Ontem, o Jornal de Notícias, preparava a coisa, o Vizela está com muitas dificuldades em arranjar onze jogadores para entrarem em campo, é um aborrecimento, provavelmente, vai acontecer o mesmo que ocorreu com o Portimonense.
Hoje, é o dia da dança (para mim 29 de Abril é sempre um dia de mudança) para O Jogo, também. Não se sentem tão confiantes como os colegas do JN, dançam de outra forma, há ali uma mudança, duas letras são suficientes para traduzir todo o medo que sentem um "s" + um "e"; "Se o FC Porto alcançar (...)"
Está tudo dito, as palavras de ontem e as de hoje traduzem muito receio dum jogo limpo e bem arbitrado com o Vizela.
O tal "se" de que O Jogo fala.
"Se" o Vizela vencer no Dragão, o FC Porto "se" calhar não "se"rá campeão.
Esta gravação data de 1955 e pertence à Banda 3 da Face B do disco LP de 33 R.P.M. editado pela marca "Parlophone", etiqueta da "Valentim de Carvalho", intitulado "Celeste Rodrigues", onde estão incluídos os maiores sucessos de Celeste Rodrigues até à data, entre eles "Olha a Mala", "Lenda das Algas", "Cartas", "Vira das Palmas", "Vê Lá São João" e outras mais. Esta é a canção nova do disco em questão, uma verdadeira paródia ao sucesso "Olha a Mala", excelente e fora de série, que tem os seguintes pontos:
O registo inicia-se com o barulho das ondas do mar da Praia da Nazaré. Ouve-se ao fundo um hidro-avião no ar; O hidro-avião vem em queda livre;
CATRAPUS! O aeroplano cai! Ouve-se ao fundo o sucesso "Olha a Mala", da Celeste Rodrigues. Rapidamente, ouvem-se vozes de protesto a dizer: "FORA A MALA!" "MORRA A MALA!", "CHEGA JÁ DE MALA!", "BASTA DE MALA!", "ESTOU FARTA DA MALA!", "MATEMOS A MALA!".
Em 2017 há muitos que ainda não estão fartos da mala, na semana passada ouvimos um treinador dizer que os pontos estão caros; hoje ouvimos outro treinador dizer, depois de perder um jogo a poder de auto-golos e tiros nos pés, que saímos valorizados, só se foi na conta bancária, acrescento eu.
Entretanto em Setúbal, um hino ao futebol, o jogo pelo jogo, duas equipas a jogarem bom futebol e um resultado que se ajusta aquilo que as equipas fazem em campo.
Ora são os sms que não há maneira de aparecerem, os processos judiciais (infundamentados, como adiante se demonstrará) convenientemente propostos e/ou divulgados em véspera de jogo grande e agora as alegadas conversas de balneário dos adversários.
A lógica é sempre a mesma: condicionar o adversário, dando de si a imagem mais impoluta a que, sempre que possível, se acrescenta umas dores de vítima de conspirações terceiras.
Foi contra isto que jogámos este ano, não contra uma equipa de futebol, mas sim contra uma equipa de comunicação e de bastidores.
Não é propriamente uma novidade, vindo de quem vem, já foram os túneis da Luz e de Braga, os tributos aos árbitros, as denúncias ao Ministro, you name it.
São useiros e vezeiros, a única novidade aqui somos nós, que por talvez já não estarmos habituados a discutir o campeonato até ao seu final, não contávamos para este totobola.
Neste último caso, acho particularmente divertida e retorcida a estratégia: vamos auto-incriminar-nos da prática de um crime acusando o Sporting da prática de um ilícito desportivo e assim se alguém nos acusar do crime nós dizemos que é verdade o ilícito e se tentarem desmentir, têm de andar a falar nisto uma semana.
Por mim o assunto ficou resolvido.
Agora é esperar que chegue Sábado e ganhar ao Setúbal.
Queremos ser campeões em campo, não no campo dos outros e muito menos fora das quatro linhas.
Como parece que isto se resolve tudo através de malas, aquele frango do guarda-redes do Braga só se explica pela existência de uma. Quanto tinha lá dentro?