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És a nossa Fé!

Nuno, cinco anos depois

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Completam-se hoje cinco anos.

12 de Junho de 2020, Nuno Mendes estreava-se na equipa principal do Sporting, entrou para o lugar de um argentino.

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Anos mais tarde outro argentino seria importante na carreira de Nuno, conferir aqui.

Recentemente foi a selecção nacional a beneficiar do savoir faire de Nuno Mendes.

Campeão nacional pelo Sporting Clube de Portugal, campeão francês tendo como ajudante Messi e vencedor da liga das nações tendo como ajudante Cristiano Ronaldo.

Um jogador único, parabéns Nuno.

(recorte d' A Bola de hoje, p. 31, Jorge Pessoa e Silva)

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(detalhe da caricatura, de Ricardo Galvão, nas páginas centrais do jornal citado)

Martinarrota

Todos se recordarão das narrativas que aprendemos na escola daquela batalha em que derrotámos uns espanhóis com muito maior capacidade bélica mas com o "rei na barriga" e a nunca pensar que estavam a candidatar-se ao pior. Percebe-se melhor esta ideia se tivessem visto a final da Liga das Nações na TVE como eu.

O nosso treinador catalão esteve soberbo na arte da dissimulação. Com um onze sem defesa direito nem trinco, teria sido "bar aberto" na primeira parte para Williams e companhia se não fosse um Condestável feito em Alcochete que não estava para aturar aquele despautério.

Sem conseguir articular uma jogada colectiva, o 2-1 só aconteceu pelo golaço do Nuno Mendes.

A segunda parte, com os dois que faltavam no onze, foi em tudo diferente. Espanha resolveu como o Benfica no Jamor embora por métodos mais desportivos e sem túneis nem toupeiras. Tentou jogar com o relógio e foi ficando mais vulnerável à "cavalaria" que o catalão careca ia metendo.

O Condestável Nuno e o rei Cristiano levaram aquilo para prolongamento. Nos penáltis o Nuno cumpriu e o Diogo resolveu. 

O Tony Silva e o João Feliz e contente desta vez não jogaram, mas o catalão pai deles não os esquece.

Ter que gramar com o sarrafeiro naturalizado Pepe como embaixador é ofensivo para um Sportinguista. Só faltaram o Otávio e o Galeno como "damas de honor". Mas é o que temos. Só mesmo um morcão para confundir esta gente com o Matheus Reis.

SL

Faço consultas

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Confirmados os meus dotes de vidente e adivinho encartado (se se lembram apresentei antecipadamente aqui as minhas desculpas ao nosso Pedro Porro), informo que abrirei ainda antes das férias consultório nas especialidades acima referidas.

Não se admirem se eu em vez de usar uma bola de cristal use um calhau fossilizado, há por aí muitos, aqui na praia são em barda mas é preciso saber procurá-los e nas televisões são às carradas com a vantagem de que estão à mão de semear.

Ou até que se eu para adivinhar o futuro dos "pacientes" possa usar uma técnica alternativa, troque os percebes por lapas, ou assim, afinal o que eles quererão saber são os números do euromilhões, ou se o Félix vem para o Benfica, interessa-lhes lá saber as voltas que eu dou para lá chegar.

É como eu em relação à selecção e ao treinador Roberto Martínez. Ele foi contratado para ganhar títulos, ganhou, parece-me que os meios serão irrelevantes, considerando que os objectivos são atingidos. Se eu gosto ou não da "linha" que ele escala, das substituições que ele faz, dos jogadores que ele convoca, pouco interessa se ele no fim ganhar o jogo.

Ainda ontem vi um caceteiro encartado, na CMTV (na habitual ronda pelos vários canais), Rodolfo Reis de seu nome, a chamar burro a Roberto Martínez treinador vencedor da Liga das Nações. Este bem pode vir às minhas consultas, que será fácil adivinhar-lhe o futuro: Cinco tostões de kompensan para os dez tostões de tintol.

Nesta final quero destacar o colectivo, todos se bateram muito bem, fazendo sobressair as individualidades. Nuno Mendes confirmando-se como um jogador de excepção (o treinador espanhol às tantas teve que meter a carne toda no assador naquele lado, Porro inclusive, e foi como se nada se tivesse passado), Cristiano Ronaldo contrariando os marrecos que o dão a cada jogo como morto e enterrado (adoro quando dizem "ah, marcou porque estava à mama", como se "estar à mama" fosse fácil), marcou dois golos decisivos e Diogo Costa que desta vez nos deu mais uma alegria, ele que já tinha um feito semelhante (superior, vá) ao defender três penalidades numa meia-final.

Para terminar, quero apenas informar-vos que o consultório será ali à frente, na Praia de São Lourenço.

Bandeira azul.

Numa rocha qualquer.

 

PS: Já me esquecia: Pedro Gonçalves, Gonçalo Inácio, Francisco Trincão e Rui Silva há duas semans que não celebravam um título... 

Para festejar (10)

Primeiro bi em 74 anos, primeira dobradinha em 23

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Hoje há um motivo extra para celebrar: a conquista da segunda Liga das Nações pela selecção portuguesa. Com enormes profissionais formados no Sporting - destaco o eterno capitão Cristiano Ronaldo, com 138 golos marcados pela equipa das quinas (um contra a Alemanha na meia-final, outro contra a Espanha na final de Munique) e para Nuno Mendes, considerado o melhor jogador do torneio e já apontado como melhor ala esquerdo a nível mundial. Sem surpresa para quem viu esta final: o ex-ala do Sporting venceu cinco dos nove duelos com Lamine Yamal, seu antagonista directo.

Terceiro título da selecção em nove anos. Mas o mais saboroso continua a ser o primeiro: o Europeu de 2016. Disputado na épica final em Paris contra a selecção anfitriã - com aquele inesquecível golo de Éder enquanto CR7, lesionado logo no início da partida, ia dando instruções aos seus colegas do lado de fora.

É com um travo de nostalgia que vou escrevendo. Daí ter escolhido, para culminar estes festejos, uma bebida que muito aprecio mas raramente provo: Berneroy XO, calvados de suprema qualidade. Aguardente de maçã produzida exclusivamente na Normandia a partir da destilação de sidra e tornada emblema desta região no norte de França. Guardada para momentos de grande celebração.

Como este agora.

Enormes: somos os melhores

Portugal vence Liga das Nações

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A excelente selecção nacional de futebol, comandada por Roberto Martínez, acaba de vencer a Liga das Nações, batendo na final a poderosa Espanha, actual campeã europeia. Com 2-2 no final do prolongamento (golos dos leões Nuno Mendes e Cristiano Ronaldo) e triunfo nos penáltis. Convertidos por Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes (melhor em campo, neutralizando Lamine Yamal) e Ruben Neves. Diogo Costa defendeu o pontapé de Morata.

Terceira final ganha pela equipa das quinas em menos de dez anos. Depois do Campeonato da Europa em 2016 e da Liga das Nações em 2019.

Portugal é agora o único país com duas Ligas das Nações no palmarés.

Festejo? Celebro? Sinto-me feliz? Claro. Como milhões de compatriotas. Em todo o mundo.

Espero que pelo menos durante um par de dias os profetas da desgraça fechem a matraca. Também eles acabam de ser derrotados, por goleada.

Extraordinário

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Ele, uma vez mais. Cristiano Ronaldo foi decisivo ao marcar o golo do desempate e da vitória por 2-1 da selecção nacional contra a Alemanha. Golo que nos coloca na final da Liga das Nações, competição que já vencemos em 2019. Falta saber se defrontaremos Espanha ou França na final de domingo.

Com este golo, apontado aos 68', CR7 confirmou a sua extrema utilidade, aos 40 anos e quatro meses. Os imbecis do costume dizem que "está velho". Andam a uivar isso há uma década.

Foi o seu sétimo golo nesta campanha. O seu golo n.° 937 (irá ultrapassar os mil) como futebolista profissional. O seu golo n.° 137 com a camisola das quinas, que já envergou em 220 partidas. Mais do que os golos somados de Pauleta, Eusébio e Figo, os senhores que se seguem na lista dos artilheiros. Números galácticos.

Proeza maior ainda por termos jogado em Munique, no país da selecção adversária. Há 40 anos que não vencíamos na Alemanha - desde o célebre golo de Carlos Manuel em Estugarda que nos carimbou o acesso ao Mundial do México.

 

Ontem conseguimos a reviravolta depois de a turma germânica abrir o marcador, aos 48', por Wirtz.

Eles estiveram em vantagem durante um quarto de hora até surgir o empate, aos 63', por Francisco Conceição num forte pontapé de meia distância - golaço a fazer lembrar o de Carlos Manuel em 1985, precisamente.

Houve o dedo do seleccionador neste triunfo. Roberto Martínez leu bem o jogo, injectando adrenalina na nossa equipa com três substituições simultâneas: João Neves por Nelson Semedo, Trincão por Conceição e Ruben Neves por Vitinha. A tripla mudança resultou: foram mesmo trunfos.

 

Ao sair por sua vez, no minuto 90' (dando lugar a Palhinha), Ronaldo foi brindado com merecida ovação dos milhares de portugueses nas bancadas - e também de largas centenas de alemães.

Notas muito positivas para Diogo Costa (impediu golos aos 19' e 21'), Nuno Mendes, Pedro Neto, Conceição e Vitinha. Além dos "nossos" Bruno Fernandes e CR7, naturalmente. No fim, andámos sempre mais próximo do terceiro do que a Alemanha de chegar ao empate. Ter Stegen negou golos a Diogo Jota (89') e Bruno Fernandes (90'+5).

O meu caloroso e prolongado aplauso aos bravos heróis de Munique. Agora que venha a final.

Orgulho

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É um enorme orgulho vermos Nuno Mendes sagrar-se campeão europeu de futebol, ao serviço do Paris Saint-Germain, na final em que a equipa gaulesa goleou o Inter por 5-0. Numa época em que o PSG ganhou tudo: Campeonato, Taça, Supertaça - além do troféu máximo do futebol mundial ao nível de clubes.

Orgulho por se tratar de um enorme profissional, formado em escola de excelência: a Academia de Alcochete, uma das melhores do mundo. Lateral esquerdo de eleição, passou por todos os escalões da formação leonina, desde os iniciados.

Ele será sempre um dos nossos. Campeão nacional também. Pelo Sporting, em 2021 - ano inesquecível para todos nós.

Soma e segue

Diziam que está "velho". Alguns, os mais imbecis, zurram isto desde o final da década passada.

Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo continua a calar estes idiotas. Acaba de marcar mais um golo decisivo, outro golo que deu o triunfo à selecção nacional. Desta vez contra a da Escócia.

Aconteceu aos 88', repetindo-se o que sucedera na partida anterior, frente à da Croácia: cruzamento perfeito do nosso Nuno Mendes e o melhor do mundo a enfiá-la no sítio certo. Pouco antes, aos 82', já havia enviado duas vezes a bola aos ferros. E aos 77', num precioso toque de calcanhar, ofereceu de bandeja um golo que o rapaz Félix desperdiçou, bem ao seu estilo.

Para tingir ainda mais de verde a noite da Luz, o primeiro golo (54') resultou de um grande disparo de Bruno Fernandes. Que hoje celebra o 30.° aniversário. Foi ele a oferecer a prenda...

Seguimos invictos na campanha da Liga das Nações. Com CR7 igual a si próprio: soma e segue. São já 901 golos, 132 pela selecção. 

Mais uma noite de pesadelo para a falange anti-Ronaldo: devem tomar doses reforçadas de pastilhas contra a azia. É a vida.

A produção de Alcochete

Os jogadores formados ou que passaram em Alcochete pelas camadas jovens e que chegaram a internacionais A por alguma selecção, do ano de nascimento do Cristiano Ronaldo ou posterior, são os seguintes (o ano indicado é de quando fizeram 18 anos):

2003

  • Cristiano Ronaldo

2004

  • João Moutinho
  • Nani
  • Miguel Veloso

2005

2006

  • Rui Patrício
  • Daniel Carriço 

2007

  • Adrien Silva

2008

2009

  • Cédric Soares

2010

  • William Carvalho

2011

  • João Mário

2012

  • Bruma
  • Eric Dier (Inglaterra)
  • Rúben Semedo

2013

  • Gelson Martins
  • João Palhinha

2014

2015

2016

  • Rafael Leão
  • Demiral (Turquia)

2017

2018

2019

  • Gonçalo Inácio
  • Geny Catamo (Moçambique)

2020

  • Nuno Mendes

2021

2022

2023

2024

 

Não sei se falta alguém nesta lista. Se faltar agradeço que me informem para corrigir.

Fica claro que não chega ganhar títulos nas camadas jovens para produzir bons jogadores. Importa acompanhar os melhores de forma a conduzi-los ao sucesso, e os outros, para que gerem retorno económico para sustentar a academia. É o tal modelo centrado no jogador que alguns não percebem nem querem perceber.

Mas para esse modelo ter sucesso tem de haver... melhores. Isto remete-nos para o recrutamento. Que capacidade estamos a ter de convencer os melhores "putos" e respectivas famílias a optar pelo Sporting, em vez do Benfica na zona sul, ou em vez de Porto ou Braga na zona norte? E que "putos" queremos, se grandes se pequenos, se educados se para educar, se nascidos em Portugal se das ex-colónias, se fidelizados nos valores do clube se nas mãos de empresários ou familiares ávidos de dinheiro, etc... Enfim muita coisa.

O facto é que Alcochete não conseguiu ainda produzir mais nenhum internacional A depois do Nuno Mendes, para mim o melhor jogador português do Euro. No entanto, no plantel actual temos um ou outro que podem lá chegar.

SL

Ecos do Europeu (21)

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Como jogaram há três dias os jogadores portugueses contra a selecção da França na nossa derrota por penáltis de desempate em Hamburgo, em desafio dos quartos-de-final do Campeonato da Europa:

 

Diogo Costa. Seguro. Esteve sempre bem entre os postes, defendendo remates de Mbappé (22', 50', 90'+3). Infelizmente desta vez não neutralizou nenhum dos penáltis finais.

Cancelo. Discreto. Tinha ordens rigorosas do treinador para subir pouco no seu corredor, cortando a marcha a Mbappé. Missão cumprida.

Rúben Dias. Sólido. Deu pouco nas vistas, o que é bom sinal. Mas aos 66' protagonizou um corte precisoso e decisivo, abortando um ataque rápido dos franceses.

Pepe. Incansável. Exibição portentosa como comandante da nossa defesa. Ninguém diria que tem 41 anos ao vê-lo correr 50 metros aos 91' para bloquear Thuram. Digno de aplauso.

Nuno Mendes. Desequilibrador. Dínamo dominando a nossa ala esquerda, mais como extremo do que como lateral. Mesmo extenuado, ainda marcou penálti no fim. Melhor em campo.

Palhinha. Influente. É hoje um dos melhores médios defensivos da Europa. Atento e competente a distribuir jogo, com variações de flancos. Muito útil nas recuperações.

Vitinha. Pendular. A maioria dos passes verticais da nossa equipa saiu dos pés dele. Teve uma actuação em crescendo no jogo. Ninguém consegue roubar-lhe a bola.

Bruno Fernandes. Irregular. Teve um dos desempenhos mais discretos da equipa nacional neste Europeu. Nem nas bolas paradas fez a diferença. Bateu mal vários cantos e um livre.

Bernardo Silva. Apático. Mais de uma hora encostado à linha, sem tentar desequilíbrios, sem iniciativa. Melhorou com a saída de Bruno, ao assumir o jogo interior. Marcou penálti no fim.

Rafael Leão. Veloz. Autorizado a concentrar-se apenas em tarefas atacantes, ganhou quase todos os duelos a Koundé. Foi driblando e cruzando, mas quase sempre para ninguém. 

Cristiano Ronaldo. Perdulário. Tentou marcar de calcanhar (63'). De cara para a baliza, atirou para a bancada (93'). Nem parecia ele. Pelo menos converteu primeiro penálti da ronda final.

Francisco Conceição. Inconformado. Mexeu com o jogo quando entrou, aos 74', rendendo Bruno Fernandes. Atacou a linha de fundo para servir Ronaldo (93') e ofereceu golo a João Félix (108').

Nelson Semedo. Dinâmico. Substituiu Cancelo aos 74', sem afectar o rendimento da equipa. Desarme irrepreensível a Mbappé (92'). Assegurou a cobertura defensiva à direita.

Rúben Neves. Apagado. Entrou aos 90'+2 substituindo Palhinha, já amarelado: o treinador quis assim prevenir outro cartão. Foi sempre muito menos influente do que o colega.

João Félix. Nulo. Rendeu Leão (106'). Entrou para os penáltis finais. Desperdiçou golo ao cabecear à malha exterior (108'). No fim, mandou a bola ao poste, atirando Portugal para fora do Euro.

Matheus Nunes. Invisível. Rendeu Vitinha aos 119'. Ninguém percebeu o motivo desta entrada tão a destempo: seria para marcar um penálti no fim? Acabou por nem tocar na bola.

Ecos do Europeu (20)

Caímos de pé frente à vice-campeã mundial

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Foi um jogo muito dividido, este dos quartos-de-final do Europeu entre Portugal e França - vice-campeã mundial - ontem disputado em Hamburgo.

O nosso melhor jogo do Euro 2024.

Tivemos mais "posse de bola" (63%), mais remates, mais cantos, mais oportunidades de golo. Mas não bastou para seguirmos em frente, rumo à meia-final do Euro 2024.

Caímos de pé nas grandes penalidades finais - como nos tinha acontecido frente à Espanha na meia-final do Campeonato do Mundo de 2012. Não caímos como a Alemanha, derrotada horas antes pela selecção espanhola. Eliminada em sua própria casa por um adversário claramente superior.

Saímos de cena num desafio com grandes exibições de Nuno Mendes (melhor em campo), Vitinha, Palhinha, Pepe, Diogo Costa, Rafael Leão, Rúben Dias. 

Bastou no entanto um caso de incompetência na marcação de penáltis para nos pôr fora do Europeu. E desta vez, infelizmente, Diogo Costa não defendeu nenhum.

Não caímos porque a França tivesse sido superior ou tivesse mais solidez colectiva. Longe disso.

Ficamos nos quartos-de-final por erro manifesto de um jogador português. Que estava fresco, repousado, tinha entrado dez minutos antes.

Os franceses irão disputar a meia-final com os espanhóis, na próxima terça-feira, sem um golo marcado por mérito próprio. Beneficiaram de dois autogolos adversários e de um penálti mais que duvidoso.

Em cinco jogos, só isto. É pouco, quase nada.

 

Portugal, 0 - França, 0 (3-5 nos penáltis)

Ecos do Europeu (10)

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Como jogaram anteontem os jogadores portugueses contra a selecção turca na nossa vitória em Dortmund por 3-0:

Diogo Costa. Invicto. Aparatosa defesa aos 31', anulando possível golo de Arturkoglu. Seguro entre os postes, sem deslizes.

Cancelo. Oscilante. Pareceu sempre algo desconcentrado. De um passe errado seu nasceu o segundo golo, caricato autogolo turco (28').

Rúben Dias. Tranquilo. Exibição pendular, fechando os caminhos para a baliza. Impôs-se com autoridade nos duelos aéreos.

Pepe. Maduro. Ao vê-lo, ninguém diria que é o mais velho jogador do Euro-2024. Atento às dobras, seguro nas marcações. Sem falhas.

Nuno Mendes. Batalhador. Exibição de classe: melhor em campo neste regresso à ala. Exímio no passe e nas recuperações. Assiste no primeiro.

Palhinha. Sólido. Voltou ao onze em boa hora. Dominou corredor central no primeiro tempo, anulando jogo interior turco.

Vitinha. Influente. Grande parte do nosso jogo ofensivo passou por ele. Insuperável na organização do meio-campo.

Bruno Fernandes. Irrequieto. Pareceu nervoso, até nas bolas paradas. Mas mereceu o golo aos 56' - em estreia nas fases finais de Europeus.

Bernardo Silva. Virtuoso. Calou os críticos ao marcar um belo golo, aos 21' - o seu primeiro num Europeu. Dois grandes centros para Ronaldo (36' e 66').

Rafael Leão. Errático. Envolvido no primeiro golo, viu depois novo amarelo por simulação. E defender não é com ele: abre avenidas aos adversários.

Cristiano Ronaldo. Generoso. Quase marcou logo aos 2'. Nada egoísta, serviu Bruno no golo 3. Soma já oito assistências em fases finais de Europeus.

Rúben Neves. Atento. Rendeu o amarelado Palhinha na segunda parte. Momento alto: pré-assistência no terceiro golo, passe longo para CR7.

Pedro Neto. Inconsequente. Substituiu Leão no segundo tempo. Desta vez sem fazer a diferença: falhou no último passe.

Nelson Semedo. Discreto. Entrou aos 69' para o lugar de Cancelo, sem dar nas vistas mas também sem cometer erros.

António Silva. Estreante. Teve discreto baptismo no Campeonato da Europa ao substituir Pepe (83'). Quando os turcos já não atacavam.

João Neves. Dinâmico. Em estreia no Europeu, substituiu Vitinha (88'). Ainda a tempo de recuperar duas bolas no meio-campo turco.

Ecos do Europeu (9)

Vencer e convencer, silenciando adeptos turcos

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Queriam uma exibição categórica da selecção nacional neste Campeonato da Europa? Pois tiveram-na. Queriam uma vitória clara da equipa das quinas neste certame? Registou-se ontem em Dortmund, num estádio que abarrotava sobretudo de adeptos turcos. Durante a meia hora inicial assobiaram estrondosamente todos os nossos jogadores cada vez que tocavam na bola. Em decalque ampliado do pior que vemos nas bancadas portuguesas.

Antes do jogo diziam que a Turquia iria ser um "sério adversário", temível, capaz de nos travar o passo. Depois do jogo, afinal, alguns dos tais passaram a dizer que enfrentámos um onze menor, correspondente à segunda divisão do futebol europeu, portanto ao vencê-lo não teremos revelado grande mérito.

Há gente em Portugal assim, sempre pronta a denegrir o futebol que praticamos. Esteja o seleccionador que estiver, a música é sempre a mesma. Por mais elogios que nos façam lá fora.

 

Lamento contrariar tal gente, mas superámos com brilhantismo esta prova. Os tais assobios foram-se calando e no estádio onde se disputou o Portugal-Turquia, já perto do fim, apenas se ouviam aplausos às nossas cores. 

Qual o segredo? Superioridade total do princípio ao fim. Maturidade até no plano psicológico: aquelas estrondosas vaias entraram a cem, saíram a mil. Até emudecerem. Primeiro com o golo de Bernardo Silva, aos 21', culminando excelente lance colectivo. Depois, aos 28', com um autogolo turco que entrou de imediato no anedotário do futebol: Akaydin, central do Fenerbahce, jamais esquecerá esta humilhação. Finalmente, aos 56', quando Bruno Fernandes fixou o 3-0, emudecendo de vez os turcos. Até porque quem o assistiu neste golo foi um gigante: Cristiano Ronaldo, aos 39 anos, voltou a cumprir 90 minutos em campo numa inédita sexta participação em fases finais de campeonatos da Europa.

Nunca ninguém participou em tantos, nunca ninguém marcou em tantos, ninguém assistiu mais do que ele. Silenciando até aqueles que tentam denegrir o astro maior da formação leonina por ser supostamente incapaz de "futebol associativo". Revejam este golo em que Ronaldo recupera, progride com bola, se isola perante o guardião e a endossa ao companheiro que surge entretanto à sua esquerda, ainda mais bem colocado.

Pensar em movimento é isto. Um hino ao futebol como verdadeiro desporto de equipa.

 

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Criança interrompeu jogo para se fotografar com CR7: jogo deu para tudo, até para isto

 

Este segundo triunfo colectivo, após o 2-1 aos checos, transporta-nos de imediato à liderança do Grupo F e consequente qualificação automática para a partida dos oitavos-de-final, a 1 de Julho, contra um adversário ainda incerto. Dois jogos, duas vitórias, cinco marcados e só um sofrido. Enquanto Chéquia e Geórgia empatavam

Do nosso lado, além dos jogadores já mencionados, quase todos os outros justificam destaque. Cancelo subiu de rendimento, Vitinha manteve o nível da partida anterior, Palhinha mostrou que merece muito mais um lugar no onze do que Dalot, entretanto excluído. Todo o bloco defensivo funcionou na perfeição, desta vez numa linha de quatro da qual emergiu um talento superior: Nuno Mendes, para mim o melhor em campo. Mais talentoso ala esquerdo português da actualidade, sempre em rotação, sempre como seta apontada à baliza adversária sem temor de qualquer espécie.

O mais fraco foi novamente Rafael Leão. Segundo cartão amarelo por simulação grosseira - os árbitros têm instruções da UEFA para serem implacáveis nestes casos. Tal como simulou ter sido agredido em Maio de 2018, no assalto dos bisontes à Academia de Alcochete.

Já não regressou para a segunda parte. Fica fora do próximo desafio, por demérito próprio.

 

Outra nota insólita: pelo menos cinco espectadores invadiram o campo para se fazerem fotografar com Ronaldo. O astro português ainda sorriu ao primeiro, uma criança. Mas deixou de achar graça à invasão. Actos deste género podem constituir séria ameaça aos jogadores, além de lesarem o espectáculo.

Os turcos, estranhamente, iniciaram a partida mantendo no banco duas das suas maiores estrelas, Yildiz (Juventus, 19 anos) e Güler (Real Madrid, 19 anos). Quando ambos entraram, no segundo tempo, já era tarde: a equipa estava partida, extenuada, desmoralizada. Nas bancadas quase só se escutavam cânticos portugueses.

Çalhanoglu, centrocampista que organiza o jogo turco, quase passou despercebido, engolido pela vertigem ofensiva lusa. O benfiquista Kokçu "assistiu" Bernardo no primeiro e limitou-se a fazer cócegas a Diogo Costa, seguro entre os postes.

Mas gostei de rever um central formado na nossa Academia: Demiral, que entrou aos 75'. Hoje com 26 anos, actua no Al-Ahli da Arábia Saudita. Ainda lamento que só tenha cumprido um jogo oficial pelo Sporting. Tanto prometia, tão cedo saiu. 

 

E pronto. Página virada, objectivo cumprido, seguimos em frente. O jogo contra a Geórgia, pela nossa parte, servirá apenas para cumprir calendário. Tomem nota: será na próxima quarta-feira, dia 26.

Espécie de intervalo nas conversas de café, orais ou escritas. Convém sempre fazer uma pausa, até nesse passatempo nacional que é dizer mal da selecção.

 

Portugal, 3 - Turquia, 0

Nuno Mendes, João Mário, Nani

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Duas das três maiores receitas de sempre no Sporting, obtidas com transferências de jogadores, foram concretizadas durante o mandato presidencial de Frederico Varandas. A segunda acaba de confirmar-se: o Paris Saint-Germain accionou a cláusula de opção por Nuno Mendes, que foi ala titular na temporada agora concluída, participou em 37 jogos e chegou até a ser eleito para o melhor onze da Liga francesa 2021/2022.

Com esta operação, a SAD leonina receberá 38 milhões de euros, a liquidar no prazo de um ano, acrescidos dos 7 milhões da taxa de empréstimo embolsados no Verão passado. Total: 45 milhões de euros.

Só a saída de Bruno Fernandes no mercado de Inverno 2019/2020, por 55 milhões mais 8 milhões por objectivos já concretizados, foi ainda mais rendosa.

Mas Nuno Mendes ocupa o topo da lista num aspecto que merece destaque: ele é o jogador mais lucrativo de sempre da nossa formação. O segundo foi João Mário, transferido em Agosto de 2016 para o Inter por 40 milhões de euros, acrescidos de 3 milhões por objectivos. A maior proeza financeira do consulado Bruno de Carvalho.

O pódio dos craques da formação leonina que renderam mais dinheiro ao Sporting encerra com a saída de Nani, em 2007, por 25,5 milhões de euros para o Manchester United. Quantia que à época constituiu a melhor venda leonina de sempre, concretizada durante o mandato de Filipe Soares Franco.

Nuno Mendes, a liderança serena

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A noite estava fria em Paris.

O jogo disputou-se entre as 21H00 e as 23H00, boa hora para estar em casa, com um vinho tinto e uma manta, má hora para andar a correr na periferia da capital francesa, de calções e manga curta.

A inútil (ao contrário das pontes que projectou para Portugal) torre de metal, estava iluminada, projectando uma aura dourada, num céu nublado, permitindo uma cumplicidade tardia, entre Eiffel e uns quantos turistas que regressavam ao ar condicionado dos hotéis.

O Moulin Rouge movia as pecaminosas velas, buscando transeuntes necessitados de calor bem pago em francos franceses que, apesar da vontade de alguns, agora se chamam euros.

Era nisto que José pensava, passo largo, a caminho da "mansarde".

Pensava no seu Sporting, tão roubado, pensava na sua vida difícil, em França, pensava em Nuno Mendes, bem mais novo que ele, mas que frequentara a mesma escola.

Chegou a casa , pijama vestido, blusão de ir à lua, atabafante, peúgas bem grossas a aquecerem-lhe os pés de futebolista não concretizado, televisão sintonizada na Inácio TV, tinha interferências e "dê lá" (ou lá como se diz) mas era o que José tinha.

Viu Nuno Mendes na televisão, viu-o a ser escolhido para falar no intervalo, nem Sérgio Ramos, nem Mbappé, nem Neymar, nem um jogador tímido e sobrevalorizado (que, curiosamente, marcaria o golo que fez do PSG campeão) não senhor, o escolhido foi o miúdo do seu bairro.

A vida pode ser injusta, a inveja é irreprimível como a água que corria na quadra de Aleixo.

José não reprimiu a água que lhe corria, sabia que quem prende a água que corre, é por si próprio enganado, o ribeirinho não morre, vai correr para outro lado, enxugou as lágrimas, de tristeza, de inveja mas, também, de orgulho e de alegria.

Todos nós, como José, temos dentro de nós sentimentos contraditórios, alguns preferiam a derrota de Messi à vitória de Nuno Mendes, eu e José não pensamos assim, a inveja pode fazer-nos crescer, tornarmo-nos melhores, o ódio assumido ou encapotado é sempre mau. 

2021 em balanço (6)

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DESPEDIDA DO ANO: NUNO MENDES

Alguns de nós, devido à pandemia, nunca chegámos a vê-lo jogar ao vivo no Sporting. Mas Nuno Mendes foi essencial na conquista do título, em Maio de 2021. O primeiro campeonato ganho pelo Sporting desde 2002. 

Rúben Amorim, dotado de olho clínico, não hesitou em promovê-lo de júnior à equipa principal. Aposta plenamente justificada: este habilidoso lateral foi titular indiscutível na Liga 2020/2021. Imperou no flanco esquerdo com notável domínio da bola, precisão nos cruzamentos, capacidade de recuperar posições. Acelerou o jogo leonino em momentos cruciais com níveis de concentração muito acima da média e uma maturidade competitiva nada vulgar num pós-adolescente.

De Leão ao peito, na temporada anterior, Nuno Alexandre Tavares Mendes cumpriu 35 jogos (num total de 2855 minutos), marcou um golo e fez duas assistências. A 24 de Março, estreou-se na selecção A, alinhando no onze inicial contra o Azerbaijão (vitória lusa, 1-0). Com apenas 18 anos. 

A 31 de Agosto, disse adeus ao Sporting. Ou, pelo menos, um até à vista. Rumou a Paris, emprestado ao PSG, onde não tardou a ser titular. Já cumpriu 19 jogos pela equipa campeã gaulesa. E rendeu de imediato 7 milhões de euros aos cofres leoninos, por taxa de empréstimo. Em França, garantem que o clube irá accionar a cláusula de compra opcional, pagando 40 milhões pela aquisição do passe do jogador formado em Alcochete. 

Nuno Mendes tem tudo para ser feliz em França. Ou seja onde for, desde que faça aquilo que mais sabe: jogar futebol. É um talento nato.

 

Despedida do ano em 2012: Polga

 Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva

Despedida do ano em 2016: Slimani

Despedida do ano em 2017: Adrien

Despedida do ano em 2018: Jorge Jesus

Despedida do ano em 2019: Bas Dost

Despedida do ano em 2020: Bruno Fernandes

Formar e informar

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Os jornais têm como missão informar mesmo quando as notícias não são agradáveis.

Os jornais desportivos portugueses deviam fazer o mesmo, informar, infelizmente, não o fazem.

Já tinha feito referência à forma como foi noticiada a conquista da "Libertadores" por Jorge Jesus e a dupla conquista da "Libertadores" por Abel Ferreira.

Hoje olhamos para a capa dos três desportivos e parece que ontem não foi dia de Bola de Ouro.

Destaco (tal como o Sport) o "triplete" atribuído à formação do Barcelona, Pedri com 19 anos, feitos no dia 25 de Novembro, ganhou o prémio Kopa, atribuído ao melhor futebolista sub-21 (o nosso Nuno Mendes foi quarto), Alexia conquistou a Bola de Ouro atribuída às senhoras e Messi venceu a Bola de Ouro atribuída aos senhores, graças ao triunfo na Copa América frente ao Brasil em pleno Maracanã. Para além desse triunfo o capitão da Argentina e do Barcelona foi o melhor marcador do campeonato espanhol e conquistou mais uma Taça do Rei, a sétima. 

Sete Taças do Rei, sete Bolas de ouro, podemos escrever com alguma ironia, LM7. 

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Adenda: Após um comentário do leitor Francisco Gonçalves à cobertura de jornais estrangeiros em relação à quinta Bola de Ouro de Cristiano Ronaldo, coloco aqui a primeira página de um jornal espanhol nessa ocasião.

Não quero entrar na discussão de quem é melhor, citarei (de memória) o meu colega/camarada de escrita jpt: "quem não gosta de Messi não gosta de futebol".

O campeão Nuno Mendes

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Nuno Mendes sai mais cedo do que os adeptos gostariam, mas sai campeão. Ao contrário de Futre, Figo ou Cristiano Ronaldo - para não falar em vários outros saídos dessa escola de excelência que é a Academia leonina.

Cumpriu-se um requisito que raras vezes ocorreu no passado e que desta vez, com Nuno Mendes, ficou assegurado de forma inequívoca: os jogadores da formação devem dar rendimento financeiro ao Clube só depois de terem dado também rendimento desportivo.

E Nuno Mendes deu. Em pouco mais de um ano como futebolista profissional, sem custo de aquisição para o Sporting, foi crucial na conquista do campeonato, na conquista da Taça da Liga, no triunfo na Supertaça.

 


Missão cumprida neste plano. Transferência, só depois disso. Que é agora. Outra missão cumprida também. Sai do Sporting, garantindo a nossa segunda maior venda de sempre, mas sai vencedor.

Esta é a melhor política desportiva: formar para vencer. Depois, há que dar asas e deixar voar quem merece. É o caso do campeão Nuno Alexandre Tavares Mendes.

Desejo-lhe toda a sorte do mundo.

{ Blogue fundado em 2012. }

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