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És a nossa Fé!

O espírito da Choupana

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8 de Janeiro de 2021, Nacional-Sporting (0-2): um jogo inesquecível

 

Lembro-me sempre do épico desafio contra o Nacional na Choupana, disputado em 8 de Janeiro de 2021, como símbolo máximo da entrega ao jogo, de capacidade de luta e do espírito de equipa no Sporting. Fomos lá vencer 2-0. Com seis portugueses no onze titular.

«Triunfo da vontade, da atitude competitiva, do espírito colectivo, da garra leonina. Quem vence um jogo destes arrisca-se mesmo a ganhar o campeonato», escrevi no És a Nossa Fé nesse mesmo dia.

Tinha razão, como os factos comprovaram. Tais atributos contribuíram em larga medida para nos tornarmos campeões, com Rúben Amorim ao leme, quatro meses depois.

 

Esta inesquecível conquista, que pôs fim ao nosso maior jejum de sempre, teve um marco essencial naquele confronto na Madeira, debaixo de chuva copiosa, de uma ventania inclemente e até de granizo. Com o relvado transformado num lameiro. Mas sem ninguém baixar os braços.

Admirável exemplo de dedicação e esforço dos profissionais leoninos. Que actuaram ali como verdadeira equipa, honrando a melhor tradição do clube.

 

Esta cultura de exigência deve ser permanente, não pode estar sujeita a flutuações de humor nem a caprichos do calendário. Tem de ser assumida na íntegra por todo o nosso colectivo em campo. Nunca desistir de um lance, nunca virar a cara à luta. Como aconteceu na Choupana.

Em suma, o oposto do que o Sporting fez durante quase todo o segundo tempo no jogo de domingo em Braga. 

 

Recordo quem actuou nesse desafio inesquecível: Adán; Neto, Coates, Feddal; Porro, Palhinha, João Mário (Matheus Nunes), Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Nuno Santos (Jovane) e Sporar (Tiago Tomás). Golos de Nuno Santos (43') e Jovane (87').

Os melhores prognósticos

Uma vez mais, muitos vaticínios certeiros. Mas só dois ocuparam - a par - o primeiro posto do pódio: os nossos leitores Carlos CorreiaJoão Gil. Por terem mencionado Jovane como marcador de um dos golos do Sporting ao Nacional.

Menções honrosas a quem previu o 2-0 final, mesmo sem ter adivinhado quem apontaria qualquer dos golos: AHRAntónioFernandoLeão de LordemãoLeão 79Luís FerreiraLuís LisboaManuel ParreiraPedro BatistaTiago OliveiraVítor SousaVerde Protector.

Parabéns a todos.

O dia seguinte

Ganhámos mais que merecidamente a primeira das cinco finais e temos no meio da semana a oportunidade de chegarmos ao título, caso vençamos em Vila do Conde e o Benfica ganhe na Luz. Nesse caso serão 9 pontos de vantagem com três jogos para jogar, e não haverá Godinho nenhum que nos tire o caneco.

Mais uma vez ontem não foi um jogo fácil, o Sporting nunca tem um jogo fácil, os nossos ex-jogadores não fazem penáltis estúpidos, e os árbitros não inventam penáltis a nosso favor. É tudo ao contrário, e ontem foram três por assinalar que nos poderiam ter poupado a muito sofrimento.

 

O Nacional entrou em Alvalade para jogar no limite da legalidade: marcações em cima, faltas constantes para quebrar o ritmo do Sporting. Com outro árbitro teria chegado ao intervalo com meia equipa amarelada e muita dificuldade de continuar a jogar daquela forma. Com aquele que foi a Alvalade, eles sentiram as costas quentes e foi preciso uma falta táctica mais que evidente para pôr na rua um jogador que só à sua conta já ia na dúzia.

Quanto ao Sporting, digamos que procurou jogar no meio das faltas, metendo velocidade no jogo, explorando o flanco esquerdo com Nuno Mendes e Nuno Santos a combinarem muito bem, com Paulinho e Pedro Gonçalves também em boas combinações, mas sempre a falhar na concretização.

 

Paulinho começa a ser um caso de estudo. Ontem teve meia dúzia de oportunidades de golo flagrantes, e muitas delas construídas pelas suas desmarcações oportunas, e depois todas falhou. Numa delas parece que fecha os olhos e acaba por rematar por instinto à figura do guarda-redes.

Comparando com Bas Dost e Slimani, melhor em tudo menos no essencial. E o essencial para um ponta de lança é marcar golos. Não marcando...

Mas como diz o Ronaldo, os golos são como o Ketchup. Oxalá seja assim, no caso de Paulinho.

 

Jovane é um caso à parte. Ontem esteve brilhante e resolveu o jogo. Provocou a expulsão, assistiu no primeiro de forma magistral, provocou e converteu o penálti. Contra o Famalicão teve tudo para resolver o jogo num lance fácil e falhou. Jovane é um avançado "vagabundo" do qual podemos esperar tudo. Tem uma técnica alicerçada no físico de culturista, não tem a disciplina táctica doutros para jogar de início, mas é um "abre-latas" imprescindível para um Sporting com ambições.

Tem de ser valorizado por isso mesmo.

 

Se toda a equipa esteve bem, Max provou que está ao nível de Adán, os três "velhos" da defesa estiveram muito bem, aqueles que vieram do banco estiveram magníficos, o que demonstra mais uma vez que Rúben Amorim tem o grupo de trabalho na mão.

Todos eles, de Max a Antunes, se sentem valorizados e importantes neste percurso brilhante do Sporting. A forma como conseguiu recuperar Plata e Jovane do rescaldo das ilusões do mercado de Inverno é admirável.

E foi assim. Mais uma vitória, mais um jogo sem conhecer a derrota, muito sofrimento de jogadores e adeptos, muita alegria no final. Estamos cada vez mais perto, José...

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De vencer o Nacional em casa. Triunfámos por 2-0 - a mesma marca do épico desafio da primeira volta, realizado na Choupana, em noite de vendaval. Vitória categórica contra três equipas: o onze adversário (reduzido para dez aos 67'), o árbitro que fez vista grossa a uma grande penalidade cometida sobre Paulinho logo aos 7' e o vídeo-árbitro Luís Ferreira, incapaz de detectar um murro na cara de Daniel Bragança aos 45'+1 e um ostensivo agarrão a Coates aos 80'. 

 

De Jovane. Foi o homem do jogo, repetindo a excelente exibição daquela partida na Choupana, em que também fez o gosto ao pé. Rúben Amorim deu-lhe ordem de entrada para render Palhinha aos 62'. Fazia todo o sentido: mantinha-se o zero-a-zero inicial, a turma madeirense já estava remetida ao seu reduto, não precisávamos de um médio com características defensivas mas de um desequilibrador lá na frente. O jovem luso-caboverdiano cumpriu a missão com brilho: esticou o jogo, verticalizou o passe (notável, lançando Porro aos 65'), sofreu falta para expulsão já tardia de um dos sarrafeiros do Nacional. Fez magnífica assistência para golo, aos 83', picando a bola que sobrevoou a área e foi ter com Feddal, que lhe deu a melhor direcção: vinham mais três pontos a caminho. Cereja em cima do bolo: derrubado à margem da lei, na grande área, Jovane converte o penálti e sela o resultado aos 90'+2. Mostrando a alguns colegas como se faz. Parece fácil, mas é fruto de muito trabalho físico e mental.

 

De Coates. Cometeu um lapso defensivo aos 46', perdendo a bola em zona proibida. Mas em tudo o resto voltou a ser o líder de que a equipa tanto necessita nos mais diversos momentos do jogo. Foi ele a servir os colegas com diversos passes à distância bem calibrados (aos 42' e aos 43', por exemplo). Um desses passes, já no tempo extra, funcionou como autêntica assistência para golo: a bola é recolhida lá na frente por Jovane, derrubado em falta - de que decorreu o penálti e o nosso segundo. Nova missão de sacrificio e demonstração da versatilidade táctica do gigante uruguaio, que voltou a actuar como ponta-de-lança entre os minutos 80 e 87.

 

De Feddal. Como aqui escrevi no rescaldo da jornada anterior, funciona como complemento perfeito de Coates: o excelente rendimento de um não consegue ser explicado sem o sólido desempenho do outro. É uma das mais perfeitas parcerias defensivas alguma vez existentes no futebol leonino. Ao central marroquino só vinha faltando algum faro de golo nos lances ofensivos de bola parada, imitando o uruguaio. Também nisso evoluiu: é ele a abrir o marcador, de cabeça, aos 83'. Começa a tornar-se num segundo gigante, a justificar aplauso prolongado.

 

De Pedro Gonçalves. Desta vez não marcou. Mas jogou imenso, a merecer nota muito elevada. Parecia andar em todas as partes do terreno, abrindo linhas de passe, evitando marcações, sem nunca virar a cara a um confronto individual. Volta a estar em excelente forma. Ofereceu três golos a Paulinho: aos 70', aos 79' e aos 90'. E ele próprio esteve quase a marcar, num disparo aos 21', isolado perante o guarda-redes António Filipe, que lhe impediu o golo com bons reflexos.

 

De Luís Maximiano. Suplente de luxo para o nosso guardião titular, desta vez ausente por acumulação de amarelos(!), algo que só acontece ao Sporting com este sistema de arbitragem. Max estreou-se entre os postes nesta Liga 2020/2021 e correspondeu muito bem ao repto. Não porque tivesse muito trabalho, mas porque manteve sempre a concentração e demonstrou reflexos em momentos de apuro, como quando saiu sem hesitar, aos 46', neutralizando um lance perigoso. Ninguém diria que o seu anterior jogo para o campeonato havia sido a 25 de Julho de 2020.

 

Das oportunidades de golo. Doze, no total. Este foi o desafio em que dispusemos de mais claras oportunidades de fuzilar as redes adversárias. Objectivo que ficou por concretizar devido à boa exibição do guarda-redes adversário e a uma certa imperícia ou falta de sorte dos rematadores - com destaque para Paulinho. Além das grandes penalidades que ficaram por assinalar.

 

De outro jogo a marcar tarde. Sofre-se mais, mas assim o desfecho é duplamente saboroso. Esta foi a 12.ª partida em que conseguimos golos e pontos após o minuto 80. Confirmação inequívoca de que o Sporting está muito longe de ser uma equipa "com défice de estofo emocional", contrariando o bitaiteiro Joaquim Rita numa das suas "pérolas" mais desajustadas da realidade.

 

Do apoio vibrante dos adeptos. Largas centenas de sportinguistas acorreram ao encontro da equipa, saudando-a no trajecto entre Alcochete e Alvalade. E muitos, mesmo ainda impedidos de ver o jogo ao vivo apesar do fim do estado de emergência, foram incentivando os jogadores na garagem do estádio enquanto a partida decorria. Adoptando o lema que Amorim lançou: «Para onde vai um, vão todos.»

 

De estarmos invictos há 30 jogos consecutivos. Novo recorde batido. Desta vez ultrapassando a marca de 29 desafios do Sporting sem derrotas estabelecida em duas épocas diferentes por Fernando Vaz, no período 1969-1970. Igualamos agora um máximo de 30 partidas invictas do Benfica que remonta à década de 70 (com Jimmy Hagan e John Mortimore ao comando da equipa) e em data mais recente pelo FC Porto (treinado por André Villas-Boas e Vítor Pereira). Recorde que pode ser superado já na quarta-feira, em Vila do Conde.

 

Do nosso palmarés defensivo. Apenas 15 golos sofridos nas 30 partidas já disputadas. Só um golo nas nossas redes a cada dois jogos. Dezoito partidas sem sofrer um só golo. Isto ajuda a explicar por que motivo lideramos isolados o campeonato há 24 rondas consecutivas - outro máximo absoluto neste Sporting orientado por Rúben Amorim. Nunca nos tinha acontecido com treinador algum.

 

Dos 76 pontos somados até agora. Falta-nos disputar quatro "finais". Mas estamos apenas a uma vitória de conseguir um lugar de acesso automático à Liga dos Campeões. E faltam-nos duas, acrescidas de um empate, para garantirmos o título. Só dependemos de nós, sabendo que os nossos rivais se defrontarão entre si na quinta-feira: em caso de empate ou derrota na Luz, o FC Porto ficará ainda mais longe. Por agora permanece a seis pontos, enquanto o Benfica segue com menos dez. O Braga, que no início tantos apontavam como "equipa sensação" deste campeonato, caiu a pique: está 18 pontos abaixo do Sporting.

 

 

Não gostei

 
 

Do árbitro Manuel Oliveira. Sendo o futebol português o que é, e estando a classificação como está, enviam-nos um apitador do Porto - e notório adepto portista - para arbitrar esta partida. Tinha tudo para dar mal. E deu mesmo. Oliveira autorizou o arraial de sarrafada posto em prática pelos pupilos de Manuel Machado em Alvalade. O Nacional fez 30 faltas (assinaladas, fora as restantes) neste jogo mas ao intervalo, já com 25 cometidas, só tinha um jogador amarelado - tanto como o Sporting, pois Paulinho vira o cartão aos 31', por mero protesto, farto de ser carregado sem qualquer advertência aos robocops da Madeira. O mesmo Paulinho que aos 7' foi alvo de falta grosseira na grande área do Nacional sem qualquer consequência contra o prevaricador, um tal Júlio César, que só à oitava falta viu enfim o amarelo. O apitador - acolitado pelo VAR Luís Ferreira - fez igualmente que não viu mais duas faltas que justificavam penálti, por agressão e derrube de Daniel e Coates à margem da lei. Uma vergonha. 

 

De Manuel Machado. Se o paradigma do treinador da "velha guarda" é este, longa vida aos jovens treinadores. Técnicos como o "professor Machado", que dão ordem aos jogadores para travar por qualquer meio - lícito ou ilícito - as equipas adversárias, recorrendo em exclusivo ao jogo faltoso, estão a mais no futebol português. Este Nacional que na primeira meia hora de jogo já tinha feito 17 faltas bem merece a descida de divisão - com bilhete só de ida. E Machado que vá com ele.

 

Do festival de golos falhados. Excessiva ineficácia ofensiva de alguns jogadores leoninos - com destaque para Paulinho, que continua em jejum de golos. Desta vez até marcou, aos 35', mas não valeu pois Pedro Gonçalves, autor da assistência, arrancara em fora de jogo. Aos 11' mergulhou bem de cabeça para defesa muito apertada de António Filipe. Aos 45'+1, acertou no poste. Aos 70' e aos 90', voltou a estar quase, sem conseguir. Falhanços também de Nuno Santos (62') e Porro (65'), entre outros. 

 

Do 0-0 ao intervalo. O nulo que se mantinha ao fim dos primeiros 45 minutos trazia um travo de injustiça, em nada reflectindo o que se passara em campo. Felizmente foi rectificado na etapa complementar. Tarde de mais, para alguns adeptos impacientes, que gostam de ver tudo resolvido logo de início. Muito a tempo para outros - entre os quais me incluo.

 

De Daniel Bragança. Exibição modesta do nosso médio de construção, lançado por Amorim como titular em substituição de João Mário, que não saiu do banco. Mas o jovem formado em Alcochete não acelerou jogo, não criou desequilíbrios e desperdiçou o seu talento com passes lateralizados em vez dos lances de ruptura que o desafio exigia. Falta-lhe alguma robustez física para impor os seus inegáveis dotes técnicos.

Manuelmachadês

Há imenso tempo que não ouvíamos o cretino do vintém expressar-se no seu tom tão característico de professor Pardal, de beiçola afiada.

Hoje, depois de assistir de cadeirinha a 30 faltas dos seus jogadores, a três penaltis surripiados ao Sporting e ao perdão de dois vermelhos a jogadores seus, a alimária vem-se (salvo seja) com esta: "Uns são filhos de um Deus grande, outros de um Deus menor", queixando-se da arbitragem.

Um cretino será sempre um cretino, efectivamente.

Prognósticos antes do jogo

Outra final, à medida que prossegue a contagem decrescente para o fim do campeonato: desta vez vamos receber o Nacional, mais logo, a partir das 20.30. O mesmo adversário que enfrentámos num jogo épico, realizado a 8 de Janeiro na Choupana, após 24 horas de adiamento devido ao temporal. 

Nessa partida, num terreno totalmente enlameado, saímos vitoriosos. Por 2-0, com golos de Nuno Santos e Jovane. Proeza inesquecível.

E agora? Como será? Façam favor de me indicar os vossos prognósticos para este Sporting-Nacional.

Amanhã à noite em Alvalade

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Ultrapassado que foi o Braga, e com 6 pontos que na prática são 5 de vantagem relativamente ao Porto, segue-se a sequência final de cinco verdadeiras finais: Nacional (C), Rio Ave (F), Boavista (C), Benfica (F) e Marítimo (C). Na primeira volta foram 4V e 1E. Se isso acontecer de novo, conquistaremos o título. 

Se com o segundo golo do Belenenses a candidatura do Sporting ao título parecia quase a afundar-se, os minutos finais desse jogo e o jogo de Braga mostraram um leão de dentes cerrados a lutar contra tudo e contra todos e a querer mesmo ser feliz. A reacção à desgraça começou na cabeça de cada jogador e transformou a equipa numa máquina de guerra. E as segundas linhas de enorme talento - Jovane, Matheus Nunes e Plata - disseram presente.

Segue-se então o Nacional que luta pela permanência, agora dirigido pela velha raposa Manuel Machado. Espera-se um autocarro bem estacionado que vai dar muito trabalho a desmontar.

Quanto ao plantel disponível, não vamos poder contar com muita gente. Adán, Inácio, TT e Tabata estarão fora.

 

Imagino então que Amorim convoque os seguintes elementos:

Guarda-redes: Max e ? (Não conheço bem as limitações decorrentes da fase final da equipa B)

Defesas Centrais: Neto, Quaresma, Feddal, Matheus Reis e Coates.

Alas: Porro, Nuno Mendes e João Pereira.

Médios Centro: Palhinha, João Mário, Bragança e Matheus Nunes.

Interiores: Pedro Gonçalves, Jovane, Nuno Santos, Plata e Joelson (?).

Ponta de lança: Paulinho.

 

Em Braga entrou em campo o onze que eu e muita gente recomendávamos e a verdade é que não entrou nada bem. Depois a expulsão tudo se alterou. Pese embora a má fase de João Mário, acho que continua a garantir comando do jogo e capacidade defensiva no meio do campo, mas concerteza teremos Matheus Nunes e Bragança na segunda parte se precisarmos de acelerar para a vitória.

Pelo que a minha equipa é a seguinte:

Max; Neto, Coates e Feddal; Porro, Palhinha, João Mário e Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Paulinho e Nuno Santos.

 

Concluindo,

Amanhã o Sporting entra em campo para ultrapassar o Nacional e manter a vantagem pontual na liderança da Liga.

Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?

 

#OndeVaiUmVãoTodos

 

SL

Os melhores prognósticos

Não me lembro de tantos prognósticos certos numa jornada antes desta: houve nada menos de 13 autores e leitores do És a Nossa a antecipar o desfecho do Nacional-Sporting (vitória leonina por 2-0 na Choupana, em noite diluviana, com golos de Nuno Santos e Jovane).

Aqui ficam registados todos os nomes, por ordem alfabética: Carlos Estanislau AlvesEdmundo GonçalvesFernandoGasparJosé da XãJosé VieiraLeão do AlgarveLuís BarrosLAF, Pedro BatistaRicardo Roque e Verde Protector.

Aplicado o critério de desempate, nove ficaram de fora. O triunfo nesta ronda cabe, portanto, a um quarteto composto por FernandoLAFPedro BatistaRicardo Roque: todos mencionaram Nuno Santos como marcador de um dos golos. Venceram com inegável mérito - e a indispensável sorte.

O dia seguinte

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Foi mesmo um leão indomável que ontem na Choupana enfrentou a fúria da natureza, que claramente beneficiava quem não tinha nada a perder e tudo a ganhar, e quem, de lugares distantes, fazia os possíveis para aproveitar a oportunidade para o derrubar.

Foi uma viagem de avião atribulada para um local em alerta vermelho, uma falsa partida, um relvado impróprio para jogar, que propiciava lances que poderiam acabar com a época de algum menos fortunado, muita coisa junta que poderia levar a pontos perdidos e a rombos significativos no plantel. Segundo a tal directora da Liga, o jogo tinha mesmo de se fazer, o avião tinha mesmo de aterrar, se não houvesse avião que fossem a nado, se morressem todos que fosse a equipa B. A estupidez não tem limites. 

O leão enfrentou tudo isso com um misto de raça e competência que tornou o desafio de sentido único, as oportunidades foram surgindo e o resultado só pecou por escasso porque Pedro Gonçalves não teve com ele a sorte doutros dias. Do outro lado, nem uma oportunidade séria durante os 90 minutos.

Uma equipa tremendamente corajosa e solidária, todos a saber o papel que deviam desempenhar, condição física de topo, lances de laboratório do qual o primeiro golo é exemplo, uma cópia perfeita do primeiro golo contra o Braga, um sistema táctico que facilitou o resto, e acima de tudo um grande comandante no banco que soube perceber bem as insuficiências da equipa no Jamor, introduzir as mudanças necessárias no modelo de jogo, e chamar todo o plantel às suas responsabilidades. Não tem o 4.º nível de treinador? Por enquanto não, mas pelo menos temos nós um general de cinco estrelas. 

Ultrapassado o Nacional, e com os resultados dos rivais, nada está ganho, nada está garantido, os 4 pontos de vantagem não querem dizer nada. Receberemos o Rio Ave enquanto no Porto-Benfica alguém irá perder pontos, vamos conseguir chegar ao período reservado à Taça da Liga no topo da classificação. E depois se verá.

Uma palavra para Frederico Varandas, que ontem por lá andou no meio de toda aquela confusão, e que no meio duma época tenebrosa a todos os níveis teve a inteligência, a humildade ou o sentido de sobrevivência, ou tudo isso junto, para arrepiar caminho, perceber os erros cometidos e juntar a um grupo de elite que vinha a ser preparado com jovens de Alcochete o comandante certo para os liderar, apontar o caminho à estrutura no que respeita a reforços e conduzir a equipa para uma época que está a honrar sobremaneira o lema e a história do Sporting Clube de Portugal.

#OndeVaiUmVãoTodos 

SL

Ainda bem que o equipamento era branco

Texto de Sol Carvalho

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Eu não sei quanto numa equipa ganhadora é qualidade técnica e quanto é "o resto". O que sei é que sem o "resto" nunca se ganha. Temos qualidade técnica sem dúvida, grandes jogadores e temos margem clara de melhoria.

Mas o resto, caramba...

 

Agora sobre o resto:

1) Sporar e Tiago Tomás numa das mais belas competitividade que vi e que me parece absolutamente saudável. Como acontece com os outros. Ainda há ajustes a fazer mas temos banco...

2) Ainda bem que o equipamento era branco porque deixou claro que os nossos jogadores comeram a relva e ainda se foram ao matope.

3) A comemoração do golo de Jovane é um hino à união de um equipa e ao "onde vai um vão todos".

4) A entreajuda dos jogadores ao longo de todo o jogo é outro hino ao que se pode chamar "equipa".

5) A frescura fisica é incrível. É caso para perguntar: o que aconteceu nos outros anos?

6) A união treinador/balneário esta óptima. Vê-se e quase se respira...

7) O palco é dos artistas. A estrutura trabalha nos bastidores, aparece menos e está mais assertiva.

8) A comunicação começa a dar um ar da sua graça.

9) E finalmente, sem carneirismos como alguns detractores logo tentaram, parece-me bem que onde vai um vão todos (ou a esmagadora maioria) também um pouco fora das quatro linhas.

 

Não sei se este ano "é que é", mas que este caminho me está a dar um gozo danado, ai isso está!

A tempestade

Foi o pior jogo da época, foi o melhor dos desafios até agora. Num lodaçal abjecto a alvura do equipamento ficou borrada como se uma equipa de râguebi o tivesse envergado. A rapaziada fez-se à vida sem contemplações demonstrado uma atitude formidável que não se via numa equipa do Sporting há anos e anos - imagina-se o pedante William Carvalho naqueles preparos? O sirigaita Wendel a rojar-se na lama?
E depois Jovane  regressado de uma lesão marcou um golo e todos o festejaram, cada um como se fosse seu.
Uma dinâmica destas chega ser comovente, sobretudo num Sporting com um balneário famosamente descortês.  Se ganharmos o campeonato poderemos dizer que foi aqui que o ganhamos, porque é em desafios deste que se vê o estofo de uma equipa.

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

Da grande vitória do Sporting na Choupana. Num terreno absolutamente impróprio para a prática desportiva, muito menos para uma competição de futebol profissional, o onze leonino dominou do primeiro ao último minuto, vulgarizando o Nacional, que não produziu qualquer lance de perigo para a nossa baliza. Vencemos por 2-0, com um golo em cada parte, e podíamos ter marcado pelo menos mais dois. Mas melhor do que o resultado foi a exibição, num autêntico futebol de lama, sob um dilúvio implacável que se abateu sobre o Funchal: triunfo da vontade, da atitude competitiva, do espírito colectivo, da garra leonina. Quem vence um jogo destes arrisca-se mesmo a ganhar o campeonato.

 

Da inegável superioridade da nossa equipa. Grande parte do jogo foi disputado só em metade do terreno, designadamente na segunda parte, quando o vento soprou com força a nosso favor. O Nacional quase não conseguiu sair do seu meio-campo. Uma diferença que pode medir-se, por exemplo, no número de cantos: dez a nosso favor e apenas um para os madeirenses.

 

Da adaptação da equipa ao lamaçal. Rúben Amorim percebeu de imediato que, dado o péssimo estado do terreno e a chuva que caía sem cessar, não podia impor aos jogadores o habitual futebol controlado, com a bola a sair em passes curtos desde a baliza. Até porque muitas vezes ela não rolava, ficando presa em diversas partes daquele relvado absolutamente impróprio para consumo. Restava o pontapé para a frente, à moda antiga, imitando o fio de jogo dos campeonatos distritais. Os nossos jogadores rapidamente se adaptaram às circunstâncias, nunca virando a cara à luta, apesar do risco acrescido de lesões. A verdade é que ganhámos quase sempre os lances divididos e foi irrepreensível a nossa reacção a ocasionais perdas de bola.

 

De Pedro Gonçalves. Para mim, o melhor em campo. Veio buscar a bola atrás, actuando como terceiro médio na faixa central. Desta vez sem rendilhados nem virtuosismo técnico, pois o campo não permitia, mas sempre com fulgor ofensivo. É dele a primorosa assistência para o primeiro golo, marcado por Nuno Santos aos 43', indo recuperar quase junto à linha final, do lado direito, a bola centrada por Nuno Mendes e colocando-a nos pés do colega, que só teve de empurrar à boca da baliza. Aos 34' e aos 64', com remates rasteiros, pôs à prova os reflexos do guardião Daniel Guimarães. E aos 83' fez embater a bola no poste - seria um golo bem merecido.

 

De Palhinha. Absolutamente indispensável no onze titular leonino - e jogos como este ainda o tornam mais imprescindível. Muito eficaz nas acções de cobertura, funcionou como dique para travar a manobra ofensiva do Nacional. E foi mantendo acesa a vontade de marcar, quase o conseguindo: aos 36', cabeceou ligeiramente ao lado, na sequência de um canto; aos 78', num disparo de meia distância, fez a bola roçar o poste.

 

De Nuno Santos. Poço de energia, pulmão inesgotável, vontade indómita. Funcionou como acelerador permanente do jogo leonino, procurando eficácia máxima. Esforço recompensado com o nosso golo inaugural. É já o seu quinto de Leão ao peito. E promete muitos mais.

 

Do regresso de Jovane. Já tínhamos saudades dele, após mês e meio de afastamento - primeiro por lesão, depois por opção técnica. Entrou aos 87', substituindo Nuno Santos, e três minutos bastaram para marcar o golo da tranquilidade, fixando o resultado. Não podia ter sido mais feliz.

 

Do nosso bloco defensivo. Voltou a funcionar com simetria perfeita e uma irrepreensível organização, sem tremer perante as péssimas condições atmosféricas nem temer a lama que crescia no lugar da relva. Não é por acaso que o Sporting apresenta a melhor defesa da Liga 2020/2021: apenas oito golos sofridos em 13 jogos já disputados. Continuamos a ser a única equipa invicta no campeonato. 

 

De Rúben Amorim. Uma vez mais, o treinador soube ler muito bem o jogo e fazer as alterações que se impunham, sobretudo para refrescar a equipa - mas sem esgotar as substituições. Aos 66', trocou Sporar por Tiago Tomás. Aos 76', fez entrar Matheus Nunes por troca com João Mário. Aos 87, deu ordem para Jovane substituir Nuno Santos. Dois dos jogadores que saltaram do banco - Tiago Tomás a assistir, Jovane a marcar - foram cruciais para ampliar o resultado e consolidar a vitória. Haverá "estrelinha" do técnico, decerto. Mas há sobretudo muita competência - desde logo nas instruções iniciais que deu à equipa para posicionar-se em campo, adaptando-a aos obstáculos concretos deste desafio.

 

De ver seis portugueses no onze titular. Neto, Palhinha, João Mário, Nuno Mendes, Pedro Gonçalves e Nuno Santos. Com a entrada de Tiago Tomás e Jovane, esta noite alinharam oito. Que diferença em relação aos nossos principais rivais, que entram em campo quase só com estrangeiros.

 

Que só um dos nossos tivesse visto o amarelo. Feddal, somando cinco cartões, fica fora do próximo jogo. Mas poderemos contar com Coates, Neto, Nuno Santos e Palhinha, que passaram incólumes.

 

De vermos a liderança reforçada. Somamos já 35 pontos, em 39 possíveis. Cumprimos a sexta vitória consecutiva, há 16 jogos que não perdemos em casa para a Liga. Vencemos 11 dos últimos 12 jogos do campeonato. Estamos há sete jornadas consecutivas no primeiro posto. E continuamos a marcar em todas as partidas já cumpridas desde o início da temporada. 

 

 

Não gostei
 

 

Das condições do terreno. Reza o lugar-comum que o futebol é desporto de Inverno. Mas hoje abusou-se da invernia - ainda por cima no Funchal, que costuma ser terra de clima ameno: chuva torrencial, vento fortíssimo, granizo, trovoada, muito frio. Mas pior foi o estado miserável do tapete que em vez de ser verde, como mandam os regulamentos, era afinal castanho. Indigno de futebol da primeira divisão. Noutros países, onde as condições atmosféricas são muito mais inclementes, não se encontra nada disto. Uma vergonha. E um perigo, até por potenciar lesões de alto risco.

 

Do adiamento do jogo. Este Nacional-Sporting devia ter-se disputado ontem. Mas as rajadas de vento quase ciclónico que ontem se registavam na Choupana, a 632 metros de altitude, tornaram impossível a utilização do estádio, que só hoje pôde ser utilizado. Passámos assim do péssimo para o simplesmente mau. E a nossa equipa fica com menos 24 horas para preparar o próximo desafio, que irá desenrolar-se também no Funchal: o Marítimo-Sporting, dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, a realizar nesta segunda-feira.

Prognósticos antes do jogo

Há quase dois anos que não jogamos na Choupana. Na última vez que lá defrontámos o Nacional, a 19 de Abril de 2019, vencemos por 1-0. O treinador da equipa era Marcel Keizer, Acuña foi o melhor em campo e Luiz Phellype marcou o nosso golo.

Tudo diferente agora. A começar pela turbulenta viagem da comitiva leonina ao Funchal, que ontem esteve quase para terminar em Porto Santo - ou até num regresso a Lisboa, devido às péssimas condições atmosféricas na ilha da Madeira.

As previsões meteorológicas são pouco ou nada animadoras: a Protecção Civil regional tem emitido alertas para o agravamento do estado do tempo. Mas à hora a que escrevo (7.45) o jogo continua marcado para as 18.30 de hoje. Quais são os vossos palpites para o resultado?

 

ADENDA das 19.45: O jogo foi adiado, como era previsível. Em princípio, para amanhã. Os prognósticos mantêm-se.

Amanhã à tarde no Funchal

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Ultrapassado que foi o Braga, vamos amanhã visitar o Nacional na Choupana, a sua casa do Funchal, cidade para onde voltaremos dias depois para defrontar o Marítimo para a Taça de Portugal. Parece que nos vamos deparar com condições atmosféricas bem diferentes das retratadas na foto.

Se nunca fui ao estádio dos Barreiros, à Choupana fui um par de vezes, com uns 4 ou 5 anos de distância, o que deu para ver a evolução tremenda que o complexo conheceu. Da primeira vez já não posso precisar o ano, mas recordo-me de subir os vários kms da rampa mais ou menos em linha recta do Caminho do Terço, que liga o estádio à baixa do Funchal, com um Nissan Micra alugado, a precisar de reforma, sempre em 1.ª velocidade, sempre a ver que não chegava lá ao cimo e ficava pelo caminho. A segunda, essa consigo dizer com certeza, foi no início de 2009, no tempo do Paulo Bento com Liedson e Rochemback, em que acabámos por empatar 1-1. No Nacional alinhava um excelente ponta de lança formado no Cruzeiro que marcou um grande golo nesse jogo, Nenê, poderia ter vindo para o Sporting mas foi vendido ao Cagliari e há pouco voltou para o Moreirense, agora está no Leixões, já com 38 anos. 

O Sporting chega a este jogo na máxima força em termos de plantel, mas temos cinco jogadores à beira do quinto cartão, sendo que o jogo seguinte da Liga é com o Rio Ave. Não sei qual a ideia de Amorim para chegar ao jogo com o Benfica com todos eles disponíveis. Mas antes importa é vencer amanhã na Choupana.

 

Sendo assim, imagino que convoque os seguintes elementos:

Guarda-redes: Adán e Max.

Defesas Centrais: Quaresma,  Coates, Neto, Feddal e Inácio.

Alas: Porro, Nuno Mendes e Antunes.

Médios Centro: João Mário, Palhinha, Bragança e Matheus Nunes.

Interiores: Tiago Tomás, Nuno Santos, Jovane, Tabata e Pedro Gonçalves.

Ponta de lança: Sporar.

 

E apostava no onze habitual:

Adán; Neto, Coates e Feddal; Porro, Palhinha, João Mário e Nuno Mendes;  Pedro Gonçalves, Tiago Tomás e Nuno Santos.

 

Concluindo,

Amanhã o Sporting entra em campo no Funchal para conquistar mais uma vitória e continuar na liderança da Liga com 4 pontos de vantagem sobre os rivais. Então propunha duas questões:

1. Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?

2. Que deveria o Sporting alterar no seu sistema de jogo relativamente aos últimos encontros menos bem conseguidos?

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

 

De amealhar mais três pontos. Já levamos 67 - mais três do que os somados na época de 2016/2017, na mesma fase do campeonato, quando tínhamos o milionário Jorge Jesus como treinador. Saímos hoje da Madeira com uma vitória: 1-0, na Choupana, frente ao Nacional. Acentuamos a pressão sobre o Braga, consolidando o terceiro posto.

 

De ter dominado a partida do princípio ao fim. Supremacia absoluta do Sporting nesta partida em que dispusemos de várias oportunidades de golo enquanto a equipa adversária nunca chegou verdadeiramente a incomodar o nosso guarda-redes. Revelámos dinâmica ofensiva e boa reacção à perda de bola, pecando apenas no capítulo da finalização dada a discrepância entre as oportunidades criadas (20 remates) e o único golo conseguido.

 

De Luiz Phellype. Soma e segue: leva cinco golos marcados em quatro jogos consecutivos da Liga. Hoje valeu-nos três pontos, ao carimbar a nossa vitória, que saiu do pé direito dele, sem deixar cair a bola, correspondendo da melhor maneira a um livre muito bem marcado por Acuña, aos 62'. Podia ter marcado antes: dispôs de uma boa oportunidade aos 35', junto ao primeiro poste. Boas movimentações na área, disponibilidade para o jogo colectivo, pressão constante na primeira fase de construção dos adversários. Temos goleador. 

 

De Acuña. O melhor em campo. Mesmo amarelado logo aos 7', não se deixou condicionar, comandando todas as operações ofensivas do nosso flanco esquerdo apesar de ter alinhado desta vez como lateral. Revelou-se incansável durante toda a partida, criando constantes desequilíbrios. E dos pés dele saíram sucessivos cruzamentos perigosos, infelizmente desaproveitados. Chegou ao fim da partida certamente orgulhoso por ter feito outra assistência para golo e pelo bom desempenho uma vez mais evidenciado.

 

De Gudelj. Talvez a melhor exibição do médio defensivo sérvio vestido de verde e branco. Fazendo desta vez parceria inicial com Idrissa Doumbia, devido ao castigo interno aplicado a Wendel, anulou todas as incursões ofensivas da equipa madeirense e recuperou várias bolas, sendo um elemento vital desta vitória. Muito melhor também no capítulo do passe. Viu o amarelo aos 55', na sequência de uma falta cirúrgica que pôs fim a um lance perigoso do Nacional: este cartão coloca-o fora da próxima partida, em Alvalade, contra o V. Guimarães. Falta acrescentar que já fala muito bem português, como ficou bem evidente na zona de entrevistas rápidas. Merece elogio também por isso.

 

De ver jogadores da formação a jogar. Jovane foi aposta inicial do técnico, alinhando como extremo: foi dele a melhor oportunidade de golo na primeira parte, com um remate em arco muito bem colocado, aos 27', proporcionando ao guardião Daniel Guimarães a defesa da noite. Miguel Luís entrou aos 85' para o lugar de Gudelj. E até Francisco Geraldes pôde actuar durante cinco minutos, no tempo extra, rendendo Diaby. No banco, estavam Maximiano, Ilori e Pedro Marques. O caminho faz-se caminhando.

 

De voltar a ver a nossa baliza intacta. Segundo jogo disputado fora de casa em que não sofremos golos. Merece registo.

 

De vencer mesmo sem vários titulares em campo. De fora desta partida - convém lembrar - ficaram Renan, Raphinha e Wendel (por castigo), Bas Dost, Battaglia e Borja (por lesão). Todos com lugar no onze titular leonino.

 

De somar oito vitórias seguidas. O Sporting não perde há onze jogos: dez triunfos e um empate. Atravessamos o melhor momento desde a chegada de Marcel Keizer. 

 

 

 

Não gostei

 
 

De ver tantas oportunidades desperdiçadas. Sobretudo por Diaby, hoje de longe o mais perdulário entre os nossos jogadores. O maliano podia ter marcado pelo menos em três ocasiões, aos 31', aos 52' e aos 83'. Continua a faltar-lhe um suplemento de classe.

 

Do empate a zero ao intervalo. Face ao futebol jogado e à diferença de valor entre as duas equipas, este empate era altamente lisonjeiro para a equipa madeirense, que nada fez para justificar o nulo só desfeito após mais de uma hora decorrida desde o apito inicial.

 

Do NacionalEsta derrota poderá ter confirmado o regresso dos madeirenses à II Liga. Tem um futebol medíocre e deixou-se golear por dez a zero na Luz - o que devia bastar para a despromoção automática de qualquer equipa em idênticas circunstâncias. Não deixa saudades.

Missão cumprida na Choupana

Não foi um grande jogo de futebol, não se assistiu a uma grande exibição do Sporting, não houve um grande resultado, mas foi uma vitória "sem espinhas", tão esmagadora que foi a superioridade da nossa equipa, traduzida em posse de bola, numa dúzia de oportunidades de golo não concretizadas por azelhice, azar ou boas defesas do guarda-redes adversário, sem uma sequer oportunidade de golo do adversário. Tarde mais que tranquila para Salin.

O duplo trinco Gudelj-Doumbia (fórmula para o Jamor?)  funcionou em pleno, dominou por completo o meio campo e proporcionou uma tarde tranquila da defesa. Gudelj o melhor em campo.

Os atacantes fartaram-se de falhar golos mais ou menos fáceis, mas para falhar tiveram pelo menos de estar lá e fazer por isso. Diaby entre aquilo que falhou, e aquilo que acertou mas alguém bloqueou, é responsável por 4 ou 5.

Não há comparação possível para já entre Bas Dost (um dos melhores pontas de lança de sempre do Sporting) e Luiz Phellype (o meu LP9). Mas também não entre o LP9 e o Castaignos, Barcos, André Balada e outros flops ($$$) que por aqui têm passado. Hoje mais uma vez esteve muito bem, peitudo, lutador e marcador de golos. Bela descoberta no mercado de Inverno.

Keizer esteve muito bem nas substituições, acautelando cansaços e cartões, e Jefferson a ala (a defesa é um susto) entrou para dar conforto a Acuña e centrar bolas para golo.

Sobre M. Luís e F. Geraldes, sou ferozmente a favor de quota para a formação no plantel, mas não no 11, e tem de justificar nos treinos e nos jogos que são melhores do que os titulares. Eles e os outros são para entrarem quando e como se justificar. Se calhar Jovane perdeu hoje uma oportunidade para demonstrar que é melhor que Diaby ou Raphinha, e eu até acredito que sim.

Resumindo e concluindo, tendo estado em Tondela, Chaves, Feira e Setúbal, tudo equipas do nível do Nacional, esta foi de longe a exibição mais segura e a vitória mais fácil e categórica.

Missão cumprida na Choupana, 3º lugar mantido, venha o Guimarães.

SL

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