Desta vez os sócios e adeptos do Sporting tiveram direito a informação mínima, no sítio do clube, sobre a saída de um jogador - no caso, Bruno Pereirinha, também alvo de um breve comunicado na página oficial da Lazio, clube onde passará a jogar.
Parece que as nossascríticas são escutadas em Alvalade. Ainda bem. Mal é o persistente silêncio do sítio leonino sobre as saídas de outros jogadores, designadamente Insúa e Izmailov. E também, já agora, os termos em que está redigido o lacónico comunicado sobre Pereirinha: "O atleta mostrou-se indisponível para renovar." Sendo certo que o clube se "mostrava indisponível" para o pôr a jogar.
A forma como, no momento da despedida, tratamos os que serviram o clube com dedicação e profissionalismo diz muito a nosso respeito. Elegância nunca devia ser palavra vã numa instituição como o Sporting.
E é devido não só por não escrever há algum tempo, como o ter pensado já há mais de um mês.
Foi pensado antes desta nova época, antes das inovações de Sá Pinto e o empate na Dinamarca (dor, empates desses custam-me sempre). Foi pensado e nunca deixou de ser sentido, por isso cá vai:
A época passada começou assim-assim, teve momentos bons, e depois começou a descambar. Olhando agora foi um descambar relativo, foi mais a nervoseira de empates concedidos e duas derrotas, digo eu. Seja como for, mudou-se o treinador. E bem, a meu ver na altura. Nada contra Domingos, mas nunca me esqueci da sua expressão incrédula no banco durante o jogo com o Marítimo. Eu na bancada, em casa, onde for, posso não acreditar, ele nem tanto. Mas adiante, são águas passadas.
O que traz este post é Sá Pinto. Tenha-se gostado ou não de ouvir o nome escolhido para substituir Domingos, com Sá Pinto houve ali uma reviravolta. Não saberemos se Domingos ía chegar às meias-finais da Liga Europa, não adianta dizer que não ou que sim senhor. Foi com Sá Pinto e os três trincos na Polónia que acreditei que se podia chegar mais longe. Foi no fabuloso jogo em Alvalade com o Manchester City (primeira meia hora extraordinária) que vi como a equipa estava motivada e diferente. Vi um Carriço aparecer e o novo ego de Bruno Pereirinha. E tudo isto aconteceu com Sá Pinto, o Sázinho.
Também tenho estado apreensiva com as escolhas desta época, também gelei com a derrota em Alvalade frente ao Rio Ave (3 pontos que nunca podiam ser perdidos assim, mas já lá vão). Mas aconteça o que acontecer, os meses de Sá Pinto na época passada foram bons a meu ver, muito bons, e já ninguém mos tira. Como os amores de verão de quando eramos adolescentes: passavam e ficava uma boa memória. Aconteça o que acontecer daqui para a frente, Sá Pinto foi o meu amor de verão, ainda que de inverno.
PS: eu tenho vontade que continue e seja como antes e melhor, mas veremos. Importa o Sporting acima de nomes.