Calimeros
Uns empatam, outros perdem mas a culpa nunca é dos próprios.
Foi uma injustiça!
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Uns empatam, outros perdem mas a culpa nunca é dos próprios.
Foi uma injustiça!
25 de Julho de 2021, o mesmo estádio, o mesmo resultado, os golos marcados por Paulinho, o mesmo golo sofrido aos 90 minutos.
No És a Nossa Fé, chamámos Paulão a esse triunfo, A Bola e o Record, hoje, tiveram a mesma ideia.
Devo dizer que Amorim é o treinador que mais me impressionou desde sempre. Pela primeira vez, verifico factualmente que é a mão de alguém exterior (ele e a sua equipa técnica) quem torna homens mais ou menos comuns numa equipa eficiente, competitiva e objetiva. Se há equipa onde se vê "treino" é nesta do Sporting.
Também é a primeira vez que verifico que uma pré-época é mesmo para preparar - e não para mostrar, rodar, dar oportunidade a novos, velhos e assim-assim, fazer vibrar o coração do adepto ou faturar em camisolas. É ver como as substituições de ontem tiveram um propósito, não serviram para dar minutinhos a este ou aquele. É assinalar como Bragança não entrou nos descontos como "prémio" de uma coisa qualquer. É de sublinhar que Max não jogou a segunda parte para "qualquer eventualidade".
Não sei se vamos vencer a Supertaça (o sortilégio do futebol é a sua magia), mas sei que Carvalhal deve ter dormido mal esta noite. A dinâmica da equipa do SCP, o trabalho coletivo, o posicionamento de vários jogadores, a quantidade de soluções que há no banco são impressionantes. A equipa funciona como um polvo, cheia de tentáculos que pressionam, roubam bolas, passam, desmarcam, executam e se ajudam. E nada parecem temer.
A imagem que guardo de ontem é do melão de RA quando sofremos o segundo. Foi um golo bem trabalhado pelo Lyon, excelente passe, bela desmarcação de Slimani - que estava na zona morta entre a defesa e o meio campo – e boa execução do argelino, mas Amorim estava pior que estragado. Porque uma pré-epoca é para preparar e não para entusiasmar a malta.
Se estou a ver bem, este foi o adversário mais forte que o SCP defrontou em muito tempo. Certamente a melhor equipa não portuguesa. Há um ano levamos quatro de uns austríacos bem organizados. Agora foi quase ao contrário. São tempos estranhos, estes de ver o nosso Sporting tão determinado, sem que possamos dizer que temos lá um craque daqueles que valem um alqueire de dezenas de milhões e sem o qual tudo desmorona. Dentro do campo, quero dizer, porque cá fora temos.
Equipa apresentada aos sócios hoje em Alvalade, com novo relvado e três campeões europeus justamente ovacionados (faltou João Mário). Trinta mil pessoas no estádio a assistir à recepção ao Lyon, vice-campeão francês.
Foi um bom teste à equipa - o melhor até agora nesta temporada. O resultado é o que menos importa nestes amigáveis, embora seja sempre preferível ganhar. Nâo conseguimos: os franceses venceram por 1-0, aproveitando uma falha defensiva leonina no início da segunda parte.
Ao intervalo o marcador permanecia em branco.
Jorge Jesus foi fazendo sucessivas substituições, fazendo entrar em campo um total de 22 jogadores - o equivalente a duas equipas. Só Bruno Paulista se manteve no banco. Adrien e William Carvalho, ainda de férias, apenas surgiram para a ovação inicial. Regressam para a semana.
No capítulo defensivo, e apesar do golo sofrido, estivemos melhor do que nos desafios anteriores, faltando afinar alguns pormenores que deverão ser superados sem dificuldade. O quarteto inicial parece bem posicionado para figurar no onze titular inicial da nova temporada. Não esqueçamos que o Sporting foi a equipa menos batida na Liga 2015/16.
No plano ofensivo é necessário melhorar a mobilidade e a criatividade. É certo que hoje tivemos duas bolas aos postes: uma por Barcos, outra por Naldo. Mas soube a pouco.
Quanto aos reforços, por enquanto eis a única certeza: Alan Ruiz parte com vantagem para integrar o onze-base, prefigurando-se como o mais sério candidato a acompanhar Slimani na frente de ataque. Isto se o argelino se mantiver no Sporting, como todos desejamos.
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Apreciação sucinta dos nossos jogadores:
Azbe Jug - Jogou os primeiros 45 minutos, desta vez sem sofrer golos. Mas continuou a revelar insegurança. Gelou Alvalade com uma defesa incompleta, aos 16', largando a bola em zona frontal.
Schelotto - Actuou com dores após ter sofrido uma falta dura. Jesus manteve-o em campo até aos 68'. Nota positiva para o italo-argentino, o nosso lateral mais ofensivo. Rematou forte aos 15'. Grande cruzamento para Slimani aos 63'.
Coates - Exibição positiva, com bons cortes e desarmes. Por duas vezes causou calafrios à defesa francesa, em lances de bola parada. Único senão: foi incapaz de travar Lacazette no lance do golo. Saiu aos 77'.
Rúben Semedo - Jogou com a habitual confiança, desembaraçando-se bem da bola, mas não está isento de culpa no golo que sofremos, tendo sido ultrapassado por Rafael, extremo do Lyon. Saiu aos 68'.
Marvin - Mantém o defeito que lhe tenho apontado com frequência aqui: raras vezes se integra na dinâmica ofensiva da equipa. Voltou a pecar neste domínio. Esteve em campo até ao minuto 68.
Petrovic - A melhor exibição do internacional sérvio nesta pré-temporada, sobretudo quando fez parceria com Palhinha durante a segunda parte. Continua a pecar no capítulo do passe longo: arrisca pouco ou nada. Saiu aos 77'.
Bryan Ruiz - Agora com o n.º 10 na camisola, voltou a jogar na habitual posição de Adrien, onde não mostra o seu melhor. Na segunda parte adiantou-se no terreno mas ainda está preso de movimentos. Saiu aos 62'.
Gelson Martins - Muita vontade de mostrar serviço, muito talento à flor da pele nas jogadas individuais, disciplina táctica ao integrar-se na manobra defensiva. Assistiu Barcos num remate ao poste (10'). Substituído aos 62'.
Bruno César - Ainda à procura da melhor forma, hoje não ultrapassou o plano do razoável. Boa abertura para Schelotto aos 15', pouco mais a registar. Jogou apenas durante a primeira parte.
Alan Ruiz - O argentino voltou a merecer nota positiva. Combativo, desequilibra nos confrontos individuais. Tentou o golo aos 26' e novamente aos 51', desta vez servido por Podence. Não marcou por pouco. Saiu aos 62'.
Barcos - Mais um jogo sem marcar. No entanto, desta vez acertou no poste. Iam decorridos 10', o lance parecia promissor. Mas foi-se apagando e foi errando demasiados passes. Já não regressou do intervalo.
Rui Patrício - Ainda de férias, fez questão de sentar-se no banco e pediu ao técnico para jogar na segunda parte: mais uma prova de dedicação à equipa e aos adeptos. Foi ele a sofrer o golo, aos 53', embora sem qualquer culpa.
Palhinha - Entrou na segunda parte para fazer dupla com Petrovic como médio de contenção. Exibição positiva. Ajudou a dar equilíbrio defensivo à equipa, tornando-a mais consistente no corredor central.
Podence - Novamente o jogador mais em evidência. Substituiu Barcos na segunda parte, esticando o nosso jogo. Bom na finta, na dinâmica e na visão periférica. Grandes passes aos 73', 83' (de calcanhar) e 87' (isolando Slimani).
Slimani - Para ele não existem amigáveis: todos os jogos são a sério. Entrou aos 62': no minuto seguinte já cabeceava à baliza. Ocasião soberana para marcar aos 87', mas quis fazer tudo sozinho. Parece muito motivado.
Matheus Pereira - Entrou aos 62' com nítida vontade de mostrar serviço, mas as intenções foram melhor do que os resultados. Podia ter marcado aos 77': falhou por precipitação. Tem talento para render muito mais.
Iuri Medeiros - Entrou aos 62'. Marcou muito bem um livre curto aos 70': a bola, cabeceada por Naldo, embateu no poste. A partir daí foi-se enervando: lento a decidir, dispôs de oportunidades que não conseguiu aproveitar.
João Pereira - É um jogador sempre combativo, como demonstrou em campo, a partir do minuto 68. Falta-lhe por vezes em fôlego o que lhe sobra em energia anímica. Hoje não chegou para fazer a diferença.
Naldo - Entrou aos 68' e parecia ter fome de golo. Dois minutos depois, chegando-se à frente numa bola parada, cabeceou ao poste: a sorte não o acompanhou nesse lance. Exibição positiva.
Jefferson - Entrou aos 68'. Fez as habituais deambulações pela ala, nem sempre consequentes. Perdeu a cabeça aos 85', empurrando um adversário. Recebeu amarelo. Num jogo menos amigável o cartão poderia ter outra cor.
Aquilani - Em campo desde o minuto 77, substituindo Petrovic. A sua melhor intervenção ocorreu já no tempo extra, com um belo passe em profundidade que merecia ter encontrado melhor desfecho.
Ewerton - Substituiu Coates aos 77'. Desconcentrou-se num lance que poderia ter originado perigo, mas corrigiu o lapso recuperando a bola.
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