Com a saída de Luiz Phellype para o Japão (empréstimo com opção obrigatória ao FC Tokyo) e de Renan para a Arábia Saudita (onde passou a integrar o plantel do Al-Ahli), a SAD leonina continua sem solucionar o futuro de oito jogadores que mantém sob contrato.
Interessam-me sobretudo os avançados. Neste caso, há quatro: Slimani, Jovane, Sporar e Pedro Mendes.
Como é sabido, o argelino está riscado desde Abril por Rúben Amorim e o caboverdiano deixou de fazer parte dos planos da equipa técnica a partir do momento em que terá recusado renovar o seu vínculo contratual. Mas o português (que volta de um empréstimo ao Rio Ave após 10 golos em 43 jogos na Liga 2) e o esloveno (que também regressa a Alvalade após empréstimo ao Middlesbrough, da segunda divisão inglesa, onde marcou oito golos em 37 partidas) poderão ainda ser recuperados para a nova temporada com a missão específica de a meterem lá dentro?
Partilho esta interrogação convosco. Talvez seja útil reflectirmos sobre o tema.
P. S. - Os outros quatro jogadores com destino incerto são Battaglia, Eduardo Henrique, Eduardo Quaresma e Idrissa Doumbia.
Leio que Pedro Mendes vai ser emprestado ao Almeria, clube da segunda divisão espanhola. Segundo a notícia, este clube fica com uma opção de compra obrigatória num determinado valor. Porém, não leio em nenhum lado o óbvio: que o regresso ao Sporting esteja salvaguardado.
Perante isso fico estupefacto e ocorre-me perguntar se a lição «Demiral» não foi assimilada pelos actuais dirigentes do Sporting.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre PEDRO MENDES:
- Francisco Chaveiro Reis: «O Sporting procura um extremo e um ponta-de-lança. Pelos nomes que por aí andam (Paulinho, Anthony ou Almada, por exemplo), os alvos são jovens talentosos, que se desenvolvam no clube e tragam retorno desportivo e financeiro. Não sou olheiro, mas, lembro-me de dois: Joelson Fernandes e Pedro Mendes.» (28 de Agosto)
- Pedro Boucherie Mendes: «O incrível golo de Pedro Mendes é seguido de um tipo a festejar sozinho. Durante o que me pareceu uma eternidade, o jovem jogador está sozinho no que terá sido um dos momentos mais felizes da sua vida (digo eu). Finalmente, dois ou três colegas lá lhe dão um tapa de felicitações, mas é um golo que não é festejado em equipa. Talvez Bruno Fernandes, o capitão, possa fazer alguma coisa pelo grupo fora das quatro linhas.» (20 de Setembro)
- Leonardo Ralha: «O goleador dos sub-23 ocupou lugar dentro das quatro linhas, recebeu a bola de costas para a linha de grande área, rodopiou o corpo, puxou a perna para trás, e fez história. Poderia ter sido ainda mais decisivo se não tivesse entrado a tão poucos minutos do final, e se o PSV Eindhoven não tivesse conseguido encostar o Sporting ao seu lado do campo, mas ficou um pouco mais claro que existe um círculo do inferno reservado para quem não inscreveu o ponta de lança na Liga NOS.» (21 de Setembro)
- Paulo Guilherme Figueiredo: «Dez vitórias em dez jogos para os sub-23 do Sporting. Pedro Mendes: dez golos em dez jogos. A equipa com a média de idades mais baixa da Liga Revelação. Com uma qualidade muito acima da média da mesma.» (5 de Outubro)
- José Cruz: «Para ficar em quarto (ou quinto) um Pedro Mendes é melhor que um Jesé.» (18 de Janeiro)
- António F: «[Ao] ter dado a titularidade a Jesé e não ter convocado Pedro Mendes, em detrimento do recém-chegado Sporar, o técnico do clube [Silas] deixou uma mensagem clara: Pedro Mendes é o elo mais fraco.» (28 de Janeiro)
- Luís Lisboa: «Sporar é superior a LP29 fora da área, mas ainda inferior a ele dentro dela no jogo aéreo. Pedro Mendes, Tiago Tomás, Gelson Dala, Ruiz: nenhum deles tem essas características.» (7 de Julho)
- Eu: «Pedro Mendes, cujo real valor ainda constitui uma incógnita, vai certamente actuar noutro clube da I Liga a título de empréstimo.» (10 de Julho)
- JPT: «Nem vi jogar, para além de fugazes aparições, sprints de quem vem do banco de suplentes. Disse-me quem sabe muito de bola e acompanha o clube, profissionalmente: "grande atleta, grande profissional, um puto porreio. Mas não chega para o Sporting." Deve o Sporting, em respeito pela sua Academia, vender o seu passe desportivo a um clube onde possa singrar.» (12 de Julho)
- Eduardo Hilário: «Quem foi o melhor marcador da equipa de Leonel Pontes? Quem tinha a média de um golo por jogo? Quem marca na Liga Europa um grande golo? Criticámos a falha de inscrição deste jogador durante meses. Desaprendeu?» (5 de Agosto)
Começa a ser evidente quais serão os jogadores a dispensar pelo Sporting logo após o fim do mais longo campeonato nacional de que há memória, daqui a poucas semanas. Basta medir o tempo de utilização de cada um.
A lista dos 25 jogadores que já calçaram sob a orientação do actual técnico - ontem divulgada pelo jornal A Bola, acrescida dos minutos em que cada um esteve em campo - fornece resposta à maior parte das dúvidas.
Revela-nos, desde logo, que houve apenas dois titulares nestas sete partidas: Maximiano e Coates. Ambos jogaram 630 minutos. Logo seguidos de Sporar, que esteve 628 minutos em campo. Seguem-se cinco jovens oriundos da Academia de Alcochete ou que aqui vieram completar a sua formação futebolística: Plata, Jovane, Matheus Nunes, Wendel e Eduardo Quaresma.
Inversamente, Renan nunca foi utilizado por Amorim. Tal como o apagado Miguel Luís e um tal Mattheus Oliveira, que já mal recordo quem é. O mesmo ocorreu com Luiz Phellype, mas neste caso por estar ainda a recuperar de uma gravíssima lesão contraída antes da chegada do sucessor de Silas.
Esta hierarquia negativa inclui Pedro Mendes (só jogou dois minutos), Rosier (12), Eduardo (17), Idrissa Doumbia (68) e Ilori (113). É fácil concluir que o treinador não contará com eles para a próxima temporada.
Ilori, que saíra em litígio com o Sporting seis anos antes, nunca devia ter regressado. Rosier e Eduardo foram rotundos fiascos. O jovem Idrissa prometia alguma coisa, mas ofereceu quase nada. Todos eles deverão abandonar Alvalade em definitivo, rendendo algum encaixe financeiro à SAD.
Pedro Mendes, cujo real valor ainda constitui uma incógnita, vai certamente actuar noutro clube da I Liga a título de empréstimo.
Presumindo-se que o central Gonçalo Inácio - também da formação leonina e ainda não estreado na equipa principal - fará igualmente parte do plantel para 2020/2021 e que o jovem André Paulo, recém-contratado para a equipa B por indicação de Amorim, será o terceiro guarda-redes na hierarquia leonina, abrem-se ainda assim três ou quatro vagas.
Uma delas, em princípio, será preenchida pelo central marroquino Feddal, de 30 anos e há três épocas no Bétis de Sevilha.
Na vossa perspectiva, que outras posições devem ser reforçadas com urgência?
Ter dado a titularidade a Jesé (*) e não ter convocado Pedro Mendes, em detrimento do recém-chegado Sporar, o técnico do clube deixou uma mensagem clara:
Pedro Mendes é o elo mais fraco.
Só espero, desejo, é que, para este jogador, não haja um desfecho como no concurso:
- Adeus!
(*) Qual a diferença de vencimento entre este jogador e aquilo que Bas Dost ganhava? Dá para pensar…
Silas andou meses a suspirar por um ponta-de-lança alternativo a Luiz Phellype. Agora que dispõe de um, manteve Pedro Mendes a jogar na liga dos pequeninos em vez de o juntar à equipa da gente grande.
Dez vitórias em dez jogos para os sub23 do Sporting Pedro Mendes: dez golos em dez jogos. A equipa com a média de idades mais baixa da Liga Revelação. Com uma qualidade muito acima da média da mesma.
Ainda não foi desta vez que passou dois jogos consecutivos a não sofrer mais do que aquele golito da praxe. Sem grande culpa em nenhum dos três golos, como também já vem a ser hábito, ainda fez algumas defesas competentes.
Rosier (2,5)
Os velozes extremos da equipa da casa deram-lhe tantos afazeres que não pôde ajudar muito o ataque, não obstante aparentar maior integração com os colegas. Conviria dar baile enquanto debutante em Alvalade, na segunda-feira, frente ao Famalicão.
Coates (2,0)
A primeira boa notícia é que não cometeu três grandes penalidades e a segunda é que também não foi expulso. E há que reconhecer que a infelicidade do seu autogolo só impediu que Malen, jovem portento da equipa da casa, pudesse bisar. Mas o certo é que a habitual confiança do uruguaio, e o discernimento com que inicia jogadas, partiram para parte incerta.
Neto (2,0)
Também ficou marcado pelo azar ao não conseguir mais do que desviar a trajetória da bola, enganando Renan, quando pretendia bloquear o remate de Malen que abriu o marcador. Nãomais se encontrou.
Acuña (2,5)
Não raras vezes pegado com os velozes e talentosos adversários que lhe apareciam pela frente, deixou Bruma escapulir-se pela direita e centrar para o autogolo de Coates no lance do 2-0. Em compensação, a incerteza quanto ao resultado existente ao intervalo deve-se à desmarcação perfeita que levou um adversário a rasteirar Balosie na grande área.
Idrissa Doumbia (2,5)
Voltou a deixar a sua área de ação assaz permeável, pouco lhe valendo a adopção do meio-campo em losango. Muito se esforçou, como tende sempre a ocorrer, mais uma vez sem resultados práticos.
Miguel Luís (2,0)
Teve direito aos primeiros minutos oficiais nesta temporada, não sendo exagerado dizer que poderiam ter sido melhor aproveitados. Além de ficar mal na fotografia em dois dos três golos, desperdiçou a recarga a um dos mísseis de longo alcance disparados por Bruno Fernandes.
Wendel (2,5)
Rendilhou o jogo que conseguiu, gerindo o esforço para não estoirar tão depressa na segunda parte. Teme-se que as suas recorrentes chamadas à selecção olímpica do Brasil o façam crer que competir é mais importante do que vencer.
Bruno Fernandes (3,5)
Estrela televisiva da semana, à conta da divulgação de imagens em que maltratou portas e corredores do Estádio do Bessa após ser expulso, o capitão do Sporting encheu o campo num jogo que começou mal para os leões e pareceu destinado aos zero pontos que rendeu. Ainda assim, além da visão de jogo patente na interpretação do losango, revelou serenidade na cobrança da grande penalidade que resultou no 2-1 e muita vontade de dar a volta na sucessão de remates que o guarda-redes dos holandeses teve a insensatez de defender. Merecia bisar, nem que fosse no lance em que cabeceou a bola ao poste.
Vietto (2,0)
Pouco conseguiu fazer enquanto “avançado móvel”. Regressado de lesão, foi rapidamente poupado para aquele compromisso até altas horas da noite de segunda-feira em que a profecia de Ristovski ecoará nos ouvidos dos sportinguistas.
Bolasie (2,5)
Estreou-se nas competições europeias aos 30 anos, mas o sonho de ficar ligado ao resultado ficou pelo lance em que foi derrubado na grande área. É mais um que Alvalade espera vitoriar na segunda-feira.
Jovane Cabral (3,0)
Entrou na segunda parte para agitar o ataque do Sporting e ajudou a cumprir o objectivo. Ainda não foi o homem dos golos providenciais dos tempos de José Peseiro, mas deixou boas indicações no primeiro jogo após longa recuperação de lesão.
Pedro Mendes (3,0)
O goleador dos sub-23 ocupou lugar dentro das quatro linhas, recebeu a bola de costas para a linha de grande área, rodopiou o corpo, puxou a perna para trás, e fez história. Poderia ter sido ainda mais decisivo se não tivesse entrado a tão poucos minutos do final, e se o PSV Eindhoven não tivesse conseguido encostar o Sporting ao seu lado do campo, mas ficou um pouco mais claro que existe um círculo do inferno reservado para quem não inscreveu o ponta de lança na Liga NOS.
Rafael Camacho (-)
Voltou a entrar mesmo antes de o pano cair.
Leonel Pontes (3,0)
O regresso do losango foi um coelho da cartola interessante, e regista-sea coragem de apostar na juventude e procurar um caminho por entre tamanhas adversidades. É por isso que a derrota europeia, naquele que era em teoria o encontro mais difícil para os leões em toda a fase de grupos, deve ser encarado como um passo atrás que permitirá dar dois passos em frente.
O incrível golo de Pedro Mendes é seguido de um tipo a festejar sozinho. Durante o que me pareceu uma eternidade, o jovem jogador está sozinho no que terá sido um dos momentos mais felizes da sua vida (digo eu). Finalmente, dois ou três colegas lá lhe dão um tapa de felicitações, mas é um golo que não é festejado em equipa. Talvez Bruno Fernandes, o capitão, possa fazer alguma coisa pelo grupo fora das quatro linhas. O jogo de ontem é o resumo do meu sportinguismo neste século. Expectativas, vamos a eles, hoje é que é, golos estúpidos sofridos, alguns repetentes, um ou outro golito nosso e no fim um mau resultado. Com exceção de fases de JJ e do Sporting aborrecido de Paulo Bento tem sido assim desde Boloni, João Pinto e Jardel.
Pedro Mendes, maior goleador da Liga Revelação, com sete golos em seis jogos, confirmou ontem em estreia absoluta pela equipa principal do Sporting, na Liga Europa, que é o segundo ponta-de-lança de que andamos tão carentes.
Infelizmente não poderemos contar com ele no campeonato nacional, pelo menos durante os próximos nove jogos, porque alguém na SAD leonina se esqueceu de inscrever o jovem goleador nas competições organizadas pela Liga. Um erro descomunal que só pode ser corrigido em Janeiro.
Pouco me interessa quem foi o (ir)responsável. Interessa-me, sim, que seja demitido sem demora. Porque no Sporting não pode haver lugar à negligência nem à incompetência.
Fico a aguardar notícias sobre este tema. E voltarei a ele se tudo continuar como até agora, com uns tantos a assobiarem para o lado e ninguém a fazer mea culpa.
Gostei muito da aposta de Leonel Pontes em jovens jogadores, derrubando assim o veto que lhes tinha sido imposto por Marcel Keizer, o treinador holandês que veio para o Sporting aureolado com a fama de "valorizar a formação". Nunca a valorizou, pelo contrário. Só agora o seu sucessor interino, nesta sua estreia internacional ao comando técnico do Sporting, começa a repor o rumo que jamais devia ter sido abandonado. Se a aposta inicial em Miguel Luís como médio-ala neste jogo em Eindhoven não resultou, já as entradas de Jovane (um regresso que se saúda), aos 64', rendendo Vietto, e sobretudo a estreia absoluta de Pedro Mendes, goleador da equipa sub-23, foram muito bem sucedidas. O luso-caboverdiano abriu espaços na muralha defensiva holandesa e quase marcou com um remate forte e bem colocado, aos 77'. Mendes teve uma aparição em grande: substituiu Miguel Luís aos 80' e bastou-lhe minuto e meio para marcar um golão, servido por Bolasie. O nosso segundo: grande recepção da bola, impecável rotação e formidável disparo, indefensável.
Gosteido quarto-de-hora inicial da nossa equipa, compacta e bem organizada, fechando os corredores à transição adversária e travando a mobilidade ofensiva do PSV. E gostei mais ainda da nossa meia hora final, em que jogámos com arrojo e destemor em casa alheia, sem complexos de qualquer espécie. Podíamos ter virado o resultado neste período em quatro ocasiões: aos 72', num grande remate em arco de Bruno Fernandes que quase traiu o guarda-redes; aos 75', com um tiro do nosso capitão para defesa incompleta de Zoet; logo a seguir, numa recarga desperdiçada por Miguel Luís; e aos 77, no disparo de Jovane. Este domínio da nossa equipa, que teve como corolário o golo de Pedro Mendes, reflectiu-se também na posse de bola: 53% para o Sporting. Destaque também para o bom desempenho de Bruno Fernandes, que marcou o nosso primeiro golo aos 38', de penálti, a castigar falta sobre Bolasie: foi ele sempre o mais inconformado, com mais fome de baliza. O melhor Leão em campo, uma vez mais.
Gostei pouco que ao sétimo jogo oficial da temporada, por força das circunstâncias, o técnico recém-chegado tivesse de construir uma equipa com remendos. Foi inédita, esta formação leonina que jogou na Holanda. Coates e Neto nunca tinham feito parceria no eixo da defesa, Miguel Luís e Jovane não alinhavam no onze principal desda a época anterior, Rosier e Bolasie jogaram só pela segunda vez de verde e branco, Pedro Mendes foi um caloiro bem-sucedido, Rafael Camacho teve direito a mais uns minutinhos, rendendo Wendel à beira do fim. A nossa pré-temporada de Julho desta vez transferiu-se para a segunda quinzena de Setembro. Nada mais insólito.
Não gostei da nossa acção defensiva, que voltou a pecar pela mediocridade, com momentos calamitosos: não admira que já tenhamos 15 golos sofridos em sete jogos nesta temporada 2019/2020. Neto e Coates estiveram muito aquém daquilo que se exige numa equipa que sonha com troféus e títulos: ambos dividem culpas no primeiro golo, sofrido aos 19' em lance muito rápido; Coates fez de ponta-de-lança do PSV com um autogolo aos 25'; Neto falha a marcação ao artilheiro do terceiro golo holandês, a partir dum canto (47'). Mathieu, que foi poupado já a pensar no difícil confronto com o Famalicão na próxima segunda-feira, fez muita falta. Mais à frente, Wendel e Vietto tiveram actuações frouxas e apagadas: falta-lhes intensidade e poderio físico - características que se notam mais nestes confrontos com equipas estrangeiras. Também não gostei do resultado, claro: perdemos por 2-3, entrando com o pé esquerdo na Liga Europa.
Não gostei nadaque a SAD leonina, por indesculpável incúria, tenha perdido a oportunidade de inscrever Pedro Mendes como jogador da Liga portuguesa. Um erro monumental, agravado pelo facto de não termos no plantel nenhum ponta-de-lança alternativo a Luiz Phellype, agora lesionado. Como este PSV-Sporting bem demonstrou, o melhor marcador da Liga Revelação (sete golos em seis jogos) far-nos-ia agora imenso jeito no campeonato nacional. «Irá Leonel Pontes contar com ele?», questionei aqui há quatro dias. Resposta afirmativa e bem-sucedida, como vimos. Infelizmente, não poderá fazê-lo nas provas da Liga NOS - aquelas em que faria mais falta.
Acabei de ouvir a tua conferência de imprensa, e a resposta sobre Pedro Mendes, e mais uma vez tenho a dizer-te que estiveste muito bem.
Vieram dizer que o Sporting contava que fosses o novo Bruno Lage. Pois, nem penses nisso.
O Bruno Lage mete três putos contra um colosso alemão a pensar que a sorte que teve com o Sporting se iria repetir: derrota concludente, mais uma machadada no ranking de Portugal, o ponta de lança de 20 M€ pareceu ainda pior que o nosso (gordo) Jesé, e mesmo assim foi quase aplaudido no final, a imprensa gabou-lhe o arrojo, um heroi. A Champions realmente tem árbitros a sério, e as equipas não são subsidiadas pelo "Glorioso", e isso faz toda a diferença. A águia torna-se uma perdiz... Mas todo o Benfiquistão bate palmas. O Bruno Lage no Sporting não durava dois dias.
A ti ninguém te deu os parabéns por estreares dois miúdos de 18 anos, o Plata e o Camacho, na 1.ª Liga, mesmo aqueles que andaram a criticar o Keizer por não os pôr a jogar. Nem quiseram saber do festival de porrada do Boavista permitido pelo «Mas eu estou a brincar, caralho??? Estou a brincar???»
No que respeita ao jogo de amanhã, desculpa não estar presente como tinha pensado. Vais ter muitos Sportinguistas a sério a apoiar a equipa como apoiaram em Londres. Não inventes, mete os melhores dentro do possível, traz da Holanda um bom resultado, que isso é o mais importante. Segunda-feira lá estarei para ver uma vitória tranquila frente ao actual líder da Liga.
O Sporting inicia amanhã, na cidade holandesa de Eindhoven, a campanha 2019/2020 da Liga Europa. Com uma equipa cada vez mais transformada numa espécie de manta de retalhos. Ainda sem Luiz Phellype e agora sem Mathieu nem o recém-chegado Jesé.
As boas notícias são os regressos de Vietto e Jovane, e o ingresso (que merece saudação especial) de Pedro Mendes.
Segue-se a lista de convocados.
Guarda-redes:
Renan
Luís Maximiano
Hugo Cunha
Defesas:
Ilori
Coates
Neto
Rosier
Borja
Médios:
Idrissa Doumbia
Eduardo
Miguel Luís
Acuña
Wendel
Bruno Fernandes
Avançados
Bolasie
Jovane
Vietto
Plata
Pedro Mendes
Rafael Camacho
Fica a pergunta aos nossos leitores: em que jogadores apostam para o onze titular neste desafio com o PSV?
Vi ontem o Sporting-Portimonense, para a Liga Revelação. Triunfo concludente da nossa equipa, por 4-3: é a sexta vitória em seis jogos.
Excelente movimentação verde e branca, com um futebol muito compacto e veloz. Vê-se aqui fio de jogo, trabalho colectivo, treino competente.
Destaco as exibições de Nuno Mendes (lateral esquerdo, 17 anos), dono absoluto do seu corredor. De Bruno Tavares (ala direito, 17 anos), autor de duas assistências para golo. De João Oliveira (lateral direito, 20 anos), que assistiu no terceiro e marcou o quarto, com um belíssimo remate de meia distância. De Joelson Fernandes (extremo, 16 anos), um criativo por excelência e dono de uma técnica muito evoluída para a sua idade.
Mas realço, acima de todos, Pedro Mendes. O nosso avançado com maior rendimento no campeonato sub-23. Ontem marcou os três primeiros golos do Sporting nesta partida disputada no estádio Aurélio Pereira, em Alcochete: o primeiro, num cabeceamento indefensável, em mergulho, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Tomás Silva, é daqueles que merecem ser vistos e revistos
Mal acabei de assistir ao jogo, questionei-me: por que motivo não é Pedro Mendes convocado de imediato para o escalão principal, tão carente de goleadores e agora sem ponta-de-lança alternativo? Como é possível que tenha sido ignorado por Marcel Keizer este jovem que já leva sete golos marcados em seis jogos da Liga Revelação? Irá Leonel Pontes contar com ele?
P. S. - A coisa promete: Luiz Phellype com lesão traumática, Vietto com queixas musculares.
Tantos são os enigmas na gestão do futebol profissional leonino que pouco se tem falado na ausência de inscrição na Liga de Pedro Mendes, promissor avançado dos sub-23 e única alternativa viável nos quadros do Sporting para a posição de Luiz Phellype.
Embora sucumba à tentação de catalogar esta decisão como apenas mais um caso de incompetência suicidária, a dúvida metódica instala-se: haverá algo na relação contratual de Pedro Mendes com a SAD do Sporting que esteja a cercear o potencial de sucesso (não tão improvável quanto isso) do jovem avançado?
Se alguém quiser esclarecer ficarei muito agradecido. Eu e mais uns quantos sportinguistas, estou em crer.
O Sporting procura um extremo e um ponta-de-lança. Pelos nomes que por aí andam (Paulinho, Anthony ou Almada, por exemplo), os alvos são jovens talentosos, que se desenvolvam no clube e tragam retorno desportivo e financeiro. Não sou olheiro, mas, lembro-me de dois: Joelson Fernandes e Pedro Mendes. Na primeira posição, consigo ainda lembrar-me de Gonzalo Plata ou Rafael Camacho.