Disputamos esta época desportiva com os ecos muito recentes da anterior. Vencemos a Liga 2023/2024 com 90 pontos - a melhor pontuação de sempre no Sporting em toda a história do campeonato nacional de futebol. Superando por quatro pontos a anterior marca, estabelecida oito anos antes, quando a equipa era orientada por Jorge Jesus.
Vale a pena comparar estatísticas actuais com as do campeonato nacional de futebol que vencemos vai fazer três anos - para alegria de (quase) todos nós.
Aqui estão elas, após 25 jornadas cumpridas:
Sporting 2020/2021 - 65 pontos, com 20 vitórias e 5 empates. Golos marcados: 47. Golos sofridos: 12.
Sporting 2023/2024 - 65 pontos, com 21 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Golos marcados: 75. Golos sofridos: 25.
Principal diferença, óbvia: temos agora mais 28 golos marcados, algo extraordinário. Por isto e pelo resto, confirma-se: estamos no bom caminho.
Pedido aos leitores: se algum de vós tiver ainda acesso às classificações atribuídas pelos jornais desportivos de 16 de Fevereiro ao desempenho dos nossos jogadores no Young Boys-Sporting desde já agradeço essa partilha.
Ao contrário do que sempre faço, não anotei a pontuação dos três jornais nessa partida da Liga Europa em que fomos à Suíça vencer 3-1. É um registo em falta que espero ainda colmatar.
Com a colaboração de quem puder.
* Questão resolvida. Muito agradeço ao prezado leitor Luís Ferreira.
Rúben Amorim: há um ano, na mesma fase do campeonato, o Sporting só tinha dez pontos. Agora tem 16
Foto: José Sena Goulão / Lusa
I
Tenho visto por aqui comentários depreciativos de alguns adeptos do Sporting, no estilo habitual de tentarem desvalorizar a própria equipa, dizendo que beneficiámos de um calendário mais fácil e de adversários mais acessíveis do que os nossos velhos rivais.
Vejamos se é assim.
II
Enumero os jogos dos chamados três grandes disputados até agora, nas seis primeiras jornadas.
Primeira:
Boavista, 3 - Benfica, 2
Moreirense, 1 - FC Porto, 2
Sporting, 3 - Vizela, 2
Segunda:
FC Porto, 2 - Farense, 1
Benfica, 2 - Estrela, 0
Casa Pia, 1 - Sporting, 2
Terceira:
Gil Vicente, 2 - Benfica, 3
Rio Ave, 1 - FC Porto, 2
Sporting, 1 - Famalicão, 0
Quarta:
FC Porto, 1- Arouca, 1
Benfica, 4 - V. Guimarães, 0
Braga, 1 - Sporting, 1
Quinta:
Vizela, 1 - Benfica, 2
Estrela, 0 - FC Porto, 1
Sporting, 3 - Moreirense, 0
Sexta:
FC Porto, 2 - Gil Vicente, 1
Portimonense, 1 - Benfica, 3
Sporting, 2 - Rio Ave, 0
III
Breves reflexões:
- É verdade que o Sporting foi a equipa que jogou mais vezes em casa: quatro. FCP disputou tantos em casa como fora e Benfica só por duas vezes foi anfitrião.
- Convém realçar, no entanto, que já defrontámos quatro equipas que se encontram na metade superior da tabela: Casa Pia, Famalicão, Braga e Moreirense. O Benfica, apenas duas: Boavista e V. Guimarães. Quanto ao FC Porto, até agora só jogou contra uma - o Moreirense.
IV
Disputadas estas seis jornadas, seguimos com 16 pontos (12 golos marcados, 4 sofridos), os mesmos do FC Porto, embora os portistas tenham pior registo de golo (10-5). O Benfica vai em terceiro, com 15 pontos (16 marcados, 7 sofridos).
Nem vale a pena falar do Braga, num modesto sexto posto, com apenas 10 pontos (14 golos marcados, 11 sofridos).
Conclusão: não depreciemos o percurso já feito pela nossa equipa. Que nesta mesma fase, no campeonato anterior, tinha só 10 pontos (vitórias em casa contra Rio Ave e Portimonense, e único triunfo fora, no Estoril; empate em Braga; derrotas no Dragão e em Alvalade frente ao Chaves). Doze golos marcados, oito sofridos.
Finalizada esta edição da 1ª Liga, com base nas apreciações dos três jornais desportivos diários que o Pedro Correia aqui nos traz, e se não me enganei a transcrever alguma pontuação, podemos então estabelecer a seguinte ordem de mérito:
1. Pontuação Total:
1
Pedro Gonçalves
523
2
Coates
519
3
Palhinha
489
4
Adan
486
5
Porro
457
6
Nuno Santos
438
7
Nuno Mendes
432
8
Feddal
411
9
Tiago Tomás
405
10
João Mário
399
11
Matheus Nunes
389
12
Jovane
304
13
Neto
299
14
Daniel Bragança
265
15
Inácio
233
16
Tabata
203
17
Paulinho
200
18
Matheus Reis
181
19
Sporar
167
20
Antunes
95
21
Plata
95
22
João Pereira
53
23
Wendel
45
24
Vietto
44
24
Max
33
25
Eduardo Quaresma
23
26
Borja
15
27
Tomás Silva
13
28
André Paulo
12
29
Dário Essugo
11
2. Desempenho Médio:
1
Max
16,5
2
Pedro Gonçalves
16,3
3
Coates
15,7
4
Palhinha
15,3
5
Porro
15,2
6
Adan
15,2
7
Wendel
15,0
8
Nuno Mendes
14,9
9
Feddal
14,7
10
Vietto
14,7
11
Paulinho
14,3
12
João Mário
14,3
13
Nuno Santos
14,1
14
Inácio
13,7
15
Neto
13,6
16
Tiago Tomás
13,5
17
João Pereira
13,3
18
Tomás Silva
13,0
19
Matheus Nunes
13,0
20
Sporar
12,8
21
Tabata
12,7
22
Jovane
12,7
23
Daniel Bragança
12,6
24
Matheus Reis
12,1
25
André Paulo
12,0
26
Antunes
11,9
27
Plata
11,9
28
Eduardo Quaresma
11,5
29
Dário Essugo
11,0
30
Borja
7,5
3. Número de vezes os Melhores em campo :
1
Pedro Gonçalves
12
2
Coates
6
3
Porro
4
4
Palhinha
4
5
Adán
3
6
Nuno Mendes
3
7
Matheus Nunes
2
8
Jovane
2
9
Nuno Santos
2
10
Wendel
1
11
Tabata
1
12
Feddal
1
13
Paulinho
1
Os números não mentem. No pódium têm de estar e por esta ordem Pedro Gonçalves, Sebastián Coates e João Palhinha.
Tirando o caso de Luís Maximiniano, com a pontuação média inflacionada pelo pequeno número de jogos efectuado, Pedro Gonçalves surge como o melhor em tudo, melhor pontuação global, melhor pontuação média, mais vezes melhor em campo a grande distância dos seguintes, tudo complementado com o título de melhor marcador. Contratação assim, só mesmo a de Bruno Fernandes.
Depois vem Sebastián Coates. Já falei tanto dele que não sei mais o que dizer. Respect! O captain! My captain!
E depois João Palhinha. Uma época que começou de forma atribulada, uma mistura de situações e indefinições, e acabou da melhor forma, foi o pêndulo da equipa, o homem dos equilíbrios, o garante da estrutura táctica, muitas vezes penalizado injustamente por arbitragens sem dimensão europeia. Um jogador de nível Champions.
Note-se também que nos dez primeiros da pontuação total estão sete contratações / regressos desta época. Se recuarmos ao plantel vencedor da Taça de Portugal de há dois anos, então desses dez só um integrava o plantel. O capitão. Uma prova do excelente trabalho realizado este ano pelo director desportivo Hugo Viana.
Depois temos a maior riqueza deste plantel: os jovens da academia de Alcochete, do Nuno Mendes ao Max, uns que chegaram mais novinhos outros mais tarde, uns nascidos em Portugal outros não. São muitos, são mesmo bons, e muito melhores vão ainda ser. Até porque contam com Rúben Amorim que acredita neles e lhes dá todas as oportunidades. E assim se constrói o futuro do Sporting.
Fica então aqui aberta a discussão sobre estas pontuações.
Com 79 pontos, estamos a um passo de reconquistar o campeonato nacional de futebol. Após um longo e penoso jejum de 19 anos.
Faltam-nos dois pontos para atingir essa meta. Uma vitória, portanto. Ou dois empates. O título já não nos foge.
2
Há quem reclame exibições de excelência aos pupilos de Rúben Amorim. Não é o meu caso.
Eu quero títulos, em primeiro lugar.
Em segundo lugar, quero títulos.
Em terceiro, idem aspas.
Só depois exijo boas exibições.
Entretanto, recordo que este vitorioso Sporting 2020/2021 não foi reforçado com jogadores que custaram mais de cem milhões de euros, como o Benfica, nem recebeu milhões da Champions, como o FC Porto.
Também não me esqueço que nunca entrou em campo sem portugueses nem jogadores da formação no onze titular. Ao contrário de Benfica e FC Porto.
Vencer o campeonato com uma equipa jovem, onde há vários jogadores formados na nossa Academia, é motivo redobrado de orgulho.
E motivo de inveja para os nossos rivais. Que também apregoam a formação mas não a praticam.
3
Neste momento, a três jornadas do fim, seguimos com mais oito pontos que o FC Porto, mais doze do que o Benfica e mais vinte que o Braga. Sem derrotas.
A enorme distância pontual que mantemos face à equipa minhota - que sonha ser clube "grande", tarefa impossível com um presidente tão pequeno - só me faz rir. Porque bem recordo o que diziam os pseudo-catedráticos do esférico no início da época, apontando o Braga como "equipa sensação" do campeonato. Enquanto outros, já a meio da temporada, proclamavam que os encarnados do Minho praticavam "o melhor futebol" da Liga.
Esta gente nem se apercebe dos disparates que vai bolçando...
O quadro que o Ricardo Roque publicou mais abaixo explica muito. Por esta altura o fcp tem apenas menos 3 pontos do que os que tinha o ano passado, ainda assim suficientes para ficar acima do slb que este ano só tem menos 1 ponto do que em 19/20.
Esta seria a tal normalidade, a divisão do espólio entre estes dois emblemas, estragada por um punhado de pernas de pau de meia-idade e um rancho de putos imberbes, treinados por um desqualificado que nem diploma tem, lá do "clube de malucos."
Tanto almoço de negócios, tanto pilim gasto com avenças em bordéis, tanto magistério de influência, tanta despesa de deslocação e em seguros de acidentes de trabalho com corrécios que chegam a ter que ir ao Alentejo no exercício da sua profissão, tanto poderzinho arduamente conquistado nas trincheiras institucionais do futebol, tantas garrafas de JB pagas a jornalistas e comentadores da persuasão, tanta organização para isto? Claro que é de um homem perder a cabeça.
Quero deixar aqui alguns dados estatísticos para animar os Sportiguistas e verem porque continuo a acreditar no título.
Nos últimos dois títulos que ganhámos (também com 34 jogos), em 1999/2000, fizemos 77 e o segundo classificado 73, portanto mais 4; depois, em 2001-2002, fizemos 75 e o segundo classificado 70, portanto mais 5.
(...)
Neste momento, e caso tanto Porto como Benfica ganhem os seus jogos nesta jornada, o máximo que cada um alcançará será:
Porto, 84 pontos;
Benfica, 78 pontos.
O Sporting poderá chegar aos 88.
Isto quer dizer que de certeza ultrapassaremos essas duas últimas classificações em que fomos campeões.
Portanto os 86 de 2016 que o Jorge Jesus fez - e que não chegaram para sermos campeões - desta vez, com Amorim, chegarão. Sendo assim, teremos de ganhar cinco jogos e empatar um (que penso será o da Luz) e nem precisamos nos preocupar com o resultado do Benfica-FC Porto.
Outro dado estatistico: faltam 9 pontos para assegurarmos a Champions directa.
FORÇA SPORTING, ESTOU CONTIGO!
Texto do leitor Leão 79, publicado originalmente aqui.
Fazendo um voo rasante por redes sociais de supostos adeptos do SCP, leio diversas frases depreciativas para a nossa equipa. Que começam, várias vezes, pela expressão "este Sporting". Escrita com aparente desprezo.
Pois "este Sporting" acaba de superar um recorde de 87 anos da história leonina em campeonatos de futebol: 27 jogos seguidos sem perder na mesma prova.
"Este Sporting" tem de momento o maior artilheiro da Liga: Pedro Gonçalves, com 17 golos. E a defesa menos batida: só 13 golos sofridos.
"Este Sporting" não sofreu golos em 16 das 27 partidas disputadas.
"Este Sporting" acaba de somar mais três pontos, tendo agora 69. Para já, nove acima do FC Porto e 12 acima do Benfica.
"Este Sporting" lidera há 21 jornadas, isolado, a prova máxima do futebol português.
"Este Sporting" está a cinco vitórias do título de campeão nacional.
30 pontos em disputa 10 pontos de avanço sobre o 2.° classificado Faltam 21 pontos para atingir o impossível.
Nota pessoal: o meu filho é trabalhador-estudante. Exerce funções no pólo EUL, como secretário técnico das equipas. Iniciou as suas funções em 2016, como estagiário do Curso de Técnico de Gestão Desportiva que frequentou no Sporting. O escalão com o qual trabalhou nesse primeiro ano, era o dos 11-12 anos e tinha um menino chamado Dário Essugo. Ontem foi uma noite muito emotiva, para o Dário e para quem acompanhou o seu percurso. Estão de parabéns todos os que, na estrutura de formação do Sporting, conseguem mudar a vida destes miúdos.
Espera-se que daqui a duas jornadas já possamos ter ultrapassado a pontuação total da época passada.
Mais contas:
- Temos mais 19 pontos do que à 21.ª jornada da época passada, que são 16-18 pontos a mais se considerarmos os jogos com as mesmas equipas (o intervalo tem a ver com os jogos com Aves/Vitória e Nacional/Farense que desceram/subiram); a este ritmo, na hipótese menos favorável de mais 16 pontos, apontamos a fazer 33-34 pontos nas 13 jornadas que faltam;
- Inspirado em contas que o Rogério Azevedo faz hoje no jornal A Bola a propósito do FC Porto, nas últimas 13 jornadas das seis épocas mais recentes (campeonatos com 18 clubes) fizemos uma média de 29,8 pontos (24 em 2019/20; 32 em 2018/19; 28 em 2017/18; 29 em 2016/17; 34 em 2015/16; e 32 em 2014/15);
- Em rigor, faltam-nos 31 pontos para assegurar o 1.º lugar esta época; com menos rigor, 28 pontos devem chegar, imaginando que os nossos adversários perdem pelos menos dois pontos nos 13 jogos que também lhes faltam e que após o jogo em Braga mantemos vantagem no confronto direto com o Sp. Braga (ganhámos 2-0 em Alvalade, recordo).
Dito isto, jogo a jogo. E foco total no confronto com o Santa Clara desta sexta-feira.
Texto do leitor Luís Ferreira, publicado originalmente aqui.
A estrada que há que percorrer com a determinação que temos tido, para um final feliz!
Fonte: Twitter de polik- @polikpt
E uma curiosidade com que, também no Twitter, o Rui Miguel Tovar @ruimtovar nos presenteia sobre a pontuação à 21.ª jornada em diversos campeonatos europeus:
Classificação à 21.ª jornada 🇩🇪🇪🇸🇫🇷🇮🇹🏴+🇵🇹 Top 11 55💚SCP 54 ATL 49 BAY 49 MIL 47 INT 47 MC 46❤️SCB 45 PSG 45💙FCP 45 LIL 44 RBL
Quando ainda faltam 13 jornadas para terminar a Liga 2020/2021, temos já tantos pontos (55) como os que somámos no fim do campeonato 2007/2008 (treinador: Paulo Bento).
E não só.
Também já levamos mais sete pontos do que no fim do campeonato 2009/2010 (treinadores: Paulo Bento e Carlos Carvalhal). E do campeonato 2010/2011 (treinadores: Paulo Sérgio e José Couceiro). E mais 13 do que no tristíssimo campeonato 2012/2013 (treinadores: Sá Pinto, Oceano, Franky Vercauteren e Jesualdo Ferreira).
É obra.
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