Dada a argumentação agora em curso que alude à necessidade imperiosa de «alívio salarial» na SAD leonina para estancar o seu alegado «sufoco financeiro», vale a pena fazer algumas perguntas na expectativa de que possam ser respondidas.
Por fontes autorizadas, não por bonecos de ventríloquos.
- Porque dispensámos Nani - capitão do Sporting, prestigiado internacional português e campeão europeu em título - a "custo zero"?
- Porque aceitámos, no âmbito da negociação com o Atlético de Madrid como hipotética forma de compensação pela aquisição fraudulenta de Gelson Martins por aquele clube, metade do passe de Vietto avaliado em 7,5 milhões de euros, quando este jogador tem um valor global de mercado de apenas sete milhões? - Porque adquirimos, igualmente por 7,5 milhões de euros (acrescidos da dispensa de Mama Baldé a título definitivo), o lesionado lateral direito francês Rosier, que passou 465 dias lesionado nas últimas três épocas, este ano só jogou cerca de dez minutos em Fevereiro e pretende preencher uma posição para a qual já existem pelo menos três jogadores sob contrato?
- Porque não houve prioridade máxima à contratação de um novo ponta-de-lança se é verdade que Bas Dost terá comunicado à equipa técnica a intenção de abandonar o Sporting ainda em Maio, mês em que estava recém-valorizado devido ao decisivo golo que marcou ao FC Porto na final da Taça de Portugal?
- Por que motivo - aceitando ainda a tese de que a SAD já sabia desde Maio que o jogador pretendia sair - deixámos arrastar a resolução do assunto durante três meses, acabando por estabelecer com o Eintracht, em vésperas do fecho do mercado, um acordo que fontes do clube alemão qualificam de «pechincha», pois terá baixado dos 20 milhões de euros exigidos no início para os sete milhões finais?
Eis vários temas que deviam justificar séria reflexão aos loquazes papagaios "multicolores" (de bico encarnado) que agora debitam suposta propaganda verde em incessante verborreia nas pantalhas.
Se eles soubessem reflectir, claro. O problema é que só sabem... papaguear.
São úteis a qualquer poder, enquanto estiver na mó de cima.
Quando fica na mó de baixo, acotovelam-se para figurarem na primeira fila dos que irão escarrar em quem antes serviram.
O Pedro Correia vem trazendo aqui o que se vai dizendo numa tasca sportinguista. É uma tasca, numa tasca entra qualquer um, não é preciso ser sócio, pagar gameboxes, frequentar o estádio, o pavilhão, qualquer imbecil pode entrar, insultam as mães uns dos outros, é mesmo conversa de tasca. Tem lá até uns "fariseus" residentes, que regam com gasolina e deleitam-se com as chamas. No fundo, até tem a sua piada.
Depois das tascas existem os blogs de autor e os facebooks de (supostos) sportinguistas, onde duma forma sistemática se vai construindo um discurso, arregimentando seguidores e mantendo uma posição de combate perante um poder ou uma situação.
Depois existe a presença de mais ou menos ilustres sportinguistas, mais ou menos croquetes, bananas ou alucinados, nos meios de comunicação de massas, em entrevistas, paineis e programas de debate.
Tudo isto junto é o mundo em que vivemos, onde a comunicação e as redes sociais tem um grande peso na avaliação sobre uma determinada situação e tomada de decisão sobre a mesma.
Mas quando todo um discurso veiculado por alguns nas redes sociais perde a aderência à realidade, àquela que se pode constatar no estádio e no pavilhão, nas conquistas que alcançam e na recuperação do clube, discurso esse que se deixa encartilhar matraqueando frases feitas sem sentido, deixamos de falar em gente e começamos a falar em papagaios.
E o nosso Paulinho já disse tudo o que havia a dizer sobre esses papagaios:
Todos eles debitaram, uns mais, outros menos, sobre o Sporting de forma incontida e pública. Eles e outros mais que aqui não estão mas de que já falámos amiúde. De ex-atletas a treinadores no activo, alguns não adeptos do Sporting, mas com enorme responsabilidade pública ou passado ligado ao clube ou ao futebol português, todos eles se pronunciaram depreciativamente, alguns deles de forma reiterada, sobre o nosso clube, a instâncias, ou através de alguma comunicação social ávida de sangue e que quer, à viva força, que o Sporting desça de divisão. As razões são múltiplas mas, em geral, reflectem sentimentos tão "nobres" como a inveja, a raiva, a mesquinhez, o mal-dizer, o ódio e a cobiça. Ao fazerem-no reconhecem, no fundo, a força do Sporting. Se o clube fosse indiferente a estas almas, algumas delas penadas, não perderiam tempo em tamanho coro a uma só voz. E dizem-se alguns deles Sportinguistas, alguns mesmo ex-dirigentes de órgãos do clube mas que não sabem guardar recato e discutir as coisas entre os seus pares... é isto que me provoca verdadeiro sentimento de tristeza!
{ Blogue fundado em 2012. }
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