Alexis Santos, nadador do Sporting (o da célebre foto da chica espertice do Record em que removeram o símbolo do clube da touca verde...) , bateu o recorde nacional dos 200m estilos (1.58,19). O recorde foi recuperado pois havia sido batido na manhã por Gabriel Lopes (1.58,59), e que antes pertencia a Alexis desde abril de 2017 (1.58,88).
De realçar as suas declarações: “Amanhã [hoje] ainda tenho os 50 Mariposa e os 200 Bruços, é tentar conquistar mais medalhas, pelo Sporting. Para a semana, então, o objetivo muito importante é o Nacional de Clubes, queremos voltar a revalidar o título de campeões nacionais, por isso, vamos ver. Obrigado a todos que me vieram ver: Sporting, família e amigos.”
É sempre bom perceber que os nossos atletas sentem o clube. E não custa nada. Bater recordes como o Alexis sim.
Os adeptos das restantes modalidades que me perdoem, mas os desportos olímpicos para mim são essencialmente dois: atletismo e natação. As anteriores Olimpíadas demonstraram isso mesmo revelando ou confirmando ao mundo dois nomes de excepção, dignos dos heróis da Grécia antiga. Refiro-me ao norte-americano Michael Phelps e ao jamaicano Usain Bolt: em conjunto, trouxeram de Pequim 11 medalhas, recordes mundiais e recordes olímpicos.
O atletismo pode esperar, concentremo-nos agora nas provas de natação que decorrem em Londres. Faltam poucas horas para se produzir um dos raros acontecimentos desportivos dignos de provocar manchetes mundiais: a 18ª medalha olímpica da 'Bala de Baltimore', na final dos 200 metros mariposa - o seu estilo de eleição. Se subir ao pódio, como se aguarda, Phelps igualará o número de medalhas conquistadas pela ginasta soviética Larissa Latynina, distinguida nas Olimpíadas de Melbourne (1956), Roma (1960) e Tóquio (1964) - proeza nunca alcançada até agora. E o norte-americano poderá mesmo ultrapassá-la já quinta-feira, na final dos 200 metros estilos.
Isto sim, é fazer história.
A natação tem ainda a vantagem sobre o atletismo de ser uma modalidade em que os recordes são batidos com muito mais frequência, contrariando todos quantos anteviam a existência de um suposto limite impossível de transpor nesta modalidade. Em Londres já foram ultrapassados três máximos mundiais. Pela chinesa Ye Shiwen, que aos 16 anos arrebatou o ouro (e o recorde) em 400 metros estilos. Pelo sul-africanoCameron van der Burgh, em 100 metros bruços. E pela norte-americana Dana Vollmer, espectacular vencedora dos 100 metros mariposa apesar de ter uma insuficiência cardíaca, o que a obriga a utilizar um desfribilhador.
"Se tiver que morrer, que seja na piscina", declarou em recente entrevista à NBC. O barão Pierre de Coubertin teria certamente gostado de conhecer esta mulher de 25 anos. Campeã no desporto e na vida.
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