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És a nossa Fé!

Podres de espírito


Incrível como Rúben Amorim e a sua equipa técnica são tão melhores que os outros treinadores na nossa Liga. Menos incrível como a fraqueza das instituições permite que eventos pós-jogo como os de ontem se repitam. A sensação de impunidade de muitos dos indivíduos deve-se apenas e só a isso. Pensemos quem tem sido favorecido nas últimas décadas por tanta tibieza e podridão nas decisões de arbitragem, castigos e organização e chegamos depressa à resposta. Achar que um árbitro pode, sozinho, parar esta maré, é ingenuidade.

Nunca supus que o jogo de ontem viesse a ser fácil, disputado ou pacífico. Não me admira nada do que aconteceu, muito menos a simplicidade com que um fulano de colete azul, que não faz parte da ficha de jogo, dá um soco num dos jogadores. Já cá ando há muito anos e nada daquilo espanta, como não espantará que o castigo seja uma multinha ou uma interdição quando já não houver risco de afetar nada. Nada lhe vai acontecer, zero. O mais certo é estar a receber palmadas nas costas e promessas de almoços pagos. Apostaria bom dinheiro em como está a viver um dos melhores dias da sua vida, feito herói da esperteza, rei dos pobres do espírito, efémero herói da barbárie. Não ganhará centenas de milhar de euros ao longo de décadas, mas estas migalhas de importância vão valer ouro na sua existência.

Há várias razões para sermos um país pobre. Esta podridão e impunidades de décadas numa atividade tão importante para a população como é o futebol é tanto um sintoma como uma causa.   

O Rigor Mortis de uma classe

Passámos a fase de grupos, que bom.

Agora o que interessa; então temos o presidente da comissão da carteira profissional de jornalistas a afirmar, e de peito feito, que Cristiano Ronaldo cometeu um crime ao fazer mergulhar em águas internacionais, de forma intencional, um microfone da cmtv.

O senhor Henrique Pires Teixeira, de sua graça, assegura-nos mesmo que tal crime, foi já decidido como tal deve, e será, investigado pelo nosso, dos portugueses, ministério público. Nesta demanda sobre o respeito que todos nós, Cristiano incluído, devemos à classe, deles, é este presidente acompanhado por Luís Filipe Simões, escriba, logo jornalista, do desportivo A Bola e membro da direcção do sindicato dos jornalistas.

Neste paraíso onde habitamos, temos também lagos mas de águas nacionais, e mar, muito mar, com sol, boa comidinha, que nos altera amiúde o colesterol, e hábitos mediterrânicos que nos fazem ferver em água, às vezes muita na maioria pouca. É aqui então que cresceu, foi crescendo, uma trupe que se protege, cuida e que reivindica, também de peito cheio, um tratamento especial. Não um tratamento a eles, mas sim o tratamento que proporcionam aos outros. Falamos de, vá, pessoas, que têm como fito de vida a busca da calúnia, a propagação de mentira, e a ocultação da verdade que não vende.

Intitulam-se jornalistas e, pior, os dirigentes desta classe, falamos de uma profissão que tem “carteira”, isto é, para que a exerçam alguém tem que os certificar, defendem-nos apenas e só por que são jornalistas. Estes dirigentes não se interessam se o que aquelas, vá, pessoas trasvestidas de jornalistas fazem diariamente. Não querem saber se são ou não avençados de interesses que chocam com a sua profissão. É-lhes indiferente, olham para os botões das suas camisas e fazem a escolha mais fácil e também a mais cobarde: defendem a podridão, defendem aqueles que destroem a credibilidade da sua classe e assim asseguram a manutenção dentro do sistema. Vão a festas, recepções, cocktail´s e que mais haja para encher a barriga, que a conação dá fome.

Esta reação corporativa apenas nos confirma a podridão que ainda existe por cá.

Bom, venha a Croácia no sábado.

{ Blogue fundado em 2012. }

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