Já perdi a conta aos dérbis que vi a cores e ao vivo em Alvalade e na Luz, julgo que o primeiro terá sido em Alvalade e acabou com uma derrota por 3-5 no ano que ganhámos campeonato e taça.
Era um tempo em que não existiam claques entretidas com tochas e petardos nem exigentes da treta a desertar do apoio à equipa. Perder foi pretexto para cerrar os dentes e seguir para a glória. Que até podia ter sido ainda melhor se tivéssemos tido alguma sorte em Magdeburgo um ou dois dias antes do 25 de Abril.
Se fosse garantido que voltaríamos a ganhar campeonato e taça não me importaria de perder mais logo, mas como isso não existe, o que importa é mesmo vencer e deixar o rival a 6 pontos. Difícil mas nada de impossível, até porque a equipa tem todos os jogadores disponíveis, excepto Catamo, e tem titulares e suplentes rodados, todos capazes de mostrar bom rendimento.
Ao contrário das indefinições do treinador alemão do Benfica, no Sporting o modelo de jogo está mais que estabilizado, o onze-base também. Dúvidas existirão apenas na ala esquerda, entre alguém mais defensivo como Matheus Reis ou mais ofensivo como Nuno Santos.
Pelo que imagino que o Sporting entre em campo com:
Adán; Diomande, Coates e Inácio; Esgaio, Morita, Hjulmand e Matheus Reis; Edwards, Gyökeres e Pedro Gonçalves.
No banco de suplentes, St. Juste, Nuno Santos, Bragança, Paulinho e Trincão foram titulares na quint-feira e estão prontos para serem chamados a qualquer momento.
Então mais logo um grande jogo na Luz. Mais um em que irei lá estar, e é mesmo preciso gostar muito do Sporting para suportar o "transporte de gado" em que claques e polícia transformaram a entrada e saída dos adeptos forasteiro aos estádios.
Caro consócio, antes de mais a minha solidariedade pela ameaça à sua integridade física e pela agressão verbal e intimidatória de que foi alvo no estádio alugado pela federação portuguesa de futebol para a realização do jogo de qualificação para o Mundial, no passado Sábado, 25.
Se graves eram já os acontecimentos, eles são tão mais graves porquanto o caro consócio exerce, por legítima vontade dos demais associados do Sporting Clube de Portugal, o honroso cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Sendo públicas as agressões de que foi alvo, terá cada um de nós, sócios e por extensão cidadãos, o dever de as denunciar às autoridades, se estas não tiverem agido em conformidade com a legislação em vigor e que é a de informar as autoridades judiciais acerca de acontecimentos tão graves e lesivos da sua integridade física e moral, que nos atingem a todos, que o caro PMAG representa e que são mais de 150.000.
Vivendo num país onde a impunidade impera infelizmente, e nomeadamente no que ao futebol e demais desportos diz respeito, o meu conselho, meu caro consócio, é que estando muito dentro do prazo legalmente concedido, exerça o seu direito de ofendido e proceda a queixa-crime contra os energúmenos que tão cobarde e insidiosamente o ofenderam. Eles estão claramente identificados.
Não se trata de ser queixinhas, caro Marta Soares. Sabemos que irá dar em nada, mas é um elementar exercício de cidadania.
Os benfas são, efectivamente, um espectáculo. Parece que no domingo não aconteceu nada. Aliás, se aconteceu, a culpa é a) do Sporting, cujos adeptos queimaram umas cadeiras em 2011, o que estragou a cobertura, parte da qual voou um ano depois durante um vendaval qualquer, e outra parte voou dois anos depois, durante outro vendaval; b) do comunicado do Sporting a exigir efectivas condições de segurança num estádio cuja cobertura já voou duas vezes, tendo aliás em consideração que o tempo continua bastante mau; c) da Liga, porque deixou as coisas chegarem até ali; d) de toda a gente, excepto dos próprios benfas. Típica irresponsabilidade benfas: são muito bons, nunca têm culpa de nada, anda tudo é a querer tramá-los.
Eu até acreditei naquela coisa dos adeptos do Sporting, até hoje ter visto no jornal que o incêndio foi numa ponta do estádio e as chapas que voaram no domingo foram na outra (as que voaram há um ano foram, realmente, do lado do incêndio). Parecem-me eventos razoavelmente independentes, que colocam mesmo em causa as condições estruturais de segurança do estádio. Espanta-me, aliás, o sangue-frio com que o Benfica está a lidar com a situação. Eles não estão bem a ver o filme: por cinco minutos, alguém não levou com aquelas placas de zinco na cabeça, podendo morrer logo ali, ou pelo menos ficar seriamente ferido. Mas o pior não seria isso. O pior seria o pânico que quase de certeza se seguiria, onde nos arriscávamos a uma repetição de Heysel, com gente esmagada ou a tombar por escadas e bancadas. Gostava de saber para quem é que iam então lançar as culpas.
Podem-se atirar bojardas para todo o lado, mas aquilo é o estádio do Benfica e o Benfica é responsável pela segurança do que lá acontece. O Benfica tem de dar garantias de que o estádio é seguro. E a Liga também tem de se certificar do mesmo, assim como as autoridades que licenciam os recintos desportivos. Não é uma questão de clubes. É uma questão de segurança pública.
Ouvi agora numa rádio que o benfica garante a realização do jogo amanhã às 20.15.
Diz que a empresa responsável pela manutenção lhe dá garantias de que tudo estará operacional.
Independentemente da qualquer brincadeira que possa ter feito ou venha a fazer sobre o assunto, preocupa-me a segurança dos espectadores, que serão na sua grande maioria adeptos do clube encarnado.
E a pergunta inocente que tenho para fazer é apenas esta: não haverá necessidade de uma vistoria pelas entidades que supervisionam a realização de espectáculos, pela protecção civil, ou, caso até o benfica se quisesse "defender", do LNEC?
Prevendo-se mau tempo novamente, não seria avisado, desta vez, jogar pelo seguro? que, diz-se, morreu de velho.
Pois é. Toda aquela lã a voar pela Luz só podia ter um significado: correram com a águia vitória e deram o lugar a uma ovelha. A carneirada da Luz agradece o novo símbolo do clube. A única coisa que me preocupa mesmo são as semelhanças entre a ovelha e o cabelo de Jorge Jesus. Mas pode ser ser impressão minha.
O estado do tempo nos próximos dias continuará a ser caracterizado pela passagem de sistemas frontais de forte atividade, com agravamento entre as 12UTC de hoje dia 9 e as 06UTC de dia 10, devido a uma depressão muito cavada que atravessa o norte da Península Ibérica junto da região Norte do território do Continente, originando aumento da intensidade do vento e da agitação marítima, e possibilidade de ocorrência de fenómenos extremos de vento. Assim, prevê-se ocorrência de chuva ou aguaceiros fortes, que poderão ser de granizo, de neve acima dos 600/800 metros e de lã de vidro no estádio da luz. O vento será forte do quadrante sul, com rajadas da ordem dos 90/110 km/h, sendo forte a muito forte no litoral e nas terras altas, com rajadas da ordem de 110/130 km/h.
No Inverno, em dia de derby, cai aquela nhanha. No verão, em dia de final da Champions, o que acontecerá? Derretem as cadeiras? Aqueles tubos à volta? Desidrata a águia Vitória?
As más condições de segurança no estádio que poderá servir de palco à final da Liga dos Campeões impediram Leonardo Jardim de potenciar o seu efeito surpresa para o confronto com o Benfica, agora adiado para terça-feira. Mas os sinais que o nosso treinador evidencia são excelentes, confirmando a sua garra: fazer alinhar Slimani, Montero e Heldon de início provocaria sinais de alarme à defensiva encarnada, prendendo também o meio-campo adversário em zonas mais recuadas. Jorge Jesus dispõe agora de 48 horas para adaptar o dispositivo táctico do SLB à ousadia leonina. Partindo do princípio de que o forro do estádio não continuará a chover sobre os espectadores.
Como os gauleses das histórias do Astérix, não tememos nada. Excepto que o céu nos caia em cima da cabeça. Ou as placas metálicas da cobertura de um estádio que não oferece condições de segurança aos seus adeptos, colocando-os em perigo iminente. Como hoje bem se viu.