O quase impensável sucede: eis o Estrela da Amadora novamente na Liga 1, agora com nova designação: Clube Desportivo Estrela. Regressa após 14 anos de ausência e depois de ter sido declarado extinto em 2011. Vamos ver esta carismática equipa do distrito de Lisboa novamente entre os grandes. Tendo hoje o antigo internacional francês Patrice Evra no grupo de investidores que comprou 90% do capital da sua sociedade desportiva. Uma enorme incógnita.
O mesmo pode dizer-se, mas em sentido contrário, do Marítimo: desce à Liga 2 após 38 anos de permanência no escalão máximo do futebol português. Afunda-se, em larga medida, devido aos clamorosos erros de gestão ali registados. E apesar de receber generosos "incentivos" financeiros do Governo Regional da Madeira, que desta vez não lhe serviram para nada. Vai fazer companhia ao açoriano Santa Clara, também despromovido.
Enquanto uns choram, outros festejam. Entre estes últimos incluem-se os pouco numerosos mas vibrantes adeptos do Atlético, histórico emblema do futebol lisboeta. Que acaba de vencer o impropriamente chamado "Campeonato de Portugal" - assegurando deste modo o regresso à terceira divisão. Num historial que conta com 24 presenças no escalão maior, de que está ausente desde 1977.
Clube que parece sem recuperação possível é o V. Setúbal. Já foi um dos quase-grandes do futebol português, venceu três Taças de Portugal, andou em competições europeias e chegou a sonhar com o título de campeão nacional. Entregue a uma sucessão de dirigentes que aliavam a incompetência aos esquemas mafiosos, foi-se afundando ladeira abaixo até resvalar para um escalão não-profissional. Bateu no fundo, agora na quarta divisão do futebol. Consequência não apenas da trafulhice de quem passou pela estrutura do emblema sadino, mas também da cegueira dos sócios. Estas coisas pagam-se caras. Receio que seja um caminho sem regresso.
Dois dos nossos leitores acertaram em cheio no resultado do Sporting-Marítimo. Parabéns, portanto, a Luís Ferreira e Sea Lion, que anteciparam o 2-1 final.
Festa verde e branca no relvado quando Coates marcou o golo que fixou o resultado
Foto: Tiago Petinga / Lusa
Jogo de loucos. Houve quem lhe chamasse «épico», mas nada teve de épico: foi mais uma farsa. Com a equipa forasteira a marcar nem sabe como na única oportunidade conseguida na partida de sábado, logo aos 10', o Sporting a arrastar-se em campo na hora seguinte, Rúben Amorim falhando na formação do onze inicial e a emoção descontrolada a apoderar-se das bancadas em Alvalade nos 20 minutos finais, marcado pelo assalto total à baliza dos insulares no desafio em que conseguimos mais "posse de bola".
O nosso central actuando como avançado e o nosso ponta-de-lança à baliza.
Antes de cair o pano, lá para os 90'+114, houve tempo para tudo.
Para o treinador voltar a investir o capitão Coates da missão de ponta-de-lança, plantado na grande área como se Bas Dost estivesse de regresso. Para o Marítimo marcar um autogolo (o sétimo de que beneficiamos nesta época, cinco dos quais na Liga). Para Coates esticar o pé e entrar com a bola na baliza, operando a reviravolta (90'+3). Para o Marítimo fingir que empatava 2-2 (90'+6) num pseudo-golo precedido de falta grosseira sobre Nuno Santos que o árbitro auxiliar logo invalidou levantando a bandeirola, gesto a que Tiago Martins, de cabeça perdida, não fez caso, apontando para o centro do terreno. Para Adán, com os nervos em franja, protestar de tal maneira que acabou por ver o segundo amarelo três minutos depois de ter visto o primeiro, o que o afasta da recepção ao Benfica do próximo domingo. Para o vídeo-árbitro André Narciso insistir com o apitador para que visse as imagens. Para que Martins, tendo-as visto, desse o dito por não dito, com vários minutos de atraso. Para que, estando o Sporting reduzido a dez e com as substituições esgotadas desde o minuto 64, Paulinho se assumisse como improvisado guarda-redes, colocando-se entre os postes. Para que, logo a seguir, segurasse uma bola com o estádio inteiro a aplaudi-lo - o mesmo estádio onde tinham começado a ecoar assobios bem sonoros aos 36', dirigidos primeiro a Diomande e depois a todos os nossos jogadores. Para que, ainda antes do fim, houvesse uma chuva de cartões amarelos, com Martins a confirmar a sua imensa incompetência: espero que tenha sido a última vez que o vimos em jogos profissionais de futebol.
Tudo está bem quando acaba bem. Os 27 mil espectadores que compareceram em Alvalade tiveram direito a tudo, num vendaval de emoções que se prolongou por quase duas horas de morna pasmaceira seguida de imensa agitação no relvado.
Isto faz parte da magia do futebol.
Foi o nosso 12.º jogo seguido do campeonato 2022/2023 sem derrotas - a melhor série em ano e meio. Há três meses que permanecemos invictos na Liga. Mas de nada nos serve, pois a duas jornadas do fim todos os adversários à nossa frente superaram os respectivos desafios. Mantém-se a distância de quatro pontos face ao Braga, que tem calendário mais favorável nas duas rondas que restam.
Se não formos à próxima Liga dos Campeões, como tudo indica, só temos de queixar-nos de nós próprios. Aquela medíocre primeira volta conduziu-nos a isto.
Pelo menos vencemos o Marítimo. Que nos tinha vencido (1-0) no Funchal. Como esses três pontos lá desperdiçados nos faziam falta agora...
Breve análise dos jogadores:
Adán - Nem uma defesa, mas dois cartões vistos em três minutos, no tempo extra. Por retardar a bola e por protestos. Fica fora do clássico de domingo.
Diomande - Atrasou duas vezes a bola ao guarda-redes, quase a partir da linha do meio-campo, e ouviu sonoras vaias no estádio. Afectou-o, visivelmente. Saiu aos 64'.
Coates - Esteve no pior e no melhor. Falha individual, oferecendo o golo ao Marítimo (10'). Mas como avançado protagonizou o 2-1 da reviravolta. Homem do jogo, melhor em campo.
Matheus Reis - Amorim teima em fazer dele central. Voltou a incluí-lo nos três da retaguarda, deixando Gonçalo Inácio no banco. Não resultou: o brasileiro é lateral. Saiu ao intervalo.
Bellerín - Tentou mostrar serviço, mas não se esforçou muito. Ele e Edwards funcionam como a água e o azeite: não combinam. Inoperante, já não regressou do intervalo.
Ugarte - Quando se fala muito dele para rumar a Inglaterra, mostrou neste jogo a maior das suas limitações: o remate. Atirou duas vezes a bola para a bancada (66' e 76') quando tentava o golo.
Pedro Gonçalves - Dele esperamos sempre um toque de magia. Andou perto disso no lance individual em que se envolveu na grande área e forçou o autogolo madeirense (85').
Arthur - Amorim insiste em jogar com alas de pés trocados. Eis um caso. O brasileiro tem bom toque de bola, mas centrar sem linhas de passe é um desperdício. Saiu ao intervalo.
Edwards - Vai acendendo e apagando. Apático em largos momentos, esteve a centímetros de marcar um golo espectacular (74'). No segundo golo, o passe de ruptura saiu dos pés dele.
Trincão - Voltou a pecar por clamorosa falta de intensidade: mal perde uma bola, desinteressa-se do lance. Fez três posições, sem render em nenhuma. Substituído aos 57'.
Paulinho - Cabeceou ao lado (14'), tentou o golo mas saiu passe ao guarda-redes (30'). Assistiu no segundo e brilhou ao oferecer-se como guarda-redes quando Adán foi expulso.
Gonçalo Inácio - Entrou aos 46', substituindo Matheus Reis. Deu mais consistência à defesa, mas não era necessário: o Marítimo quase não saía. Corte muito oportuno aos 61'.
Nuno Santos - Estava inquieto no banco: entrou aos 46', rendendo Arthur. Não fez muito melhor. Tentou o golo, mas atirou por cima (90'+2). Carregado em falta no lance que deu sururu (90'+6).
Morita - Substituiu Bellerín aos 46'. Bom a distribuir jogo, arriscou o amarelo que o poria fora do clássico. Acabou por não ter a utilidade já revelada noutros desafios.
Fatawu - Entrou aos 57', para render Trincão. Muito mais dinâmico, nos confrontos individuais, pôs a defesa madeirense em sentido. Também tentou o golo, mas rematou para a bancada (80').
Esgaio - Substituiu Diomande aos 64'. Foi ele a iniciar a jogada do lance que culminaria no segundo golo leonino - e os consequentes três pontos desta vitória tão suada.
Por norma só desejo a vitória do Sporting e não desejo especificamente a derrota de nenhum outro clube, a menos que isso beneficie o Sporting (objetivamente, é o caso do Braga no presente).
Depois do festival de antijogo e, mais do que isso, de sacanice e má fé demonstrado pela equipa do Marítimo no passado sábado, vou abrir uma exceção. Uma equipa assim não deve ter lugar na primeira divisão.
A isto acrescentam-se as habituais pérolas da imprensa desportiva. É visível no vídeo que o Coates nem se mexe; o jogador do Marítimo (Winck de seu nome), depois de ter feito falta sobre o Nuno Santos, vem a correr na direção do nosso capitão, encosta-se a ele e atira-se ao chão. Para o "Record", sofre uma "peitada" do Coates. Pois claro. Coitadinho.
Coates muito cumprimentado pelos colegas ao marcar golo da vitória, assistido por Paulinho
Foto: Tiago Petinga / Lusa
Gostei
De termos vencido o Marítimo. Foi uma vitória (2-1) tirada a ferros, na noite de ontem em Alvalade, mas até por isso mais saborosa. Que vinga a derrota (0-1) que sofremos no Funchal durante a primeira volta. E nos aproxima - pelo menos provisoriamente - do Braga, agora apenas com mais um ponto. Chegámos aos 70.
De Coates. O homem do jogo. Primeiro pela negativa, ao perder a bola em zona perigosa, logo aos 10', permitindo que a turma madeirense se adiantasse no marcador. Depois largamente pela positiva, ao jogar nos 20' novamente na posição de ponta-de-lança e ao apontar o golo que nos valeu três pontos (90'+3). O seu golo de estreia neste campeonato prestes a terminar. Preciosíssimo. Voto no capitão uruguaio como melhor em campo.
Da decisão do treinador ao intervalo. Muito descontente com a exibição da equipa, Rúben Amorim não hesitou em fazer três trocas simultâneas da primeira para a segunda parte. E resultou: a equipa jogou mais unida, com maior equilíbrio e revelando acrescida acutilância. Gonçalo Inácio (no lugar de Matheus Reis), Nuno Santos (rendendo Arthur) e Morita (substituto de Bellerín) deram boa conta do recado. Valeu a pena mexer na equipa.
Da nossa reacção. Chegámos aos 85' ainda a perder. Mas insistimos nos lances ofensivos, sempre visando a baliza adversária. Sem baixar os braços, reagindo à adversidade. Foi um período decisivo do desafio, em que os nossos jogadores demonstraram aos adeptos que não estavam ali só a cumprir calendário, mas mesmo determinados a vencer. Foram bem-sucedidos.
De mais um autogolo. Beneficiámos do sétimo nesta temporada: poucas equipas europeias podem gabar-se do mesmo. Fica o registo: Boateng (Rio Ave), Miguel Silva (Marítimo), Bah (Benfica), Gartenmann (Midtjylland), Salvador Agra (Boavista), Marafona (Paços de Ferreira) e agora o maritimista Matheus Costa. Todos marcaram em nosso benefício, na baliza errada.
De termos cumprido o 12.º jogo seguido sem perder. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira e agora o Marítimo, empatámos com Gil Vicente e Arouca. Somos a equipa que está há mais tempo sem derrotas na Liga 2022/2023: desde o embate com o FCP em Alvalade, a 11 de Fevereiro. Temporada muito superior neste terço final em comparação com o terço inicial. Antes assim.
Do vídeo-árbitro. André Narciso contribuiu para repor a verdade desportiva aos 90'+3, contrariando a decisão do árbitro de validar um suposto segundo golo do Marítimo contra a indicação do seu assistente que assinalara falta atacante óbvia sobre Nuno Santos. Ainda bem que existe VAR.
De ver Paulinho como guarda-redes improvisado. Expulso Adán, por acumulação de amarelos, o ponta-de-lança foi para a baliza quando já passavam 10 minutos do tempo extra. Uma das muitas originalidades de um jogo cheio de momentos dignos dos "apanhados" que proporcionaram cenas circenses aos 27.130 espectadores no estádio. O nosso avançado cumpriu entre os postes, tendo sido muito aplaudido. Enquanto Coates jogava lá na frente, plantado na grande área do Marítimo. Papéis trocados. Acabou por resultar.
Do regresso da "estrelinha". Rúben Amorim bem pode sorrir: ela está de volta.
Não gostei
Da nossa incapacidade ofensiva. Mais de uma hora sem um remate enquadrado com a baliza. A primeira real oportunidade de golo surgiu só aos 66', quando Ugarte, em boa posição para o disparo, chutou para a bancada. Nem um remate perigoso até aos 84'. O guarda-redes do Marítimo não chegou a fazer uma defesa digna desse nome. Tudo muito poucochinho. Contra uma equipa que só uma vez venceu fora neste campeonato, no final de Outubro, e tem a pior defesa da Liga.
Da expulsão de Adán. No dia em que festejou 36 anos, o veterano guarda-redes (sem culpa no golo sofrido) recebeu uma péssima prenda: dois sucessivos cartões amarelos, aos 90'+4 e aos 90'+6. Acabou expulso. Não jogará no Sporting-Benfica, ficando o inexperiente Israel no seu lugar. Baixa de vulto.
Da lesão de Chermiti. O jovem leão, já com três golos apontados esta época, ficou excluído do onze devido a uma lumbalgia. Oxalá recupere a tempo de disputar o clássico.
De ver Félix Correia na equipa errada. Jogador da nossa formação, com inegável talento, quis sair do Sporting atraído pela Premier League. Mas na Juventus - clube a que agora está ligado, aos 22 anos - não contam com ele, daí marcar agora presença no campeonato português. Por empréstimo, nas fileiras do Marítimo. Mais lhe valia ter continuado de verde e branco.
Da displicência de Amorim. Já a pensar no desafio seguinte, o Sporting-Benfica do próximo domingo, o treinador deixou jogadores como Nuno Santos, Morita e Gonçalo Inácio fora do onze inicial. Quis queimar uma etapa, esquecendo-se que primeiro teríamos de superar este obstáculo. Corrigiu o erro ao intervalo. Com isso, oferecemos meia partida ao Marítimo.
Do árbitro Tiago Martins. Péssimo nas decisões técnicas e no critério disciplinar, fez vista grossa a uma falta cometida sobre Trincão perto da quina da grande área, ignorou um penálti sobre Edwards e validou um suposto segundo golo do Marítimo contra a opinião do seu árbitro auxiliar, numa decisão felizmente revertida pelo VAR. Exibiu doze cartões amarelos e um vermelho (por acumulação). É um escândalo vê-lo de apito na boca: não devia ter lugar no futebol português.
Dos assobios à equipa. Começaram a ouvir-se, bem sonoros, logo aos 36'. Visando sobretudo Diomande, sem contemplações contra o jovem central marfinense. Pura estupidez: em vez de apoiar a equipa, esta turba do assobio dá moral ao adversário. Além disso, a meio da segunda parte, da zona das claques começaram a escutar-se insultos ordinários ao presidente do Sporting, em claro desrespeito pelos estatutos do clube e pela vontade dos sócios expressa nas urnas. Mais valia incentivarem e aplaudirem o Marítimo, sem disfarce nem hipocrisia. Só faltaram as habituais tochas e os habituais potes de fumo para a "festa" anti-Sporting ser ainda mais animada.
Não sei se alguma vez viram a série Mayday sobre desastres aéreos, se viajam muito de avião o melhor é mesmo não ver, mas o que fica óbvio é que esses desastres ocorrem na convergência de circunstâncias em que cada uma por si só não teria condições de produzir a catástrofe.
O jogo de hoje foi muito isso. Um Marítimo extraordinariamente agressivo a lutar pela manutenção ou algo mais, um Tiago Martins presunçoso e arrogante que decide antes de ver e dispensa ajudantes, e um Sporting que entre poupanças de uns e experiências com outros se esqueceu do essencial, jogar futebol.
Mesmo assim o Sporting ganhou ao cair do pano, com um autogolo e um desvio de Coates assistido por Paulinho, que assim se redimiu do falhanço que esteve na raiz do golo do Marítimo.
Esse golo, sofrido bem cedo, moralizou extraordinariamente o Marítimo, que sabia que tinha ganho na Madeira e em Alvalade podia ganhar de novo se disputasse cada bola como se náo houvesse amanhã.
E também colocou a nu a inteligência emocional ou o estofo futebolístico dos nossos jogadores. Se alguns lutaram na adversidade, outros afundaram-se por completo. Muito em particular Trincão, Bellerín e Arthur, que neste jogo tinham a oportunidade, cada um pelo seu motivo, de fazer pela vida. Além da capacidade técnica e táctica de cada um, existem a capacidade física e a psicológica. Talvez existam demasiados pianistas e poucos carregadores de piano no plantel..
Por outro lado, este Marítimo de José Gomes é a besta negra de Amorim, que nem no Funchal nem em Alvalade conseguiu montar um onze capaz de lidar simultaneamente com a capacidade de pressão a todo o campo e com o contra-ataque rápido do adversário. Foram talvez os dois piores jogos do Sporting na Liga: uma derrota merecida no Funchal e esta vitória de ontem obtida com muita sorte.
O que ficou de bom esta noite? Fatawu, que mostrou que está pronto para ser titular caso Edwards saia: finta, centra e remata com intenção. Tudo o resto, do lado do Sporting, uma lástima.
Mesmo assim, e como apesar de tudo o resultado foi favorável, o pior foi mesmo a expulsão de Adán por duplo amarelo que o coloca fora do dérbi. Tiago Martins devia ter vergonha de olhar para ele na próxima vez que apitar o Sporting.
Logo, pelas 20.30, recebemos o Marítimo em Alvalade. Jogo para vencer, claro. E por quanto? Adiantem lá os vossos prognósticos.
Recordo que no desafio da primeira volta - péssima estreia leonina em 2023 - fomos lá perder 0-1. Com medíocre exibição de Mateus Fernandes, enquanto Gonçalo Inácio se destacava como o menos mau.
No campeonato anterior, vencemos a turma madeirense no nosso estádio. Mas pela margem mínima: 1-0. Jogo de aflitos, com Porro a marcar de penálti à beira do fim (90'+8).
Sporting tropeça no "caldeirão" dos Barreiros: tudo se torna cada vez mais difícil
Foto: Homem de Gouveia / Lusa
Tinha tudo para dar certo. Mas deu errado. Desde o primeiro minuto neste embate com o Marítimo, anteontem, no Funchal. A equipa da casa, que ocupa o penúltimo lugar do campeonato e só tinha registado uma vitória (fora) até esta 15.ª ronda da Liga, encostou o Sporting às cordas, impossibilitou-nos de sair com a bola controlada, condicionou a táctica de Rúben Amorim e derrotou-nos com um golo de penálti - castigando falta infantil, totalmente escusada, de Mateus Fernandes.
Entrámos assim da pior maneira em 2023. Perdendo (0-1) contra uma equipa que ainda não tinha vencido no seu estádio, jogando a meio-gás, sem vitalidade nem ânimo. Como se receássemos progredir na tabela classificativa após termos visto o Benfica perder com o Braga (na jornada anterior) e o FC Porto empatar frente ao Casa Pia (nesta ronda).
Está visto que não temos equipa para situações de pressão alta. Parece que estes jogadores comandados por Rúben Amorim se dão melhor quando andam quase a meio da tabela, sem o stress dos lugares de topo. Algo incompatível com o lema fundador do clube - ser «tão grande como os maiores da Europa». Algo inconcebível para um emblema que tem como senha estas quatro palavras de ordem: «Esforço, dedicação, devoção e glória».
O esforço andou ausente do relvado funchalense. A dedicação foi mínima, a devoção foi residual, a glória foi nula.
Quinta derrota em 15 jornadas - perdemos uma em cada três. Temos agora o Benfica 12 pontos à nossa frente. o Braga seis pontos acima de nós, o FCP com mais cinco. E atenção ao Casa Pia, que continua a morder-nos os calcanhares: está apenas com menos um.
Rúben Amorim parece ter abdicado daquela ideia do «jogo a jogo», que tão bom resultado teve há dois anos, quando vencemos o campeonato. Desta vez abdicou totalmente ou parcialmente de três titulares, já a pensar no desafio seguinte, contra o Benfica. Pedro Gonçalves fez-se "amarelar" na jornada anterior para limpar os cartões nesta, Nuno Santos só saltou do banco de suplentes aos 57' e Coates saiu aos 75' - estes dois também estão à queima.
A verdade é que o Sporting, para não tropeçar na Luz, naufragou nos Barreiros. Péssima opção do treinador.
Morita, que chegou do Catar lesionado e ainda não recuperou, é outro titular indisponível. St. Juste, um dos "reforços" mais dispendiosos de sempre, até hoje só cumpriu um jogo inteiro: desta vez actuou só nos 20 minutos finais. O argentino Talongo, médio defensivo recém-chegado, assistiu à partida do banco de suplentes sem calçar.
A inédita dupla Ugarte-Mateus Fernandes foi impotente para travar o ímpeto ofensivo do Marítimo - com novo treinador, novo guarda-redes e um novo ala esquerdo (o brasileiro Leo Pereira) que promete brilhar na Liga portuguesa. A célebre "saída em construção" do Sporting começa a ser neutralizada por qualquer equipa adversária que saiba estudar a lição: voltou a acontecer. Sem plano B, enquanto o Rúben Amorim assistia, com aparente resignação, ao péssimo desempenho dos seus jogadores.
Nos minutos finais, o desespero do costume: todos à frente, a ver se pingava uma bola perdida que pudesse entrar. Até Adán lá foi. Quando o mais experiente nestas situações, Coates, já não estava em campo. E víamos mais três jogadores amarelados por protestos: Porro, Matheus Reis e Esgaio (este, caso insólito, no banco de suplentes).
É verdade que o árbitro Helder Malheiro fez vista grossa a um penálti sobre Porro, ao minuto 50. Mas a derrota do Sporting frente ao antepenúltimo não se explica por isto. O problema é muito mais profundo e parece ser bastante mais grave.
Breve análise dos jogadores:
Adán - Passou parte do tempo a jogar com os pés, tentando aliviar a bola da nossa área. Sofreu o golo solitário da marca dos 11 metros: continua sem conseguir defender penáltis.
Gonçalo Inácio - O mais seguro e tranquilo dos nossos jogadores, com cortes providenciais, compensando falhas dos companheiros. Competente nos passes longos, desaproveitados.
Coates - Transmite segurança: não foi por ele que a equipa claudicou. Quando poderia ser mais útil, impondo a sua estatura na busca de um golo de bola parada, já tinha saído.
Matheus Reis - O mais audaz dos nossos centrais, mas também o mais intranquilo. Alterna momentos de bom futebol com lapsos de desconcentração difíceis de entender.
Porro - Veloz, combativo, fez um centro primoroso aos 17', afastando a pressão adversária com um centro milimétrico para Paulinho marcar. Foi sempre um dos mais inconformados.
Ugarte - Regressou após castigo. Competente como médio defensivo, fracassou na parceria com Mateus Fernandes: faltou-lhe Morita para fazer a diferença. Continua infeliz no remate.
Mateus Fernandes - Estreou-se como titular na Liga. Tentou mostrar serviço, sem conseguir. Falhou passes, intercepções, ligação com o ataque. Fatal, o penálti que cometeu aos 53'.
Arthur - Substituiu Nuno Santos, poupado a pensar no clássico do próximo domingo. Tão discreto como ineficaz. Foi anulado como ala esquerdo. Saiu aos 57': o lugar é de Nuno.
Edwards - Recebeu um amarelo muito cedo, logo aos 11. Parece tê-lo afectado. Foi-se retraindo, sem fazer a habitual diferença, até se tornar inoperante e ser substituído.
Trincão - Uma das suas piores exibições pelo Sporting. Nada lhe saiu com precisão. Também não fez grande esforço nesse sentido. Ou passava mal ou recebia mal a bola.
Paulinho - Teve uma oportunidade (17'), travada por grande defesa do guarda-redes Carné. Depois revelou fragilidades no posicionamento, desaproveitando o pouco que lhe surgiu.
Nuno Santos - Só aos 57' Amorim se convenceu que era mesmo preciso colocá-lo em jogo. Ele correspondeu, aguerrido como sempre. Mas sozinho não conseguiu fazer a diferença.
Rochinha - Rendeu Mateus Fernandes aos 65'. Frágil nos confrontos individuais, movimentou-se muito mas foi quase sempre inofensivo. Falta-lhe envergadura física.
St. Juste - Após longa ausência, provocada pela quarta lesão desde que chegou, substituiu Coates (75'). Actuou mais à frente, quando o Marítimo já não saía do seu reduto. Em vão.
Jovane - Substituiu Edwards (75'). Displicente, desconcentrado, parece apostado em não vingar no Sporting. Marcou um canto de modo caricato, atirando a bola para fora.
O Sporting perdeu com o Marítimo (ontem, 1-0), o Arouca, o Boavista, o Chaves e o FCP. Tem cinco derrotas em 15 jogos, o que não é aceitável e não augura nada de bom para o chamado "Projeto" que Frederico Varandas diz ter com a permanência de Rúben Amorim em Alvalade. E se o Sporting ficar fora da Champions? E se o Sporting for ultrapassado no quarto lugar?
Nada disto é impossível e o incrível é que o clube não se tenha reforçado, até ao momento, neste mercado de Inverno (que encerra a 31 de janeiro), para além da contratação a custo zero do médio defensivo argentino Tanlongo. Faltam avançados, e desde logo um ponta-de-lança alternativo a Paulinho, faltam alternativas para as laterais, para o miolo, para o eixo da defesa. Falta muita coisa.
Mas mesmo assim, faltando tanta coisa, não se percebe a opção de ontem por Arthur Gomes de início e as entradas de Jovane e de Rochinha quando estamos a perder e temos que dar a volta. Nuno Santos podia levar um amarelo e ficar fora do derby na Luz? Podia. Mas também Coates estava nessa situação e jogou. Jovane e Rochinha eram as únicas opções válidas? Não: Rodrigo Ribeiro viajou para a Madeira mas ficou fora da ficha de jogo. Sotiris foi contratado porquê? Não joga e nunca é opção prioritária, mesmo quando claramente Mateus Fernandes não tem ainda a intensidade necessária para 90 minutos de futebol da Primeira Liga e o grego era titular ou suplente utilizado num clube de topo na Grécia (e não em Chipre ou no Cazaquistão). Tal como Essugo cometeu antes um erro ao ser expulso por uma entrada violenta, ontem foi a vez deste Mateus fazer asneira ao cometer penálti numa altura crucial do jogo em que até já podíamos estar a ganhar se o árbitro tivesse visto o que todos vimos na falta sobre Pedro Porro.
Entrámos no jogo com medo, com a lateral esquerda desprevenida e sem soluções no banco, o que já vem sendo habitual. Mas, apesar disso, podíamos e devíamos ter feito muito melhor. Há jogadores que claramente não têm categoria para jogar neste clube, temos que assumir isso e promover mudanças. É preciso investimento, é preciso estratégia, são necessárias ideias novas. A aposta em Amorim não pode ser um fim em si mesmo. O Sporting Clube de Portugal está para além desta direção, destes dirigentes e colaboradores, deste treinador e até deste plantel sofrível. O SCP quer-se eterno, duradouro, intransponível. Para que isso seja possível não basta termos um clube "bonitinho", que faz umas vendas aqui e ali, que tem um estádio todo pintado de verde por dentro e agora um bom relvado, que tem uma direção que percebe de umas coisas (de outras nem por isso), etc, etc. É preciso mais. Ambição, arrojo e uma certa vertigem de risco positiva. Não acredito em teorias da conspiração, mas sei que o jogo de ontem era crucial para que esta época não fosse um desastre completo. Vai ser, pronto. Agora é preciso respirar fundo, pensar nos prós e nos contras de começar a mudar tudo em janeiro. Falta quase o mês todo. Se for no Verão é mais seguro, embora tarde de mais. O clube precisa de saúde financeira, pode ter que vender jogadores (Porro e Edwards), mas tem de começar a preparar a viragem decisiva. Sem resultados e sem troféus, nada faz sentido. O clube foi feito para vingar e não para estar "estacionado" à mercê seja de que interesses forem.
Posso estar muito enganado (oxalá esteja), mas apesar de faltar ainda muito campeonato, ontem hipotecámos algo em que muitos de nós ainda acreditávamos, que seria possível aceder à liga milionária.
Perdemos mais uma vez por culpa do treinador, que errou claramente ao abandonar a sua máxima de "jogo a jogo", para jogar dois jogos num. Como era de prever correu mal e perdendo ontem um, pode perder o próximo também e ficará a 15 pontos do líder, a 9 do Braga e a 8 do Porto (se estes vencerem, claro), valendo-nos de pouco vencer um e outro nos jogos que temos em casa com as duas equipas e com o Casa Pia à espreita. Ou seja, com um tropeção maior até a Liga Europa poderá estar em causa.
A culpa foi claramente do treinador, repito, mas não só. É também de quem não lhe dá o que precisa.
Eu até sou paciente, se me disserem claramente que isto vai ser uma travessia no deserto por um, dois ou três anos, que iremos formar jovens para ter uma equipa competitiva e de qualidade, eu alinho! Não me venham é com a pantominice de que lutamos por todos os títulos, se temos uma equipa recheada de nulidades e continuamos a comprar carradas de jogadores para lugares mais que preenchidos e para onde são precisos não se investe. As dinâmicas, de vitória ou derrota, criam-se facilmente; Basta que quem dirige o demonstre e ao desinvestir na equipa, a direcção e o seu presidente, o primeiro responsável, dão um sinal claro de que a dinâmica não é de vitória. Já alguém dizia, uma antiga Madre do Convento de Odivelas provavelmente, que sem ovos não se fazem barrigas de freira e o desinvestimento vai criando rotinas que nos vão afastando cada vez mais dos lugares de decisão de títulos e retirando-nos a importância que temos e que é cada vez menor. Pode haver um brilharete quando os astros todos se alinham, mas isso é cada vez mais raro e confiar na divina providência é ainda pior que confiar nos astros.
Sou claramente favoravel a um clube/SAD com contas certas e admito não ganhar nada durante todo o tempo que for preciso para que elas se acertem, mas gastar carradas de dinheiro em jogadores que não entrariam no plantel do Marítimo (com todo o respeito) e encher algumas posições com uma camioneta de jogadores e esquecer-se daquelas onde eles são precisos, roça a gestão danosa.
Fomos claramente roubados, é verdade. Há um penalti claro sobre Porro que poderia dar outro desfecho a este jogo, mas sendo honestos, seria uma injustiça para a equipa que melhor jogou, que nos dominou toda a primeira parte, que foi do mais deplorável a que assistimos (eu ouvi, já que vinha em viagem de Tomar para casa e ia ouvindo na Antena1 e o relato dava-me mais nervos que a chuva intensa que me acompanhou todo o caminho e me obrigou a fazê-lo quase a passo).
Custa-me dizer isto, mas resta-nos ganhar o campeonato da segunda circular (há que não ter medo de dizer isto), tentar a taça da carica e não perder por muitos com um Barcelona qualquer na Liga Europa.
Criticamos aqui, com razão, as vigarices de lampiões e andrades, mas esquecemo-nos de enaltecer o seu arreganho nas horas menos boas; Nas derrotas cerram os dentes, ficam aziados e demonstram-no e ai de quem os defrontar no jogo seguinte que sabe que vai levar com a azia toda em cima. Connosco uma derrota é mais um dia no escritório e como não vi o jogo não sei se o jogador escolhido para a entrevista rápida não terá empregado aquela frase mítica "agora há que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo", que define o grau de ambição de um grupo.
Em resumo: Esteve mal Amorim, que foi comido de cebolada pelo treinador do Marítimo e jogou a pensar no próximo jogo, contrariando-se a si próprio; Anda mal a direcção que tarda em reforçar a equipa com as peças de que realmente precisa; Esteve mal o árbitro que deixou por assinalar um penalti claro a nosso favor e estiveram mal os jogadores que após uma semana de descanso deram a sensação de que comeram demasiado bolo-rei.
Enfim, se não fosse assim, nem seria o Sporting...
O Sporting perdeu e perdeu bem ontem nos Barreiros, e se quisermos apontar culpados disso mesmo rapidamente encontramos três: Hélder Malheiro, José Gomes e Rúben Amorim. Desta vez o relvado estava com bom aspecto, chuva não havia, estava tudo em condições para jogar bem e ganhar.
Sobre o primeiro, uma desigualdade de critérios evidente no penálti que não marcou relativamente ao que marcou, duas entradas por trás em que o avançado é derrubado e nos amarelos a que foi poupando o adversário, sempre a entrar no limite sobre os nossos jogadores.
Sobre o segundo e depois da goleada em Alvalade para a Taça da Liga fez muito bem o trabalho de casa, e colocou em campo um onze que manietou o Sporting e o colocou sempre em desconforto, marcou de penálti mas além disso esteve próximo de marcar em mais uma ou outra situação em jogadas rápidas e intencionais de contra-ataque. Com certeza vamos ouvir falar de Leo Pereira.
Sobre o terceiro, que tantas vezes tenho elogiado e de que sou um apoiante desde a primeira hora, esteve francamente mal, desde o erro de casting para mim evidente de Mateus Fernandes, até à insistência numa saída a jogar que não tinha no meio-campo quem lhe desse sequência como o fazia Matheus Nunes. O jogo pedia um jogo mais directo para trás da linha de pressão do Marítimo, e esperar por eles em vez de os ter sempre de frente para o jogo, a pressionar e a tapar as linhas de passe. A equipa partiu-se ao meio, os três avançados não tinham jogo, valiam as arrancadas de Porro sempre muito marcado pelo Leo Pereira, num desses lances surgiu o penálti escamoteado.
Não dá para entender como é que o médio ofensivo da equipa B, o mais avançado dos três médios, é colocado a 8 num jogo com estas características. Tudo poderia ser diferente se ao lado de Ugarte estivesse um Marsà e ele mais à frente em vez dum Trincão ou dum Edwards, mas assim nem atacava nem defendia, os desarmes eram invariavelmente em falta, e dum deles o penálti.
Não dá para entender a insistência num Jovane e num Rochinha que tal como Esgaio andam às voltas com os seus problemas e frustrações e não têm condições psicológicas para trazer valor à equipa. St. Juste veio fazer uns minutos para acelerar a recuperação.
Também Arthur esteve muito mal. Nuno Santos entrou tarde, Coates saiu cedo, isto de andar a jogar dois jogos no mesmo jogo só pode dar mau resultado.
Enfim, era um jogo que tínhamos mesmo de ganhar. Andamos a fazer crescer jovens fora da sua posição e a recuperar lesionados no físico a na cabeça.
Tudo tem origem num plantel curto e desequilibrado, sem condições para atingir os objectivos da época. Temos um bom onze, mesmo assim carenciado fisicamente, mais dois ou três em determinados lugares, e depois mais ninguém ao mesmo nível. Temos alguns jovens de imenso potencial, mas apenas isso. Faltam três jogadores altos, fortes e experientes no eixo central que no jogo de ontem dariam imenso jeito para ganhar os duelos a meio-campo e pôr o adversário em sentido.
Melhor em campo? Qualquer dos três defesas, os menos maus.
E agora? Agora é ganhar na Luz como aconteceu no ano passado. Temos onze para isso, o problema é o resto.
Muito ainda para conquistar esta época. Confiança total em Rúben Amorim, confiança total nesta equipa!
Da derrota no Funchal.O Sporting naufragou ontem frente ao Marítimo, num estádio que nos traz más recordações. Após sete vitórias consecutivas em duas competições, tropeçámos frente à equipa local. Esta derrota (0-1) é ainda mais frustrante por ser contra o penúltimo classificado do campeonato, a segunda equipa com pior defesa e que até agora não tinha registado qualquer vitória em casa.
Da falta de atitude competitiva. Se vencêssemos o Marítimo, como era nossa obrigação, reforçávamos o quarto lugar na Liga, ficando a dois escassos pontos do FC Porto - que ontem empatou com o Casa Pia - e a três do Braga. Passávamos a depender só de nós para atingir um posto com acesso à próxima Liga dos Campeões - o terceiro ou mesmo o segundo, pois braguistas e portistas ainda terão de vir a Alvalade. Esta derrota torna esse objectivo cada vez mais distante. Decepção total.
De Rúben Amorim. Perdeu o jogo do ponto de vista táctico antes de o perder no relvado. Ao ver a nossa equipa encurralada no meio-campo defensivo, sem conseguir sair com a bola (só aos 17' chegámos pela primeira vez à frente), devido à pressão altíssima da turma de casa, não desfez o previsível sistema habitual nem mexeu no onze titular - a primeira substituição foi aos 57', mal sofremos o único golo do desafio, de penálti. Com os nossos alas condicionados e o meio-campo aturdido face ao domínio maritimista, a passividade do treinador só acentuou o problema.
De Trincão. Quase todos os nossos jogadores - vindos de dez dias sem competição, demasiado relaxados e desconcentrados - estiveram mal. Mas o extremo canhoto passou por completo ao lado da partida. Incapaz de fazer a diferença num só lance enquanto esteve em campo. Perdeu bolas, entregou-as ao adversário, falhou emendas - enfim, um desastre.
De Paulinho. O avançado que é ainda o melhor marcador da Taça da Liga parece não ter entrado no estádio dos Barreiros. Vimos, isso sim, aquele Paulinho a que já estamos familiarizados: a pecar na finalização. É certo que a única verdadeira oportunidade de golo foi dele, aos 17', em posição frontal - a que o guarda-redes adversário Marcelo Carné, em estreia no Marítimo, correspondeu com a defesa da tarde. Mas dois minutos depois falhou um golo cantado que lhe foi oferecido por Arthur, ao calcular mal a impulsão para cabecear. Apanhado em fora-de-jogo nuns lances e posicionando-se de forma errada noutros, teve exibição fraquíssima.
De Mateus Fernandes. Partida infeliz do jovem médio leonino, lançado apenas pela segunda vez como titular na equipa A, em inédita parceria com Ugarte. Vem habituado a jogar num meio-campo a 3 no Sporting B e parece ainda mal adaptado ao sistema de Amorim. Não conseguiu estancar o fluxo ofensivo do Marítimo e teve algumas decisões disparatadas - com maior destaque para o penálti totalmente desnecessário cometido aos 53'. Daí nasceria o golo solitário do Marítimo, aos 56'. E mais três pontos perdidos para nós.
Da falta de banco. É cada vez mais gritante a ausência de suplentes qualificados, como há meses vimos alertando aqui. Na ausência de dois habituais titulares (desta vez Pedro Gonçalves, a cumprir castigo, e Morita, lesionado) o onze nunca consegue ser o mesmo. Sem reforços nesta janela de Inverno, restar-nos-á uma temporada medíocre em perspectiva. A qualidade paga-se. E a falta de qualidade também.
De Rochinha e Jovane. O Sporting quer pô-los no mercado tão cedo quanto possível. E a exibição de ambos neste jogo só confirma que estão a mais no plantel. Rochinha, em campo desde o minuto 65, voltou a ser incapaz de fazer a diferença: o seu desempenho é sempre irrelevante. Jovane, que entrou aos 75', parece irremediavelmente perdido para o futebol leonino: teve até um pormenor patético, digno dos "apanhados", quando marcou um canto directamente para fora.
Da substituição de Coates. Amorim deu-lhe ordem de saída aos 75', aparentemente com receio de que ele visse um amarelo no quarto de hora final, afastando-o da próxima jornada no estádio da Luz. Mas o capitão leonino - o elemento de maior estatura da equipa - saiu precisamente no momento em que mais falta nos fazia lá na frente, tentando marcar em lance aéreo ao menos o golo do empate. Ninguém compreendeu.
Do penálti perdoado ao Marítimo. Um empurrão óbvio nas costas de Porro, derrubado em falta na grande área aos 50', passou despercebido ao árbitro Helder Malheiro e ao respectivo árbitro auxiliar - decisão errada que o vídeo-árbitro Cláudio Pereira decidiu não reverter. Inclinando o campo claramente a favor da equipa da casa.
Dos cartões por protestos. É inconcebível vermos cenas destas repetirem-se, com prejuízo óbvio para a nossa equipa. Ontem, mais três: Porro, Matheus Reis e Esgaio viram amarelos por este motivo. O caso de Esgaio roça o absurdo: amarelado por protestar no banco de suplentes, do qual não saiu. A falta de atitude competitiva de uma equipa também se nota nestes aspectos.
Da classificação. Vemos agora - à 15.ª jornada - o Benfica já com mais 12 pontos. E temos o Casa Pia apenas um ponto abaixo de nós, ameaçando ultrapassar-nos no modesto quarto lugar.
De 2023. Começou da pior maneira para o Sporting. Com uma derrota logo ao primeiro jogo. É a quinta que sofremos neste campeonato: um terço dos desafios foram perdidos.
Gostei
Do Marítimo, agora com novo treinador. O onze insular, que passou a ser orientado por José Gomes, mereceu esta vitória. Foi superior ao Sporting do princípio ao fim.
De Porro. O menos mau dos nossos. Atitude combativa nunca lhe faltou. E teve um adversário directo à altura: o brasileiro Leo Pereira, recém-chegado ao Funchal - eis um verdadeiro reforço. O internacional espanhol voltou a servir bem os colegas pelo menos em três cruzamentos - aos 17', 81' e 90'+2. Mereciam ter sido aproveitados.
De Gonçalo Inácio. Desempenho também acima da média do jovem central leonino, que voltou a fazer duas posições: à direita, até à saída de Coates; e ao centro na fase final (com St. Juste, há muito afastado, enfim de regresso). Grandes cortes, em lances perigosos, aos 70' e aos 78'.
De Nuno Santos. Fora do onze inicial para acautelar um eventual quinto amarelo que o pudesse deixar fora do próximo desafio, frente ao Benfica, o ala esquerdo acabou mesmo por entrar, rendendo Arthur aos 57'. Dois bons cruzamentos: um pelo ar (67'), outro rasteiro (89'), infelizmente desaproveitados.
E eu vou lá estar, doido da cabeça... nem sei bem onde, mas logo se verá.
Este novo confronto com o Marítimo, pouco tempo depois da goleada de Alvalade e antes do dérbi da Luz, pode parecer fácil. Mas jogar nos Barreiros nunca foi fácil: o relvado muitas vezes parece um batatal e a equipa da casa sempre a fazer pela vida arriscando o mínimo.
Mais uma vez as preocupações quanto ao Sporting estão no meio-campo. Sem poder contar com Morita, Pedro Gonçalves e Essugo, deverão alinhar Ugarte e Mateus Fernandes. E vai ser um teste para Mateus Fernandes: a posição 8 requer não apenas jogar para frente mas também muito trabalho defensivo e saber correr para trás. Sotiris parece-me bem mais talhado do que Mateus para a posição, mas continua a pecar na impetuosidade com que entra aos lances. Custam amarelos desnecessários e podem conduzir à expulsão.
Nos outros sectores estamos melhor que nunca. Porro e Nuno Santos estão em excelente forma, e o trio avançado está cada vez mais rotinado.
O onze inicial deverá então ser o seguinte:
Adán; Inácio, Coates e Matheus Reis; Porro,Ugarte, Mateus Fernandes e Nuno Santos; Edwards, Paulinho e Trincão.
No banco deverão estar Israel, Esgaio, Arthur Gomes, Sotiris, Rochinha, Jovane e Rodrigo Ribeiro.
Muito ainda para conquistar esta época. Confiança total em Rúben Amorim, confiança total nesta equipa!
Primeiro desafio do campeonato, para nós, neste ano que agora começou. Será depois de amanhã, a partir das 18 horas, no Funchal: vamos defrontar o Marítimo, actual penúltimo classificado.
Na Liga 2021/2022, em Fevereiro, tropeçámos lá: um empate 1-1. Com golo de Slimani. Um dos quatro que o craque argelino marcou no fugaz regresso ao Sporting.
E agora, como será? Aguardo os vossos prognósticos.
Gostei muito da vitória tranquila do Sporting, na noite passada, contra o Marítimo. Triunfo que confirma a nossa presença nos quartos-de-final da Taça da Liga, a disputar segunda-feira, contra o Braga: somos bicampeões de Inverno, temos um título a defender. A qualificação estava assegurada, após os triunfos anteriores frente ao Farense e ao Rio Ave, mas nem por isso merece menor aplauso - até voltou a registar-se uma goleada, desta vez por 5-0. Cinco vitórias seguidas, algo para nós inédito nesta temporada. Com 13 golos marcados e nenhum sofrido só nesta competição.
Gostei de Paulinho, a figura da partida por ter marcado os três primeiros golos nas três primeiras oportunidades de que dispôs - aos 40", aos 15' e aos 31''. Eficácia total, com assistências de Arthur, Porro e Jovane. Há 22 anos que um jogador do Sporting não marcava três golos na primeira parte de um jogo: aconteceu em Agosto de 2000, por Acosta, contra o V. Guimarães. Também gostei das exibições de Porro (estreia a marcar de Leão ao peito nesta temporada, assinando o quarto golo, aos 73'), de Mateus Fernandes (estreante como titular e logo com uma assistência, num belo passe de ruptura para o lateral espanhol) e de Arthur (dinâmico ala esquerdo, em vez do habitual titular Nuno Santos, assistindo Paulinho no primeiro e centrando no lance que proporcionou o quinto, autogolo do infeliz guarda-redes Miguel Silva aos 86').
Gostei pouco de uma certa falta de emoção ao longo da partida, disfarçada pela vantagem muito dilatada que se verificou em campo. Isso deveu-se à ausência de público, à certeza de que o apuramento estava garantido e sobretudo à falta de réplica do onze adversário.
Não gostei do fraquíssimo Marítimo, que vai acumulando desaires: só venceu um jogo em 16 disputados até agora nesta época 2022/2023, segue em penúltimo no campeonato e parece condenado a baixar à Liga 2 após 37 anos no primeiro escalão do futebol português. Soma oito derrotas seguidas, com o pior ataque e a segunda pior defesa. Esta goleada certamente não lhe deu qualquer saúde anímica.
Não gostei nada que este jogo tenha sido ontem disputado à porta fechada, no estádio José Alvalade. A fazer lembrar a penosa quarentena imposta pela pandemia que já parecia interminável. Desta vez aconteceu em obediência aos alertas da protecção civil a propósito das enxurradas na região de Lisboa num dia em que choveu mais do que alguma vez aconteceu desde que há registos fiáveis. Foi um mal menor: pior teria sido o adiamento do jogo. E em primeiro lugar está sempre a segurança dos cidadãos, sejam adeptos de que clube forem.
Foi um jogo quase perfeito, o de hoje à noite em Alvalade, contra o Marítimo. E só não foi perfeito porque foi à porta fechada pelos motivos conhecidos e muitos Sportinguistas como eu não puderam lá estar.
Deu para tudo. Israel demonstrou que está pronto para qualquer impedimento de Adán, o trio defensivo titular mais Porro, Ugarte e Trincão tiveram um óptimo treino sem forçar demasiado. Arthur, Mateus Fernandes e Jovane tiveram oportunidades e entre eles houve golos e assistências. Finalmente Paulinho, além do "hat-trick", teve uns pormenores de quando em vez quando baixava no terreno só ao alcance de alguns. Não do André Silva nem do Ricardo Horta.
Entre os que entraram depois Sotiris mostrou que está a treinar para Ugarte e a trocar a irreverência do box-to-box pela disciplina da posição 6: não custa prever que um dia o irá substituir, como aconteceu com Ugarte relativamente a Palhinha. Por enquanto segue o seu trajecto num novo clube e num novo país, não esquecendo que está aí um Essugo e vem aí um Tanlongo para não o fazerem descansar. Cristiano Ronaldo chegou a Manchester e foi logo titular? Acho que não.
Melhor em campo? Paulinho, obviamente.
E agora? Ganhar ao Braga na segunda-feira para chegarmos à sexta vitória consecutiva e à Final Four da Taça da Liga.
Foram três os lances duvidosos em que o árbitro podia ter desequilibrado a partida em favor do Sporting: o pontapé na cabeça de Coates, o pisão na perna de Slimani e a carga a Matheus Reis. Todos o árbitro deixou passar sem punição, quando já vimos penáltis serem marcados e jogadores expulsos ou duplamente amarelados por faltas bem menores. Entre o Porto-Sporting, o Moreirense-Porto e este Marítimo-Sporting a arbitragem portuguesa ofereceu o título ao Porto. Se no ano passado havia o escrutínio da FIFA e de David Elleray, este ano Pinto da Costa - depois da queda de Vieira e se calhar do "trabalho" de Rui Pinto - ficou os árbitros nas mãos, se calhar presos "by the balls".
Foram três os lances em que não tivemos um pingo de sorte e que presumivelmente nos dariam a vitória: o centro que encontra a canela e não o pé de Slimani, o remate de Porro dos dois ferros e a cabeçada de Coates a rasar o poste mais longo. Ontem no Funchal a estrelinha da sorte esteve mesmo ausente.
Foram três também os interiores que estiveram fora da convocatória por motivos conhecidos: Pedro Gonçalves, Sarabia e Tabata. Com isso, Amorim abdicou do seu 3-4-3 para pôr em campo aquele 3-5-2 que muitos sócios andam a reclamar e que com ele nunca deu bons resultados.
Ontem até podia ser o sistema adequado no batatal do Funchal - o relvado de Alvalade mesmo nos piores momentos desta época não tem comparação possível com aquilo - mas a equipa entrou desconfortável, ofereceu um golo e mais desconfortável ficou. Tentava sair a jogar como habitualmente no 3-4-3 mas os posicionamentos não eram os mesmos a meio-campo. Tudo saía pastoso e previsível. Ugarte andava por ali, Matheus Nunes e Daniel Bragança (a jogar de pé contrário) perdiam passes sobre passes e eram incapazes de servir eficazmente a dupla avançada através de bolas em profundidade ou centros em diagonal. Do outro lado havia um Marítimo que acumulava asneiras a sair a jogar, com perdas de bola perigosas, pondo-se a jeito para vários contra-ataques ingloriamente desperdiçados.
Com um Nuno Santos sempre a pensar no disparate que tinha feito, no ataque planeado eram apenas as arrancadas de Matheus Reis a criar perigo e foi preciso uma arrancada do melhor em campo para chegarmos ao golo de Slimani.
Logo a seguir, como nos Açores, reposição da bola em jogo, a equipa a dormir e o Marítimo a marcar, felizmente um golo anulado por fora de jogo. Inacreditável.
Na segunda parte o jogo foi ficando cada vez mais confuso e anárquico, com as pernas a pesar e o raciocínio a faltar.
As oportunidades surgiram com o jogo cada vez mais directo, mas numa incursão dum jogador do Marítimo pela direita, três (mais uma vez) jogadores do Sporting caem em cima e deixam completamente isolado outro, do lado oposto. Milagrosamente o passe foi mal feito e chegou a Adán. Falhanço crasso julgo que de Inácio, que abandona a protecção da zona central. Inacreditável também.
Concluindo, muito a contribuir para que a vitória não acontecesse e algumas coisas para reflectir em termos de futuro:
1. A decisão de começar a época com Paulinho e TT foi compreensível, mas errada. Slimani (ou outro) devia ter vindo nessa altura. Santa Clara e Braga foram dois jogos perdidos com Coates lá à frente. Mudar agora de sistema de jogo é muito complicado.
2. Mais que sistema alternativo, Slimani e Paulinho podem muito bem jogar em 3-4-3 com Paulinho a fazer de interior. Importa é ter um modelo alternativo, um futebol mais directo sempre a explorar as características de combate daquela dupla e muito menos construção desde trás e rotação de flanco.
Agora é esquecer o assunto e pensar em vencer o próximo jogo.
Quarta-feira, em Alvalade, lá estaremos unidos a levar a equipa ao colo rumo ao Jamor.
De perder dois pontos no Funchal. Voltámos a tropeçar frente ao Marítimo, a equipa que nos afastou da Taça de Portugal na época passada. No desafio da primeira mão, em Alvalade, conseguimos vencer com muita sorte, graças a um penálti convertido aos 98' por Porro. Desta vez o mesmo jogador enviou um petardo à barra com a bola a fazer ricochete num poste sem transpor a linha de golo, aos 75'. A estrelinha ficou em Lisboa: empatámos 1-1 - resultado que já estava construído ao intervalo. Mais dois pontos perdidos, após as recentes derrotas contra Santa Clara e Braga, além do empate no Dragão.
De Matheus Nunes. Fez-lhe mal ouvir aquele rasgado elogio de Pep Guardiola. Pelo segundo jogo consecutivo, teve uma exibição apagadíssima. Agarrou-se em excesso à bola, abusando do individualismo. Falhou numerosos passes. Foi incapaz de criar um verdadeiro lance de perigo. Perde automatismos quando actua sem Palhinha, seu habitual parceiro no meio-campo.
De Nuno Santos. O golo do Marítimo, logo aos 5', nasce de um mau alívio dele em zona frontal à nossa baliza. Parece ter acusado em demasia este erro individual: nunca mais se reencontrou na partida. Tentou alguns ataques pelo seu flanco, mas foram sempre inócuos.
Do nosso início. O que começa mal tarde ou nunca se endireita. Assim aconteceu ao Sporting nesta partida no estádio dos Barreiros. Exibimos um fio de jogo previsível, sonolento, burocrático e desinspirado, concedendo demasiada iniciativa ao adversário. Erro que se pagou caro.
Do sistema táctico de Amorim. Confrontado com várias ausências de titulares, o treinador leonino dispôs desta vez os jogadores num 3-5-2 inédito em início de partidas nestes dois anos em que orienta o Sporting. Talvez também para potenciar Paulinho e Slimani em simultâneo lá na frente enquanto entregava a Daniel Bragança a missão de ser o médio mais criativo. Faltam rotinas neste processo, como se foi tornando evidente à medida que o jogo se desenrolava.
Da condição física da equipa. Neste seu 40.º jogo oficial da temporada, o onze titular acusou claro desgaste. As pernas já vão pesando em vários jogadores, muito ao contrário do que aconteceu em 2020/2021.
Da nossa lentidão em campo. O conceito de "ataque rápido" parece ter rumado a parte incerta no futebol leonino.
Das ausências. Quatro das nossas peças nucleares ficaram de fora: Sarabia, Palhinha (por castigos), Feddal e Pedro Gonçalves (por lesões). Não é de somenos, longe disso. Basta referir que dois deles incluem-se entre os nossos três melhores marcadores actuais.
Do banco de suplentes. Amorim só fez duas trocas: Nuno Santos por Edwards (76') e Daniel Bragança por Vinagre (80'). Meter mais quem? Além dos que entraram e de dois guarda-redes, tinha apenas Neto, Esgaio e Dário.
De Edwards e Vinagre. Nada adiantaram: continuam ambos à procura de exibições convincentes no Sporting.
Gostei
De voltar a ver Slimani como titular. Seis anos depois, o craque argelino voltou a integrar o onze inicial. Está fortemente motivado, o que se reflecte na sua atitude em campo, pressionando a saída em construção da equipa adversária. Esforço recompensado aos 38', quando marcou o nosso golo - à ponta-de-lança, muito bem servido por Matheus Reis. Ei-lo a facturar na terceira vez que veste de verde e branco desde o seu regresso, após uma assistência no jogo anterior, em que foi suplente utilizado. E aguentou os 90 minutos. Exibição muito positiva.
De Matheus Reis. O melhor em campo. Voltou a evidenciar-se como um dos grandes valores deste Sporting 2021/2022. Sobretudo no seu envolvimento em lances ofensivos bem desenhados, com ponto alto na assistência para o golo. Aos 85' voltou a fazer um cruzamento perfeito, solicitando Coates, quando o capitão já actuava lá na frente, como ponta-de-lança improvisado.
De Porro. Deu-nos os três pontos contra o Marítimo na primeira volta e bem tentou repetir a proeza na partida de ontem. Aquele seu tiro que bateu duas vezes nos ferros merecia melhor desfecho. Tal como o lance aos 49' em que isolou Paulinho na cara do golo, infelizmente desperdiçado.
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