O Pedro Correia e o Luís Lisboa já abordaram abaixo esta saga, mas eu não posso deixar de vir mais uma vez falar destes galarós, da geração INATEL paga pelo Benfica, que sistemáticamente e em vias de poderem a ascender rapidamente na carreira, prejudicam, roubo é a palavra correcta para definir esta actuação, com toda a satisfatez do Mundo, o Sporting. Como diz o Luís e bem, a nossa equipa B tem sido o bombo da festa destes assalariados formados em tempo de orelhas grandes e que pelos vistos continuam a sentir o vento que elas ainda provocam nas suas estapafúrdias decisões. Ainda no último jogo o SportingB teve duas expulsões que se não fosse para chorar de vergonha alheia, seria uma enorme comédia.
E ontem foi mais do mesmo. Sem VAR que lhe tolhesse as arremetidas à descarada, lá transformou um penalti a favor do Sporting num cartão amarelo ao jogador derrubado claramente à margem das leis do jogo, amarelou Neto numa jogada em que o defesa apenas toca na bola, o objecto do jogo, aquilo em que é permitido dar chutos, o que me leva a pensar se não se terá passado alguma coisa no terceiro balneário, a propósito de chutos, perdão, Xutos, não vá a alimária perceber...
Amarelou Coates que, como capitão de equipa tem o direito de abordar o árbitro, de forma correcta, cordata, para pedir explicações. Se a aventesma fosse árbitro, claro está, mas aquilo é um apitadeiro ambicioso, que sabe que para ganhar as insígnias FIFA sem fazer qualquer jogo na Liga, só fazendo a vontade ao dono. Afinal, quem é que lhe pagou o curso, não é? Temos que ser uns para os outros.
Em linguagem da bola, desculpem os termos a seguir impressos, esta merda de árbitro se fosse no meu tempo ia ao banho ao Nabão, cumprimentar os barbos e as bogas, depois de dois sopapos no focinho. Eu sou mais cordato, saberia onde mora ou trabalha e enviava-lhe um Kit Eusébio porque, malta, o gajo mereceu!
Gostei muito que o Sporting confirmasse esta noite, em Penafiel, o acesso à final-a-quatro da Taça da Liga, que confere o título de campeão de Inverno no futebol português. Nas duas últimas épocas, este troféu foi nosso: queremos revalidá-lo, estamos no bom caminho. Continuamos invictos, nesta temporada 2021/2022, nas várias competições nacionais.
Gostei que Tiago Tomás tivesse regressado aos golos: foi dele o único desta partida, marcado aos 16'. Esteve quase a marcar um segundo aos 60', num remate em arco muito bem colocado que o guarda-redes adversário impediu. O nosso jovem avançado entregou-se ao jogo, revelou óptima condição física: elejo-o como melhor em campo. Nota muito positiva também para Gonçalo Esteves neste seu terceiro jogo de verde e branco em apenas nove dias: actuou como titular na ala direita aproveitando as ausências de Porro (por lesão) e Esgaio (infectado com covid-19), ganhando sucessivos duelos individuais tanto à frente como atrás. Destaque ainda para Ugarte, que recuperou sucessivas bolas, impondo-se no corredor central.
Gostei poucoda falta de intensidade de alguns jogadores leoninos, em notório sub-rendimento, sobretudo na segunda parte. Admito que estivessem a poupar-se para o próximo desafio do campeonato, a decorrer este sábado em Barcelos. Mas os cerca de dois mil adeptos que compareceram nas bancadas do estádio 25 de Abril, incentivando sempre a nossa equipa, mereciam maior entrega ao jogo, menos lentidão na condução da bola e um espectáculo de maior qualidade no bom relvado de Penafiel.
Não gostei do resultado: este 0-1 é poucochinho. Além do golo, fruto de um bom trabalho de Tabata que Tiago Tomás soube aproveitar, tivemos só duas outras oportunidades flagrantes. A primeira aos 8', quando Coates cabeceou ao poste: esteve a centímetros de marcar o seu quinto desta época. A segunda no já mencionado lance que Tiago protagonizou. Soube a pouco.
Não gostei nada da actuação do árbitro Cláudio Pereira, recém-promovido à primeira categoria - sem revelar qualidade para o efeito. Começou por amarelar Tabata aos 20', por "simulação" inexistente: o brasileiro é derrubado dentro da área. Depois amarelou Neto, aos 35', num lance em que o central leonino só toca na bola. Aos 74', expulsa Tabata por acumulação de amarelos, forçando o Sporting a jogar com menos um nos 20 minutos finais, numa partida sem vídeo-arbitragem - como é possível isto existir no futebol português quase em 2022? Destes três cartões, apenas o último se justificava - mas nunca para excluir o jogador da partida. Assim, defrontaremos o Gil Vicente com oito baixas. Além de Vinagre e Jovane, lesionados de longa duração, iremos sem Palhinha, Porro, Esgaio, Feddal e provavelmente também sem Paulinho, ainda a recuperar do coronavírus. E de certeza sem Tabata, cumprindo castigo injusto por culpa deste apitador incompetente. Apesar disso - ou por causa disso - não me admirava que lhe impusessem a curto prazo as insígnias FIFA. Há razões que a razão desportiva desconhece.
O jogo contra o Penafiel confirmou que as desconcentrações se pagam a preço muito elevado, seja em que fase do terreno for. Confirmou que o relvado em Alvalade se mantém em estado miserável.
Confirmou que certos jogadores tardam em perceber a importância de reter a bola em momentos cruciais (o que nos custou a vitória nos momentos finais do Sporting-Benfica podia ter-se repetido neste desafio).
Confirmou que o Sporting com Slimani é melhor do que o Sporting com Montero. Confirmou que o eixo da nossa defesa continua instável, ao contrário do que alguns sustentavam com excessivo optimismo. Confirmou que William Carvalho é um gigante. Confirmou que Nani merece o Sporting mas alguns sportinguistas não merecem Nani.
Da vitória. A nossa oitava em Alvalade neste campeonato. Suada, algo atabalhoada, mas merecida.
De estar a vencer por 2-0 aos 8 minutos. Dava a impressão de que haveria goleada. Infelizmente isso não aconteceu: ao intervalo já o Penafiel tinha reduzido para 2-2.
De William Carvalho. Marcou o seu primeiro golo nesta Liga 2014/15, aproveitando um ressalto, com um remate seco e rasteiro, muito bem colocado. Iam decorridos cinco minutos, o Sporting iniciava assim a sua vitória desta noite. Um prémio mais que merecido para o nosso médio defensivo, que voltou a estar em muito bom plano neste encontro. Até como defesa central improvisado, durante mais de meia hora, após a expulsão de Tobias Figueiredo.
De Nani. Aos 70' marcou de cabeça o golo da vitória, infiltrado na grande área penafidelense, dando a melhor sequência a um bom centro de Carrillo. E festejou este golo à sua maneira, com um duplo moral, revelando incontida alegria. Foi o melhor em campo neste encontro, apesar das faltas sucessivas que foi sofrendo, assinando os lances mais vistosos sobretudo ao nível dos confrontos individuais.
Do regresso de Slimani aos golos. Marcou o segundo golo, aos 8', como mandam as regras: correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Jefferson, bem enquadrado com a baliza, e cabeceando de cima para baixo. Incontestável, a partir de agora, como titular a ponta-de-lança.
De Jefferson. Outra exibição a merecer aplauso. Acutilante, dinâmico, batalhador. Marcou muito bem o canto de que resultou o nosso primeiro golo e fez a assistência para o segundo. Pena ter desperdiçado a hipótese de marcar o quarto, aos 83', quando corria isolado para a baliza.
De Carrillo. Nem sempre corresponde da melhor maneira quando joga como suplente utilizado. Mas hoje inverteu essa norma: entrou muito bem aos 61', substituindo Carlos Mané. Imprimiu dinâmica, velocidade e criatividade ao ataque leonino. Assistiu Nani para o terceiro golo e originou uma falta que esteve na origem da expulsão de um penafidelense. Contribuiu claramente para a vitória.
Da estreia de Ewerton. Tardou mas foi, 40 dias após ter sido contratado. Entrou só na segunda parte, incompreensivelmente, quando tínhamos um único defesa central de raiz desde o minuto 10 e o brasileiro precisava de rodagem pois jogará como titular frente ao Marítimo, na próxima jornada, face ao castigo aplicado a Tobias.
De ver o Sporting com mais quatro pontos do que o Braga. O terceiro lugar parece consolidado.
Não gostei
Que o Sporting jogasse só com dez jogadores desde o minuto 10. Tobias Figueiredo - desposicionado e lento de movimentos - comprometeu a equipa ao cometer uma falta que lhe valeu o cartão vermelho quando vencíamos por 2-0. Do livre directo nasceu o primeiro golo do Penafiel.
Dos passes falhados. Voltámos a claudicar neste domínio. Dois falhanços sucessivos - de Adrien e Slimani - originaram o primeiro golo contra nós.
Da nossa barreira no livre que originou o primeiro golo do Penafiel. Saltaram todos, mas a bola foi rasteira. Direita ao fundo das malhas leoninas. Ludibriados de forma infantil.
Da tardia entrada de Ewerton. O defesa - reforço de Inverno do Sporting - demorou mais de meia hora a ser lançado no encontro pelo treinador, situação que forçou William a actuar no eixo defensivo, abrindo uma brecha perigosa entre as linhas leoninas. Brecha que o Penafiel aproveitou para marcar o segundo golo.
Da inexplicável tremideira de alguns jogadores leoninos. Nem parecia que jogavam em casa perante o último classificado do campeonato.
De saber que William Carvalho vai falhar o Marítimo-Sporting por acumulação de cartões. O quinto foi-lhe mostrado pelo árbitro Bruno Esteves aos 81'. Marco Silva, que já tinha mandado Rosell aquecer, pecou por lentidão: o catalão devia ter entrado mais cedo, para o lugar de William, quando já vencíamos 3-2.
Desta vez os autores dos prognósticos andaram muito inspirados. De tal maneira que houve cinco vaticínios certeiros no resultado do Penafiel-Sporting (0-4). Três deles qualificam-se para a fase final desta espécie de "campeonato" cá do blogue através do nosso critério de desempate, baseado na antecipação dos nomes dos marcadores dos golos.
Dou, portanto, os meus parabéns aos leitores Iur, Leão do Fundão, Roberto Dias e Sérgio Nunes, e também ao nosso colega de blogue Luís de Aguiar Fernandes. Todos acertaram na goleada leonina no 25 de Abril.
Aplicado o critério do desempate, verificou-se uma vitória tripartida: Iur (que vaticionou golos de Nani, Slimani e Montero), Sérgio Nunes (idem, aspas) e Roberto Dias (idem, aspas, aspas).
Confirma-se, portanto, que não faltam goleadores por cá. Até nisto andamos em sintonia com este Sporting treinado por Marco Silva.
Da goleada em Penafiel. A segunda do campeonato, em sete jornadas. Quatro golos sem resposta.
Do regresso de Montero aos golos. Aconteceu quase dez meses depois. Marcou o terceiro, à ponta de lança, culminando da melhor maneira um cruzamento de Capel. E ainda fez uma assistência, para o golo de Nani.
De Slimani.Dois golos: o primeiro e o segundo. O primeiro após impecável cruzamento de Jefferson, o segundo correspondendo a uma assistência de Cédric. E tentou ainda mais. Promete ter uma época ainda com melhor rendimento do que a de 2013/14. O homem do jogo.
De Adrien. Hoje não foi titular: Marco Silva entendeu poupá-lo. Mas ao entrar em campo, aos 57', alterou profundamente a equipa. Para muito melhor. Tem mesmo de jogar de início.
De Nani. Voltou a ser um dos pilares da equipa. Sempre combativo, sempre inconformado. E marcou mais um golo - o último, o mais vistoso, com um grande pormenor técnico ao picar a bola frente ao guarda-redes adversário.
De Paulo Oliveira. Jogou pela primeira vez como titular, devido à lesão de Maurício. E cumpriu. Parece talhado para titular. Não lhe falta capacidade técnica, espírito competitivo e capacidade de luta.
De ver quatro golos em 17 minutos. Resultado da enorme dinâmica ofensiva revelada pelo Sporting na segunda parte.
Do minuto 57. Marco Silva deu a volta ao encontro quando parecia embrulhado ao fazer entrar Adrien para o lugar de William Carvalho e Montero para o lugar de André Martins. Era o momento de apostar tudo na vitória, reforçando o eixo central do nosso ataque. O treinador mexeu na equipa mais cedo do que é costume. E resultou.
Do espírito de equipa. Está ainda mais em alta depois das boas exibições frente ao FCP e ao Chelsea. Hoje ficou bem patente, uma vez mais, com o caloroso cumprimento de toda a equipa a Montero por ter quebrado o jejum de golos.
Não gostei
De esperar 69 minutos pelo primeiro golo.Não precisávamos de ter sofrido tanto.
Da primeira parte. Demasiados lances de ataque desperdiçados, demasiados pontapés ao lado, demasiados cruzamentos que não conduziram a lugar nenhum. Foi difícil desbloquear os caminhos para a baliza do Penafiel.
De André Martins. Marco Silva relançou-o como titular, mas a aposta saiu furada. Saiu aos 57', confirmando que precisa de uma longa experiência de banco.
De William Carvalho. Outra exibição apagadíssima. Foi bem substituído: até talvez devesse ter saído mais cedo. Anda também a precisar de uma "cura" no banco de suplentes.
De Sarr. Um corte defeituoso aos 16', em zona perigosa, podia ter gerado péssimas consequências para o Sporting. Parece jogar sobre brasas mesmo em jogos em que o adversário é medíocre, como foi o caso.
Do 'autocarro' penafidelense. O campeonato português está cada vez mais assimétrico: dividido entre equipas que fazem tudo para ganhar e outras que, mesmo jogando em casa, só jogam para não perder. Quem acaba por perder é o futebol.
{ Blogue fundado em 2012. }
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