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És a nossa Fé!

O plantel do Sporting

Fechado o mercado de Inverno, o valor do plantel do Sporting é claramente o maior do futebol português segundo o TM. São 466M€ contra 341M€ do Benfica e 303M€ do Porto, e já agora, 109M€ do Braga.

Isto acontece porque o Sporting conseguiu reter os jogadores mais valiosos do plantel, enquanto substituiu dois jogadores que estavam em perda, Kovacevic e Edwards.

 

Rui Borges tem procurado ajustar o plantel ao seu modelo de jogo baseado no 4-4-2 clássico, nomeadamente realocando dois centrais a outras funções. Assim, já é clara a definição do onze-base e do alternativo (a sublinhado estão os jogadores actualmente a contas com lesões/limitações físicas):. 

Onze-base: Rui Silva; Fresneda, Diomande, Inácio e Maxi; Trincão, Hjulmand, Morita e Quenda; Pedro Gonçalves e Gyokeres.

Onze alternativo: Israel; Quaresma, St. Juste, Debast/Quaresma e Matheus Reis; Catamo, Debast, João Simões e Biel; Bragança e Harder.

São estes os 21 jogadores que contam para o que falta da época. Sobram Nuno Santos (lesionado), Callai, Esgaio, e os miúdos da B. Que ainda agora esmagaram o Mónaco por 4-0 para a Youth League.

Obviamente que um ou outro reforço teria sido bem vindo. Um Sarabia por empréstimo ou um Gustavo Sá por exemplo, mas é preciso não esquecer que daqui a três meses a época terminou. Qualquer um que viesse teria de render no imediato, ou seja, teria de vir com ritmo e utilização no seu clube de origem e isso não é fácil conseguir. Vir para aquecer o banco ou competir com os miúdos não faz sentido.

 

Ficaram dois jogadores mais ou menos seguros para a próxima época.

Temos um bom plantel, o mais valioso de sempre. Mas, segundo A Bola, "o Sporting é de longe a equipa que tem jogadores com uma sobrecarga maior em 2024/2025. Sete que, entre clubes e selecções, somam acima dos 2500' esta temporada. Mais: três deles, Hjulmand, Gyokeres e Trincão, já estão bem acima dos 3000 minutos de utilização quando ainda estamos no início da 2.ª volta da Liga." 

O sucesso do Sporting tem um preço e esse preço é o esforço pedido a jogadores internacionais pelos seus países como Morita, Maxi, Catamo, Hjulmand e Gyökeres, já que o nosso seleccionador faz por ignorar a melhor equipa nacional da actualidade. E esse esforço propicia as lesões.

Todos nos recordamos de como Jorge Jesus menosprezava as competições europeias para concentar esforços no campeonato num contexto competitivo muito menos exigente do que este. Não andamos a levar goleadas de Skanderbeus, perdemos e bem contra grandes equipas da Champions.

 

Resumindo, se alguma coisa foi mal feita foi, como aqui alertei na altura, no início da temporada, na aposta num plantel curto numa época de exigência máxima de acordo com a vontade de Rúben Amorim.

Mas isso agora pouco interessa. Interessa é ganhar a Liga e voltar ao Marquês. Temos plantel para isso, assim a sorte nos ajude e a APAF nos deixe.

 

PS: Entretanto, do lado de lá da 2.ª Circular, no clube com que estamos na luta pela conquista da Liga e da Taça de Portugal, já passou para três o número dos jogadores que se lesionaram para o resto da temporada: Manu Silva, Bah e Di Maria...

SL

Uma coisa nunca vista

Depois do mercado do Verão, o valor dos planteis dos 3 grandes de acordo com o TM é o seguinte:

1. Sporting, 383M€

2. Porto, 334M€

3. Benfica, 327M€

Para já a queda do Benfica é brutal. Sairam Rafa, João Neves, Neres, João Mário, Marcos Leonardo...

E o Porto resiste em 2.º apenas porque a venda do Galeno (25M€) abortou. 

No que respeita ao Sporting, Quenda aparece a valor 0, Harder a 2M€, Maxi Araújo a 7,5M€, Catamo a 10M€. Mesmo Gyökeres aparece a 65M€...

Quanto é que poderá valer no TM o plantel do Sporting no final da época?

Quanto é que poderá valer efectivamente no mercado nessa altura, considerando as diferencas entre os valores de venda actuais e os valores indicativos do TM?

Como se compara esse valor com a dívida a fornecedores da SAD?

Se alguém se lembrar duma situação assim nos últimos (muitos) anos, diga... Eu não me recordo de nenhuma, nem sequer no tempo da exigência e da competência negocial...

Segue então a lista ordenada dos valores TM :

Viktor Gyökeres 65.0
Gonçalo Inácio 45.0
Morten Hjulmand 40.0
Ousmane Diomande 40.0
Pedro Gonçalves 32.0
Marcus Edwards 20.0
Trincão 20.0
Zeno Debast 18.0
Hidemasa Morita 15.0
Nuno Santos 14.0
Geny Catamo 10.0
Iván Fresneda 9.0
Daniel Bragança 8.0
Eduardo Quaresma 8.0
Jerry St. Juste 8.0
Matheus Reis 8.0
Maxi Araújo 7.5
Vladan Kovacevic 6.0
Franco Israel 3.5
Ricardo Esgaio 3.0
Conrad Harder 2.0
Diego Callai 1.0
Diogo Pinto 0.5
Afonso Moreira 0.4
Geovany Quenda 0.0

 

SL

O mercado de Verão terminou. Como ficou o plantel do Sporting?

Relembrando os objectivos da época, primeiro o bicampeonato, depois a qualificação para a Champions do próximo ano, depois a qualificação para a fase a eliminar da Champions deste ano, depois a conquista da Taça de Portugal, depois a conquista da Taça da Liga.

Relembrando os princípios inegociáveis de Rúben Amorim, sistema táctico 3-4-3, plantel curto apelando ao compromisso e à polivalência, balneário forte alicerçado na estrutura de capitães, "quem está está, quem não está que estivesse" e "onde vai um vão todos".

Disse Amorim recentemente que "Até na mesa das refeições é difícil olhar e ver a perda das referências. A média de idades baixou e isso também é entusiasmante. O importante é não sair mais gente. Nem sempre conseguimos, mas temos um plano." Isso também é um facto.

Com Amorim os defesas podem atacar, os avançados defender, os dextros podem jogar na esquerda, os canhotos na direita, tudo depende do adversário e do momento do jogo. Isso requer de todos os jogadores não apenas qualidades técnicas mas muita atitude competitiva e inteligência de jogo. Por isso mesmo alguns reforços sucumbem nessa exigência, e isso não quer dizer necessariamente que tenham sido erros de casting. Ano após ano, cada vez tem sido mais difícil ser titular no Sporting. E isso é mais que bom, é óptimo.

Depois disso tudo existe a disponibilidade do jogador. De jogar ao seu melhor nível. E aí entram os castigos, as lesões, os abaixamentos de forma, as chamadas a selecções distantes, o Ramadão...

Para já o plantel efectivo conta com 23 elementos, dos quais 7 formados em Alcochete. Assinalo com (*) os jogadores altos do plantel, com 1,80m ou mais.

Guarda-redes: Kovacevic (*), Israel (*) e Callai(*)

Defesas: Fresneda(*), Quaresma(*),  St.Juste(*), Debast (*),  Diomande(*),  Inácio (*) e Matheus Reis(*)

Alas:  Catamo, Quenda, Nuno Santos e Maxi Araujo

Médios: Morita, Hjulmand(*) e Bragança.

Interiores: Pedro Gonçalves, Trincão(*) e Edwards.

Pontas de lança: Gyökeres (*), Harder(*) e Nel(*).

 

Então o que dizer para já deste plantel, por posição, notas de 0 a 5?

 

1. Guarda-redes: Nota 3,5.

Entre Kovacevic, Israel e Callai podemos dizer que temos bons guarda-redes mas não temos nenhum excelente. Como o Diogo Costa, por exemplo. Para mim também não é nada óbvio que qualquer deles consiga fazer esquecer Adán. 

 

2. Defesas: Nota 4,5

O legítimo herdeiro do "El patrón" Coates chama-se Diomande, pelo entendimento da linha defensiva e da saída a jogar, pela capacidade no jogo aéreo e no corpo-a-corpo. Depois existe o Ramadão...

E assim Debast-Diomande-Inácio parece-me ser o melhor trio defensivo. Quaresma compromete a excelência da sua intensidade defensiva com raides ofensivos de alto risco quando tem pernas e quando não tem, St.Juste segue no seu calvário de lesões, Fresneda e Matheus Reis podem ser suplentes muito úteis mas apenas isso. 

Entre todos, a única coisa que falta é... rodagem. Oxalá o Sporting pudesse contar com todos nas próximas épocas.

 

3. Alas: Nota 4,5.

Com a aposta em jogadores, normalmente extremos de formação, "de pé trocado" nas duas posições,  já não se pode falar em alas direitos e esquerdos, o melhor é mesmo falar em dextros e canhotos. Teoricamente um ala fora do seu lado "natural" estará sempre mais desconfortável a defender e mais imprevisível a atacar. Com a preferência de canhotos do treinador, parece que vamos ter dois na esquerda de "pé certo" e dois na direita de "pé trocado" de forma a permitir a mutação do 3-4-3 em 4-4-2 com as incursões de Trincão em zonas centrais.

A conclusão é a mesma da anterior. Se todos esses lá estivessem daqui a um ano...

 

4. Médios: Nota 4

Morita e Hjulmand defendem, organizam e atacam, mas o único alto, que mete o corpo e rouba a bola é Hjulmand. Mas Morita tem sido um relógio Casio de topo de gama, sempre certinho e multifuncional. Estando em consideração a sua continuidade na selecção do outro lado do mundo, se ficar apenas por Portugal terá outro desempenho. Bragança é aquele jogador de classe que qualquer equipa do mundo gosta de ter, tem as suas limitações a defender mas com a bola no pé faz maravilhas. Claro que Pedro Gonçalves joga bem nesta posição, mas o melhor dele é lá na frente. Mas continuo a pensar que faz muito falta um "carregador de piano" de grande fôlego, como o Youssuf do Famalicão, porque a temporada é longa e as "pilhas" de Hjulmand e Morita têm duração limitada.

 

5. Interiores: Nota 4,5.

Aqui a questão do "pé contrário" é essencial pela zona do terreno que ocupam, à semelhança dos laterais do andebol. O dextro Pedro Gonçalves é "apenas" o mais completo jogador do plantel, e os canhotos Trincão e Edwards já demonstraram a sua qualidade, em golos e assistências. 

Depois deles, abundam os extremos de formação no plantel que podem resolver qualquer falha deste trio, qualquer um dos alas o pode fazer.

 

 6. Pontas de lança: Nota 4.5.

Mesmo renitente, eu próprio já começo a admitir que Gyökeres está a ter uma importância na equipa do Sporting semelhante à que teve o "Chirola" há 50 anos, continuando assim é o tal "abono de família" (para quem saiba o que significa) garantido. Harder parece-me ser um "puto" canhoto de enorme potencial, que poderá fazer um papel na equipa algures entre o Tiago Tomás e o Paulinho, pois tanto pode jogar na esquerda recuando Pedro Gonçalves como substituir o sueco caso seja necessário. Nel, sem os mesmos argumentos técnicos e físicos, tem os mesmos princípios de jogo.

Aqui a única questão é mesmo a condição física do sueco. Quem é do Sporting e crente que reze e muito...

 

7. Competências globais: Nota 4,5.

Independentemente da distribuição dos jogadores pelas posições, existem competências da equipa como um todo, nomeadamente intensidade durante o tempo de jogo, capacidade de choque, jogo aéreo, remate frontal de meia-distância, conversão de livres directos e definição dos lances ofensivos. Há muito tempo que não vejo uma conversão dum livre directo em zona frontal....

 

Bom, fica aqui a minha opinião como lançamento do debate.

Estão à vontade para atribuir outras notas aos sete items atrás referidos, eu farei no final a média das avaliações.

Comentários idiotas da sardinhada morcona seguem para o lixo, como de costume.

 

PS: Entretanto Rúben Amorim incluiu na lista para a Champions Esgaio, Kauã Oliveira e Mauro Couto. Vamos ver o que isso significa.

SL

A três semanas do fecho do mercado o que dizer do nosso plantel?

Guarda-redes: Kovacevic já demonstrou qualidades na posição, bom no jogo com os pés, assertivo no jogo aéreo, talvez Israel melhor entre os postes. Aqui a questão não é tanto a diferença de qualidade entre os dois, é a diferença de qualidade entre qualquer deles e os melhores guarda-redes da nossa Liga, Diogo Costa e Trubin. Deveria ter vindo um novo Adán, como De Gea ou um Kasper Schmeichel? Talvez.

Defesas: Debast-Diomande-Inácio fazem um trio jovem de muita qualidade mas falho de maturidade e os erros de posicionamento ou de intervenção começam a acontecer e a dar golos aos adversários. Quaresma, St.Juste e Muniz garantem a necessária rotação e adaptação às caracteristicas dos adversários. Matheus Reis pode ser mais um defesa em caso de necessidade. Os pontos fortes e fracos dos que transitam de época já os conhecemos. Do Debast vamos conhecer. Falta um novo Coates para o centro da defesa ou Diomande vai dar conta do recado? E a CAN e o Ramadão?

Alas: Com a aposta em jogadores, normalmente extremos de formação, "de pé trocado" nas duas posições,  já não se pode falar em alas direitos e esquerdos, o melhor é mesmo falar em dextros, Fresneda, e canhotos, Nuno Santos, Matheus Reis, Catamo e Quenda. No meu entender um ala fora do seu lado "natural" estará sempre mais desconfortável a defender, e até sujeito a cometer disparates graves como aconteceu com Catamo no Jamor, mas ganha imprevisibilidade no ataque. Como é uma posição de alto desgaste, quase sempre entram quatro alas em cada jogo, ficamos com cinco jogadores para quatro lugares. Fresneda ameaça tornar-se num novo Vinagre, e então à esquerda não rende nadinha nem a atacar nem a defender. Faria sentido "trocá-lo" por um jogador dextro mais experiente tipo Matheus Reis? Acho que sim.

Médios: Morita e Hjulmand defendem, organizam e atacam, Bragança e Mateus Fernandes basicamente atacam. Hjulmand é alto, mete o corpo, rouba a bola, os outros são baixinhos de "metro e meio". Metem o pé e é falta. Penso que é por demais evidente a falta dum outro Hjulmand no plantel. Podia ser Tanlongo ou Essugo esse outro Hjulmand? Talvez, mas não parece ser essa a decisão do Amorim.

Interiores: Aqui a questão do "pé contrário" é essencial pela zona do terreno que ocupam, à semelhança dos laterais do andebol. O dextro Pedro Gonçalves e os canhotos Trincão e Edwards já demonstraram a sua qualidade, em golos e assistências. Falta aqui mais alguém preferivelmente dextro, sendo que Mateus Fernandes pode muito bem avançar no terreno e fazer o papel de Pedro Gonçalves. Se Edwards sair, e ele fez uma excelente primeira volta na época passada, então mais ainda.

Pontas de lança: Gyökeres está na calha para o seu melhor, Rodrigo Ribeiro mostra evolução, mas continua a faltar o substituto do Paulinho.

 

Além desta análise posição a posição, convém olharmos para as competências da equipa como um todo, nomeadamente intensidade nos 90 minutos do jogo, capacidade de choque, jogo aéreo, remate frontal de meia-distância, conversão de livres directos, definição dos lances ofensivos, eficácia goleadora. Aquelas que me parecem mais problemáticas para já são mesmo as duas primeiras.

Disse Amorim: "Até na mesa das refeições é difícil olhar e ver a perda das referências. A média de idades baixou e isso também é entusiasmante. O importante é não sair mais gente. Nem sempre conseguimos, mas temos um plano."

Tudo certo.

Mas qual é o plano afinal? Ioannidis e já está?

Porque foram contratados Pontelo e Koindredi no ultimo mercado de inverno, se vieram com o perfil certo para posições carenciadas e agora já não contam? Erros de casting?

Porque não contar, em regime de empréstimo dum grande clube europeu, um ou dois jogadores experientes tipo Sarabia para dar resposta às carências mais óbvias do plantel nesta temporada tremendamente exigente?

SL

Uma questão de equilíbrio

Quem seja dos tempos de Malcolm Allison, com certeza se recorda bem de Manuel Fernandes, de Jordão e de António Oliveira, mas dos outros terão dificuldade em dizer os nomes. 

Nem farão ideia de quem era um Eurico, um Barão, um Virgílio ou um Nogueira. O Esgaio ao pé deles é um predestinado do futebol.

Numa equipa de futebol nem todos podem ser estrelas, para alguns poucos tocarem piano todos os outros o terão de carregar.

Por isso aplaudo a azia de Gyökeres no final da Supertaça. Os pianistas Gyökeres e Pedro Gonçalves estiveram lá. 

Por onde andaram os carregadores de piano? 

Alguns não aguentaram o peso e andaram por lá, outros deixaram-no cair com estrondo aos 60 minutos.

 

Não há lugar para cinco Braganças/Mateus/Catamos/Quendas/Trincões/Ribeiros/Nuno Santos. Muito menos para oito.

Com a saída de Coates e Paulinho, dois carregadores de piano de excelência, o equilíbrio do plantel ficou comprometido. 

E quando adicionamos às características físicas a resistência, a maturidade e a liderança, então não se fala.

Sou um fervoroso apoiante da formação, mas não sou irrealista. Os jovens têm de ser complementados com jogadores experientes e fisicamente diferenciados. Mais altos, mais fortes, mais intensos.

Foi exactamente dentro desses princípios que ganhámos dois títulos nacionais. Enquanto as hienas berravam contra os Feddais e os Paulinhos, íamos ganhando.

 

A pré-época terminou mal.

O Sporting parte para a época com um plantel falho de equilíbrio, fisico e emocional. Os jogos podem facilmente tornar-se numa roleta russa com resultados que poderão ser problemáticos.

A solução? Não é agora que vão encontrar um Palhinha ou um Oceano algures. A solução só pode ser pôr no onze os mais altos e fortes e deixar os dois pianistas tratar do resto.

SL

Que plantel para o próximo ano? (1)

Já não falta muito para o início da próxima época em que na primeira metade vamos ter de alternar entre duas competições, defender o título nacional ao mesmo tempo que defrontamos na Champions oito diferentes adversários.

Ora, daquilo que me recordo nos últimos 50 anos, nunca nos aconteceu sermos campeões nacionais numa época em que disputamos a Champions/Taça dos Campeões Europeus. O que por diversas vezes aconteceu é que o desgaste da competição europeia se fez sentir e bem na competição interna, e o resultado final foi uma classificação final na Liga muito abaixo do desejável. Como aconteceu na época passada, quando a uma boa campanha europeia com vitórias perante Tottenham e Eintracht Frankfurt e a eliminação do Arsenal, na altura líder da Premier League, correspondeu o quarto lugar na Liga. Se calhar já ninguém se recorda do onze com que o Sporting perdeu em Arouca na época passada, três dias depois da derrota de Marselha.

Foi o seguinte:

Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Esgaio, Pedro Gonçalves, Essugo e Nazinho; Trincão, Rochinha e Arthur Gomes.

Obviamente não chegou.

 

A permanência de Rúben Amorim é fundamental para as coisas correrem bem, pela sua liderança tranquila e competente, pelo seu modelo de jogo afinado e completamente absorvido pelo plantel, pela polivalência treinada de muitos jogadores dentro do sistema táctico. 

Mas para que o fracasso interno não volte a acontecer, é necessário que o plantel tenha uma quantidade de qualidade que não teve nem este ano nem nos anteriores, e que a equipa possa mudar quatro ou cinco jogadores entre jogos consecutivos sem quebra de rendimento. 

O princípio-base de constituição dum bom plantel é assegurar dois jogadores de rendimento aproximado dentro das características de cada um. E a melhor forma de avaliar isso é comparar o onze titular com o suplente.

 

O melhor onze do Sporting este ano terá sido:

Adán; Diomande, Coates, Inácio; Catamo, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves.

O onze suplente, ou melhor dizendo o onze de suplentes, aqueles que para além dos anteriores mais entraram em jogo este ano, terá sido:

Israel; Quaresma, Neto, St. Juste; Fresneda, Koindredi, Esgaio e Matheus Reis; Edwards, Paulinho e Bragança.

Ora destes 22 jogadores, já sairam dois, Adán e Neto, e pelo que se vai lendo poderão sair mais estes: Paulinho (Toluca?), Koindredi (empréstimo?), Diomande (Inglaterra?), Inácio (Inglaterra?), Edwards (Inglaterra?) e St. Juste (PSV?).

Entradas, para já, temos quatro: Kovacevic (Raków) e Debast (Anderlecht), a que se juntam o regressado Mateus Fernandes e o promissor Quenda. 

Depois temos outros regressados de empréstimo como Diogo Callai, Dário Essugo, Afonso Moreira, Samuel Justo, mais Pontelo, que poderão fazer a pré-época e depois seguirem para novos empréstimos. Talvez seja também esse o caso de Rodrigo Ribeiro.

Estranhamente ou talvez não, a equipa B parece não contar em termos de reforço efectivo do plantel. De saída estão os mais velhos como Chico Lamba, Miguel Menino e Tiago Ferreira, e de saída a custo zero (!!!) está o promissor Marco Cruz, "comprado" por 10M€ ao FC Porto (e lá está a dívida ao Sporting no mapa das dívidas de curto prazo daquela SAD). Diogo Abreu sairá também?

Depois temos os "restos de colecção", Rúben Vinagre, Sotiris, Tanlongo, Jovane, que também parecem não contar. O que no caso de Sotiris e Tanlongo é pena, pois estamos a falar de internacionais pela Grécia e pela Argentina. Falta ali mentalidade/adaptação ao clube e ao futebol português como também ainda falta a Fresneda, mas a qualidade está lá.

 

Que dizer de tudo isto?

A fórmula de poucos mas bons reforços funcionou muito bem esta época. Hjulmand e Gyökeres duraram toda a época quase sem lesões, mas será um grande risco começar a próxima da mesma forma. Não se trata apenas de compensar as saídas, o plantel precisa mesmo de ser reforçado.

SL

Venha

 

O anúncio rápido de contratações cirúrgicas (guarda-redes+Debast+Ionnidis+extremo?) 

A resistência feroz à venda dos anéis (Inácio, Hjulmand, Pote e Gyokeres)

Férias (deles e nossas, que o coração tem limites) 

Estágio (com o plantel quase completo e vários jogadores da formação)

Supertaça (o resto, bom e mau, é passado) 

"O verdadeiro fora de série do Sporting é Rúben Amorim"

Foi o que disse, em entrevista à Antena 1, Ivone De Franceschi, jogador muito importante na conquista do título nacional na época 1999/2000 sob o comando de Giuseppe Materazzi e Augusto Inácio. Era um extremo clássico, colado à linha, fintava pouco, cruzava bem.

O plantel do Sporting foi agora revisto em alta em cerca de 10% pelo Transfermarkt para um valor de 330M€, bem mais próximo do Benfica (360M€) do que do Porto (283M€). 

Este plantel inclui alguns jogadores fora-de-série com valor de mercado igual ou superior a 30M€, ao nível do melhor que alguma vez tivemos, como Gyökeres, Pedro Gonçalves, Diomande, Inácio e Hjulmand. Todos foram escolhidos por Rúben Amorim: viu neles o que escapou a muitos, e foi com ele que atingiram patamares de rendimento reflectidos nos valores de mercado que nunca antes tinham experienciado.

Muito poucos foram os jogadores escolhidos por Amorim que fracassaram no Sporting, talvez apenas Vinagre e Rochinha. Do Nuno Mendes ao Ugarte, do Paulinho ao Esgaio, do Edwards ao Trincão, do Adán ao Israel, muitos outros exemplos podia dar, trata-se de jogadores que foram e são importantes no plantel e nos sucessos da equipa.

Sendo Slimani um caso à parte, um regresso mal pensado dum ídolo dos adeptos de feitio complicado, Amorim nunca deixou cair ninguém por muito mal que tivesse estado aqui e ali, conseguiu recuperar jogadores que andavam meio perdidos, como Quaresma e Catamo, e não foi criticado por algum jogador que tivesse saído por iniciativa própria ou do clube. Com Amorim não houve nenhum David Carmo chutado para a B.

Também não conheço nenhum jogador menos utilizado por Amorim que tenha saído sem ser por venda lucrativa e explodido de rendimento noutro clube.

Quinta-feira em Bérgamo, ganhando ou perdendo, continuarei a concordar com o Ivone. O verdadeiro fora-de-série do Sporting é Rúben Amorim.

SL

Os médios do Sporting

Quatro anos depois de Rúben Amorim chegar ao Sporting continuamos com o mesmo sistema táctico, pouco visto no futebol português, o 3-4-3, e os mesmos princípios de jogo. Construção pausada a partir do guarda-redes para atrair o adversário à pressão e "alargar" o terreno de jogo, alas bem projectados nos corredores, avançados interiores de pé contrário a recuar para pedir a bola, ponta de lança móvel alternando entre as desmarcações em profundidade e em largura. Neste modelo de jogo, o maestro, aquele que define o ritmo, acaba por ser o defesa do meio, normalmente Coates, por vezes Inácio ou Diomande.

O ponto fraco é o meio-campo, cujos dois médios-centro têm de fazer pela vida muitas vezes em inferioridade numérica com ajudas pontuais dos restantes. Quando fraquejam logo a linha de 3 defensiva fica em apuros. Foi assim com Palhinha e João Mário no primeiro ano, Palhinha e Matheus Nunes no segundo, Ugarte e Morita no terceiro, e agora Hjulmand e Morita. Curiosamente Palhinha e Matheus Nunes estão na Premier League, Ugarte no PSG, João Mário sabemos onde, Hjulmand bate à porta da selecção dinamarquesa e Morita é titular da selecção do Japão. Se há jogadores que Amorim consegue projectar ao máximo são os médios-centro. Ou seja aqueles que integram o tal ponto fraco, o que não deixa de ser curioso.

Também Bragança conseguiu evoluir tremendamente com Amorim e neste momento é uma alternativa viável aos titulares. Já Pedro Gonçalves tem um talento que dispensa treinador.

 

Mateus Fernandes é o melhor exemplo que se pode encontrar da actual política de gestão da formação do Sporting. Entrou no Sporting com 14 anos vindo do Olhanense, percorreu todos as equipas da formação, foi chamado por Amorim ainda júnior para o "grupo de elite", alternando os treinos na A com os jogos na B, foi a jogo na A duas ou três vezes e agora, com 19 anos e contrato até 2027, é titular absoluto no Estoril com quase 2.000 minutos de jogo. Na próxima temporada está pronto para lutar pela titularidade no Sporting.

Não sei se alguma vez foi campeão de algum escalão, mas isso não é o mais importante. Formou-se a ganhar e a perder com muitos mais velhos do que ele.

Samuel Justo e Dário Essugo estão no mesmo percurso. Formação centrada no jogador.

 

Depois temos aqueles jovens que vieram de fora de Alcochete, todos internacionais, todos também com características distintas. Os estrangeiros Sotiris, Tanlongo e Koindredi e os nacionais Diogo Abreu e Marco Cruz.

Projectos de crescimento, jogadores com muito potencial, mas que ainda não encontraram o seu caminho para o sucesso.

De repente temos aqui uma dúzia de médios, de diferentes idades e características, muito interessantes. Para quem, como eu, vê da bancada, o futuro do Sporting na posição está bem assegurado.

 

Daquilo que fui vendo, Pedro Gonçalves à parte, podia dividi-los em quatro grupos:

- Médios defensivos, posição "6", jogar à frente da defesa: Tanlongo (20) e Essugo (18)

- Médios versáteis, "6/8" subindo ou descendo no terreno à vez: Hjulmand (24), Morita (28), Diogo Abreu (21), Marco Cruz (19)

- Médios "box-to-box", de esticar jogo, posição "8": Sotiris (22), Koindredi (22)

- Médios ofensivos, próximos dos avançados: Bragança (23), Mateus Fernandes (19), Samuel Justo (19).

Quanto custaram no conjunto ao Sporting? Digamos que à volta de 30M€. A maior parte foi formada em Alcochete ou veio a "custo zero". Bem menos do que vendemos Ugarte.

Quanto é que já valem e poderão valer no futuro? Vários Ugartes, isso é certo.

SL

Um plantel curto mas equilibrado

Existem duas grandes razões para explicar a diferença entre o desempenho da equipa nesta primeira metade da época e a do mesmo momento da época passada. A exigência da Champions relativamente à Liga Europa e o equilíbrio do plantel em termos físicos e técnicos. 

Rúben Amorim sempre foi apologista de plantéis curtos, à moda inglesa: cerca de 20 jogadores "adultos" polivalentes e adaptáveis, o resto jovens "estagiários" da formação. Isso garante oportunidades para todos e facilita um balneário saudável.

Pensou o plantel da época passada para um modelo de jogo de avançados móveis ao jeito dos grandes clubes ingleses ou espanhóis, descurou o peso e altura na zona central, a lesão de Paulinho no início da temporada não ajudou e a equipa sofreu bastante na primeira volta da Liga.

Para esta época contava já com Diomande. Vieram Gyökeres e Hjulmand, Fresneda foi uma terceira opção ainda muito jovem. E, mesmo com os problemas físicos recorrentes de St. Juste, conseguiu-se um plantel curto mas com diferentes soluções para diferentes problemas.  

 

Na baliza, Adán e Israel têm dado conta do recado, mesmo que distantes daquela excelência que faz a diferença frente aos rivais. Diego Callai acabou de ser emprestado e no final da época se definirá o futuro na posição.

Na defesa temos dois dos jogadores mais valiosos da Liga: Diomande e Inácio. St. Juste estaria no mesmo plano se não fossem as lesões. Coates começa a sentir o desgaste da carreira. Matheus Reis e Neto fiáveis dentro das suas possibilidades e limitações e Quaresma a recuperar a olhos vistos do fosso em que se deixou enfiar. Pontelo parece ser um projecto de Feddal para a próxima época. Os (demasiados) golos sofridos têm mais a ver com as flutuações do quinteto composto pelos três defesas e dois médios do que pelo desempenho individual dos defesas.

 

Nas bandas laterais, entre alas e interiores - Pedro Gonçalves à parte, que esse é doutro patamar competitivo - todos começaram relativamente mal a época mas têm vindo a crescer de rendimento individual.

Esgaio, com todas as suas limitações em termos de definição de lances atacantes, cumpre o que lhe é pedido.

Nuno Santos começa finalmente a centrar em condições, mas continuo a pensar que Catamo e Edwards combinam bem mas já Edwards e Trincão não deviam jogar juntos, que Trincão é muito mais objectivo quando joga do lado esquerdo, mas ali é o lugar de Pedro Gonçalves, o jogador mais importante da equipa em termos de manobra colectiva.

Pedro Gonçalves no ataque significa que o meio-campo joga com 2,5 elementos, o mesmo no meio-campo, significa que joga com 1,5 elementos, e a defesa fica necessariamente exposta. Afonso Moreira precisaria de sair para rodar, de momento pouco acrescenta à equipa.

 

No miolo também Hjulmand, Morita e Bragança têm progredido imenso física e tecnicamente ao longo da época, o japonês muito "castigado" pelos compromissos da selecção. Essugo precisa de sair para jogar, o francês do Valência será também um projecto para a próxima época. Continuo sem perceber porque é que Diogo Abreu não tem hipóteses, nem que seja no banco, como já tiveram outros que não demonstram a mesma maturidade e competência quando jogam na B.

No centro do ataque, Gyökeres e Paulinho (este com a falta de instinto matador que vem de longe) dão garantias, quer jogue apenas um ou em dupla, são os dois melhores marcadores da equipa e dos melhores marcadores da Liga. Assim nunca mais tivemos os avanços suicidas de Coates no terreno a meio da 2.ª parte.

De qualquer forma mais um avançado seria bem vindo. Rodrigo Ribeiro está a passar ao lado da época, e o Nel ainda está muito verde.

Que tipo de avançado? Um "rato de área" com bom jogo de cabeça. Por exemplo o Bozenick, do Boavista: 24 anos, 1,88m, 9 golos na temporada.

Tudo isto obviamente supondo que nenhum grande inglês chega aqui e bate a cláusula dum ou doutro. Espero bem que não.

 

Assim sendo, o (meu) melhor onze do Sporting ainda não alinhou:

Adán; Diomande, Coates e Inácio; St. Juste, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Edwards, Gyökeres e Pedro Gonçalves.

Trocava algum destes por jogadores dos dois rivais? Se calhar um ou dois, mas não mais que isso.

Chega para sermos campeões? Ainda agora a primeira volta terminou, até Maio muita água passará por baixo das pontes. Vamos com calma, jogo a jogo, que a sorte nos acompanhe, e que a arbitragem tenha a isenção que até agora não demonstrou sempre em prejuízo do Sporting relativamente aos dois rivais.

SL

Entradas & Saídas

Quase um mês depois do último post que fiz sobre este assunto, a situação do plantel ficou substancialmente mais clarificada:

Saídas confirmadas:

  1. Papuna Beruashvili (19) - Sem justificar a contratação definitiva.
  2. Alcantar (19) - México - Defesa central com potencial, para mim o melhor da B. Sem acordo para contratação.
  3. Gilberto Batista (19) - Moreirense
  4. Martim Marques (19) - Lugano - Actuou na Youth League sem grande destaque. 
  5. João Ferreira (19) - Santa Clara - Defesa esquerdo que actuava na B
  6. Fatawu (19) - Empréstimo ao Leicester c/ opção de compra
  7. Renato Veiga (20) - Basileia
  8. Joelson Fernandes (20) - Hatayspor
  9. José Marsà (21) - Andorra
  10. Tiago Tomás (21) - Wolfsburgo
  11. Ugarte (21) - PSG  - Mais uma venda por números colossais dum jogador projectado por Rúben Amorim.
  12. Sotiris (21) -  Empréstimo ao Olimpiakos c/ opção de compra
  13. Arthur Gomes (24) -  Cruzeiro
  14. Jovane Cabral (25) - Empréstimo ao Salanitana c/ opção de compra
  15. Idrissa Doumbia (25) - Al Ahli
  16. André Paulo (26) - Mafra
  17. Rochinha (28) - Empréstimo ao Al-Markhiya SC, c/ opção de compra
  18. Bellerín (28) - Betis? - Sem justificar a contratação definitiva.
  19. Tiago Ilori (30) - Rescisão

Entradas confirmadas:

  1. Fresneda (18) - Valladolid
  2. Pedro Bongo (19) - Petro Luanda
  3. Hjulmand (24) - Lecce
  4. Gyokeres (25) - Coventry

Empréstimos de jovens com contrato longo:

  1. Samuel Justo (19) - Contrato até ? - Casa Pia
  2. Mateus Fernandes (19) - Contrato até ? - Estoril
  3. Gonçalo Esteves (19)  - Contrato até 2026 - ?
  4. Tanlongo (19) - Contrato até 2027 - ?
  5. Flávio Názinho (19) - Contrato até 2025 - ? 

Saídas definitivas em negociação:

  1. Rafael Camacho (23) - Contrato até 2024
  2. Eduardo Henrique (28) - Contrato até 2024

 

Com esta quantidade de jogadores a sair claro que as equipas B e C/Sub23 ficaram enfraquecidas e a viver dos melhores juniores e juvenis. Mesmo assim, as competições começaram e a A segue em 1º lugar na 1ª Liga com 3 V, a B em 2º na 3ª Liga com 3V1D, a C / Sub23 em 2º com 1V2E.

Pelo que se tem visto nestas primeiras três jornadas, com a chegada dos dois últimos reforços o onze padrão do Sporting a alinhar num 3-4-3 / 4-2-4, com um ala bem mais ofensivo que o outro, deverá ser o seguinte:

Adán; Diomande, Coates e Inácio; Fresneda, Hjulmand, Morita e Nuno Santos; Pedro Gonçalves, Gyökeres e Paulinho.

Mas em cada jogo podem entrar em campo 16, existem lesões e castigos, importa que o onze sombra, aquele que se pode formar com os jogadores restantes, tenha qualidade próxima do de base. E é por aqui muito que se pode avaliar a qualidade do plantel. Neste caso seria o seguinte:

Israel (Callai); St Juste (Quaresma), Neto e Matheus Reis (Muniz); Esgaio (Catamo), Essugo, Bragança e Afonso Moreira; Edwards,  Rodrigo Ribeiro e Trincão.

E para mim este plantel se calhar é  o melhor de todas as épocas de Amorim ao serviço do Sporting, com St. Juste, Matheus Reis, Edwards e Trincão, tudo titulares anteriores que deram bom rendimento no onze sombra. Melhor ainda ficaria com apenas mais um médio, temos dois defensivos e 2/3 ofensivos, não temos nenhum box-to-box ao jeito de Matheus Nunes. Ou do Sotiris, que já marcou um golaço decisivo ao serviço do Olympiakos. Um jogador assim com arranque em velocidade, chegada à área e  poderoso remate de meia distância, dava mesmo muito jeito. 

Mas parece que a opção não é essa, será para mais um interior com características de extremo que, não saindo nem Edwards nem Trincão, será a pensar no Pedro Gonçalves a recuar para o meio-campo quando necessário. O que continuo a entender como um desperdício das qualidades do nosso melhor jogador.  

Neste último jogo viu-se o Pedro numa posição e com parceiros próximos a que não está habituado, e precisa de tempo e rotinas para demonstrar que continua a ser claramente o melhor jogador do plantel.

SL

Entradas & Saídas & Plantel

Quase um mês depois do último post que fiz sobre este assunto, a situação do plantel ficou substancialmente mais clarificada:

Saídas confirmadas:

  1. Papuna Beruashvili (19) - Sem justificar a contratação definitiva.
  2. Alcantar (19) - México - Defesa central com potencial, para mim o melhor da B. Sem acordo para contratação.
  3. Gilberto Batista (19) - Moreirense
  4. Martim Marques (19) - Lugano - Actuou na Youth League sem grande destaque. 
  5. João Ferreira (19) - Santa Clara - Defesa esquerdo que actuava na B
  6. Joelson Fernandes (20) - Hatayspor
  7. José Marsà (21) - Andorra
  8. Tiago Tomás (21) - Wolfsburgo
  9. Ugarte (21) - PSG  - Mais uma venda por números colossais dum jogador projectado por Rúben Amorim.
  10. Sotiris (21) -  Empréstimo ao Olimpiakos c/ opção de compra
  11. Arthur Gomes (24) -  Cruzeiro
  12. Idrissa Doumbia (25) - Al Ahli
  13. André Paulo (26) - Mafra
  14. Rochinha (28) - Empréstimo ao Al-Markhiya SC, c/ opção de compra
  15. Bellerín (28) - Betis? - Sem justificar a contratação definitiva.
  16. Tiago Ilori (30) - Rescisão

Entradas confirmadas:

  1. Pedro Bongo (19) - Petro Luanda
  2. Gyokeres (25) - Coventry
  3. Hjulmand (24) - Lecce

Empréstimos prováveis de jovens com contrato longo:

  1. Gonçalo Esteves (19)  - Contrato até 2026
  2. Fatawu (19) - Contrato até 2027
  3. Tanlongo (19) - Contrato até 2027 - Empréstimo ao Valladolid ?
  4. Renato Veiga (19) - Contrato até 2025
  5. Flávio Názinho (19) - Contrato até 2025

Saídas definitivas em negociação:

  1. Rafael Camacho (23) - Contrato até 2024
  2. Eduardo Henrique (28) - Contrato até 2024

 

É mesmo muita gente a sair, com reflexo directo na folha salarial e no que vão ser os planteis das 3 equipas seniores. Vamos ter uma equipa A com muitos jovens que rodaram na B, uma equipa B maioritariamente composta de juniores, uma sub23 com juniores e juvenis, a de juniores com juvenis, e assim sucessivamente. 

Pelos vistos continua a ser difícil para o Sporting encontrar clubes nacionais ou estrangeiros onde pôr a rodar jogadores jovens sem opção de compra. Por isso Gonçalo Esteves, Fatawu, Tanlongo, Renato Veiga e Flávio Nazinho continuam por colocar.

Catamo depressa fez esquecer Gonçalo Esteves, outra maturidade e outro andamento.

Tanlongo com o dinamarquês jogaria muito pouco e existe Essugo para fazer crescer. Uma temporada a jogar seria óptimo.

Renato Veiga rendeu na Alemanha, se conseguiu por intensidade no seu futebol se calhar já está num plano superior que o próprio Essugo. Só vendo.

Nazinho depois daquele falhanço na Champions em frente ao golo desapareceu do radar. Na B jogou pouco e mal.

Fatawu aparentemente será mais um caso de falta de cabeça do jogador para perceber o que Rúben Amorim espera dele, dentro e fora do campo, diferente do que gosta e está habituado a fazer na selecção e até na B. Assim é complicado. Exigir a Amorim que abdique da disciplina e comprometa o espírito de grupo para acomodar os egos de Slimanis e Fatawus é um disparate. O que já não é disparate é questionar qual é o acompanhamento que estes jovens mais complicados mas de grande potencial têm em Alcochete, e que cuidados se tiveram aquando da contratação para deixar claro o que era pretendido.

 

Com a chegada do dinamarquês e a recuperação de St. Juste, o onze padrão do Sporting poderia ser o seguinte:

Adán; Diomande, Coates e Inácio; St.Juste, Hjulmand, Pedro Gonçalves e Nuno Santos; Edwards, Gyökeres e Trincão.

Seria um onze ao meu gosto, com peso e altura no eixo central, e velocidade e imprevisibilidade nas alas.

Mas em cada jogo podem entrar em campo 16, existem lesões e castigos, importa ter no plantel um onze sombra de qualidade próxima do base. Neste caso seria o seguinte:

Israel (Callai); Quaresma, Neto e Matheus Reis (Muniz); Esgaio (Catamo), Essugo, Morita (Bragança, Mateus Fernandes) e Afonso Moreira; Catamo (Jovane), Paulinho e Rodrigo Ribeiro.

Aqui nota-se que existem dois ou três que muito pouco jogarão esta temporada e que poderiam também ser emprestados para rodar e voltar mais fortes. 

Este plantel é melhor ou pior do que os anteriores do tempo do Amorim? Daquele que nos deu o título, com Palhinha e João Mário, a segunda posição no ano seguinte, com Palhinha e Matheus Nunes, e a quarta do ano passado, com Ugarte e Morita, no centro do terreno? Eu diria que em termos de guarda-redes, defesas e atacantes é mesmo o melhor, já nas alas e meio-campo penso que não. Falta um novo Matheus Nunes no meio e falta um novo Porro/Nuno Mendes na direita.

 

SL

É dia de jogo

É hoje o jogo de apresentação da equipa do Sporting aos sócios frente a mais uma equipa espanhola, o Villarreal, que terminou em 5.º lugar o respectivo campeonato.

Segundo o Record, o plantel a apresentar mais logo aos sócios vai ser o seguinte, ordenado por idade e indicando o número de épocas que cada um deles leva no Sporting, contando com as passagens por outros clubes pelo meio e com três anos na "escolinha" do clube no caso de alguns:

Treinador:

Rúben Amorim: 38 / 4

Jogadores:

1. António Adán: 36 / 3, 1,90m

2. Luís Neto: 35 / 4, 1,85m

3. Sebastian Coates: 32 / 6, 1,96m

4. Ricardo Esgaio: 30 / 18, 1,72m

5. Paulinho: 30 / 3, 1,87m

6. Matheus Reis: 28 / 3, 1,84m

7. Nuno Santos: 28 / 3, 1,77m

8. Hidemasa Morita: 28 / 1, 1,77m

9. Jeremiah St. Juste: 26 / 1, 1,86m

10. Pedro Gonçalves: 25 / 3, 1,73m

11. Vicktor Gyokeres: 25 / 0, 1,87m

12. Jovane Cabral: 25 / 9, 1,74m

13. Marcus Edwards: 24 / 2, 1,68m

14. Daniel Bragança: 24 / 14, 1,69m

15. Francisco Trincão: 23 / 1, 1,84m

16. Franco Israel: 23 / 1, 1,90m

17. Jeny Catamo: 22  / 4, 1,74m

18. Gonçalo Inácio: 21 / 11, 1,85m

19. Eduardo Quaresma: 21 / 11, 1,85m

20. Ousmane Diomande: 19 / 1, 1,90m

21. Youssef Chermiti: 19 / 8, 1,92m

22. Diogo Callai: 19 / 8, 1,92m

23. Mateus Fernandes: 19 / 7, 1,78m

24. Dário Essugo: 18 / 8, 1,78m

25. Afonso Moreira: 18 / 8, 1,76m

26. João Muniz: 18 /4, 1,90m

 

O que dizer deste plantel?

1. Um plantel com um peso importante da formação e com uma média bem elevada de anos de casa, nas antípodas das "legiões estrangeiras" acabadas de chegar do tempo do Jorge Jesus.

2. Um plantel bem mais possante do ponto de vista físico (50% com 1,84m ou mais) do que o da época passada.

3. Um plantel que demonstra bem o enorme buraco de qualidade que Amorim encontrou na formação do Sporting, apenas Daniel Bragança e Jovane Cabral, nenhum deles titular, representam a geração de Alcochete que foi campeã de juvenis e juniores há seis anos. Ganhar títulos na formação nunca pode ser o objectivo principal da academia de Alcochete.

4. Um plantel que justifica o pedido de dispensa de alguns para os compromissos das selecções abaixo da sua capacidade actual.

5. E um plantel que continua a precisar de dois ou três retoques em posições centrais, a começar por um jogador com a idade e o físico de Gyokeres para a posição 6, já que Pedro Gonçalves parece ter assumido definitivamente a posição 8.

 

Sendo assim só faltam umas horas para rumar a Alvalade para participar na festa, ver a equipa do Sporting pela primeira vez esta época a cores e ao vivo, e assim poder ter uma opinião mais fundamentada sobre a real valia da mesma para alcançar os objectivos da época.

Toda a confiança em Amorim, um treinador inteligente, coerente, comprometido, trabalhador, inovador, disciplinador, que promove e defende até ao fim o espírito de grupo. Um líder como muito poucas vezes tivemos à frente da equipa. O que não quer dizer que não falhe aqui e ali no processo de treino, nas ideias de jogo, no relacionamento com personalidades mais complicada ou nas apostas noutras personalidades mais limitadas. 

Não há homens perfeitos, muito menos treinadores e jogadores. E se o fossem não estariam de certeza no Sporting. Amorim disse mais ou menos isso sobre St.Juste (que tem tido tantas lesões no Sporing como Nuno Mendes no PSG) e tem toda a razão.

E mais logo:

O Mundo Sabe Que, Pelo teu amor eu sou doente Farei o meu melhor Para te ver, Sempre na frente Irei onde o coração Me levar e sem receio Farei o que puder Pelo meu Sporting !!!

SL

Que plantel vamos ter?

Na época passada por esta altura deixei aqui bem claro que o plantel apresentado aos sócios me parecia curto e desequilibrado para as necessidades da época. Depois da troca de Matheus Nunes por Sotiris ainda mais curto e desequilibrado ficou, e todo o esforço de Rúben Amorim para obviar a situação não chegou para conseguir o desejado sucesso.

Mas, além dos jogadores em si, havia uma nova ideia de modelo de jogo, esboçada contra a Roma no estádio do Algarve, a do ataque móvel, que até funcionou bem nas competições europeias mas que fracassou internamente.

 

Esta época começou também no mesmo estádio, agora contra o Genk, com um esboço de ideia de jogo bem diferente. Um futebol mais directo, de "tracção à frente", com um ponta de lança possante apoiado de perto por um avançado móvel, alimentados por dois alas ofensivos, dois organizadores de jogo e um passador à distância tipo "quaterback" do futebol americano que torna bem menos previsível o futebol da equipa. Uma ideia muito à medida de Gyokeres, Trincão e Inácio, em que Pote e Morita ainda estão a procurar o melhor encaixe.

Por outro lado começa também com uma estranha "purga" de jogadores contratados ou emprestados com intenção de compra na última época, como Arthur, Rochinha, Sotiris, Fatawu, Tanlongo e Alcantar, e de alguma desvalorização do trio proveniente do FC Porto: Gonçalo Esteves, Diogo Abreu e Marco Cruz. Estranha porque para além de terem sido avaliados e seleccionados por Amorim, são quase todos jogadores de inegável valor que poderiam integrar o plantel deste ano. Se calhar a mudança de ideia de jogo teve alguma coisa a ver com isso.

A contrapartida é uma aposta ainda mais forte na formação, com alguns jovens de Alcochete a darem tudo para aproveitar a oportunidade, como foi visível neste último jogo em Chermiti e Afonso Moreira, e mesmo em Quaresma e Jovane. Afonso demonstrou que, depois de Chermiti, é um valor seguro, não para competir com Nuno Santos ou Matheus Nunes a fazer todo o corredor, mas para actuar no terço ofensivo quando o 3-4-3 se transformar num 3-3-4 pela sua entrada a substituir o ala e o adiantamento de Gonçalo Inácio.

 

Não existe grande equipa sem grande espinha dorsal. No 3-4-3 a espinha dorsal é constituida pelo guarda-redes, o defesa do meio, o médio defensivo, médio ofensivo e o ponta de lança. Neste momento não se percebe bem se o 3-4-3 é para manter, e quem assumirá esses lugares, se Coates ou Inácio serão os centrais do meio, se o médio defensivo será ou não Morita, e o ofensivo Pedro Gonçalves. Mas fica claro que não existe nenhum Palhinha nem nenhum Matheus Nunes no plantel para as posições de médio - jogadores altos, fortes, rotativos, resistentes, que durem toda uma época em bom nível. O único com esse perfil é Essugo, que ainda tem enorme dificuldade de gerir a sua intensidade e escapar a amarelos que muito o condicionam para o resto do jogo.

 

Fixada a espinha dorsal, tudo o resto se encaixa. Pode haver maior rotatividade noutras posições de forma a garantir frescura física sem prejuízo da qualidade de jogo. Mas com jogadores pequeninos, macios e tecnicistas nessas posições centrais, sem conseguir impor o físico nas bolas divididas e manter a intensidade nos 90 minutos de jogo, tudo se torna mais difícil.

Não é preciso ser um Conceição qualquer para perceber esse ponto fraco, lançar contra-ataques pelo corredor central solicitando no momento certo em profundidade um atacante ou cavando faltas perigosas e tentando a sorte nas bolas paradas.

 

Estamos em plena pré-época, o fecho do mercado vem ainda longe, a primeira prioridade em termos de reforços está realizada, importa agora fazer os acertos restantes.

Sem pressas excessivas, importa contratar soluções e não novos problemas como parecia ser o caso do defesa direito do Sevilha.

Na terça-feira temos mais uma jornada dupla no Algarve. Podemos então confirmar ou não as ideias que aqui deixo para debate.

Todos os pontos de vista contrários são bem vindos. Comentários idiotas dos "trolls" do costume seguem directamente para o lixo.

SL

Esboço do plantel 2023/2024

Com os jogadores que estiveram presentes no dia do início da nova temporada, os que não estiveram presentes, os que vêm mais tarde e as transferências confirmadas e por confirmar, pode-se começar a fazer um pequeno esboço do plantel para 2023/2024:

 

Jogadores que se apresentaram no dia do regresso:

Guarda-Redes: Antonio Adán, Francisco Silva, Diego Calai

Alas-Direitos: Ricardo Esgaio

Centrais: Sebastián Coates, Matheus Reis, Ousmane Diomande, Gonçalo Inácio, João Muniz, Luís Neto, Eduardo Quaresma, Jeremiah St. Juste

Alas-Esquerdos: Nuno Santos

Médios: Mateus Fernandes, Dário Essugo, Daniel Bragança

Extremos: Pedro Gonçalves, Marcus Edwards, Jovane Cabral, Francisco Trincão, Geny Catamo, Afonso Moreira

Pontas-de-Lança: Youssef Chermiti, Paulinho

 

Jogadores que se apresentam mais tarde, por terem jogado pela selecção:

Franco Israel, Hidemasa Morita, Mateo Tanlongo, Fatawu Issahaku

Jogadores com contrato que não se apresentaram:

Sotiris, Rochinha, Arthur Gomes

Outros jogadores ainda com contrato:

Tiago Ilori, Eduardo Henrique, Rafael Camacho

Jogadores que finalizaram contrato:

André Paulo, Héctor Bellerín

Jogadores que rescindiram contrato:

Idrissa Doumbia

Vendas confirmadas:

Pedro Porro (Tottenham - 40 milhões pela transferência + 5 milhões pelo empréstimo), Rafael Leão (19,7 milhões de indemnização do Lille)

Vendas iminentes, segundo a imprensa:

Manuel Ugarte (PSG), Tiago Tomás (Wolfsburgo)

Empréstimos iminentes, segundo a imprensa:

Ruben Vinagre( Hull City)

Outras possíveis vendas, segundo a imprensa:

Renato Veiga, José Marsà

Compras iminentes, segundo a imprensa:

Viktor Gyökeres (Ponta de Lança, Coventry)

Sai o Manuel, entra o Viktor

Foi a ideia para a próxima época que Frederico Varandas deixou na entrevista de ontem à Sporting TV, considerando que nesta que terminou a equipa esteve forte com os fortes e fraca com os fracos, ou seja, evolução na estabilidade de estrutura e processos e aposta na eficácia atacante.

Com as vendas de Porro e Ugarte o suporte financeiro da época está assegurado e vai permitir investimento cirúrgico no plantel. Além do sueco mais alguns serão contratados e alguns de segundo plano serão vendidos.

Por mim até poderia haver maior intervenção no onze-base, vendendo mais dois ou três valorizados pela Champions ou pelo Mundial, como Edwards, Morita ou Nuno Santos, que deixariam mais espaço a jovens e a reforços que pudessem fazer a diferença.

Mas é preciso ver que para Adán, Coates e Neto será provavelmente a última época. Pretende-se uma aposta forte no núcleo duro que resta daquele que nos deu os títulos de há dois e três anos. Para isso os melhores que chegaram no ano passado são essenciais.

Claro que alguns falarão nos favoritos de Rúben Amorim que sempre treinam e jogam, mas é assim que funcionam as grandes equipas, com uma base estável e experiente que vai acolhendo e ajudando a potenciar os mais novos.

Pela evolução desses mais novos, como Israel, Diomande, Tanlongo, Essugo, Fatawu e Chermiti, mais alguns da equipa B que Amorim já deu indicação de levar para estágio, passará muito do sucesso da próxima época.

SL

As aquisições de Frederico Varandas

Em tempos tinha feito aqui um balanço das aquisições ou empréstimos do tempo de Frederico Varandas. Venho actualizar essa avaliação, conhecendo agora mais sobre o valor desportivo e financeiro dos mesmos. Na lista mais ou menos cronológica assinalei com (A) aqueles que vieram com Rúben Amorim.

Excelentes:

  1. Matheus Nunes
  2. Pedro Gonçalves (A)
  3. Nuno Santos (A)
  4. Porro (A)
  5. Ugarte (A)
  6. Sarabia (A)
  7. Edwards (A)
  8. Fatawu (A)
  9. Diomande (A)

Boas:

  1. Adán (A)
  2. Feddal (A)
  3. Matheus Reis (A)
  4. Paulinho (A)
  5. Morita (A)
  6. Trincão (A)
  7. Tanlongo (A)

Razoáveis:

  1. Neto 
  2. Luiz Phellype 
  3. Plata
  4. João Pereira (A)
  5. Antunes (A)
  6. Esgaio (A)
  7. André Paulo (A)
  8. João Virgínia (A)
  9. Tabata (A)
  10. Slimani (A)
  11. St.Juste (A)
  12. Marsà (A)
  13. Arthur Gomes (A)
  14. Diogo Abreu (A)
  15. Gonçalo Esteves (A)
  16. Marco Cruz (A)
  17. Alcantar (A)
  18. Israel (A)
  19. Bellerin (A)

Falhadas:

  1. Doumbia
  2. Vietto
  3. Rosier
  4. Sporar
  5. Borja
  6. Bolasie
  7. Rochinha (A)
  8. Sotiris (A)

Fiascos totais:

  1. Ilori
  2. Camacho
  3. Eduardo
  4. Fernando
  5. Jesé
  6. Vinagre (A)

 

Obviamente que poderão discordar da classificação dum ou doutro, mas o que me interessa é analisar o conjunto.

Foram 49 jogadores para 5 épocas, uma média pouco superior a 9 jogadores novos por temporada. Note-se que, ao contrário do que acontecia no tempo de Bruno de Carvalho, não existem nas equipas B e sub23 jogadores contratados ou emprestados especificamente para essas equipas sem perspectivas de chegar à equipa principal. Todos estão ali em regime de teste para eventual chegada à equipa A.

Então, desses jogadores, considero nove excelentes contratações, cerca de 20% do total e 16 excelentes/boas, cerca de 30% do total. Todos menos um vieram com Rúben Amorim, a excepção é Matheus Nunes.

Quem são e de onde vieram esses 16?

Portugueses - 5

Espanhóis - 3

Africanos - 3

Argentinos / Uruguaios - 2

Brasileiros - 1

Japoneses - 1

Ingleses - 1

Quantos desses vieram ou andaram na 1.ª Liga Portuguesa ou em Ligas secundárias portuguesas?  A grande maioria, 10 em 16.

 

Alguns repetem que com Varandas, Viana e Amorim o recrutamento é uma vergonha e o "scouting" não existe, no tempo do Bruno é que havia competência e se compravam Slimanis por meia dúzia de euros. Do que me recordo dos cinco anos dele e Inácio/Jorge Jesus, os números são bem diferentes, à volta de 100 jogadores contratados/emprestados para as equipas A e B. Desses, quantos podemos considerar contratações excelentes? Coates, Slimani, Acuña, Bas Dost e Bruno Fernandes. Não recordo mais nenhum. Mathieu tinha problemas físicos recorrentes, como tem St.Juste. Do Brian Ruiz vimos 80 numa época e 8 na época seguinte. Teo Gutiérrez foi passar férias à Colômbia em pleno campeonato. Algum mais de que não me recorde?

Por último, curiosamente ou talvez não, nos fiascos totais encontramos três jogadores que passaram pela formação de Alcochete, forçosamente velhos conhecidos de Varandas e Viana. Não foi preciso scouting nenhum para chegar até eles. Isso não justifica os erros cometidos mas explica alguma coisa. Se calhar, e no que às contratações diz respeito, ser Sportinguista e/ou ter passado por Alcochete não garante coisa nenhuma.

SL

As exigências de Rúben

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É fundamental planificar desde já a próxima época. Rúben Amorim está a trabalhar nesse sentido, até no plano táctico - como ficou patente no modo como dispôs a equipa num inédito (para ele) 4-4-2 no quarto de hora final do jogo em Paços de Ferreira.

Bom sinal? Seguramente. Para mim, sem sombra de dúvida.

Falta o mais importante: saber quem fica e quem sai do actual plantel. O treinador já exigiu três reforços a Frederico Varandas: um lateral direito (Bellerín não permanecerá em Alvalade), um médio ofensivo e um avançado.

Suprindo assim lacunas óbvias no núcleo de jogadores titulares.

 

Entre as incógnitas que subsistem, destacam-se as possíveis saídas de Ugarte (cobiçado pelo Liverpool) e Nuno Santos.

Se assim for, o caderno reivindicativo do técnico leonino amplia-se: precisará também de um novo médio defensivo e de um novo ala esquerdo. 

Veremos o que acontece. Para já, confirma-se algo já esperado: Rúben está consciente de que houve erros de planificação da época prestes a terminar. Erros de quantidade (o plantel era demasiado curto) e de qualidade (houve posições fundamentais que ficaram desguarnecidas com as saídas de Sarabia, Palhinha, Matheus Nunes e Tabata, além da lesão prolongada de Daniel Bragança).

Sinal positivo, pois. Gosto de ver o copo meio cheio. E é mesmo assim que o encaro.

Preparar a nova época

image.jpg

Foto: José Coelho / Lusa

 

Gostava muito que Rúben Amorim ficasse no Sporting pelo menos mais uma temporada - e que essa temporada fosse coroada de êxito.

Para tanto, a época tem de começar a ser muito mais bem preparada do que a anterior. Caso contrário o cenário desta que ainda decorre tende a repetir-se.

Recordo que em relação à época anterior perdemos quase de imediato cinco jogadores, todos acima da média: Sarabia, Palhinha, Daniel Bragança, Tabata e Matheus Nunes. Por motivos diferentes, é certo. Mas foi excessivo.

Dos que vieram, só Morita e Diomande (este já em Janeiro) podem ser considerados verdadeiros reforços. St. Juste já vai na quinta lesão e Arthur tem jogado pouco.

Claramente insuficiente. Há que fazer mudanças, quanto mais cedo melhor.

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