Do oitenta para o oito
Paulo Oliveira, agora transferido para o Eibar a troco de 3,5 milhões de euros por 70% do passe, tinha uma cláusula de rescisão de 45 milhões.
Realmente, há coisas que não entendo. Quem souber esclarecer-me, faça o favor.
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Paulo Oliveira, agora transferido para o Eibar a troco de 3,5 milhões de euros por 70% do passe, tinha uma cláusula de rescisão de 45 milhões.
Realmente, há coisas que não entendo. Quem souber esclarecer-me, faça o favor.
Paulo Oliveira vai jogar no Eibar que paga 4 milhões de euros ao Sporting por 70 por cento do passe do central. Não me custa a crer que daqui a um ano esteja no Mundial e que seja transferido por números superiores. Sempre gostei da sua classe. O problema de Oliveira foi Coates. Jogam ambos pela direita e quando jogaram juntos, nenhum saía a jogar com a qualidade necessária. Obrigado Paulo e boa sorte!
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre PAULO OLIVEIRA:
- Edmundo Gonçalves «Foi tão mau, que os nossos melhores foram Paulo Oliveira e Beto, os únicos, com Campbell se quiserem, que estiveram mesmo em campo.» (30 de Novembro)
- Eu: «Meter no onze inicial um Paulo Oliveira sem rotinas nem experiência como lateral fez a nossa equipa jogar coxa durante uma hora.» (7 de Dezembro)
- Rui Cerdeira Branco: «É o suplente para as horas difíceis e para as invenções do treinador (por vezes queimando o pobre jogador). Prima pela constância e fiabilidade. Não tem a estampa e a velocidade de Rúben Semedo mas oferece uma regularidade e maturidade que (ainda) falham no mais jovem.» (14 de Maio)
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Sporting-Benfica pelos três diários desportivos:
Paulo Oliveira: 18
Gelson Martins: 17
Adrien: 17
Coates: 17
William Carvalho: 16
Rui Patrício: 15
Bas Dost: 14
Schelotto: 14
Podence: 13
Bruno César: 13
Jefferson: 12
Alan Ruiz: 11
Bryan Ruiz: 10
Campbell: 1
O Jogo elegeu William Carvalho como figura do jogo. A Bola e o Record optaram por Adrien.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre PAULO OLIVEIRA:
- Edmundo Gonçalves: «É um caso esquisito de perda de eficácia. Gradual e preocupante. Órfão de Ewerton? Falta de confiança em quem está à sua frente? Aliás, mal que afecta toda a equipa, que tem vindo a descer o nível exibicional de forma preocupante.» (18 de Setembro)
- Eu: «Com Jesus, o jovem defesa minhoto consolidou a sua posição na equipa, tornando-se um dos raros imprescindíveis. Muito contribuiu para o Sporting ser hoje uma equipa menos batida do que éramos há um ano, antes de ele assumir a titularidade: temos agora sete golos sofridos no campeonato. Na Liga 2014/15, nesta mesma altura, já tínhamos sofrido doze.» (2 de Janeiro)
- João Távora: «À 15ª jornada o Sporting exibe-se no primeiro lugar da tabela classificativa com a defesa menos batida do campeonato - onde pontua uma jovem certeza que é Paulo Oliveira - um facto para relevar também à atenção do seleccionador nacional.» (3 de Janeiro)
CONFIRMAÇÃO DO ANO: PAULO OLIVEIRA
Houve quem tivesse questionado se ele seria realmente um reforço para o Sporting. Quem assim falou é gente de vistas curtas e de pouca fé. Porque Paulo Oliveira tem demonstrado em Alvalade que foi uma das melhores contratações na era Bruno de Carvalho, confirmando no Sporting todas as qualidades que já o haviam evidenciado ao serviço do V. Guimarães.
Com Marco Silva, tardou a firmar-se como titular. Mas logo no início de 2015 já era um elemento indiscutível do nosso onze-base. Apesar de ainda muito jovem (23 anos), revela uma inegável maturidade que o tem levado a assumir-se como timoneiro do nosso reduto defensivo. Com óptimos desempenhos, seja quem for que actue ao lado dele como defesa central - Ewerton, Tobias ou, mais recentemente, Naldo.
A 22 de Fevereiro, no rescaldo da nossa goleada ao Gil Vicente, escrevi estas palavras que tenho todos os motivos para reiterar: "Melhora de jogo para jogo. É já o patrão indiscutível da defesa. Hoje cortou tudo quanto passou por ele. Com uma segurança e uma autoridade dignas de registo."
Autoridade que transmite também nos jogos da selecção: Paulo Oliveira demonstrou a sua classe ao serviço da equipa das quinas que se tornou vice-campeã da Europa ao nível das selecções sub-21. Após uma brilhante campanha, desde a fase de qualificação, só perdemos a final em Junho, frente à Suécia.
Com Jesus, o jovem defesa minhoto consolidou a sua posição na equipa, tornando-se um dos raros imprescindíveis. Muito contribuiu para o Sporting ser hoje uma equipa menos batida do que éramos há um ano, antes de ele assumir a titularidade: temos agora sete golos sofridos no campeonato. Na Liga 2014/15, nesta mesma altura, já tínhamos sofrido doze.
Ao que tudo indica, o Sporting vai reforçar o eixo da defesa nas contratações de Inverno. Mas há desde já uma certeza: Paulo Oliveira vai manter-se titular. Como foi na equipa que conquistou a Taça de Portugal, em Maio, e na que bateu o Benfica na Supertaça, em Agosto.
Certas coisas não mudam. E ainda bem.
Confirmação do ano em 2012: André Martins
Confirmação do ano em 2013: Adrien
Confirmação do ano em 2014: João Mário
A lesão de Paulo Oliveira, que vai ficar quatro semanas parado.
Podia trazer à discussão o texto que escrevi no defeso passado acerca das fracas contratações então realizadas, mas arrisco afirmar que nem os mais críticos desse texto – houve até quem o apelidasse de anedótico e marcasse “encontro” para o final da época - apresentem agora argumentário válido.
Podia trazer à discussão muitos dos textos que fui escrevendo ao longo da época passada em que, discutindo o jogo e a qualidade do mesmo, dei muitas vezes a minha opinião sobre muitos dos jogadores do Sporting, nomeadamente, aqueles que considero menos conhecedores do jogo e que por conseguinte nas suas acções individuais afastam mais do que aproximam a equipa (colectivo) do sucesso. Adrien, Paulo Oliveira e Slimani (sem contar com os inenarráveis Maurício e Sarr) terão sido provavelmente os mais visados pelas minhas críticas. Ainda hoje os considero como os piores da equipa, mas com o defeso deste ano ainda veio João Pereira para se juntar a este lote.
Podia trazer à discussão a problemática das arbitragens internas e europeias que mais parece uma premonição - qual Oscar Shidinski - há muito e por muitos aguardada, mas com as segundas partes dos jogos com o Paços de Ferreira e com o CSKA, seria justo fazê-lo e culpabilizar apenas as arbitragens?
Podia ainda trazer à discussão a necessidade de adquirir um defesa direito, um defesa central, um extremo e um avançado centro, mas será razoável fazê-lo sem jogar a Champions? Mesmo assim quero acreditar que até dia 31 de Agosto chegará pelo menos um extremo e um avançado centro.
Podia, de facto, trazer muitos temas à discussão, mas nesta fase o que me apetece pensar é que esta equipa tem menos de dois meses de trabalho com aquele que para mim é o melhor treinador português da actualidade, o que por conseguinte me leva a acreditar que a equipa só pode melhorar (William, volta!; Montero, acorda!) e que, invariavelmente, seremos superiores a todos os adversários no que à qualidade de jogo diz respeito, o que fará com que estejamos sempre mais próximos da vitória.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre PAULO OLIVEIRA:
- António Manuel Venda: «Temos apenas um central bom (Paulo Oliveira).» (13 de Dezembro)
- Marta Spínola: «O Paulo Oliveira mostra-se um grande - maior, que grande já nós sabíamos - homem» (7 de Janeiro)
- Eu: «Melhora de jogo para jogo. É já o patrão indiscutível da defesa. Hoje cortou tudo quanto passou por ele. Com uma segurança e uma autoridade dignas de registo.» (22 de Fevereiro)
Não gosto de individualizar no futebol, gosto, sim, de analisar o jogo colectivo. De preferência quando esse colectivo é muito mais que a soma das individualidades. O que equivale a dizer que as individualidades contribuem positivamente para a melhoria colectiva, que os comportamentos das individualidades beneficiam o e do colectivo. Neste sentido, defenderei sempre os jogadores que mais e melhor contribuam para o colectivo e que por consequência o tornem mais forte, aproximando-o da vitória.
Jogadores como William, Nani, Montero e Martins serão sempre defendidos na minha forma de analisar o jogo, não só porque são os melhores jogadores do plantel, mas principalmente porque são aqueles cujas acções e comportamentos individuais mais aproximam a equipa do sucesso. Todos os processos da equipa melhoram com eles em campo.
Pelo que se ouviu e leu no início da época, parece que nem William é consensual no universo leonino, tais foram as loas de lentidão e displicência que lhe rogaram. Nani, idem, a julgar pelos constantes assobios ouvidos em Alvalade, principalmente quando temporiza para procurar a melhor opção para a equipa, quando a maioria dos adeptos preferiria uma correria para a linha e um cruzamento em que nem era preciso olhar para a área ou passar a bola para alguém que no momento seguinte ficaria numa situação difícil.
Montero e Martins não reúnem de todo consenso, aliás, no limite, reúnem no sentido de que não servem para o Sporting. Os argumentos são, normalmente, subjectivos e/ou perceptivos, por vezes até estatísticos (como se isso, por si só, dissesse alguma coisa) do que fundamentados naquilo que é o jogo jogado e a forma como as acções deles contribuem para aproximar a equipa do sucesso. Na realidade, jogadores com as características deles são mal interpretados pelo comum adepto, principalmente por estes últimos terem pouco conhecimento do jogo e da forma como um colectivo deve abordar os principais momentos do jogo de forma a estar mais próximo de ganhar.
Já o escrevi várias vezes neste espaço: a probabilidade de ganhar é tanto maior quanto melhor forem o conhecimento e os princípios de jogo. Consequentemente, a equipa terá melhor conhecimento e princípios de jogo quanto melhor for o seu treinador (é aqui que se ele tem maior influência na equipa) e quando mais os seus intérpretes os conseguirem aplicar em prol do colectivo.
É isto que tenho vindo a defender e tenho a consciência que não é propriamente o mais unânime. Até há quem apelide opiniões como a minha de “freitas-lobismo”. Seja lá isso o que for. Mas se o objectivo for adjectivar por comparação, devo dizer que é um perfeito disparate, porque Freitas Lobo é um fã de jogadores como Adrien, Slimani ou Paulo Oliveira. Nunca o será de jogadores como Martins, Montero ou Tobias, porque não percebe o que eles dão ao jogo. No fundo, o Freitas Lobo é apenas um comum adepto, mas mais bem-falante e com muitas horas de Football Manager, o que lhe permite conhecer o nome de mais jogadores que a maioria.
Não se trata de comparar Montero com Slimani, Martins com Adrien, Tobias com Oliveira individualmente. Até porque todos eles têm características individuais e colectivas importantes para estarem no plantel. Trata-se, isso sim, de comparar a qualidade do colectivo quando alguns destes jogadores estão em campo e quando não estão. A forma como as acções individuais contribuem para a melhoria do colectivo, ou como, no limite, fazem com que a equipa esteja mais perto da vitória é que determina os melhores jogadores. Messi é o melhor do mundo não só pelas fantásticas qualidades técnicas e físicas individuais, mas porque percebe como nenhum outro todos os momentos do jogo e coloca toda a sua qualidade ao serviço do colectivo. Com as acções dele a equipa estará sempre mais perto da vitória.
O futebol que admiro e que defendo para o Sporting não é o de Jardim nem o da maioria desta época (com excepção do início), baseado numa forma de construção de jogo demasiado lateralizada e cheia de cruzamentos sem nexo para a área (muito a darem golo, é certo), com princípios defensivos de fraca qualidade e com muito dificuldade nos momentos de transição, defensiva e ofensiva. Mesmo assim, cada vez que Marco Silva aposta nos melhores jogadores, o Sporting, como colectivo, aproxima-se mais daquilo que defendo. Não porque os princípios se alterem, mas porque os intérpretes contribuem mais para o colectivo.
P.s. Miguel Leal é um excelente treinador e a Liga portuguesa ficaria muito mais interessante com equipas orientadas como este Moreirense. Deve estar no Top 5 das equipas com melhores princípios de jogo do campeonato.
...jogar com dois centrais! Foi a primeira vez esta época.
Mesmo assim, em termos de posicionamento e controlo de profundidade, Paulo Oliveira tem muito por onde aprender com Tobias Figueirdedo. Ontem, em 2 ou 3 lances foi muito evidente.
Apesar das melhorias de Oliveira, seria bem vindo um central em Janeiro para jogar ao lado de Tobias. Caso não venha, que joguem estes dois. São os melhores disponíveis.
«O Sporting é o quarto clube mundial a fornecer mais jogadores à elite do futebol (campeonatos da Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália). São doze: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Carriço (Sevilha), Beto (Sevilha), Rafael Veloso (Deportivo), Varela (Queen Park Rangers), José Fonte (Southampton), Eric Dier (Tottenham), Pedro Mendes (Parma), Mário Rui (Empoli), Pereirinha (Lazio), João Moutinho (Mónaco) e Tiago Ilori (Bordéus). À frente do nosso clube apenas se encontram o River Plate, da Argentina (17), o Ajax, da Holanda (15), e o Boca Juniors, também da Argentina (14).»
Record, 29 de Outubro
«Paulo Oliveira, em apenas seis jogos pelo Sporting, já marcou tantos golos como em 60 jogos com a camisola do Guimarães.»
Idem
Paulo Oliveira
O Sporting Clube de Portugal, Futebol, SAD e o Vitória Sport Clube chegaram a acordo para que o jogador Paulo Oliveira, represente o Sporting nas próximas cinco épocas. Ficou ainda definida uma cláusula de rescisão no valor de 45 milhões de euros.
Paulo Oliveira, de 22 anos de idade, e 1,87 metros de altura, joga na posição de defesa-central e é internacional pela Selecção Nacional de Sub-21.in Sporting.pt
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