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Eu não dou já muito para o peditório da arbitragem.
Aquilo é gente que não conhece os progenitores, só dá atenção aos amigos.
Mas volta e meia arrebita-se-me o nariz com coisas que eu e todos vemos que apenas a alimária do apito não vê. Quando convidamos alguém para a nossa casa, o mínimo que lhe exigimos é que se comporte decentemente e que não nos dê cabo da mobília, ora ontem fomos anfitriões dum tipo baixinho que para além de nos ter deixado surripiar aquela garrafa de vinho guardada para uma ocasião especial à vista dos demais convidados e de todos os da casa, família mais chegada e amigos, ainda nos deu cabo da mobília, que o diga Daniel Bragança que estava sossegadinho no seu canto a buburricar uma semanéte e sem saber como, levou com um convidado em cima e no final da noite regressou a casa a coxear, coitado. Não se lhe pedia, ao baixinho, que se armasse em dono da casa, que não precisamos que ninguém vele pela integridade da mobília por nós, mas como elemento isento que deveria ser naquela festa, que diabo, deveria ter chamado à atenção das visitas que no mínimo haveria que saber estar com urbanidade. Nem disso foi capaz. Ou, como se viu quando um gajo surripiou a dita garrafa, mão metida no móvel-bar à descarada, se virou para a televisão e com a maior desfaçatês, considerou que a asa do convidado estava em posição natural, a garrafa é que se lhe colou à mão. Até parece que jogámos com uma equipa de aves, qués ver?
Quanto a apitadeiros, a coisa já tinha começado mal numa festa em Moreira de Cónegos, onde compreensivelmente não era permitido lançar foguetório, mas no decreto que impede o lançamento de fogo de artifício, não está lá que se deve eliminar os motivos para se comemorar. E já que estava tudo na festa, outro rasteirinho deixou que fossem roubar a igreja da terra, naquilo que Pedroto apelidou muito sensatamente de roubo da mesma, para caracterizar os jogos do seu cluve naquelo ántro que diziam ser uma catedral.
Voltando ao nosso salão de festas, como muitos de nós vamos dizendo "a-no-a-pós-a-no", a nossa equipa só tem que jogar o dobro, no mínimo, para passar incólume aos desvarios (estou a ser simpático, ó pra mim) dos rasteirinhos que nos calham em sorte. Sendo sempre assim competentes, não precisamos de Santa Engrácia, já que dos trovões e dos relâmpagos tratamos nós ou não tenhamos, agora em dose dupla, Thor nas nossas fileiras.
Não me vou embora sem deixar uma nota de expectativa para mais logo. "Vocês sabem do que é que eu estou a falar", como diria um célebre agricultor de Palmela, que apesar de ter sido presidente dos Bombeiros locais, não deixa(va) de lançar a sua própria pirotecnia. Duma coisa estou certo: Seja como for, o convidado nunca irá parar ao xadrez!
Quem é o freguês que se segue?
Messi mandou a bola ao ferro na marcação de um penálti no desempate do jogo Argentina-Equador (1-1), dos quartos-de-final da Copa América.
Isto sim, é falhar um penálti.
A minúscula falange tuga anti-Ronaldo, que idolatra Messi, deve estar inconsolável. Mas tem esta consolação: os colegas de Messi não falharam, a Argentina rumou à meia-final.
Tenho cada vez mais consciência que o meu corpo me dá sinais. O coração é uma das partes do meu corpo que já não está para grandes emoções.
Deste modo vi o jogo, refilei muito com a coitada da televisão e fiquei olimpicamente siderado com o golo de Pedro Gonçalves.
Aqui foi um golo... do caraças!
Depois veio o prolongamente e finalmente a lotaria das grandes penalidades!
Foi neste instante que desliguei a televisão mais o telemóvel e fui ler mais umas páginas de "Ivan o Terrível" do Conde Alexis Tolstoi.
Embrenhei-me na leitura e passado um bom bocado lá liguei o PC para perceber que o Arsenal fora às urtigas.
Deveras feliz, fui então ver as grandes penalidades em diferido. Assim sabe bem melhor assistir!
E o meu coração já não sofreu!
A lampionagem tem razão, a queda de Paulinho na área não foi penalty. Foi um penalty da treta como os que semana passada deram a vitória do slb contra o Portimonense e a derrota do Sporting na Madeira. São faltas que em toda a Europa só se marcam entre Badajoz e o Cabo da Roca. O que é verdadeiramente de admirar é: 1) o Artur Soares Dias ter marcado um penalty a favor do Sporting (tão contra a vontade que lhe deu uma raiva tremenda e desatou a marcar faltas e faltinhas à entrada da nossa área e a distribuir amarelos como se não houvesse amanhã, deserto para mandar um jogador do Sporting para a rua); 2) o VAR não ter feito vista grossa, como é seu hábito, havendo jogadores de verde e branco a levarem porrada; 3) ter sido marcado um penalty contra o slb na Luz, impertinência imperdoável.
O que aconteceu no dia 27 de Junho de 2012 em Donetsk?
Bruno Alves diz que Nani lhe pediu para trocar a ordem da marcação dos penalties e que ele aceitou (entrevista no Mais Futebol) o que nos leva a pensar que os jogadores podiam decidir entre eles quem marcava o "penalty" seguinte.
Hoje vimos o capitão dos Países Baixos/Holanda e o capitão da Argentina a assumirem a marcação do primeiro "penalty".
Em 2012, Cristiano Ronaldo era a grande figura da selecção, capitão da equipa e o jogador com mais seguidores no "spectrum" (ou lá como se chamava o instagram de há dez anos) quem o terá tramado?
Qual a razão para Cristiano Ronaldo não ter tentado converter o penalty decisivo?
Estar na luta até pelo menos à penúltima jornada, ter caído nas meias-finais da Taça, ter passado a fase de grupos da Champions, repetir acesso à Champions e ter vencido dois troféus, parece-me um excelente resultado para o nosso SCP. Foi uma temporada muito positiva. Há dois milhões de anos que não ficávamos em segundo depois de termos vencido um campeonato.
Creio que a revalidação do título teria sido possível num país com ambiente competitivo mais são. Este ano, terão reparado, a fraquíssima autoridade que a Liga e FPF demonstram de novo deu em quezílias permanentes, intimidações variadas e, claro, numa interpretação muito criativa e lusitana do VAR.
Portugal reescreveu as regras do jogo. Todo e qualquer contacto na área, toda e qualquer mão/braço, é passível de ser penalti e sim, obviamente, o SCP também beneficiou de penalties coiso. A nossa liga é um paraíso para os avançados mais encorajados pelas suas estruturas, que parecem estar num jogo à parte. Certas quedas podiam estar no Bolshoi, outras em museus. E sim, são quase todas penalties. Foi para isto que se inventou o futebol? Se calhar foi, que sei eu...
SCP perdeu a liga por causa das arbitragens? Não. Mas dizer que “ah e tal não se pode falar das arbitragens porque é desculpa de mau pagador e tal” também não me convence. Achar que Amorim falhou ao não treinar suficientemente bem os seus jogadores a cair na área revolta-me, mas é difícil de rebater. Por exemplo, se a nossa malta tivesse caído na área no Benfica como as mulheres jovens do século XIX faziam para atrair a atenção dos pretendentes, talvez tivéssemos sacado uns penalties que nos tivessem metido no jogo.
No melhor país do mundo, um dos melhores da Europa, a nossa esperteza é a maior predadora da fraqueza das instituições.
Digo e repito que há coisas no nosso futebol que se mantêm há décadas, coisas essas que este ano tiveram uma bela colheita. Não tenho a certeza que os nossos jogadores – e até os nossos técnicos – não partilhem esta minha opinião. Se assim for, é admissível que desmoralizem e se distraiam, como sucedeu (digo eu, claro) no jogo em casa com o SLB.
P.S. Na filosofia criativa do VAR, o lance de Adán baralha-me. Ou talvez não. Noutros campos, noutras fases da Liga, teria sido marcada falta. Ou seja, e para que se perceba bem o que quero dizer, infelizmente é irrelevante se é falta ou não é. O que interessa é se se pode marcar, caso seja necessário.
Penalti tecnológico!
Claro que a criatividade envolve o Sporting, quem mais poderia ser, designadamente o lance que envolveu Paulinho e o guarda redes do Paços de Ferreira, no recente jogo em Alvalade e que culminou na marcação de grande penalidade. Uns artistas da TV e dos jornais e ainda a newsletter de um certo clube (não há pior dor que a dor de...aquela tal...), apesar de toda a evidência das imagens, do levantar da bandeirinha do fiscal de linha, da chamada de atenção do VAR e da revisão da decisão pelo árbitro, enveredaram pelo caminho da desvalorização da vitória leonina e de tentar enlamear o que foi limpinho, criando o "penalti tecnológico": penalti, pelo toque no pé direito do Paulinho que lhe provocou a queda. No dia seguinte jornais houve que, na capa, titularam o que nas páginas interiores não era sustentado pelas opiniões de profissionais da arbitragem que neles avaliam as decisões arbitrais. Ainda hoje, no Record, o antigo árbitro espanhol Iturralde Gonzalez reforçava as opiniões dos seus colegas, na coluna Tira-Teimas, e que passo a citar: "Neste...lance não há muito a dizer. O Paulinho dribla o guarda redes que, com a perna esquerda, contacta e derruba o avançado do Sporting, cometendo penalti. Falta bem assinalada e cartão amarelo bem exibido...". Que chatice para as virgens ofendidas e viúvas do velho sistema!
O VAR veio mudar muita coisa no futebol (estou convencido que só com o VAR o Sporting foi campeão e está na luta este ano), mas ainda tem um caminho a percorrer no sentido de ainda maior verdade desportiva. Pelo menos e para já, acabaram muitas das vergonhas que assistiamos nos campos pois agora alguns rapazes pensam duas vezes antes de saltarem o muro para ir à fruta ou de se sentarem à mesa para refeições grátis. Dá mais nas vistas a inclinação dos relvados... Mas como dizia, ainda há caminho, muito para percorrer (e os jogadores também têm de ajudar, quanto a disciplina e simulações, não são nadadores nem mimos). Veja-se o escândalo dos cartões amarelos ao nosso jogador Palhinha. Pelo menos 3 mal exibidos, dos 5 que o excluem do próximo jogo. A "field of play doctrine" não pode continuar a ser a vaca sagrada das leis do futebol, caso contrário transforma-se antes em reiterada doutrina de injustiça autoritária ou numa "reveange doctrine" como no caso Palhinha. Ainda que não se atualize as normas de intervenção corretora do VAR quanto a injustiças cometidas por um árbitro em campo (revertendo cartões amarelos manifestamente mal exibidos ou pontapés de canto mal assinalados e que podem resultar em golos, por exemplo), não há razão para que os diálogos entre os diversos intervenientes das equipas de arbritragem não sejam públicos. E que a justiça dos órgãos jurisdicionais competentes se demita de julgar e aplicar as leis de acordo com os factos subjacentes à realidade, preferindo continuar à sombra da bananeira da "field of play doctrine". Por uma questão de justiça e de verdade desportiva.
(fotografia Jornal Record)
PS- Para complementar e até porque foi referido num comentário a questão dos especialistas não serem unânimes, aqui ficam os recortes dos principais opinadores especialistas:
Estes primeiros jogos depois das pausas das selecções são sempre complicados, a adrenalina dum grupo focado migra para parte incerta, cada um vive a pausa da sua forma. E ontem o onze feito de titulares que Rúben Amorim colocou em jogo parece que pouco tinha jogado junto, cada um a fazer o seu número que nada tinha a ver com o do colega ao lado, um futebol lento e previsível frente a um adversário "copy cat" do modelo do Sporting treinado por um ex-colega e admirador de Amorim, e foi assim que se chegou ao intervalo em vantagem através dum penálti a que já irei. Fora isso foi o desperdício de Pedro Gonçalves na única vez em que tudo foi bem feito e que fez jus ao título de campeão nacional.
Veio o segundo tempo e tudo ficou ainda pior, às tantas parecia que o Sporting equipava de amarelo. Até que entraram duas das aquisições deste ano, aquelas de que alguns dizem do pior, ou porque são do Mendes, ou porque os passes são partilhados, ou porque os valores são altos de mais, ou pelas comissões, ou daquilo que se lembrarem para justificarem andarem a cuspir na sopa que comem, agora que a relva está óptima e recomenda-se.
E com um Ugarte que regressou do Uruguai em modo turbo (assim vale a pena ter jogadores convocados para as selecções) e um Edwards em modo esgravulha o jogo mudou por completo e partir daí as oportunidades sucederam-se, foi mais um golo, podiam ter sido três ou quatro, que o diga Sarabia. Marcou o Nuno Santos, depois dum passe magistral do Ugarte.
Com adeptos (alguns, como é óbvio) que assobiam a equipa com ela a ganhar, depois do rival ter perdido, realmente só se pode esperar o pior. Felizmente não aconteceu. Depois admiram-se de andarem a perder títulos anos a fio com quem não assobia os seus jogadores mesmo depois das maiores cabazadas. E muito menos a ganhar em casa.
Melhor em campo? Daqueles que iniciaram o jogo, depois do óbvio Sarabia, o Matheus... não o Nunes, que anda a jogar mais para a bancada e menos para a equipa, o outro, o Reis. Dos outros, o Ugarte claro. Parecia-me o novo Aldo Duscher mas agora digo que é mesmo o Manuel Ugarte. Que se calhar chegará mais longe que o outro.
Sobre o penálti? Recordam-se daquele que marcaram ao Matheus Reis contra o Braga e que o Hugo Miguel demorou 5 minutos a convencer-se frente ao ecrã que aquilo era penálti ? Este foi igual. O triste árbitro lá se convenceu que tinha visto mal, e tão afectado ficou que a partir daí foi um festival de asneiras. A diferença é que com ou sem ele ganhávamos a este Paços de Ferreira, e com o outro perdemos em casa com o Braga. Se foi de propósito para apagar da memória as palhaçadas que acontecem nos jogos do Porto, só apetece dizer uma coisa feia... Este VAR era de onde?
E termino com mais uma tirada genial do Amorim:
“Eu acho que é um excelente elogio , pelo menos é o maior elogio que nos podem dar à equipa técnica , que conseguimos que o Sporting fosse beneficiado pela arbitragem e eu acho que isso realmente é um grande milagre que esta equipa técnica conseguiu.”
É isso mesmo Amorim, deixa a modéstia de lado, conseguiste um verdadeiro milagre. E quando do outro lado estiver o Porto então eu vou mesmo a pé a tua casa agradecer.
#JogoAJogo
SL
Sérgio Conceição, qual Calimero, veio queixar-se da arbitragem no último jogo da sua equipa, em que o FC Porto venceu tangencialmente o V. Guimarães no Dragão (1-0).
É preciso ter lata.
Basta repararmos qual tem sido a equipa que nesta Liga 2020/2021 mais tem sido beneficiada com penáltis.
Para quem não saiba, fica a lista das 58 grandes penalidades já assinaladas - com liderança isoladíssima (aqui sim) da equipa portista. Cada um tire as suas conclusões.
FC Porto - 9
Santa Clara - 6
Gil Vicente - 5
Sporting - 5
Farense - 4
Paços de Ferreira - 4
Famalicão - 3
Moreirense - 3
Rio Ave - 3
V. Guimarães - 3
Belenenses SAD - 2
Boavista - 2
Braga - 2
Marítimo - 2
Portimonense - 2
Tondela - 2
Benfica - 1
"Off-Side" em português técnico.
A amarelo o jogador do Moreirense com a bola dominada, a verde Paulinho, a roxo o árbitro.
Se a bola vem de um adversário como há fora-de-jogo?
(entretanto parece que inventaram mais um fora-de-jogo de 2 cm; 2 cm?)
Taremi, cai, penalty.
Rafa, cai, penalty.
Sporting marca dois golos limpos de bola corrida; fora-de-jogo.
Isto está bonito, está.
São apenas três pontos, os que iremos disputar no próximo sábado no Porto.
Quer isto dizer que se o jogo nos correr mal, apesar de tudo só perderemos três pontos.
Não haverá penalti que marquem a favor deles que dê mais do que isso. E como sabemos que para o lado deles os penaltis caem que nem figos maduros, com estrondo; À pála deles, dos penaltis, têm pelo menos 16 pontos a mais no seu pecúlio, conforme podem ver na imagem que o Ricardo Roque desencantou não sei onde e que demonstra bem a importância dos penaltis para o lugar que ocupam na classificação. E isto chorando baba e ranho de que têm sido prejudicados. Olha, se têm sido beneficiados, onde é que já não iriam. Vai daí até teriam mais pontos do que os vinte jogos disputados dariam...
Atrevendo-me a meter foice em seara alheia, eu aconselharia Amorim a dar gás ao meu amigo Jorge Vital para que o Adán não fizesse mais nada até sexta à noite que não treinar a defesa de penaltis.
Porque, como diz o povo, só se for à falsa fé, porque cara-a-cara, não têm jogo para nós. E se não ficaram ontem a 12, ficarão a 13! Ou a 10, ou a 7. Estarão longe, de qualquer forma. Só dependerá da banca dos chocolates e da fruta.
E nós dependemos apenas de nós próprios, trilhando o nosso caminho, step by step...
Numa competição muito particular, que domina com larga vantagem, o FC Porto promete ser campeão este ano: nos penáltis que vai tendo a seu favor.
Ontem caiu-lhe mais um no colo, com precisão horária, ao cair do minuto 90: só assim a turma treinada por Sérgio Conceição conseguiu desatar o empate (1-1) que persistia em casa do Marítimo, último classificado da Liga 2020/2021.
Por mera coincidência, a falta grosseira na grande área maritimista que gerou o castigo máximo foi cometida por Rúben Macedo. Um jogador que fez toda a sua formação no FCP.
Basta comparar: a equipa portista beneficiou de 12 grandes penalidades em 20 jornadas. O dobro da que segue em segundo lugar nesta tabela estatística.
Caso para emoldurarem este "troféu". E para o colocarem em lugar de destaque lá no museu do Dragão. Talvez assim ponham fim à lamúria: já ninguém aguenta ouvi-los chorar contra os árbitros que os "prejudicam".
ADENDA: Ontem, aos 17', Corona foi poupado a um cartão amarelo - que seria o quinto e o impediria de defrontar o Sporting no Dragão. Aos 33', Manafá comete clara agressão, que fica impune: o vermelho manteve-se bem guardado no bolso do benevolente árbitro Vítor Ferreira.
O título deste post podia ser mais uma vez "Os filhos da puta", mas eles são tantos que desta vez vale a pena individualizar. O filho da puta de hoje foi um rapaz de nome Godinho e apelido Gatuno.
Mas não foi apenas ele, outros em Oeiras fizeram parte da pandilha que mais uma vez descaradamente nos roubou, uma pandilha que se intitula de VAR (Vamos Ali Roubar).
Esta jogada, a ser analisada correctamente, daria a possibilidade de o Sporting marcar, a expulsão do jogador que cometeu o penalti e a do treinador Sérgio Conceição, pelo "vai pó caralho, pá!" com o que isso poderia significar com toda uma segunda parte para jogar.
Ao contrário, o animal não só reverteu a decisão, como fingiu não ouvir a boca de Conceição. Mas ouviu um "vergonha" vindo do banco do Sporting, que atribuiu a Ruben Amorin, expulsando-o.
E eis como um filho da puta consegue em dois minutos esfrangalhar uma equipa e moralizar a outra.
Assim, vai ser muito difícil. Assim e receber um campeão europeu e não o meter de início na equipa, mas esses são outros quinhentos.
A imprensa desportiva de hoje é unânime: o árbitro Tiago Martins cometeu ontem um atentado à verdade desportiva ao não assinalar duas grandes penalidades claríssimas favoráveis ao Sporting - uma a abrir, outra a fechar o jogo que disputámos em Moreira de Cónegos.
Até árbitros que estão muito longe de ter qualquer simpatia pelo Sporting reconhecem isto. E assinam por baixo.
Passo a citá-los:
Minuto 3: João Aurélio derruba Jovane dentro da área.
Duarte Gomes (A Bola): «João Aurélio, no interior da sua grande área, chegou tarde à bola dividida e acabou por atingir Jovane, derrubando-o. Pontapé de penálti por assinalar.»
Fortunato Azevedo (O Jogo): «João Aurélio aborda tarde o lance, não jogou a bola e, de forma negligente, atinge Jovane. Falta merecedora de penálti.»
Jorge Coroado (O Jogo): «Há falta, obviamente. João Aurélio chegou tarde, não jogou a bola e atingiu um pé de Jovane. Penálti que ficou por assinalar.»
Jorge Faustino (Record): «Jovane foi mais rápido do que João Aurélio a chegar à bola desviando-o do seu adversário, que não conseguiu travar o movimento que a sua perna levava, pontapeando a canela de Jovane. Penálti por sancionar.»
José Leirós (O Jogo): «João Aurélio não joga a bola e atinge uma perna de Jovane, que estava em cima da linha, logo dentro da área. Penálti por assinalar.»
Marco Ferreira (Record): «Jovane cai na área depois de ser rasteirado por João Aurélio - o avançado consegue fazer o passe antes de ser atingido pelo defesa dentro da grande área. Penálti por assinalar.»
Minuto 90+5: Coates é agarrado e imobilizado por Djavan em zona proibida.
Duarte Gomes (A Bola): «Djavan e Coates tocam-se, mas, na sequência, o central do Moreirense puxa a camisola do sportinguista em lance que o VAR sinalizou. Penálti por assinalar.»
Fortunato Azevedo (O Jogo): «Coates é agarrado de forma persistente pela camisola, acabando por ser derrubado e impedido de jogar a bola. Falta merecedora de penálti.»
Jorge Coroado (O Jogo): «Coates foi claramente agarrado, impedido de se deslocar e derrubado. No campo, admite-se que o árbitro não tivesse visto, mas com o recurso às imagens trata-se de dupla incompetência não assinalar penálti.»
José Leirós (O Jogo): «Há empurrão mútuo para melhor se posicionarem, mas, no momento crucial, Djavan agarrou e puxou a camisola de Coates de forma evidente. Penálti por assinalar.»
Marco Ferreira (Record): «Coates cai na área, após ser agarrado pela camisola, o que o impede de disputar a bola. Pontapé de penálti por assinalar, após o VAR alertar para a situação.»
Eu podia começar este post por reclamar sobre o desespero de colocar o Coates a jogar a ponta de lança (avançado centro, para o nosso querido presidente), tal como fazia Silas nos seus gloriosos dias como treinador do Sporting. Ou até sobre a oxigenação do cabelo de Jovane, que lhe deve também ter alterado a cor (e não só) dos neurónios (não há lá ninguém que lhe diga que ainda é cedo para se armar em vedeta?). Ou até relembrar a máxima de que em equipa que ganha não se mexe. Ou mesmo que não se compreende que a jogar contra dez quase meia-parte do jogo, apenas se tivessem feito dois remates enquadrados com a baliza e nenhum deles com verdadeiro perigo, o redes deles nunca deve ter tido uma noite tão descansada. Vá, basicamente, eu poderia começar por dizer que o nosso jogo foi vulgar, que alguns jogadores (curiosamente os mais "velhos") estão claramente a mais e é empandeirá-los enquanto é tempo e que outros naturalmente estão "crus" ainda e que cometem erros às vezes infantis e até podia começar por escrever que a nossa prestação foi uma valente porcaria.
Mas não. Começo e termino por dizer que mais uma vez fomos roubados. O resto são amendoins. Melhor, o resto continua a ser a acção de certos filhos da puta, que impunemente nos continuam a roubar.
O escritor, cronista do jornal Destak e analista de futebol na Correio da Manhã TV, João Malheiro, gritava ontem na pantalha televisiva: Foi excesso de rigor!
O rigor vale por si só ou existe ou não.
na repetição do "penalty" não existiu excesso de rigor, cumpriu-se a lei.
Estamos tão habituados à bandalheira, aqui, por exemplo e aqui, também, que quando alguém cumpre, desconfiamos, é rigoroso, dizemos, é excessivamente rigoroso, acrescentamos, quando devíamos dizer: cumpriu.
O futebol português está cada vez mais corrompido por um sistema que só pode provocar asco a quem tiver dignidade e defender a verdade desportiva. O despudor atingiu um nível tal, que nem com VAR lá vamos. Em Alvalade, diante do Rio Ave, foram assinaladas sem qualquer problema 3 grandes penalidades contra o Sporting. Ontem em Guimarães, árbitro e VAR não vislumbraram falta. Uma vez mais o bafiento e reles tuga soccer, mostrou que não é bem um desporto, mas uma farsa, sempre beneficiando os mesmos. Ou alguém acredita que este mesmo lance, na outra grande área, teria igual decisão?
Quanto aos senhores instalados nos gabinetes do poder do futebol, não há muito a esperar. Ontem provavelmente terão ido à casa de banho no momento exacto em que foram lançadas três tochas para o relvado, interrompendo o jogo, pelo que não se devem esperar castigos. Afinal tudo está bem, quando acaba bem, desde que o clube do regime vá ganhando, os bobos vão desempenhando o seu papel, para gáudio da multidão...
«Todo o trabalho detalhista que o argentino Mauricio Pochettino possa ter efectuado na planificação do jogo ruiu quase antes de a final [da Liga dos Campeões] começar, quando Salah abriu o marcador aos 107 segundos, após um lance em que o esloveno Damir Skomina (que é compadre do presidente da UEFA) confirmou a tendência de os árbitros castigarem cada vez mais a imprudência do que a intenção, algo que me custa a habituar. Depois das demonstrações de sobrevivência frente ao City e ao Ajax, o Tottenham demorou uma eternidade a recuperar do abalo provocado pelo penálti de contrafacção.»
Bruno Prata, hoje, no Record
(confirmando, no essencial, o que escrevi aqui logo após a final)
O crucial não é discutir se houve ou não penálti a favor do Rio Ave. O crucial seria discutir o evidente fora-de-jogo de João Félix no segundo golo do Benfica.
O vídeo-árbitro funcionou como manobra de diversão. Ora vejamos a sequência: há uma jogada polémica na grande área do Benfica, o árbitro deixa seguir e, logo depois, o Benfica marca um golo em fora-de-jogo. Aí, o árbitro manda interromper o jogo para que se possa consultar o vídeo-árbitro. Pensei que ele queria examinar o lance do golo. Mas não! Ele quis clarificar a jogada anterior!
Na verdade, a jogada é dúbia. Mesmo com a repetição das imagens, é difícil de dizer se realmente o penálti se justificaria, por isso, não se pode verdadeiramente censurar o árbitro por não o ter assinalado. Mas não era isso que importava a Hugo Miguel. Importou, sim, desviar as atenções de um golo marcado de forma irregular.
A discussão à volta da existência, ou não, da grande penalidade é outra manobra de diversão, alimentada pelos media, a desviar do essencial.
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