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És a nossa Fé!

Amanhã à noite em Alvalade

"É muito difícil para o treinador e para a sua equipa entrarem, porque não é como se viessem com um estilo semelhante ao do antigo treinador. São o oposto em relação ao que exigem e ao que querem. Temos de manter-nos unidos. O treinador vai exigir isso. Acreditamos plenamente nele e nos seus métodos. Foi o período de transição." Disse ontem o capitão daquela equipa que conta com quatro derrotas nos últimos cinco jogos.

Hjulmand podia ter dito a mesma coisa depois de quatro derrotas nos últimos sete jogos do Sporting com João Pereira, mas não teve oportunidade para isso. O treinador já tinha sido despedido.

Como Rui Borges será também despedido se teimar em fazer o mesmo e tiver os mesmos resultados, o melhor é ter a humildade de se focar nos resultados e nos desempenhos, na confiança dos jogadores e no compromisso dos lideres de balneário, tirar o melhor partido das rotinas e posicionamentos da era Amorim, e ir introduzindo aos poucos os elementos adequados a um Sporting ainda melhor, ainda mais ganhador.

 

Assim, e também porque sem três médios disponíveis não vejo muito bem como montar um 4-3-3, parecia-me de bom senso manter o 3-4-3 assimétrico do tempo do Amorim com:

Israel; St. Juste, Diomande e Debast; Quenda, Hjulmand, J. Simões e Matheus Reis; Trincão, Gyökeres e Maxi Araújo.

Com Quenda a defender mais próximo do meio-campo e a projectar-se no ataque pela direita, com St. Juste a descair para a lateral.

Com Maxi a defender próximo de Matheus Reis, caindo em cima do Di María.

No meio-campo J. Simões em linha com Hjulmand a impedir as progressões do adversário pelo eixo central.

No ataque posicional, Quenda e Maxi bem projectados, Gyökeres em desmarcações constantes para as laterais e Trincão a aproveitar os espaços vazios no centro.

No contra-ataque, Trincão e Maxi a acelerar e a queimar linhas e Gyökeres a dar cabo deles.

E com todos nós nas bancadas a apoiar e a levar a equipa ao colo para a vitória!!!

Enfim, esta é a opinião dum "treinador de bancada", nível 0 da UEFA. A vossa será diferente, fica aqui aberto o debate.

 

PS: Quem diz St. Juste diz Quaresma, quem diz Quenda diz Catamo, são posições em que existem alternativas de valor idêntico e que podem ir rodando conforme os jogos. Infelizmente noutras posições já não é assim.

SL 

3-4-3 pessoal e intransmissível

Hoje na apresentação do novo treinador do Sporting o nosso presidente foi claro e conciso. Com João Pereira apostou na continuidade da "máquina oleada" de Rúben Amorim, mas a aposta falhou rotundamente.

Já se gastou tempo demais a atribuir culpas e encontrar justificações (obrigado, João Pereira), importa agora constatar que o modelo de jogo de Ruben Amorim se revelou pessoal e intransmissível. Vai-se abrir novo ciclo, que terá implicações não apenas na equipa A mas também nas etapas terminais da formação de Alcochete, as equipas B e sub23.

Ontem, no painel do Canal 11, debateu-se o que será o futebol do Sporting com Rui Borges, e mesmo com os disparates do moderador (Quaresma a médio centro ???) foi possível entender algumas coisas que deveremos ir vendo nos próximos jogos.

 

Se recuarmos à época passada, o Sporting jogava num 3-4-3 assimétrico, com um ala mais defensivo e outro mais ofensivo, com os três defesas a bascular para esse lado formando uma defesa a quatro. Podemos imaginar que Rui Borges começará por aqui, com uma linha defensiva composta por Debast-Diomande-Inácio-Matheus Reis, libertando Quenda para avançar no terreno.

Na linha média surgirão um 6 mais definido, Hjulmand, e dois médios interiores (em vez de avançados interiores) também bem definidos em que no momento defensivo um pressiona junto ao avançado-centro e outro recua para o lado do trinco, em princípio Pote e Morita/Bragança. O 4-3-3 em momento ofensivo, transforma-se num 4-4-2 em momento defensivo. 

No ataque dois extremos que baixam a defender em vez de dois alas que sobem a atacar. Aqui vamos ter um problema porque todos os que temos no plantel são canhotos: Quenda, Trincão, Edwards, Catamo, Maxi Araújo e Nuno Santos. Não consegui perceber se os extremos jogam de pé certo ou trocado, porque com dois médios interiores é forçoso que os extremos tenham capacidade de explorar a linha e centrar de primeira.

 

Sendo assim, o onze-base de Rui Borges poderia ser:

Israel; Debast, Diomande, Inácio e Matheus Reis; Hjulmand, Morita e Pote; Quenda, Gyökeres e Trincão.

O onze alternativo seria:

Kovacevic; Fresneda/Esgaio, Quaresma, St.Juste e Maxi Araújo; Arreiol, Bragança e João Simões; Catamo, Harder e Edwards.

É fácil perceber que sobram extremos canhotos e faltam médios e defesas laterais. Vai obrigar o Sporting a ir ao mercado de Inverno para equilibrar o plantel para o 4-1-2-3 que Rui Borges está a utilizar no V. Guimarães. Se for mesmo essa a ideia.

Vamos ver o resultado, mas pelo menos vislumbra-se a luz ao fundo do túnel. A luz do bicampeonato.

 

PS: O modelo de jogo de Rui Borges lembra-me o de Leonardo Jardim. Na vitória com o Porto em casa por 1-0, o Sporting alinhou com:

Rui Patrício; Cédric, Dier, Rojo e Jefferson; William, Adrien e André Martins; Capel, Slimani e Mané. O Pote da altura seria o André Martins, mas a diferença de qualidade é tremenda.

SL

Bem-vindo, Rui Borges

Segundo parece, no seguimento da impossibilidade de contar com Abel Ferreira e de mais um desaire em Barcelos sob o comando do João Pereira, Hugo Viana meteu-se em campo e o actual treinador do V. Guimarães estará mais ou menos assegurado como treinador do Sporting.

No fundo, será o quarto treinador "efectivo" escolhido por Frederico Varandas, depois de Marcel Keizer, Jorge Silas e Rúben Amorim. Tiago Fernandes e Leonel Pontes não passaram de treinadores interinos, como agora acabou por ser o João Pereira. Só a passagem de Silas para Amorim foi directa.

O grande problema não foi o nosso presidente ter apostado em João Pereira para dar seguimento imediato ao trabalho de Amorim: foi ter dado a ideia que tudo tinha sido previsto e controlado, e que estava ali um novo Amorim para conduzir o Sporting a novos sucessos. Como ninguém conhecia bem João Pereira enquanto treinador, também não havia ninguém que pudesse dizer do disparate da afirmação.

Mas os resultados foram o que foram. Já na semana passada, a terminar o seu discurso nos Prémios Stromp, o presidente deixou bem claro que, com o plano A, B C, ou qualquer outro, o Sporting iria lutar pelo bicampeonato. Rui Borges entra agora como plano C (?) para lutar por isso mesmo. 

 

João Pereira sai muito mal desta sua aventura. Se calhar perdemos um treinador que estava a fazer bom trabalho na equipa B e que no futuro poderia servir de solução de recurso para situações como esta duma saída abrupta do treinador principal.

Mas sai assim também por responsabilidade sua, por excesso de confiança nas suas capacidades e da sua equipa técnica, por não ter respeitado o modelo de jogo de Rúben Amorim, tentando implementar um 3-4-3 "losango" castrador para a valia dos jogadores ao dispor.

Não se pode queixar do empenho e do esforço dos jogadores, nem da atitude dos capitães. Só mesmo de si e de quem se fez acompanhar, para além da sorte, das lesões e dos APAFs.

 

Não faço ideia do que vale Rui Borges como treinador. É transmontano como o Pote, jogou até tarde, tem sete ou oito anos de treinador, dois apenas na 1ª Liga. Não seria alguém com o seu perfil a minha escolha, mas é a solução possível no momento presente. Os melhores treinadores portugueses estão indisponíveis, qualquer treinador estrangeiro teria enormes dificuldades em conseguir resultados na Liga Portuguesa pegando na equipa nesta fase da temporada.

Se fazer melhor do que Rúben Amorim é quase impossível, pior do que João Pereira também será. Entre o 80 e o 8 algures, Rui Borges irá estar.

Vamos aguardar para ver, a começar pelo dérbi do próximo domingo.

Para já, e acreditando que virá mesmo, bem-vindo, Rui Borges.

A melhor equipa de Portugal precisa de treinador.

 

PS: Diz o António Tadeia: "O problema deste Sporting não é de falta de ideias. É de ideias a mais." Amorim deixou uma máquina oleada, não vale a pena meter serradura na engrenagem. Gyökeres agradece e nós também.

SL

Página virada

João Pereira sai já, após oito pontos perdidos em quatro jogos da Liga 2024/2025 e ter desperdiçado em menos de um mês todo o avanço que o Sporting mantinha no campeonato face aos principais adversários.

O óbvio ululante impôs-se aos olhos da administração da SAD, dando razão àquilo que tantas vezes vários de nós escrevemos aqui nas semanas mais recentes.

Devia ter saído antes. Ou antes: nem devia ter entrado como substituto de Ruben Amorim.

 

Leitura complementar:

O teste do avião, de Francisco Melo (27 de Novembro)

Temos um problema, texto meu (30 de Novembro)

Desapareceram, de Vítor Hugo Vieira (30 de Novembro)

O dia seguinte, de Luís Lisboa (1 de Dezembro)

A equipa maravilha e a Lei de Murphy, de Francisco Almeida Leite (1 de Dezembro)

E se corre mal?, de Edmundo Gonçalves (1 de Dezembro)

E se corre bem?

Provavelmente o jogo de ontem terá sido o último de Rúben Amorim ao comando da equipa de futebol do Sporting.

Sendo assim, foram quatro anos e meio dum trabalho de excelência a todos os níveis, nos títulos alcançados, na qualidade de jogo obtida, na valorização dos jogadores, na capacidade de liderança, enfim, em tudo mesmo.

De longe (de muito longe) o melhor treinador que passou pelo Sporting na minha existência como adepto de bancada. Transformou completamente o que era o futebol do Sporting, colocou-o ao nível que as classificações actuais da Liga e da Champions demonstram.

Essa mesma excelência está na origem da saída. Um dos maiores clubes do mundo, da pátria do futebol, com uma história incrível, uma base de adeptos fiel e apaixonada e uma capacidade financeira tremenda, aposta nele agora e já, para fazer o mesmo no Man.United que fez no Sporting. Com a ajuda do Bruno Fernandes e do Ugarte, mais o Dalot e o Lindeloff (terá sido ainda seu jogador enquanto júnior?) não tenho a menor dúvida de que o vai conseguir. Aceitam-se apostas sobre o número de jogos que fará até o seu nome ser cantado nas bancadas de Old Trafford.

Como não tenho a menor dúvida que não é desta forma que Rúben Amorim deveria sair do Sporting, deixando tristes e "descalços" jogadores, sócios e adeptos, a começar por aqueles que ontem, como eu, o aplaudiram ontem em Alvalade. Ele tem consciência disso, a conferência de imprensa de ontem demonstrou o seu incómodo, que terá sido agravado pela reacção negativa do plantel. De qualquer forma o aplauso ficará, um aplauso de reconhecimento e gratidão, mas a estátua não existirá. Essa fica para o Manuel Fernandes.

O Sporting Clube de Portugal está acima de qualquer treinador que o sirva. E a SAD estava a preparar-se para o dia de saída de Rúben Amorim.

João Pereira está há três anos a ser formado para o efeito, nos cursos de treinador e na prática das equipas sub23 e B. Todos conhecem o que foi como jogador, formado no Benfica, passou como sénior também por Gil Vicente, Braga, Sporting, Valência, Hannover e Trabzonspor, mas muito poucos o conhecem como treinador, desde logo porque não pode assumir o lugar de treinador principal. Muita coisa em comum com Rúben Amorim enquanto jogador: partilharam balneário e tiveram por vezes os mesmos treinadores, passaram pelas selecções jovens, foram internacionais A.

A informação que tenho é de alguém com uma postura cordata, diferente daquele jogador que recordamos e muito bem aceite pelos jogadores, mas pouco mais.

No fundo, João Pereira é alguém que nasceu Sportinguista. Olho para ele não como um Silas mas como um misto de Paulo Bento e de Rúben Amorim, discípulo de Amorim em termos do modelo de jogo. É uma aposta pessoal de alto risco do presidente Frederico Varandas, como foi a do próprio Rúben Amorim.

Desde vez não teve de ir a Braga aturar o "trolha" e não tem de gramar com a conversa do IVA.

E se corre bem?

SL

Rumo ao futuro

A época de 2023/2024 não terminou da melhor forma, mas nem por isso deixou de ser uma das nossas melhores deste século:

- Campeão Nacional com record do clube de pontos

- Finalista vencido da Taça de Portugal

- Eliminado na meia-final da Taça da Liga

- Passagem da fase de grupos da Liga Europa, eliminado nos oitavos de final pela equipa que venceria a competição.

Assim sendo :

Em 11 anos de Frederico Varandas/Bruno de Carvalho, conquistámos 2 títulos nacionais, 2 taças de Portugal, 4 taças da Liga e 2 supertaças. 

Em 6 anos de Frederico Varandas, conquistámos 2 títulos nacionais, 1 taça de Portugal, 3 taças da Liga e 1 supertaça. 

Em 4 anos de Frederico Varandas / Rúben Amorim conquistámos 2 títulos nacionais, 2 taças da Liga e 1 supertaça.

 

Este padrão de crescimento desportivo está intimamente ligado com o crescimento financeiro e a conclusão da reestruturação financeira permite outro conforto de gestão e nível de investimento. 

Desportiva e financeiramente foi uma época de ultrapassagem do FC Porto no pódio, e não vai ser fácil ao novo presidente dar conta de todos os buracos e minas que herdou, as protecções políticas irão caindo à medida que a justiça for intervindo e os nomes aparecendo na comunicação social. 

Também na FPF é hora de mudança com a saída de cena do ex-vice-presidente do FC Porto. 

 

No que respeita à arbitragem, existem também ventos de mudança, com uma nova geração de árbitros a assumir protagonismo e os comprometidos anos a fio com as máfias dos rivais mais condicionados. Mas falta ainda muito para termos uma arbitragem isenta e uma promoção pelo mérito. Os árbitros mais corrompidos de ontem hoje estão no VAR, são dirigentes da arbitragem ou comentadores nos jornais e nas Tvs.

O Sporting continua a não ter o peso institucional correspondente à sua dimensão de segundo maior clube nacional. Governo, Secretaria de Estado do Desporto, FPF, Liga, arbitragem - dificilmente se encontra por ali um sportinguista confesso, muito menos alguém que tenha passado pelos órgãos sociais do nosso clube. A excepção é Rui Caeiro que chegou à direcção da Liga para pagar o apoio de Bruno de Carvalho a Pedro Proença.

Quer queiramos quer não, isto tem um preço. Que sentimos esta época de diferentes formas. Na nomeação do João Pinheiro para VAR no Jamor. Até na convocatória do seleccionador Martínez para o Europeu.

O futuro com sucesso passa muito por aqui. Juntar ao crescimento desportivo e financeiro o crescimento institucional, o que requer muito trabalho e saber fazer as coisas. Ser um clube honesto e de bem não quer dizer ignorar as máfias e não lutar para acabar com elas. Isto só se consegue tendo voz activa nas instituições.

SL

Alterações estatutárias: voto sim a isto

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Sou favorável à introdução do princípio do voto à distância no Sporting. Refiro-me ao voto electrónico não-presencial, medida que democratiza o Clube e amplia largamente os direitos dos associados - sobretudo todos aqueles que residem fora da Grande Lisboa. Não apenas em nome da equidade e da representatividade, mas também como conceito básico do universo leonino: o Sporting presume-se, e bem, de Clube de expansão nacional, não acantonado num bairro alfacinha, devendo agir em consonância com este princípio.

Há que pôr fim, portanto, à anacrónica obrigação de voto presencial em Lisboa - com a exigência expressa de que o escrutínio seja auditado por uma entidade independente cuja idoneidade esteja acima de qualquer suspeita. Devemos incentivar as boas medidas e as boas práticas - seja qual for a equipa directiva que estiver ocasionalmente em funções - de olhos sempre no futuro. Os ciclos presidenciais passam, o Sporting permanece.

 

ADENDA: 

Transcrevo a opinião aqui expressa há mais de três anos, em 3 de Agosto de 2020. Num texto em que também defendi a regra da maioria absoluta para a escolha do presidente do Conselho Directivo e o regresso ao método de Hondt para eleger o Conselho Fiscal e Disciplinar. Além da introdução progressiva e faseada do princípio "um sócio, um voto".

A grande mudança

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Gosto de observar como o grau de exigência dos sportinguistas aumentou imenso durante o mandato de Frederico Varandas.

Vejo agora muito mais adeptos impacientes e nervosos por não ganharmos o campeonato nacional há dois anos do que via quando estivemos quase duas décadas sem o vencer. Excelente sinal.

Quando se fala em mudanças ocorridas em Alvalade, eis um exemplo concreto. É uma grande mudança.

Como será a partir de agora?

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Stephanie Frappart, Yamashita Yoshimi e Salima Mukansanga fazem história neste Mundial

 

Havendo agora mulheres de apito na boca, neste Mundial de Futebol, não custa vaticinar que aparecerão cada vez mais nos relvados, incluindo em jogos dos campeonatos nacionais. Portugal não será excepção.

Nada tenho a objectar: são sinais dos tempos. Só me questiono como falarão e escreverão, a partir de agora, alguns que passam o tempo a injuriar os árbitros. Farão o mesmo com as árbitras?

O que deve ser alterado?

As críticas ao desempenho da nossa equipa principal de futebol são cada vez mais frequentes e consistentes. 

Seguimos em quinto lugar à nona jornada, com menos nove pontos que o Benfica, e vemos até o Casa Pia à nossa frente. Já acumulámos tantas derrotas como em todo o campeonato anterior e ultrapassámos metade dos golos sofridos nessa Liga 2021/2022.

Quando perdemos em casa contra o Chaves, por 0-2, escrevi aqui um postal intitulado "abalo sísmico". Admitindo que essa derrota, na pior exibição da era Amorim para o campeonato nacional de futebol, marcaria uma linha fracturante. 

Passadas seis semanas, não estamos melhor. Persistem deficiências estruturais que tardam em ser eliminadas. É cada vez mais evidente que o sonho do título se tornou miragem e nem o segundo lugar parece hoje provável.

Impossível não será. Mas esperar resultados diferentes sem nada mudar é pura utopia. Daí perguntar-vos o que deve ser alterado sem mais demora.

Coisas que eu mudaria nas imediações do Estádio de Alvalade

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À medida que se vai conhecendo a "Cidade Sporting" verifica-se um muito melhor aproveitamento do espaço entre o estádio e o pavilhão João Rocha. No entanto, e a meu ver, a "Rotunda do Leão", na sua presente forma, deveria ser revista. Nem tanto pelos motivos que referi aqui: o tempo, e a gravidade, encarregar-se-ão naturalmente desse verdadeiro culto da personalidade que é uma das inscrições na estátua do leão.

Obviamente acho muito bem que exista uma estátua ao leão no exterior do estádio. Não estou a discutir os méritos estéticos daquela estátua em particular. O que eu contesto naquela estátua (além das inscrições laterais, ou pelo menos uma delas) é a sua colocação e a sua orientação.

Parece-me óbvio que qualquer estátua deveria ter a frente voltada para o exterior do estádio. Quem tirar uma foto ao enquadramento da estátua com o estádio só pode fotografar o traseiro do leão. Quem fotografar a estátua de frente ou de lado não apanha o estádio. Uma foto isolada daquela estátua não permite reconhecer o local. A isto acresce que o leão deve ser visto por quem chega ao estádio. Assim como está, ainda mais estando ao lado da garagem, aquela estátua funciona como uma despedida de quem sai da garagem do estádio. É isto que se pretende?

Falei em tirar fotografias. Qualquer visitante do estádio e do museu desejaria ter uma foto sua ao lado da estátua. Isso é muto difícil com aquela estátua, pelo menos com aquela configuração. Não há nenhum espaço pedonal ao seu lado. Quem tentar tirar uma foto ao lado da estátua arrisca-se seriamente a ser atropelado.

Haveria necessidade de colocar aquela estátua numa rotunda, com tanto espaço pedonal disponível entre o estádio e o pavilhão?

Aquela "Rotunda do Leão" é, sem tirar nem pôr, uma rotunda de província. Deve ter sido projetada por algum amigo do comendador Marta Soares.

Um ano depois

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Fez ontem um ano, assisti ao meu penúltimo jogo no Estádio José Alvalade. Foi o Sporting-Boavista, última partida liderada por Silas como treinador principal em nossa casa. Vencemos os axadrezados por 2-0, com golos de Sporar e Plata. À época, ainda admitíamos que o esloveno pudesse tornar-se goleador da equipa. Além dos já mencionados, os melhores em campo foram Vietto e Battaglia.

No fim do jogo, como de costume, fomos mastigar bifanas e empinar imperiais nas rulotes situadas no topo norte do Campo Grande. Lá estive, com dois colegas de blogue: o José Navarro de Andrade e o João Távora. Moderadamente satisfeitos pela vitória, mas sem ilusões quanto às possibilidades de êxito final da nossa equipa nesse campeonato 2019/2020. Seguíamos no quarto lugar, com menos 18 pontos que o Benfica, menos 17 que o FC Porto e menos um que o Braga. E víamos o Rio Ave três pontos mais abaixo.

Parece ter sido há imenso tempo. Entretanto chegou um novo treinador vindo do Minho, instalou-se a pandemia com o seu estendal de vítimas, deixámos de ir ao estádio, o plantel leonino foi profundamente alterado e o Sporting lidera o campeonato com larga vantagem sobre os rivais, agora em crise.

Só passou um ano. Tanta coisa aconteceu de então para cá.

Bem-vindos ao "novo" Sporting

Novos ou velhos, todos nós herdámos um Sporting. Com muitos, mas mesmo muitos, títulos. Em muitas, mesmo muitas, modalidades, e no futebol, claro. Um clube campeão como não há outro em Portugal e talvez no mundo. O Clube de João Rocha, de Aurélio Pereira, de Moniz Pereira.

No que diz respeito à "bola", os mais velhos herdaram um Sporting que ia alternando a vitória no campeonato com o rival de Lisboa e o do Porto. E que se batia na Europa.

Os mais novos herdaram um Sporting que de vez em quando ganhava um campeonato. Mas participava na Champions, o que nos enchia de orgulho (e de muito necessários milhões). 

Ainda há 3 anos me recordo de sair a meio de uma aula nocturna de mestrado para ver o Sporting e o Real Madrid subirem ao relvado de Alvalade. Independentemente do resultado, que orgulho. Que enorme e inesquecível orgulho, de ver aquele estádio cheio e os olhos dos miúdos a brilhar. Pais e filhos abraçados e o hino da Champions a soar em Alvalade. Enfim, o Sporting. 

O resultado do jogo da última 5ª feira representa, para mim, o início de um novo Sporting, que nada tem a ver com o que conheci: já não somos uma equipa de nível europeu. Não temos equipa ou estrutura técnica para entrar na Liga Europa. 

Das duas últimas épocas, também já poderíamos concluir que não temos equipa para os rivais de Lisboa ou do Porto. E em muitos desses jogos, como o da Supertaça no Algarve, ainda tínhamos um 11 com Bruno Fernandes, Mathieu, Acuña. Bas Dost, etc. Jogadores da selecção de Portugal, França, Argentina, Holanda... 

Como chegámos aqui? Primeiro, não fomos capazes de substituir esses jogadores por outros à mesma altura ou melhores. Algumas contratações foram pura e simplesmente um desastre. 

Mas, talvez mais decisivo do que isso é a mudança de cultura que tem estado a operar-se no "novo" Sporting, bem patente na forma como a direcção reagiu ao desastre - em todos os sentidos - a que assistimos na última 5ª feira. Veio então Hugo Viana - uma figura de segunda linha, atente-se, em vez do presidente - dizer que era uma chatice, mas que esta equipa ainda vai dar "muitas alegrias" ao Sporting. 

Alegrias, reparem. Não há objectivos, não há metas concretas. Há alegrias... A alegria de ganhar ao Paços de Ferreira? Ao Belenenses? Será isso? Porque aos nossos rivais de sempre não será, seguramente. 

Entretanto, vejo sportinguistas que antes estudavam o calendário dos nossos 2 rivais - os únicos clubes em Portugal que têm a nossa dimensão, convém lembrar porque nos tempos que correm muitos já se esqueceram - atentos aos jogos do Rio Ave ou Boavista - porque é com eles que vamos disputar o acesso à Liga Europa. Estamos reduzidos a isto. 

No "novo" Sporting, vivemos para pequenas alegrias. A direcção planta relvados, dá nome de ex-jogadores a portas, campos - e anuncia tudo na imprensa desportiva (grátis? ou PUB paga?). O inacreditável doutor Varandas diz que há um jovem jogador que vai ser vendido por 100 milhões. Porreiro, pá, como dizia o outro. Alegria não falta. Miserabilismo também não.

E há quem bata palmas a isto, haverá sempre. Mas o que vimos no último fim-de-semana - e me encheu de esperança - é que a larga maioria dos sportinguistas não se revê nesta pantomimice pegada. Nem aceita que a cultura de um clube campeão seja reduzida à de uma espécie de "take-away", que forma jogadores para vender.

O Sporting - o verdadeiro Sporting - está vivo e tem-se mostrado. Cabe-nos a nós, sportinguistas, decidir se queremos o "novo" Sporting ou se queremos ser dignos da herança que recebemos dos nossos avós e pais - de um clube campeão. Os dois não são compatíveis. Nem mais um dia.

Salvar a honra e o bom nome do Sporting

O Sporting Clube de Portugal não é isto. Estamos fora da fase de grupos da Liga Europa e, logo no dia 1 de outubro, somos obrigados a fazer receitas extraordinárias com a venda de jogadores. O problema é este: o plantel é tão fraco que não há um ou dois jogadores com mercado que se veja para se fazer uma transferência que venha a equilibrar as contas.

Em termos desportivos, o fracasso é total e vamos de 'flop' em 'flop'. Não há quem salve o Sporting de mais humilhações como a desta noite com o Lask?

Precisamos de uma autêntica Junta de Salvação Sportinguista. Já.

Campeões da ida às urnas, as de voto e as de féretro

Peritos em urnas. Nisto nos tornámos. Salvíficas. Incontornáveis. Inadiáveis. A última oportunidade para resgatar o clube dos seus mais temíveis e terríveis algozes antes da próxima última oportunidade.

Nisto se tem transformado o nosso voto, depositado, na verdade, na urna caixão, tumba de jogadores, treinadores. Presidentes.

A par da condição de maior potência desportiva nacional, alcançámos o estatuto de elite das funerárias da bola. Do mata-mata. Do baralha e mata de novo. Especialistas na gestão de cemitério. 

Nisto se tornou o futebol leonino. Nisto se tornaram as eleições no Sporting. E se antecipadas assim serão, de novo. 

Também já quis ver Varandas fora da presidência. E continuo a querer.

Confesso. No meu reservado e parcialíssimo tribunal Cheguei mesmo a sentenciar: "O som do estádio está aos gritos. Porra...demita-se o gajo!"

Um danado impulso para o radicalismo quase descontrolado, alimentado pela constatação de que as compras foram praticamente só de entulho. Somada à perda de jogadores nucleares que só revelou a incapacidade de preencher os vazios deixados pelos maus negócios. Mais o intolerável silêncio de presidente e director desportivo que nunca deram a cara pela miserável preparação da época que agora ingloriamente finda.

Um rol crítico, transformado em rolo compressor, impiedosamente empurrado pelas derrotas, empates e péssimas exibições da equipa orientada pelos muitos treinadores que depois enterrámos.

O cenário é negro. Deprimente, mesmo! Mas como sair dele? Por outras palavras: que alternativas há a esta incompetente gestão?

A pergunta é retórica, claro que é. Sei que no papel existem alternativas e boas, por isso reformulo a interrogação: Há alternativas viáveis para uma disputa eleitoral a tempo do seu vencedor preparar bem a próxima época?  

Sou da opinião que não, não há.

É conhecida a máxima de que o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes. Pois, discordo. O futebol é tão importante como as coisas mais importantes. 

Todos concordarão que o Sporting é uma nação. Que move milhões. De sonhos e de euros. Que tem um papel fulcral na defesa dos valores que constituem as sociedades cobiçadas pelos povos desvalidos que há pelo mundo fora. Que forma homens e mulheres. Que é um embaixador da excepcionalidade dos portugueses na arte da bola.

Todos sabemos que muitas vezes o Sporting, um jogo de futebol do Sporting, é a coisa mais importante à face da terra. 

Teve ou não contornos de fim do mundo aquela canalha combinação de resultados de ontem na Luz e na pedreira? E o impante Salvador e a sua soberba incontida alavancada pela insuportável ascensão ao pódio de onde nos desalojou? 

Para mim, evitar que o acima descrito se repita é tão importante e consumir-me-á tanto quanto ter a certeza que o SNS está cheio de saúde.

 O futebol não é um caso sério, é seriíssimo! Como tal, quem gere e preside aos destinos do nosso clube tem de ser criticado, supervisionado, interrogado, implacavelmente cobrado. A cultura deve ser a da exigência através de uma insistente e consistente crítica com alternativa apresentada, como fazem as boas oposições partidárias aos Governos nas verdadeiras e sólidas democracias liberais. A chamada marcação cerrada. Com pressão alta e equipa balanceada para o ataque construtivo, só assim ganhadora.

A apresentação e consequente consolidação de uma alternativa só acontecerá através de um trabalho a tempo inteiro, feito durante o mandato presidencial. 

Aqui chegado, pergunto. Que alternativas são verdadeiramente conhecidas do grande universo leonino? Que escolhas poderemos fazer que nos dêem as garantias de sucesso, para além do fraco consolo de nos fazermos ouvir, na forma de voto, sobre uma coisa que no fim redundará mais numa fezada do que numa certeza?

Temos o impulso (e eu também a ele soçobrei ao longo da época) de logo convocar eleições, destituir, correr com quem dirige o clube, porque não nos dá as vitórias que queremos. Não nos faz campeões de futebol.

Mas como coisa séria que é o futebol permito-me o exercício de perguntar se era aceitável adoptar a prática de deitar abaixo por sistemas os Governos que não executassem as políticas certas para todos termos aumentos salariais de 20% a cada ano da governação (sei que é subjectivo mas é nesta ordem de grandeza proporcional que estimo o valor da conquista do campeonato).

Ir para eleições sem alternativas conhecidas e reconhecidas, não será mais que uma reacção em vez de uma acção. Um impulso para satisfazer a ausência de vitórias dentro das quatro linhas e que teria uma só virtude: emoção, o sentimento que cimenta o futebol. 

Ora, valha-nos isso, a tendência sufragista, a paixão pelos candidatos e facções em disputa, mais a incerteza do resultado seriam a garantia de que a maioria de nós ganharia. Pelo menos nas urnas. Mas seria enganador. Ninguém ganharia verdadeiramente.

Faço por isso votos para que as eleições não sejam "agora!", "já!", e sim quando houver projectos e equipas definidos e de todos conhecidos.

Antes disso, para mim, tudo não passará de uma ida às urnas sinónimo de caixão. De pôr os votos numa futura tumba, cujo destino será o cemitério cada vez maior de sonhos que vamos enterrando. 

Para melhor está bem, para pior já basta assim

Quando Bloomberg foi eleito mayor de Nova Iorque um jornalista perguntou-lhe que objectivos tinha para os primeiros 100 dias. “Formar uma boa equipa”, foi a resposta. O jornalista ficou surpreendido e Bloomberg decepcionado com ele - como era possível não perceber uma coisa tão fundamental? Porque se insiste em obter as respostas do costume que já se sabe serem vazias e demagógicas?

O Sporting neste momento é comparável ao Congo. Um país riquíssimo em recursos (a famosa formação), mas com um aparelho estatal decomposto, fracassado e degenerado. Conjuntura política que só atrai golpistas, oportunistas, bandidos, ou na melhor hipótese incompetentes e néscios. Segundo Fareed Zakaria a abundância de recursos é uma maldição e não uma benção, ideia muito sensata, mas conversa para outros quinhentos.

Peço-vos o favor de recordarem que esta direcção foi eleita à pressa na sequência dos tumultos que levaram à destituição do Caligula cuja insanidade ameaçava liquidar o Sporting. A previsível incompetência de Frederico Varandas e da sua equipa, pela qual ele é inteiramente responsável, exibiu-se se em todo o seu esplendor durante esta época.

O Sporting só mudará de rumo, só deixará de ser comparável ao Congo se os seus sócios mudarem de atitude. 

Gritar pela destituição desta direcção e por eleições antecipadas é reincidir no erro e acelerar a espiral de decadência que vem arrastando Sporting para o fundo. Neste processo deletério não são as eleições que nos vão dar a alternativa a esta direcção incapaz e cada vez mais sinistra. É o surgimento de alternativas credíveis que exigirá novas eleições. 

Enquanto não aparecer no horizonte alguém com um módico de decência e competência curricular, que apresente uma equipa idónea e experiente, que proponha duas ou três soluções viáveis e pragmáticas para problemas concretos, em vez de congressos para discutir a coisa, alterações administrativas, vacuidades estruturalistas, projectos rebuscados sem qualquer relação com a realidade, ou as velhas e relhas promessas de bacalhau a pataco; enquanto não houver gente com este perfil a dar um passo em frente e propor-se à responsabilidade de conduzir os destinos do Sporting, querer eleições já resulta apenas em instabilidade.

A mudança só fará parte da solução quando houver garantia que for para melhor. Se não, como só um cego ou um oportunista não vê, a mudança é parte do problema.

Viremos a página

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Coube-me em sorte (ou azar) testemunhar dois momentos de terror da História do Sporting Clube de Portugal. Momentos em que gente inocente perdeu a vida num estádio.

O primeiro, a 7 de Maio de 1995, foi a queda do Varandim do José Alvalade. Nunca esquecerei aqueles gritos, os choros e as sirenes das ambulâncias, por mais que viva. Um amigo com quem ia ao futebol ficou a 2 ou 3 metros de cair.

O segundo foi, um ano depois, o “very light” do Jamor. Durante anos, não consegui voltar a meter os pés num estádio. Confesso que ainda hoje me custa falar disso.

Talvez por virtude (ou defeito) dessas experiências, desde a primeira hora achei inapropriado chamar “terror” à vandalização da Academia de Alcochete (chamem-lhe "assalto" ou "invasão" se quiserem termos mais fortes). Sempre me pareceu, aliás, que o uso desse termo servia o propósito sobretudo de advogados, agentes de jogadores e de alguma comunicação social, mais ou menos comprometida com interesses que gravitam à volta do milionário negócio que é hoje o futebol.

Isto não retira gravidade ao que aconteceu. Mas “terror” ou “terrorismo” vemos todos os dias em muitas partes do mundo, infelizmente. E, convenhamos, são coisas diferentes.

Como seria lógico, a acusação de “terrorismo” caiu, ontem, no julgamento do caso da invasão da Academia. Outra coisa não poderia acontecer. E deveria fazer repensar todos aqueles que usaram tão irreflectidamente tal termo. 

Tem também, para mim, lógica que tenham caído as acusações contra o ex-presidente, Bruno de Carvalho. Pois nunca vi nada que o relacionasse directamente com o que aconteceu. 

Mas não me interessa - e acho, sobretudo, que não interessa ao Sporting - revisitar esse lamentável episódio na nossa história colectiva.   No final deste julgamento, que se faça Justiça para com quem tão graves danos causou a uma instituição centenária e com tanto mérito. 

E que este momento seja também um virar de página para o Clube. Um recordar que o Clube está acima deste ou daquele presidente, e é muito maior do que qualquer estrago que possa ser inflingido por 20 ou 30 adeptos.

Viremos a página. Deixemo-nos de insultos e de crispações. Olhemos para a frente, que temos muito e longo caminho a percorrer. Para escrevermos novas páginas, essas sim dignas da História do Sporting. Pelo nosso Clube. E pelos adeptos que, tristemente, poucos anos depois do terror, não estavam connosco a festejar o Sporting Campeão Nacional.

Força equipa (domingo lá estarei)

Tenho sido muito crítico desta presidência. Noto-lhe incompetência e errância na gestão do futebol. Amadorismo exasperante em tantas decisões. Insegurança, noutras. E arrogância em muitas das tomadas de posição, umas públicas, outras silenciosas, num ruidoso cala consente feito de  soberba. Mas não será com isso em mente que vou estar na bancada no próximo domingo. Rumarei ao nosso estádio apostado (como sempre) em apoiar a nossa equipa e (como sempre, sempre!) com a esperança de que vamos ganhar. A vitória vou festejá-la intensamente. Ai vou, vou.

A par das críticas e ataques que posso e devo fazer à liderança do nosso clube, posso e deve dar o benefício da dúvida ao novo treinador e equipa técnica.

Gostei da postura de Rúben Amorim na apresentação do mesmo como novo timoneiro do nosso principal grupo de atletas: Directo. Sem floreados. Franco. Seguro. Sensato. Moderado. Consciente do trabalho hercúleo que tem pela frente porque acompanhado da enorme grandeza do clube que, a partir de hoje, passará a defender com o único objectivo, disse-o ele, de ganhar a todos os nossos adversários. Categoria, aliás, à qual Rúben Amorim pertenceu. Pertenceu. Passado. A tantos treinadores aconteceu isto mesmo, já. Leonardo Jardim,  Marco Silva e Jorge Jesus são os exemplos mais recentes (nomes escolhidos pela bitola de bom futebol que jogámos com eles líderes).

"Toda a gente diz: 'E se correr mal? A isto digo: E se correr bem?" Perguntou-nos Rúben Amorim esta tarde sobre as reservas que muitos de nós têm sobre a sua contratação.

Talvez imbuído da fezada que há sempre nisto de se ser sportinguista ou de outra cor qualquer; talvez por ser um optimista sem fim;  não sei, - embora desconfie que por causa das duas -, mas assisti à apresentação de RA e acreditei que podemos melhorar o nosso futebol e que esta pode ser uma solução de futuro.

Sei que Varandas deixa cair treinadores, fazendo deles escudos humanos que o protegem dos estilhaços provocados pela destruição levada a cabo por ele próprio, no entanto, espero sinceramente ter-me enganado sobre a crítica que a seu tempo fiz sobre a noticiada contratação do antigo treinador do Braga.

Haverá eleições, poderemos de novo escolher uma liderança, e por isso, para já, darei o benefício da dúvida. "E se correr bem?", perguntou-nos o novo técnico. Espero que sim, que corra bem. Muito bem, mesmo. Quero muito mais isso do que confirmar as críticas faço. Quero muito ter-me enganado. Quero acreditar que desta vez Varandas emendou a mão e aposta finalmente num projecto para o futuro, que ele tenha sido 100% verdadeiro quando nos anunciou que a preparação da época 2020/2021 começa agora. 

Não me acenem, por isso, com outras presidências que nada ganharam de relevante, a começar pela anterior, que gastou milhões e milhões e foi incapaz de nos devolver o título de campeão. Mais. Apesar de tudo, Varandas terá de fazer muito pior para chegar sequer perto da lastimosa e deplorável presidência de Bruno de Carvalho.

Uma série de vitórias e de bom futebol mudam tudo. É isso que espero que comece no próximo domingo. Viva o Sporting.

  

Nunca visto

Confirma-se: o Sporting é um clube inovador.

Esta noite aconteceu algo absolutamente inédito: quem apresenta aos jornalistas o novo treinador é o treinador que vai embora. Perante o silêncio sepulcral do presidente (que quis assumir o futebol), do director desportivo e do gestor do balneário.

Varandas, Viana e Beto deviam, a essa hora, estar a jogar à lerpa com o doutor Zenha. Com uma deselegância sem par perante o técnico cessante, o plantel e a própria massa adepta leonina. Como se esta lhes fosse olimpicamente indiferente.

{ Blogue fundado em 2012. }

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