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És a nossa Fé!

Os nossos ídolos (36) - Miguel Maia

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O voleibol estará longe de ser uma modalidade mediática em Portugal, mas poucos não terão ouvido falar em Miguel Maia. Um daqueles raros casos em que alguém se torna figura maior no universo que o rodeia. Sem exagero, direi que Miguel Maia estará para o Voleibol como Amália Rodrigues para o fado.

Desportista de eleição, o valoroso atleta nascido em Espinho a 23 de Abril de 1971 consagrou-se no voleibol de pavilhão e voleibol de praia, alcançando uma impressionante colecção de títulos individuais e colectivos, que o tornaram mundialmente conhecido e respeitado. Apesar de ter conquistado a maioria dos títulos ao serviço do Sporting de Espinho, no Sporting Clube de Portugal conquistou quatro campeonatos nacionais, uma taça de Portugal e duas supertaças, o que não é coisa pouca, principalmente se levarmos em conta que envergou o número 8 da verde e branca "apenas" durante cinco épocas. Convém não esquecer que durante grande parte destes anos o Sporting não manteve actividade na secção de voleibol. O último título nacional foi obtido na época 2017/2018 com a idade de 47 anos e até hoje ainda não terminou a carreira. Será que ainda vamos ter Miguel Maia na quadra aos 50 anos?

É justo deixar uma referência à Académica de Espinho que o formou, pela qual também conquistou uma taça e um campeonato, feitos históricos que a agremiação até hoje jamais logrou repetir.

À enorme classe que sempre demonstrou na posição de distribuidor, Miguel Maia acrescenta uma intensidade competitiva fora do comum, possuindo ainda um serviço potente e colocado. Além do voleibol indoor, o espinhense notabilizou-se na vertente de praia, levando inúmeros portugueses ao rubro nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996 e Sidney 2000, quando, fazendo dupla com o amigo de infância João Brenha, ficou à beira da medalha, obtendo dois amargos, mas brilhantes, quartos lugares.

Miguel Maia não ocupa hoje apenas um lugar na história do voleibol, nem tão pouco na história do Sporting Clube de Portugal, está muito para além disso. É um desportista de eleição com lugar conquistado por mérito próprio no desporto nacional, sendo uma referência, um exemplo a seguir para as futuras gerações de jovens portugueses. Enquanto sportinguista, só posso estar grato por ter visto este enorme atleta envergando a nossa camisola com o leão rampante no peito.

Bem-haja, Luís Miguel Barbosa Maia.

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória

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Em entrevista, Miguel Maia revela como foi conquistado o título de campeão nacional de voleibol: "O orçamento do Benfica para o voleibol era o dobro do nosso. Ganhámos porque treinámos muito mais do que todos os outros." Eu juro que na próxima época punha a segunda frase em todos os balneários do Sporting. A começar pelo da equipa de futebol.

 

Fotografia: A Bola.

Miguel Maia, 47 anos, campeão nacional

"O presidente falou connosco ontem mais de uma hora, com todo o plantel. Ao contrário do que muita gente pensa - que o presidente é isto, que o presidente é aquilo - o presidente é um valente, uma pessoa com um coração enorme, uma pessoa que ama o Sporting, uma pessoa que esteve sempre connosco, principalmente nas alturas difíceis, e deu-nos uma força interior para conseguirmos e virar um resultado e conquistar uma vitória que parecia difícil".

"Isto é o Sporting: é ter coração, é lutar até ao fim e que isto seja extensível a todas as modalidades, nós estamos com todas as modalidades, gostamos de todas as modalidades e o Sporting tem de ser assim, todas as modalidades também estão connosco, estamos todos unidos e o Sporting é muito forte, é muito grande e demonstrou aqui hoje que será cada vez maior".

A melhor notícia do defeso

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Quando me iniciei no sportinguismo, início dos anos 90, o panorama era desolador. O Sporting não ganhava no futebol, no andebol, no basquetebol e no hóquei em patins. Mas nunca quebrei. E devo-o muito ao voleibol, a excepção à regra no universo leonino de então. Nesta modalidade, o Sporting era o campeão, dominando a concorrência, através de um conjunto muito forte, comandado pelo já na altura considerado melhor voleibolista da actualidade, Miguel Maia.

Ao cabo de 3 anos de leão ao peito, Miguel Maia e amigos continuaram a jogar pelo Sporting, só que o de Espinho, começando o de Lisboa a perder fulgor. Tal terá contribuído para que a modalidade fosse também contemplada na razia levada a cabo pela direcção de Roquette/Santana Lopes e que, hoje em dia, Bruno de Carvalho tenta reverter.

22 anos depois chega a notícia do regresso do voleibol ao elenco das nossas modalidades. Com o must de ter Miguel Maia a jogar de novo na nossa equipa. Que grande, grande alegria! 

{ Blogue fundado em 2012. }

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