitro afinal não se portou tão mal como se temia;
O Sporting ganhou um ponta-de-lança e por fim, mas não menos importante,
Ninguém se aleijou...
Fui a primeira vez a Alvalade de forma autónoma (i.e. sem acompanhante adulto) aos 16 anos. Vou para 63, portanto há 46/47 anos que vou a Alvalade regularmente, nunca fiz um pleno de época é certo, mas tenho ido com muita regularidade, tenho GB, etc. e hoje, ao fim destes anos todos, foi a primeira vez que saí do estádio antes do jogo terminar. E sem muita vontade de lá voltar nos tempos mais próximos. E como eu, milhares dos que nunca regateiam o seu apoio com a presença faça chuva, vento, sol ou todos juntos.
O Pedro Correia já definiu o jogo de hoje e tudo à sua volta como medíocre. Eu acrescento que corremos o risco de chegarmos ao mau muito rapidamente, porque segundo Ruben Amorim, não vai mudar nada enquanto cá estiver.
É minha convicção que esta pobreza franciscana ainda agora começou e que se não se meter um travão nisto, o Braga passa-nos definitivamente à frente e o Vitória está a criar estrutura para nos deixar também para trás.
Se quem dirige isto pensa que as camisolas ganham jogos e títulos está muito enganado, portanto ou mudam o disco, ou tocando o mesmo estamos feitos. Por enquanto só deixamos de ganhar títulos, continuando por este caminho, a médio prazo, corremos o risco de deixar de ter clube, mas eles é que sabem, de futebol percebem eles.
Se o Braga tem ganho ao Benfica,
E nós temos goleado o Braga,
Logo somos melhores que o Benfica.
Não é média aritmética, mas não deixa de ser filosofia da boa!
Se o ASD é o que é, aposto que só depois de termos sido roubados é que virá o nosso Rui Costa à sala de imprensa.
Falando no Rui Costa, não o vi reclamar sobre os dois penaltis claríssimos cometidos pelos seus jogadores, Grimaldi e Lucas Veríssimo, na eliminatória anterior com o Varzim.
O futebol português continua pejado de trafulhice e trafulhas ("percebes Sérgio Conceição?")
Vamos defrontar este domingo o Porto.
Soares Dias foi o árbitro "escolhido"
Francisco Seixas da Costa, reconhecido adepto do Sporting, acaba de ser condenado por ter escrito em 2019, numa rede social, um vocábulo visando o treinador do FC Porto. Sérgio Conceição sentiu-se difamado, tendo accionado um processo contra o embaixador para efeitos de reparação na justiça civil.
A condenação foi tornada pública no Tribunal do Porto, que deu como provado o delito de difamação agravada, condenando agora o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus a uma reparação ao técnico portista em forma de multa.
Tomo conhecimento da notícia com preocupação. Por concluir que configura um recuo da liberdade de expressão em Portugal.
À luz da lógica perfilhada pela juíza do Porto, vários textos já publicados neste blogue estariam eventualmente sujeitos a condenação: o técnico que se sentiu difamado por Seixas da Costa já terá sido aqui contemplado com expressões tão ou mais duras.
E o que dizer do presidente da Câmara Municipal da Cidade Invicta, Rui Moreira, que sendo em simultâneo membro do Conselho Superior do FC Porto, brindou há poucos dias um jornalista da Sport TV com a elegantíssima expressão «perfeito imbecil»?
Será mais benigna do que «javardo»?
A sentença que condena Seixas da Costa não transitou em julgado: seguirá para apreciação em recurso. Onde - estou convicto - vai imperar a jurisprudência que vigora, em larga medida, nos nossos tribunais.
Recordo que em Maio de 2013 um notório adepto portista, Miguel Sousa Tavares, chamou «palhaço» a Cavaco Silva, à época Presidente da República. Fê-lo em afirmação reproduzida em letras garrafais, na manchete dum jornal diário. Dias depois deixou claro que não tencionava pedir desculpa por tal frase.
O processo nem chegou a prosseguir: foi arquivado à nascença pelo Ministério Público.
Há também jurisprudência estabelecida neste domínio no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Que tem sancionado o Estado português por sentenças judiciais que vêm comprimindo a liberdade de expressão entre nós. Foi o que se verificou aqui, aqui, aqui e aqui - só a título de exemplo.
Tudo isto, que ultrapassa em larga medida a questão clubística ou o universo do futebol, justifica atenção. Pela minha parte, assim o farei. Fica prometido.
Esta frase foi publicada na edição de "Record" do dia 27 de Outubro de 2018.
Foi cumprida até ontem, vindo uma carrada de anos depois dar razão ao inefável Pimenta Machado, que dizia que "no futebol, o que hoje é mentira, amanhã é verdade".
Nada contra, mas terei algumas dúvidas se Ruben Amorim terá gostado da visita.
Aliás, não sendo, como sabe quem me lê, adepto das teorias da conspiração, parece-me que o que se está a preparar é um esticar de corda com o treinador, com o objectivo de o colocar num grande da Europa. No Benfica, o lugar está ocupado, os adeptos dessoutra teoria conspirativa podem estar descansados.
Algumas vozes já me segredaram o nome do "barbas" Espírito Santo, para render Amorim.
Não sei. O que sei é que a paciência tem limites e parece-me que o jovem treinador está a ficar de saco cheio.
O presidente foi ao balneário depois de uma dorrota copiosa no terreno de um directo competidor. O balneário é grande, com paredes grossas, não se terão ouvido gritos, nem consta que tenha havido.
A mosca que enviei ao Porto mandou-me um telegrama (eu sou antigo...) cujo teor transcrevo na íntegra: "pres stop baln stop ning stop entendeu stop q stop disse stop Não gritou stop culpa Matheus stop e herança pesada stop".
O presidente, ou alguém mandatado por ele, deveria explicar-nos por que carga de água temos um excelente ponta de lança inscrito pela equipa B. A mosca não me deu conta de o tema ter sido abordado naquela visita que supostamente nunca existiria.
Já algumas más línguas dizem que o senhor foi ao balneário para salvaguardar o telemóvel, apenas. Eu cá, se não fosse o telegrama da enviada especial mosca, tenderia a crer nesta versão...
Bom, pelo menos publicamente o treinador não "escoicinhou" como o mestre da táctica, o que não quer dizer que não tenha ficado agastado.
Aguardam-se cenas dos próximos capítulos.
Querem que fale de Matheus Nunes?
Se calhar é melhor não...
O discurso de Varandas foi lido. Logo tem de se assumir que foi algo pensado e não “a quente”. Não acredito que não tenham sido medidas eventuais consequências, nomeadamente as legais.
O discurso de Varandas foi feito quando já se sabia o resultados das competições máximas do futebol. Logo não pode ser acusado de uma qualquer manobra para o jogo seguinte...
O discurso de Varandas é uma pedra no charco na intoxicação que os média fazem aos cidadãos nesta altura do ano atirando-lhes lama e mais lama de boatos e jogadas de empresários sobre o “mercado”.
O discurso despertou imediatamente um coro de comentários dos doutos cronistas alinhando 1) na ideia de que o discurso não alimentava a “pacificação” mas sim “o incêndio”; 2) Que PdC não deve ser criticado por ser o presidente mais titulado de Portugal.
Se bem percebo, o argumento defende que é preferivel uma paz podre a uma tentativa de limpeza da podridão. Será? Os mesmo que criticam “o causador de incêndios” afirmam e reafirmam que a violência, a corrupção, as lavagens de dinheiro e a cobertura do crime têm de ser banidas, mas depois, quando chega o momento da acção, já defendem que o melhor é parar e não “criar ondas”. Belo exercicio de coerência!
Mas digam-me ainda: Se não é para denunciar e promover a acção de limpeza agora é para quando?
Salazar tambem esteve no poder 40 anos. Então não o deveríamos criticar por isso?
Sobre a democracia, o comentador portista Rudolfo foi claro: «Ai daquele adepto do FCP que cumprimentar Varandas.» O implícito está claro: «Vai levar porrada!» Ora, isso diz tudo sobre os métodos democráticos que usa a actual direcção do Porto.
E depois, Lance Amostrang não deve ser criticado porque ganhou seis Voltas à França, apesar do doping? E a descida de divisão na Itália? E o Bernardo Tapie em França? Foram campeões e por isso não são corruptos ou são corruptos e por isso foram campeões?
Duas notas ainda.
Há muitos sportinguistas que apoiam o discurso mas não acreditam na mudança. Discordo e digo. A mentalidade de aceitação do «sou pobre e honesto mas não vale a pena lutar» é cancerosa...
No Porto houve, há e haverá, seguramente, jogadores, treinadores, dirigentes e técnicos que honraram a camisola, a cidade e o clube, que são genuínos portistas e esse têm de saber que não existe nem pode existir qualquer problema em serem respeitados pelos sportinguistas que se revêem na integridade defendida no discurso de Varandas. Por isso desacordo profundamente em muito adjectivos aqui usados para minimizar a instituição ou a cidade e/ou a paixão portista.
Importa claramente separar as águas.
Mas que estamos na presença de um momento histórico, disso não tenho dúvidas.
Texto de Sol Carvalho, publicado originalmente aqui.
Futebol Clube do Porto prepara-se para ser campeão nacional de futebol. Basta-lhe conquistar 1 ponto em 6 possíveis. Mesmo não pontuando no estádio do Benfica, na última jornada recebe o Estoril Praia, clube amigo e que está a meio da tabela, com a situação resolvida.
Foi um campeonato a recordar os velhos tempos do reinado de Pinto da Costa, que tinha sido interrompido pelo Benfica de Luís Filipe Vieira, seu herdeiro e sucessor, caído em desgraça por causa dos seus “negócios” na sua vida profissional. Ao contrário de Pinto da Costa, o ex-líder do Benfica cometeu o erro de continuar a ser proprietário de um vasto conjunto de empresas, para poder alardear em público que não ganhava um cêntimo do clube a que presidia. Mais tarde todos soubemos que afinal ganhou e não foi pouco. Mas com a queda de Luís Filipe Vieira, Pinto da Costa pôde retomar os velhos hábitos do Porto, na forma como alcançou a grande maioria dos seus títulos.
Jaime Pacheco, antiga glória do Porto e uma personagem do mundo do futebol luso, veio esta semana definir sem rodeios a forma como se deve estar no futebol. Se queres ganhar não podes ter ética no que fazes. A ética não ganha títulos. Preto no branco, Jaime Pacheco definiu o seu clube.
O triste espetáculo a que assistimos todas as semanas nos jogos do Porto não é mais que a confirmação do que disse Jaime Pacheco. Agressões, ameaças, confrontos, provocações. Ganham porque são piores. Ganham porque não respeitam o adversário. Ganham porque incentivam e promovem a ameaça a árbitros e dirigentes. O comportamento e forma de estar do seu treinador e do inenarrável Luís Gonçalves, este último administrador do clube, são o espelho do clube. Não há nenhuma linha que não se passe. Se preciso for, agride-se verbal e fisicamente. É este o Futebol Clube do Porto. Pinto da Costa comemora este ano 40 anos de presidência do clube. Está a chegar ao final o seu reinado e a sua herança é esta. Agressões, ameaças, confrontos. Para este dirigente vale tudo, mesmo tudo para ganhar, porque no fim, pensa ele, só contam as vitórias e os troféus conquistados.
Engana-se.
O Futebol Clube do Porto de Pinto da Costa vai ficar na história como o clube da fruta, do café com leite, o clube do macaco, do apito dourado, das agressões, dentro e fora do estádio, do terror dos árbitros e das suas famílias, perseguidos por gangs apoiados pelo clube, das chantagens a outros clubes mais pequenos.
No fim de 40 anos o legado do pior dirigente que tivemos em Portugal vai ser este.
Tem dias que prejudica o Sporting.
Tem dias que beneficia o Porto.
Tem dias que é declaradamente peça do polvo.
O título deste post poderia ser também "Se queres ter um bom amigo, dá-lhe porrada".
Soares Dias ainda sente os calos apertados pelas festas que lhe fizeram num célebre treino e do que o Soares Dias tem preocupação todos os dias, é de que a montra, a sua e a da pastelaria, no final dos dias continue inviolável. Afinal ele lembra-se que anda por aí um que ficou sem dentes...
Tudo a bem da nação, que é como quem diz do clube que diz que é de uma cidade que é uma Nação.
E ainda há por aí quem acredite que eles vão perder pontos.
Esperem sentados.
Nota: Neste lance Soares Dias foi avisado pelo VAR de que o cartão a mostrar teria que ser mais escuro que amarelo. O senhor foi ver na televisão e achou que a integridade física do jogador do Boavista não foi molestada. Sabem porquê? Porque quando olhou para o ecran a primeira coisa que lhe veio à memória foi a imagem da montra e o macaco a arrear-lhe. A ele e à montra.
Recebi há bocado por e-mail mais uma edição do jornal do clube. Já agora convém recordar, o mais antigo de todos os clubes em actividade.
Para não vos fazer perder muito tempo, transcrevo parte do editorial de Miguel Braga, director de comunicação do Sporting:
"Ficámos a saber que para o CD, um pontapé de Agustín Marchesín é menos grave que uma estalada de João Palhinha: o internacional argentino foi castigado com dois jogos, o internacional português com três (falhando por isso o confronto com o FC Porto para a Taça de Portugal). Este é o mesmo CD que castigou Uribe com apenas um jogo quando este agrediu violentamente Ricardo Esgaio com uma cabeçada no nariz. Ou seja, uma cabeçada violenta deu direito a um jogo de suspensão, um pontapé a dois jogos, já a estalada corresponde a três jogos (o triplo da cabeçada de Uribe digna de um filme de Steven Seagal).
O expedido CD também anunciou que Matheus Reis – o mesmo jogador que foi agredido por mais do que uma vez por elementos dos coletes azuis e cor de laranja – tem um processo disciplinar "por gesto incorrecto executado no decorrer do jogo, amplamente divulgado na comunicação social e que não foi relatado em relatórios oficiais". Certamente que o CD achou normal e recomendável o comportamento de Otávio que, em directo, insultou e desafiou consecutivamente Bruno Tabata para um duelo nos balneários. Recordemos também um jogo do ano passado, no mesmo estádio e com as mesmas equipas, quando este CD já estava em funções, e onde o filho do treinador do FC Porto cuspiu na direcção de Pedro Porro, insultando a mãe deste. Foi aberto processo? Não. Aliás, os nomes que se chamam aos familiares dos jogadores servem apenas para abrir processos aos jogadores do Sporting CP, Nuno Santos que o diga. O mesmo jogador que foi suspenso em tempo recorde por um gesto descrito em relatório que as imagens de jogo desmentem.
As imagens também desmentem de forma escandalosa o amarelo que vai retirar Sebastián Coates do próximo jogo com o Estoril. No mesmo lance, Taremi não só pisou de forma grosseira o central uruguaio, como conseguiu voar posteriormente, rebolando no chão cinco vezes sobre si próprio, tal era a dor provocada pelo pisão… que deu. A injustiça decorrente deste lance caricato e revoltante, que marcou o jogo e possivelmente este campeonato, e que foi amplamente divulgado na comunicação social, segundo este Conselho de Disciplina é para manter. Coerência, acima de tudo: que a verdade objectiva das imagens não se sobreponha a erros clamorosos dos homens do apito ou a descritivos subjectivos de um qualquer relatório".
Portanto, em resumo, na bolsa de valores do douto CD, as eminências pardas têm esta tabela:
Chapada - 3 jogos de suspensão (se o agressor for do Sporting Clube de Portugal);
Pontapé - 2 jogos de suspensão, castigo aplicado apenas se o prevaricador for suplente na sua equipa;
Cabeçada - 1 jogo de suspensão, apenas se partir o nariz ao adversário e se ele for jogador do Sporting.
Claro que se espera recurso desta canalhice toda seja para onde for.
Ou um dia destes um tiro nos cornos de alguma eminência parda, por parte de alguém que se sinta injustiçado.
À boa maneira siciliana, o recado foi dado.
Estou até com receio pela integridade física do Pepe, coitado...
Que me desculpem, meus caros, mas assim a quente, o Pinheiro é um enorme filho da puta!
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