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És a nossa Fé!

O dia seguinte

Desde o apito inicial do árbitro o Farense do Mota, velha raposa. disse ao que vinha. Pontapé para a frente, correrias e choques, que convidavam o Sporting a embarcar num futebol de "costa a costa". E o Sporting foi no engodo ainda mais quando deixou de ter a voz de comando do capitão Coates, com Morita e Huljmand bem perto do tridente ofensivo, e os lances de perigo a sucederem-se na área adversária. Surgiu o penálti e merecida expulsão, o Farense ainda mais insistiu no "kick and rush", veio depois o golaço de Pedro Gonçalves) e o resultado estava feito. Bastava recuar linhas, circular a bola, tapar caminhos sem cometer faltas e deixar Edwards e Gyökeres aproveitar o espaço atrás da linha de pressão do Farense.

Mas o que é que se viu? Reposição de bola em jogo tipo "rugby" pelo Farense, equipa a dormir, Huljmand a ser um anjinho e a ir na palhaçada do adversário. Amarelo, livre directo à entrada da área e remate indefensável dum dos maiores flops que entraram em Alvalade no tempo do Jorge Jesus.

O Sporting, mesmo assim a ganhar, fez o que nunca devia ter feito. Em vez de procurar serenar o jogo, recuando os médios e circulando a bola pelas laterais obrigando o Farense a desposicionar-se, voltou ao registo inicial, os dois médios bem avançados, a tentar matar as saídas do Farense à nascença e resolver o jogo. Por pouco o mesmo Huljmand não viu o segundo amarelo, por uma entrada completamente escusada em zona avançada do campo. Já no final do primeiro tempo Edwards foi sofreu um empurrão com o braço e não com o ombro em plena área do Farense que podia ter dado o penálti que acabou por surgir no final dum lance se calhar menos óbvio.

 

Huljmand tinha de sair e saiu, esperava-se Bragança, entrou Paulinho para com Gyökeres amarrar os defesas contrários e dissuadir as correrias desde trás. A equipa começou bem a segunda parte, com calma, circulando a bola, criando oportunidades sem as conceder ao adversário. O jogo estava tão controlado que Nuno Santos, depois de ter aquecido as mãos ao guarda-redes adversário, quis ganhar o prémio Puskas do pontapé de bicicleta do ano, que o jogador adversário bem aproveitou para a palhaçada da ordem, cartão amarelo, livre frontal e outro grande golo de Mattheus Oliveira.

Tal como aconteceu com o Vizela, dum jogo completamente ganho, passámos a ter de voltar a marcar contra um adversário com menos um jogador mas com a moral no topo. E voltámos ao descontrolo do primeiro tempo, muita vontade e pouco discernimento, com oportunidades para marcar mas também a permitir contra-ataques que poderiam dar um "hat trick" ao Mattheus. E só com uma enorme defesa do Adán isso não aconteceu. Finalmente entrou Bragança para demonstrar mais uma vez que não tem estofo físico para estes jogos, logo fez uma falta escusada que originou mais uma oportunidade para livre directo que felizmente Mattheus Oliveira resolveu endossar a um companheiro que rematou para a bancada.

Já o jogo se aproximava do final e o empate parecia inevitável, quando Edwards fez mais um dos seus slaloms pela área adversária e o ex-Porto deixou para trás a perninha marota que o derrubou. Lá veio o penálti que Gyökeres, uma vez mais, não desperdiçou.

 

Tudo somado, o Sporting pôs-se a jeito para deixar pontos no São Luís, muito por culpa da falta de voz de comando dentro do campo depois da saída do capitão Coates. Nem Inácio, nem Morita, menos ainda Huljmand o substituiram nesse aspecto. Com as incidências do jogo a equipa foi sendo cada vez menos inteligente, sempre a jogar na sofreguidão e a ir no jogo que mais convinha a um adversário em inferioridade numérica mas a jogar no seu pequeno campo e com os seus vibrantes adeptos.

Grande jogo deste Farense. A jogar assim vai ser mesmo muito difícil para qualquer equipa passar no São Luis esta época.

Mas o futebol que serve os interesses do Farense não é o mesmo que serve os interresses do Sporting. Ontem faltou muita inteligência ao futebol do Sporting.

E agora? Desfrutar do primeiro lugar na Liga, concentrar na recepção à Atalanta. 

Melhor em campo? Gyökeres, por ter marcado exemplarmente os dois penáltis.

SL

Mattheus Oliveira

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Chama-se Mattheus Oliveira. Muitos sportinguistas já nem devem lembrar-se de quem se trata. Em Maio de 2017 foi anunciado como "reforço" do Sporting. Estava no Estoril antes de rumar a Alvalade.

«Podem esperar raça, entrega e vontade», prometeu ele à massa associativa leonina no momento de assinar o vínculo ao clube.

Traiu todas as promessas. Nem raça (seja lá o que isso for), nem entrega (excepto à preguiça), nem vontade (excepto a de receber dinheiro sem trabalhar).  

Está, portanto, há mais de quatro anos em Alvalade. Quase nunca jogou pela equipa principal. Fez apenas um golo de verde e branco. Uma perfeita nulidade.

 

Época após época, o Sporting tentou negociá-lo com outros emblemas, procurando encontrar uma solução de mútuo acordo para o futuro profissional do jogador - monumental erro de casting.

Em vão. Ele mostrou-se sempre decidido a levar até ao fim o contrato que o vincula ao nosso clube, até Junho de 2022.

O melhor que se conseguiu foi um empréstimo ao V. Guimarães, onde Oliveira fez 41 jogos em temporada e meia, com registo de quatro golos.

Não o quiseram por lá, veio devolvido.

Há um ano, novo empréstimo. Desta vez ao Coritiba, com magro pecúlio: 12 jogos, só um golito.

 

É um jogador tão irrelevante que nem contava com etiqueta autónoma neste blogue antes deste texto que finalmente lhe dedico. 

Escrevo agora sobre ele porquê?

Porque a SAD leonina pretende uma vez mais encontrar desfecho para este problema. Tendo chegado ao ponto de oferecê-lo a clubes gregos, como o PAOK ou o Panathinaikos. Sem qualquer sucesso, até agora.

 

Mattheus Oliveira é a imagem personificada da incompetência. E da gestão danosa ao nível das contratações.

Está há quatro anos na folha de pagamentos do Sporting. Tem um salário que ascende a um milhão de euros brutos anuais. Recebe como se jogasse, apesar de nenhum de nós se lembrar já do dia em que o vimos dar um toque na bola vestido com as nossas cores.

{ Blogue fundado em 2012. }

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