Só nos faltava esta
Morita dispensado da selecção japonesa por ter contraído nova lesão. Ou ter recaído da lesão anterior, já nem sei.
O que mais nos irá acontecer?
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Morita dispensado da selecção japonesa por ter contraído nova lesão. Ou ter recaído da lesão anterior, já nem sei.
O que mais nos irá acontecer?
Derrota normal do Sporting em Alvalade embora por números exagerados perante um dos grandes ingleses, que não compromete os objectivos na Champions, que não deixou divorciar a bancada da equipa, mas que aborrece grandemente pela péssima primeira parte.
Francamente não me recordo de jogo algum em que Gonçalo Inácio ao minuto e meio de jogo já tenha oferecido três oportunidades claras de golo ao adversário. Que até ao intervalo, além dessas, tenha feito mais quatro intervenções falhadas embora menos graves. Com Maxi na ala do mesmo lado ainda em fase de aprendizagem, a falhar em posicionamentos e nas bolas paradas, e perante uma ala direita poderosa do Arsenal, mesmo com um Morita em regime de trabalhos forçados, foi um calvário até ao intervalo e o 0-3 era justo para o futebol apresentado.
Na 2.ª parte o Arsenal não abrandou a pressão mas o Sporting fez pela vida e depois dum remate perigoso de Morita que o guarda-redes contrário defendeu para canto, o tal pior em campo da 1ª parte marcou. A partir daí foi um jogo aberto com oportunidades claras para os dois lados. O Arsenal marcou as deles, o Sporting todas falhou, incluindo um remate na trave de Gyökeres. O resultado de 5-1 acaba por penalizar o desperdício ofensivo do Sporting na 2.ª parte.
João Pereira perde em casa por 1-5 na sua estreia na Champions, exactamente como tinha acontecido com Amorim anos antes frente ao Ajax, que não se compara com o Arsenal.
Que responsabilidade teve na derrota? Desde o modelo de jogo, ao onze inicial e mesmo às substituições, foi tudo "Amorim", no bom e no mau. Só sem a sorte que o criador da coisa teve contra o Man.City.
Agora claro que tudo pode ser posto em causa, que em vez do João Pereira devia ter vindo o Ancelotti, que devia ter sido chutão na frente em vez de sair a jogar pelos defesas, que deviámos ter jogado com três médios, que o Matheus Reis devia ter jogado em vez do Maxi, que deviamos ter feito como o Laje em Munique, 11 atrás da bola e só perder por 1-0, etc
Eu quero crer que perdemos um jogo mas (re)ganhámos a equipa depois da enorme perda que foi a saída de Rúben Amorim e todas as implicações da mesma que mexeram mesmo com a cabeça de alguns jogadores, Gonçalo Inácio à cabeça. Uma equipa unida, uma equipa oleada, uma equipa focada, ciente dos seus pontos fortes e das suas limitações. Com João Pereira a estar ao lado da solução e não do problema. Com o "lesionado crónico" St. Juste a ser um defesa de eleição. Os próximos jogos dirão se é assim ou não.
Melhor em campo? Morita, fez um trabalho incrivel a tapar buracos. Depois dele St.Juste e Quenda estiveram bem na ala direita, Hjulmand também se fartou de trabalhar no centro, Trincão e Gyökeres sem sorte a atacar, Diomande sem sorte a defender. Os suplentes que entraram pouco acrescentaram.
Arbitragem? O Arteta "mamou na teta", fez o que quis deste polaco. Cada fora ou canto demoravam minutos a serem marcados até o amarelo surgir ao guarda-redes e o fora mudar de mão já a meio da 2.ª parte, Diomande vê um amarelo sem ninguem perceber porquê e openálti é "à Taremi". O Arteta nada tem que ver com Guardiola, é um treinador da laia do Conceição, manhoso e trapaceiro. Tenho de ver se na Premier League proporciona também estas palhaçadas.
E agora? Não é preciso mexer no onze inicial para ganhar tranquilamente ao Santa Clara. A qualidade está lá, a confiança será outra e a sorte também.
PS: Entretanto o nosso misto sub19, desfalcado do João Simões que jogou em Alvalade, e a jogar no mesmo modelo de jogo 3-4-3 da A, derrotou na YouthLeague este mesmo Arsenal por 3-0 em Alcochete e segue em 2º lugar. Afinal, formar nas derrotas sempre funciona.
SL
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Estoril-Sporting por quatro diários desportivos:
Morita: 27
Geny: 26
Trincão: 26
Matheus Reis: 25
Maxi Araújo: 22
Debast: 22
Daniel Bragança: 21
Morten: 21
Diomande: 21
Nuno Santos: 21
Gonçalo Inácio: 20
Gyökeres: 20
Israel: 20
Harder: 19
Quenda: 12
Eduardo Quaresma: 6
A Bola e o Record elegeram Geny como melhor em campo. O Jogo e o Zerozero destacaram Morita.
Grande 1,ª parte do Sporting ontem na Amoreira, manietando completamente o adversário num jogo posicional de autor, marcando dois golos e desperdiçando mais dois ou três, tudo isto com um Gyokeres em sub-rendimento.
Segunda parte bem diferente. A deslocação a Eindhoven começou a ficar na cabeça de muitos, a bola deixou de circular como antes e o Estoril começou a ficar confortável no jogo.
Ainda tiveram meia oportunidade de golo mas uma tripla substituição no Sporting tudo fez voltar ao normal: oportunidades de golo a sucederem-se e grande golo de Bragança, um dos que começaram no banco.
Melhor em campo? Morita, o samurai recuperou do "jet-lag".
Arbitragem? Impecável. O CA/Apaf que explique as bolas na mão versus as cores das camisolas dos potenciais beneficiários das mesmas.
E agora? Um enorme desafio em Eindhoven, a equipa campeã dos Paises Baixos, muito sólida e rotinada, joga em casa, não vamos ter nem Pote nem Edwards, vai ser muito complicado.
PS: Perguntaram ao Catamo: Mas então o que correu mal na 2 parte ? Respondeu ele que as análises eram com o mister e o staff, ele estava focado era no próximo jogo. E assim se percebe porque alguns conseguem e outros não.
SL
É chegada a hora de revelar o segredo e a razão da manifesta excelência da equipa do Sporting.
Como é possível que Morita se tenha transformado num Toyota: sem nada de espectacular, mas de uma eficácia, fiabilidade e duração tremendas?
Por que razão um fedelho de 17 anos como Quenda parte para cima do temível Galeno olhos nos olhos e mete-o no bolso?
O que faz com que Catamo se tenha especializado em estocadas fatais, na época passada contra o slb, ontem contra o fcp?
Qual o segredo da vitalidade de Gyökeres que lhe permite no final do jogo correr uns 30 metros com a bola à frente da defesa do fcq arrastando-o consigo, só sendo parado em falta?
Como é que Hjulmand grangeou tanta autoridade em tão pouco tempo?
Tudo isto é assim porque desde meados da época passada compro sempre um isqueiro verde antes do jogos na tabacaria do metro. Há aqui uma óbvia relação causa/efeito que relativiza a importância do treino, o acerto da dinâmica colectiva e a sofisticação táctica do Sporting. Só não funciona ainda com Trincão, mas pode ser que tal como o ano passado comece a influencia-lo lá para Fevereiro.
É escusado continuarem com especulações de treinadores de bancada que tudo sabem e nada percebem. É o meu talismã infalível e mais nada.
Exibição de luxo do Sporting ontem no magnífico estádio do Algarve, especialmente na 1.ª parte. Resultado final: 5-0, sem necessidade nenhuma dum penálti forçado.
O 3-4-3 / 4-4-2, conforme Trincão e Quenda se movimentavam no campo, propiciou um tikitaka à moda de Guardiola, jogadores muito juntos em combinações constantes, reacção imediata à perda, sem deixar o adversário pensar e criar situações de perigo. O resultado ao intervalo só pecava por escasso, Gyökeres parecia não estar nos seus melhores dias.
Veio a 2.ª parte, o Farense quis atacar, o que Gyökeres muito agradeceu, e encaixou mais três, podiam ter sido cinco ou seis.
Muito forte o Sporting para este Farense, que nunca conseguiu causar mossa na defesa do Sporting, Diomande, Morita e Bragança, com Pote e Trincão sempre por ali, constituíram um eixo central de alto rendimento.
Melhor em campo? Morita, o maestro de olhos em bico.
Arbitragem? Melhor do que o costume deste arrogante árbitro, que deixou jogar. O penálti foi tão forçado como a pseudo-falta do Quaresma no clássico do ano passado. Se fosse um defesa do Porto marcava aquele penálti? Só em sonhos.
Depois poupou um jogador do Farense à expulsão.
E agora? Ganhar ao FC Porto, mesmo com o Pinheiro ou o Veríssimo a apitar.
SL
Grande noite do Sporting hoje em Alvalade. As bancadas quase cheias de adeptos com camisolas de todas as épocas e de todos os gostos (muitas daquelas de que alguns não gostam mas que se vendem como pipocas), despedida sentida do grande capitão Coates, homenagem merecida a outro grande capitão, Manuel Fernandes. Uma bela 1.ª parte em que dominámos completamente o quinto classificado do campeonato espanhol. Uma 2.ª parte onde com tanta substituição o resultado foi de somenos importância.
Gostei muito da 1.ª parte do Sporting. Um 3-4-3 ainda mais assimétrico do que na época passada que muitas vezes se tornava num assumido 4-2-4. Quenda projectava-se no corredor direito enquanto Catamo assumia a posição de lateral esquerdo e Quaresma a de direito. Um duplo-trinco com capacidade de trabalho incrível, quer na saída a jogar quer na compensação dos adiantamentos dos alas.
Depois disso, um tridente ofensivo verdadeiramente letal. Recuperada a bola, era pôr num deles para o perigo ser iminente. Futebol mais parecido com o da primeira época de Rúben Amorim, caracterizado por contra-ataque letal, do que com a quarta, feita sobretudo de controlo do jogo e rotação de bola costa a costa ao jeito do andebol.
Quaresma-Debast-Inácio estiveram muito bem nesse período. Debast esteve tão bem que já não sei qual vai ser a decisão de Amorim sobre a posição central. Diomande-Debast-Inácio ou Debast-Diomande-Inácio? Quaresma está lá depois para o que for preciso.
Huljmand e Morita partem à frente de Bragança e Mateus Fernandes neste modelo de jogo, porque têm leitura de jogo incrível, tanto correm para trás como correm para a frente, metem o pé e ganham o lance. Não é mesmo o caso dos segundos, nem têm físico para o efeito. Mas são um regalo com a bola controlada a correr frente à defesa contrária.
Catamo é uma alternativa válida ao Nuno Santos na ala esquerda ? Acho que sim, cada um deles tem capacidade de centro e de remate a partir da esquerda.
Quenda é solução para a ala direita? Assim ele queira, porque Fatawu e Plata não quiseram. Ele tem tudo para vingar, veja-se o primeiro golo do Sporting e o remate ao poste. O resto a equipa trata, ou seja jogar pela esquerda para a bola lhe chegar com terreno livre à sua frente.
Pedro Gonçalves, Trincão e Gyökeres começam a época em grande forma e entendem-se às mil maravilhas. Os tempos dum Trincão a fintar de olhos fechados estão ultrapassados. Edwards? A capacidade está lá, não vale a pena vender a pataco porque vale o dobro do que um Jota Silva qualquer. Falta o segundo ponta-de-lança peitudo e rompedor. Rodrigo Ribeiro ou Nel podem fazer o papel do terceiro.
No final foi 3-0 contra um Atlético de Bilbau de má memória para mim, que fui a Bilbau no tempo do Sá Pinto. Da formação de Alcochete jogaram Quaresma, Inácio, Bragança, Quenda, Catamo, Muniz, Rodrigo Ribeiro e Mateus Fernandes, prova do grande trabalho de Amorim ao apostar na formação. A verdade é que nenhum deles desiludiu.
A única desilusão veio dum jogador que me lembra o Cancelo, que pode vir a ser melhor do que o Cancelo, que tem um perfil físico invejável para um lateral, mas que por agora quase não consegue ganhar um lance de disputa de bola nem fazer um passe com sucesso. Não é difícil descobrirem quem é. Probema mental? parece.
Melhor em campo? Morita. Samurai. Oxalá a selecção do Japão meta férias por uns tempos.
Quem não foi a jogo dos apresentados? Vários, mas Essugo e Esgaio parecem estar de saída, por empréstimo ou não.
SL
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre MORITA:
- José Navarro de Andrade: «Esse samurai de abnegação.» (19 de Agosto)
- Pedro Boucherie Mendes: «Educado e correto, Morita sozinho, também não chega.» (1 de Outubro)
- Luís Lisboa: «Morita, Hjulmand, Bragança... As rotinas tardam a entrar, um não chega, dois são demais e é preciso recuar o Pedro Gonçalves. Médio centro, precisa-se. Com urgência.» (5 de Outubro)
- Eu: «Um dos melhores em campo, naquele estilo de formiguinha, muito útil para o colectivo leonino. Basta dizer que teve participação em dois golos. Foi ele a centrar no primeiro e a assistir no terceiro.» (27 de Fevereiro)
Nas semanas mais próximas, abrangendo já esta 16.ª jornada do campeonato nacional de futebol, não poderemos contar com três dos nossos habituais titulares: Diomande, Geny e Morita. Ausentes ao serviço das respectivas selecções (Costa do Marfim, Moçambique e Japão) no Campeonato Africano das Nações (de 13 de Janeiro a 11 de Fevereiro) e na Taça Asiática (de 12 de Janeiro a 10 de Fevereiro).
Fica a pergunta aos leitores do És a Nossa Fé: na ausência deles, que jogadores devem assumir a titularidade no onze leonino?
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Portimonense-Sporting, pelos três diários desportivos:
Morita: 19
Adán: 18
Gyökeres: 18
Nuno Santos: 17
Paulinho: 17
Pedro Gonçalves: 16
Eduardo Quaresma: 15
Edwards: 15
Matheus Reis: 15
Geny: 14
Diomande: 13
Neto: 12
Daniel Bragança: 11
Esgaio: 7
Trincão: 1
O Record e O Jogo elegeram Morita como melhor em campo. A Bola optou por Gyökeres.
Creio que o jogo é marcado pela excelente disponibilidade física dos 10 do Farense. Aguentaram os quase cem minutos com uma energia tal que até parecia que podiam começar outro jogo logo a seguir. Parabéns! Quem me dera ter aquele potência quando corro na passadeira...
O Sporting continua a jogar de forma enervante (para o adepto). Devagarito a sair, alas a tentar acelerar, muita movimentação na área, pouca eficiência. O primeiro golo é um brinde do defesa do Farense, o segundo inventado por Pote e o terceiro sacado por Edwards.
Tenro como um pastel, Huljamand não é Palhinha, ainda se está a adaptar ao nosso futebol, creio que não será o patrão que todas as equipas grandes portugueses necessitam. Educado e correto, Morita sozinho, também não chega. Bragança é de um tempo de outro futebol.
Sobre o refilanço dos rivais. Quem com ferros coiso, com ferros coiso. O ambiente geral do futebol português, em que qualquer falta (repito, qualquer falta) é refilável para sacar amarelo ao adversário e qualquer lance (repito, qualquer lance) na grande área é refilável para sacar penalti, dão nisto. A competitividade está transformada num ódio que as bancadas fazem crescer para os jogadores e vice-versa. Pela televisão, quantas vezes não vimos os bravos e inesgotáveis jogadores do Farense com cara de quem disputa uma guerra?
Certos rivais, que gostam e adubam estes contextos, não gostam que de ser só eles a beneficiar do ambiente de guerrilha, de um futebol que mais parece estar a ser jogado no pátio de uma cadeia como nos filmes.
De uma vez por todas, creio que devemos uma palavra aos árbitros e aos VAR. Ninguém consegue ser competente quando os 22 em campo se esforçam no sentido de enganar os árbitros e subjugar os adversários com todo o tipo de estratagemas, simulando quedas e agressões em qualquer lance de contacto.
Foram os melhores 45 minutos desta época, mesmo sem a enorme qualidade do sueco ponta de lança, muito pelas extraordinárias prestações de Edwards e Morita. Os dois golos foram pouco para o completo controlo do jogo e as oportunidades criadas, mas o de longe melhor jogador do plantel e essencial no jogo de compensações com a dupla do meio-campo, Pedro Gonçalves, estava naqueles dias em que podia chutar 50 vezes sem acertar na baliza. Isto contra um Rio Ave que ainda há pouco tempo esteve a ganhar ao Porto até quase aos 90 minutos e foi preciso o árbitro inclinar o campo para perder o jogo.
Veio a 2.ª parte, veio o desgaste da jornada europeia, veio um golo invalidado ao Rio Ave que podia ter complicado as coisas, vieram as substituições que enfraqueceram o onze, Pedro Gonçalves continuou a falhar e Paulinho encontrou a sua vertente de santo, em vez de marcar o seu segundo golo resolveu tentar "ressuscitar" o no momento "morto" Trincão, com péssimos resultados, nem marcou nem o Trincão "ressuscitou". Que se passa com o talentoso internacional A por Portugal, que passou pelo Barcelona e pelo Wolves, para dar a triste imagem que deu ontem em Alvalade? Qual será o melhor remédio ? Não faço ideia.
Sou completamente contra o bullying através das redes sociais aos jogadores. Alimentar ódios aos jogadores para além do que são os gostos e apreciações de cada um sobre o valor dos mesmos, é como cuspir na sopa que se come. Quem andou no tiro ao alvo ao Paulinho descobre agora que é um dos melhores marcadores do campeonato. Quem andou a gozar com o "soneca" descobre agora que foi o melhor em campo, com um golo simplesmente genial.
Foi o Paulinho, depois o Esgaio, depois o Edwards, agora o Trincão, um dos melhores jogadores da época passada e que atravessa um péssimo período, quando nada sai bem. Quem é do Sporting só pode mesmo apoiar o rapaz. Tudo o resto é de andrade ou lampião. Mas se querem ser isso, estão à vontade para irem para lá bater palmas aos craques que custaram mais e renderam metade do que o Trincão.
No final do jogo veio o pior: a lesão de Diomande nem ele sabe porquê, depois uma entrada sobre Morita que o deixou combalido. Com Gyökeres no banco, são três jogadores que estavam em grande forma a ter uma semana complicada em vésperas da visita ao Farense.
Melhores em campo? Edwards e Morita, um no primeiro tempo, outro no segundo. Morita e Huljmand, enquanto não fraquejam fisicamente, fazem um meio-campo de excelência, como se viu ontem na primeira parte.
Algumas notas finais.
1. Para a Juveleo, que desta vez esteve impecável no apoio à equipa, reconhecida pela mesma no final. Todos teriamos a ganhar se a claque controlasse a javardice criminosa de alguns lá dentro que certamente se sabe quem são (ainda agora na Áustria tentaram que o Sporting fosse punido pela UEFA e que não existam adeptos leoninos no próximo jogo fora, penso que na Polónia) e que encontrasse uma forma de convivência com a Direcção eleita no Sporting. É óbvio que o Sporting precisa duma Juveleo forte e entusiástica, e que a Juveleo precisa do Sporting. E que se ultrapasse de vez o triste e vergonhoso episódio do assalto a Alcochete, onde diferentes membros da claque, incluindo um ex-lider, estiveram envolvidos.
2. Para o árbitro, do qual tinha a pior opinião a partir dos jogos em que apitou o Sporting e em que se mostrou um palhaço presunçoso. Desta vez, mesmo mal auxiliado, esteve quase impecável num estilo europeu bem diferente dos APAFs do costume, e dos Duartes Gomes do comentário e putativos candidatos a qualquer coisita. Deveria ter sido o VAR a alertá-lo para a expulsão do Ventura naquela entrada sobre Morita.
3. Para a hora do jogo, 20h15m, demasiado cedo para um dia de semana em Lisboa. Demorei cerca de 1h25m a fazer 20kms, estacionar a quase 2kms, e andar o resto. E a prova é que já o Sporting tinha marcado e ainda havia quem andasse a subir as bancadas para se sentar. Mesmo assim, quase 34 mil em Alvalade numa segunda-feira à noite, vitória clara para o Sporting, cânticos para o Paulinho, cânticos para Amorim, uma noite em cheio.
SL
O fim de semana de jogadores Sportinguistas ao serviço das selecções foi excelente, tanto que acho que merece um pequeno destaque.
Tivemos várias estreias, nomeadamente as de Diomande e Hjulmand nas selecções A da Costa do Marfim e Dinamarca, respectivamente, e de Dário Essugo e Mateus Fernandes nos nossos sub-21.
Em termos de destaques individuais, Morita foi titular na vitória do Japão por 4-1 à Alemanha, Gyökeres marcou pela Suécia e Geny Catamo fez uma assistência por Moçambique.
Também as selecções portuguesas de sub-20, sub-19, sub-18 e sub-17 jogaram todas nos últimos dias, e todas contaram com vários jogadores do Sporting, demasiados para estar a enumerar.
Tivemos ainda Gonçalo Inácio e Franco Israel, convocados mas não utilizados até ao momento.
Isto é tudo um indicador da atenção e valorização que vários seleccionadores dão ao Sporting.
Pode haver um seleccionador ou outro que valoriza mais os jogadores do campeonato saudita, ou de clubes que lutam para não descer de divisão em Inglaterra ou até jogadores que não jogam pelos seus clubes, mas isso é uma gota no oceano de jogadores que o Sporting fornece às selecções e não merece a nossa atenção.
Por mim mandava repetir o jogo.
A vitória acabou por ser manhosa e ainda por cima com um golo bem bonito, mas marado. É que daqui a uma semana, ou um mês, talvez ganhássemos por margem mais justa e confortável. Porque de certeza que Gyökeres e Paulinho vão afinar cada vez mais a capacidade de enlouquecerem as defesas contrárias; Edwards pode já ter aprendido o que é uma assistência; Inácio pode ter evoluído para só falhar 1 passe em 3, e não 4 em 5; Sua Eminência o Cardeal Pote talvez já tenha vontade de jogar, mesmo na posição que tanto pediu e em que nada faz. Por seu lado esse samurai de abnegação que é Morita já não precisa de acorrer a todas e poderá estabilizar o seu jogo e Hjulmand já terá desenvolvido a segurança, bom posicionamento e simplicidade de passe que demonstrou.
Foi comovente ver a excitação do locutor - acho que agora se diz "jornalista" - da SporTv com a bota branca, não se calava com a bota branca que via despontar atrás do defesa Casa Pia, como se tivesse detetado o maior crime lesa futebol da história do dito. Quem ligar futuramente para esse caneiro decrépito que diga se irão ser tão veementes com outros erros de arbitragem decisivos.
Eh pá repitam lá o jogo, a ver se para a próxima consigo arranjar bilhete.
O Sporting foi a Rio Maior conquistar uns merecidos 3 pontos perante uma equipa do Casa Pia muito bem treinada, com grande intensidade de jogo, e que não vai ser pera-doce para ninguém.
Para este jogo Rúben Amorim apostou na dupla de médios que muito tinha deixado a desejar na segunda metade do jogo com o Vizela, e se Pedro Gonçalves foi massacrado com cargas e faltas e passou ao lado do jogo, Morita fez uma das melhores exibições que lhe vi com a camisola do Sporting, se calhar ao nível de Turim. Depois, quando entrou Hjulmand a fazer o que um 6 tem de fazer em benefício da defesa, logo pensei que o problema do meio-campo está resolvido e muito bem resolvido.
Apostou também numa dupla de avançados, Paulinho e Gyokeres, que também tem tudo para correr bem. O arrasto de um é a oportunidade de outro, e com isso a defesa contrária fica ali com muito para resolver. E a equipa contrária muito condicionada.
Na defesa Coates fez um jogo de sofrimento, pouca coisa lhe correu bem, mas teve em Diomande e Inácio fiéis escudeiros.
Nas alas nenhum dos quatro utilizados se destacou pela positiva ou pela negativa.
Edwards e Trincão continuam em pré-época.
Sobre a arbitragem, um golo a favor do Sporting pelos vistos mal validado, um penálti por assinalar a favor do Sporting, uma carga ofensiva mal assinalada na jogada que deu o golo contrário, amarelos por mostrar aos jogadores do Casa Pia, dizer o quê ? E depois do comunicado do CA APAF, que descobriu que o primeiro erro grosseiro de todos os tempos das linhas de fora de jogo colocadas pelo VAR afinal beneficiou o Sporting? Afinal a Carolina Salgado era virgem quando o Pinto da Costa a descobriu no Calor da Noite? Só pode.
SL
Há que chegar à conclusão que Trincão é estúpido, pois só um estúpido insiste em fazer sempre a mesma coisa à espera de um resultado diferente. Ou que ao fim de um ano não tenha aprendido a fazer mais outra coisa além daquela que faz sempre.
Há que suspeitar do estado de espírito de Pote: será que vamos ter de aturar os seus ciúmes toda uma época, como há 2 anos com Sarabia, por não ser a vedeta da equipa?
Há que temer a evolução de Inácio: passa cada vez pior (gorando a sua eventual evolução para trinco), está cada vez mais lento, é cada vez mais analfabeto a ler o jogo.
Há que receitar tranquilizantes a Reis, desde a pré-época que anda sobre brasas, instável e refilão, cada vez mais inseguro.
Tirando Gyökeres da equação vieram ao de cima todos os defeitos do Sporting do ano passado. E se o sueco foi genial, há que fazer a vénia a Morita, que se desdobra a cumprir missões para que não está inteiramente talhado, e Diomande cada vez mais seguro.
PS: comentários em tom insultuoso seja para quem for não entram.
O que escrevemos aqui, durante a temporada, sobre MORITA:
- Luís Lisboa: «Legítimo sucessor de Bruno Fernandes e Matheus Nunes.» (1 de Outubro)
- Edmundo Gonçalves: «Foi o nosso melhor, hoje. Levou o prémio de homem do jogo merecidamente.» (2 de Fevereiro)
- Eu: «O sucessor de Matheus Nunes (até com mais golo) é Morita, cada vez duvido menos.» (21 de Março)
Morita, dínamo da nossa equipa com exibição de luxo contra a Juventus em Turim
Foto: Marco Bertorello / AFP
Gostei muito da nossa grande exibição em Turim. Neutralizámos a Juventus na primeira parte, vulgarizando-a. A histórica equipa italiana - vencedora de duas Ligas dos Campeões e 36 vezes campeã do seu país - mal conseguiu sair da sua área, empurrada pelos nossos jogadores em constante posse de bola e domínio claro nos dois corredores, com Esgaio a deter Chiesa e Nuno Santos a pôr Cuadrado em sentido. No primeira metade do segundo tempo, até por opção táctica após o empate a zero que se mantinha ao intervalo, a partida esteve equilibrada, mas com o Sporting a manter mais posse, a construir mais oportunidades e a beneficiar de mais cantos. O jogo terminou, após terem-se escutado assobios das bancadas à turma liderada por Massimiliano Allegro, com a vecchia signora toda remetida à sua área, como equipa pequena, sob pressão intensa do onze leonino.
Gostei das exibições de vários jogadores. Com destaque muito especial para Morita, que parecia ocupar o campo inteiro. Sem Ugarte, ausente por castigo, o internacional japonês foi dono e senhor da zona intermédia, cortando numerosas iniciativas de construção atacante dos italianos, mas também se assumiu como médio criativo, aparecendo com frequência em posições mais adiantadas, e funcionou como pronto-socorro em missões defensivas: calou de vez aqueles que ainda suspiram por Matheus Nunes. Também gostei de Coates, irrepreensível como patrão da defesa (até no lance do golo que sofremos) e a mandar a equipa para a frente, dando ele próprio o exemplo. Nuno Santos esteve em grande nível, Pedro Gonçalves foi batalhador do princípio ao fim em duas posições diferentes e Arthur voltou a dar sinais de ser um elemento positivo ao saltar do banco. Sem esquecer a extrema mobilidade de Trincão, disponível como nunca para apoio à defesa, algo que ainda não lhe tínhamos visto.
Gostei pouco das excelentes oportunidades de golo que desperdiçámos na noite de anteontem. Umas por mero azar, algumas por imperícia no momento da decisão e outras tantas devido a grandes defesas dos dois guarda-redes da equipa anfitriã presentes neste desafio dos quartos-de-final da Liga Europa - primeiro o polaco Szczesny, depois o italiano Perin. Contei oito: Morita aos 19', Coates aos 29', Pedro Gonçalves aos 30', Nuno Santos aos 33', Pedro Gonçalves aos 47', Morita aos 89', Pedro Gonçalves e o reaparecido Bellerín em sequências do mesmo lance, aos 90'+1. As duas últimas, sobretudo, foram de bradar aos céus: disparos à queima-roupa a curtíssima distância da baliza e com o guarda-redes em desequilíbrio. Devemos a nós próprios não ter saído de Turim com um empate ou até com uma vitória folgada. Viemos de lá com uma derrota tangencial (1-0), mas mantêm-se em aberto as expectativas para irmos às meias-finais.
Não gostei da troca de Nuno Santos, que estava a ser um dos nossos melhores, pelo trapalhão e desastrado Matheus Reis. Incompreensível decisão de Rúben Amorim - que esteve muito bem em quase tudo o resto, começando pela leitura minuciosa da equipa adversária - assumida aos 62', quando o 0-0 inicial se mantinha. Nuno saiu visivelmente insatisfeito e compreende-se porquê. Tinha a noção clara de que estava a desempenhar muito bem a missão, municiando o ataque a partir da ala esquerda e tentando também ele o golo, com os italianos postos em sentido. A nossa equipa piorou com o brasileiro em campo.
Não gostei nada de Adán. Após a brilhante exibição em Londres, frente ao Arsenal, o guarda-redes volta a prejudicar a equipa - como já tinha feito nas duas partidas da Liga dos Campeões, contra o Marselha, no jogo inicial do campeonato, no estádio do Dragão, e na final da Taça da Liga, entre outros jogos. Agora com uma saída em falso, abandonando a baliza numa tentativa falhada de socar a bola sem estar sequer sob forte pressão adversária, permitindo o golo de Gatti (73'). Estes lapsos em momentos decisivos começam a ser demasiado frequentes, ao ponto de se tornar necessário prepararmos desde já um sucessor para o espanhol na baliza leonina.
Depois duns dias bem longe, onde apesar de em diferido consegui ver os jogos pelo site TV da minha operadora, tenho finalmente algum tempo para voltar aos posts.
Sobre o jogo de ontem os dois Pedros já debateram quase tudo. Banzai, Banzai, Banzai!!!
Fica apenas a nota do ponta de lança. Parece que para alguns o Chermiti foi o culpado da derrota, se tivéssemos um ponta de lança a sério tínhamos ganho aquilo.
Ora bem. Em Outubro de 2017 tínhamos um mesmo a sério, o Bas Dost, gostava imenso dele. E fomos (eu também) a Turim com Jorge Jesus ao comando da equipa perder com esta mesmo Juventus (Allegri incluído, Cuadrado também) por 1-2, num jogo em que marcámos de chouriço/autogolo, e depois fomos defendendo e defendendo até à derrota final. Dominio total da Juve. Remates enquadrados fizemos um, não sei se foi do Bas Dost.
Ontem o domínio foi nosso, remates para golo tivemos meia dúzia. Chermiti fez um trabalho de sapa muito importante para libertar os três baixinhos lá na frente.
Claro que nesse tempo os seguidores devotos do grande timoeiro tudo engoliam, desde logo o que o grande mestre da táctica debitava no seu pre-tuguês, enquanto agora reduzem a Juve a um Chaves qualquer na sua Arena. Acabar por perder o jogo devido a duas falhas individuais claras nas duas áreas já é motivo para caça às bruxas.
Falando por mim, sem Ugarte nem Paulinho, com jogadores vindos de jogos pelas suas selecções no outro lado do mundo, com lesões, doenças e "ramadões", nunca pensei assistir a tamanho desempenho.
Só posso ter orgulho nesta equipa e neste treinador. Chermiti incluído.
Em Alvalade, na quinta-feira, lá estarei confiante na ultrapassagem da eliminatória mas bem ciente da capacidade competitiva desta Juventus.
Até porque Porto e Benfica ja sentiram o veneno do Inter e o Braga sentiu o mesmo da Fiorentina.
SL
Por curiosidade, aqui fica a soma das classificações atribuídas à actuação dos nossos jogadores no Juventus-Sporting, da Liga Europa, pelos três diários desportivos:
Morita: 21
Coates: 19
Nuno Santos: 17
Pedro Gonçalves: 17
Trincão: 16
Arthur: 15
Diomande: 15
Edwards: 15
Esgaio: 15
Gonçalo Inácio: 15
St. Juste: 14
Chermiti: 14
Bellerín: 13
Dário: 13
Matheus Reis: 12
Adán: 11
Os três jornais elegeram Morita como melhor em campo.
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