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És a nossa Fé!

Dedicatórias especiais

- Ruben Amorim: O melhor treinador que vi no Sporting, virou o jogo com as mexidas que fez na equipa.

- Harder: Algumas equipas conseguem suster um nórdico goleador, mas muitas poucas aguentam com dois nórdicos goleadores.

- Hjulmand: que Golaço!

- Dr. Luís Freitas Lobo: Hoje teve uma prestação do nível "se é para isto vou deixar de pagar a merda da Sportv e meter pirataria". Que falta de isenção, que falta de capacida de análise, passou 89 minutos a elogiar o Braga, uma equipa que fez três remates no jogo todo e marcou dois golos, com muita sorte à mistura. Só quando o Sporting estava a ganhar 3-2 é que se ouviram plavaras positivas à exibição do Sporting, mas aí também eu sou um grande analista, se me limitar a elogiar quem está a ganhar.

- Carlos Carvalhal: Mais um da colecção de ressabiados com o Sporting. Ainda hoje deve achar que foi despedido injustamente, depois da época de sonho que fez em 09/10, um 4.º lugar a 30 pontos do 1.º.

- Toda a equipa do Braga. Para ver se aprendem que o futebol não é só dar cacetada e fingir que se sofreu uma falta assim que um adversário está por perto.

- Luís Godinho: Num jogo com bastante cachaporra da parte do Braga, conseguiu ainda assim dar mais amarelos por protestos do que por faltas cometidas. Não viu ainda um encosto de ombro a Trincão na área do Braga, em que o ombro do jogador da casa eram os dois braços e o ombro do Trincão era o seu peito, nem viu que Franco Israel foi atropelado por um adversário no lance do primeiro golo, estando no chão no momento do remate devido a isso mesmo.

Rescaldo do jogo de anteontem

 

Gostei

 

Da nossa vitória clara e concludente no clássico. Vencemos e convencemos. Com a mesma marca do campeonato anterior, que finalizámos 18 pontos acima deles, não deixando lugar a dúvidas: somos superiores ao FC Porto. Mesmo que alguns adeptos leoninos, reais ou fingidos, pareçam acreditar mais nos emblemas rivais do que no nosso - algo que nunca entenderei.

 

De termos anulado o ataque azul-e-branco. Pepê, Namaso, Iván Jaime: todos vulgarizados e neutralizados pela superioridade imposta nos nossos corredores. Ao longo de toda a partida o FCP só dispôs de duas oportunidades, ambas por Galeno, que actuou como ala defensivo: Vladan impôs-se entre os postes em ambas as ocasiões, aos 41' e aos 60'.

 

De ver tantos sportinguistas nas bancadas. Ainda há pouco a temporada oficial começou e na noite de sábado já tivemos estádio cheio em Alvalade: mais de 46 mil espectadores ali presentes para assistir a este Sporting-FC Porto. Tal como tinha havido corrida às camisolas e aos lugares de época. Sem euforias descabidas, mas também sem ridículas autoflagelações, há que dizer: vivemos um dos nossos melhores períodos de sempre. Há que aproveitar: são recordações que jamais se apagarão.

 

De Gyökeres. É uma máquina de jogar e de marcar golos: leva tudo à frente. De Leão ao peito, acaba de apontar o quarto aos portistas. Segue isolado no comando da lista de artilheiros da Liga 2024/2025, com sete já na sua conta pessoal. O sétimo aconteceu neste clássico de Alvalade - foi o que desbloqueou o jogo, de penálti, aos 72'. Castigo máximo conquistado também por ele, num duelo vitorioso com Otávio, com o brasileiro forçado a recorrer à falta para o travar. O craque sueco esteve envolvido em seis das sete oportunidades de golo do Sporting, o que diz quase tudo sobre o seu mérito. Numa dessas oportunidades, aos 52', só não marcou porque Alan Varela a tirou já na linha de golo, com Diogo Costa fora de combate. Melhor em campo, para não variar.

 

De Pedro Gonçalves. Compõe parceria perfeita com Gyökeres: parece que actuam juntos há anos, já jogam de olhos fechados. O nosso n.º 8 em envolvimento constante entre linhas, baralhando marcações adversárias, criando desequilíbrios. Irrequieto, criativo, determinante na manobra colectiva a explorar espaços interiores. Sempre em jogo, tenha ou não tenha bola. E soma mais uma assistência: foi dele o passe para o segundo golo.

 

Do golo de Geny. Sentenciou a partida, fixando o resultado (2-0, vitória verde e branca neste clássico) aos 90''+3. Golaço que fez levantar o estádio e pôs fim à incompreensível ansiedade dos adeptos que esperam sempre o pior, nunca o melhor. Candidato desde já a golo do mês, no seu característico movimento de pegar nela no corredor direito e transportá-la para o meio onde lhe aplica o pontapé-canhão, em arco, como já fizera ao Benfica no campeonato anterior. Gosta de marcar aos chamados "grandes", confirma-se. E é mais útil a alinhar na ala direita, como ficou demonstrado ao mudar de corredor, aos 79', com a saída de Quenda.

 

Do regresso de Morten. O capitão voltou após lesão que o forçou a parar três semanas. Está longe da forma ideal, mas já demonstrou a sua utilidade. No capítulo das recuperações (cumpriu com brilho aos 25' e 28'), no passe em profundidade (38') e até no passe com selo de golo (foi ele a desmarcar Gyökeres aos 69', no lance que culminaria na grande penalidade).

 

Da importância deste triunfo. Graças a ele, assumimos o comando isolado da Liga: continuamos invictos, à quarta jornada. Agora com mais três pontos do que o FCP e mais cinco do que o Benfica. Quebrámos a invencibilidade neste campeonato da turma portista, que ainda não sofrera qualquer golo na prova. Evidenciámos jogo colectivo próximo da perfeição. E vingamos o fortuito desafio da Supertaça, perdido à tangente sem ter havido superioridade azul-e-branca em campo.

 

Da arbitragem. Nota muito positiva para Luís Godinho: apitou sem excessivo protagonismo, deixou jogar, desencorajou as queixinhas do costume, não vacilou nos momentos decisivos -- desde logo o penálti contra o FC Porto de que nasceu o nosso primeiro golo. Algo está a mudar na arbitragem portuguesa. Para melhor. Coincidindo com o abandono de Artur Soares Dias.

 

Do nosso segundo jogo consecutivo sem sofrer golos. Vale a pena registar. Por ser um dos aspectos que à partida suscitavam mais dúvidas quanto ao desempenho deste Sporting 2024/2025.

 

De ver o Sporting marcar há 46 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

De termos disputado 25 desafios em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 14 triunfos nas últimas 15 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.

 

Da nossa 19.ª vitória consecutiva em Alvalade. Todo o campeonato anterior, mais duas rondas da Liga 2024/2025. Há 70 anos que não nos acontecia algo semelhante. Saldo destas 19 partidas em golos: 62 marcados e apenas 12 sofridos.

 

De continuar a ver o Sporting sem perder em casa. Acontece há ano e meio, desde Fevereiro de 2023, quando o FCP nos venceu então. Não voltou a acontecer. São já 26 partidas sem derrotas para o campeonato no Estádio José Alvalade.

 

 

Não gostei

 

Do zero-a-zero ao intervalo. Resultado que não traduzia, de todo, o que havia ficado demonstrado em campo, com clara superioridade leonina. 

 

Das oportunidades desperdiçadas. Trincão esteve à beira de marcar aos 17', com assistência superior de Pedro Gonçalves. Aos 35' e aos 36', rematou desenquadrado em boa posição. Aos 40', Diogo Costa negou o golo ao nosso n.º 8. Aos 52', foi Varela a fazer de guarda-redes impedindo o craque sueco de marcar. O resultado só pecou por escasso.

 

De esperar 72 minutos pelo nosso primeiro golo. Já havia sinais de impaciência em Alvalade, nomeadamente em duas más reposições de bola de Vladan. Esta nossa equipa não merece, de todo, tanto nervosismo dos adeptos. Pelo contrário, merece que confiemos nela. Do princípio ao fim.

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

Da goleada na Choupana. Segunda jornada da Liga 2024/2025, primeiro jogo do Sporting fora de casa. Contra o Nacional, mais de três anos depois. Não podia ter corrido melhor. Fomos lá vencer por 6-1, sem dar hipóteses ao adversário. Há cinco anos que, nesta condição de equipa visitante, não vencíamos no campeonato com pelo menos seis golos apontados - desde 5 de Maio de 2019, quando derrotámos B-SAD por 8-1.

 

Do nosso domínio indiscutível. Protagonizámos um festival de jogo ofensivo: a nossa equipa sempre confiante, motivada e com índices físicos dignos de registo contra o anterior campeão da Liga 2, que não perdia há 14 jogos e se reforçou com sete jogadores. Domínio absoluto registado mesmo sem Morten no onze, por lesão, e mesmo sem ter chegado ainda o anunciado reforço para a frente de ataque. 

 

De Pedro Gonçalves. Voltou a estar em foco: melhor em campo, justificadamente. Foi ele a marcar o primeiro golo, aos 16'. Grande golo, em que o trabalho foi todo dele, conduzindo sabiamente a bola, com súbitas alterações de velocidade e uma simulação, deixando cinco adversários pelo caminho. Fez ainda duas assistências. Para o segundo e o quinto. Atravessa um dos melhores períodos da sua carreira: quatro golos marcados em três jogos da temporada oficial. É imperdoável continuar fora das convocatórias da selecção.

 

De Gyökeres. Um dos obreiros desta goleada leonina. Incansável, sempre de olhos fitos na baliza. Marcou por duas vezes - aos 51', convertendo um penálti, e aos 76', fechando a contagem, numa bomba disparada pelo seu pé-canhão após fantástica arrancada com assistência milimétrica de Debast. Esteve a centímetros do tri, aos 87', quando recuperou a bola e rematou ao ferro. Pode festejar também por este motivo: foi a sua estreia como artilheiro na Madeira. Tem números galácticos, à nossa escala: já marcou 46 golos em 53 partidas de Leão ao peito.

 

De Quenda. Confirma-se: temos craque. Grande exibição como ala direito, encarregado sobretudo de missões ofensivas mas fechando sempre também o seu corredor em despique vitorioso com o lateral esquerdo adversário. Com pleno domínio técnico e notável maturidade táctica para um jovem de apenas 17 anos. Aos 49' protagonizou um lance dentro da grande área em que foi derrubado com toque ostensivo no pé de apoio. Daqui nasceria o nosso terceiro golo.

 

De Daniel Bragança. Com Morten ausente, coube-lhe ser o capitão e gerir a manobra ofensiva do Sporting. Sobretudo na primeira parte quase toda a acção atacante passou por ele, organizando, distribuindo com critério, promovendo variações de flanco. Cereja em cima do bolo: o espectacular golo que marcou. Foi o nosso quinto, aos 66': num espaço curto, conseguiu mudar duas vezes de pé e fazer uma decisiva finta de corpo sem se atemorizar com os três defesas que tinha pela frente, rematando com colocação e força. Golaço que premiou o seu excelente desempenho.

 

De Trincão. Inicialmente muito vigiado ao actuar nas costas de Gyökeres, foi-se libertando da marcação cerrada até exibir toda a qualidade do seu futebol. Estreou-se como artilheiro neste campeonato, e logo a bisar: o segundo golo, aos 40', num remate cruzado sem hipóteses para o guarda-redes, e o quarto, aos 57', encaminhando-a para as redes em posição frontal, saíram do seu pé canhoto. Com preciosas ajudas de Pedro Gonçalves e Geny, em qualquer dos casos. É assim que queremos vê-lo, de pé quente e com boa pontaria no remate. 

 

De ver quatro da nossa formação no onze inicial. Para alguns adeptos, isto nada conta. Não é o meu caso. Gostei que Rúben Amorim apostasse em Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Bragança e Quenda. E ainda entrou Dário, aos 79', quando o resultado já estava construído.

 

Da arbitragem. Boa actuação de Luís Godinho, adoptando o chamado critério largo que há muito devia vigorar no primeiro escalão do futebol português. Uma espécie de inverso de Fábio Veríssimo, que continua a protagonizar autênticos festivais de apito sem perceber que só árbitros sem nível procedem assim.

 

De ver o Sporting marcar há 44 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde a Liga 2022/2023. Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

De termos disputado 23 partidas consecutivas sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, disputada em Guimarães, a 9 de Dezembro.

 

 

Não gostei

 

Do golo sofrido. Único falhanço defensivo do Sporting, com Gonçalo fora de posição a dobrar Geny e Diomande também muito adiantado, incapaz de interceptar o passe de ruptura para Thomas, aos 36'. O remate saiu a meia altura e sem força excessiva: ficou a sensação de que Vladan podia ter feito melhor. Já sofreu seis golos em três jogos oficiais na temporada, há motivos para questionarmos o seu desempenho entre os postes.

 

Da ausência de Morten. O internacional dinamarquês ficou fora da convocatória devido a uma lesão que não é grave. Medida de precaução compreensível: vêm aí desafios muito mais complicados do que este. De qualquer modo, mal se sentiu a sua ausência: Daniel Bragança, chamado a substituí-lo, deu boa conta do recado.

 

Do 2-1 registado ao intervalo. Sabia a pouco.

 

Do cartão amarelo exibido a Gonçalo Inácio a segundos do fim. Absolutamente desnecessário. Mesmo a ganhar 6-1, é fundamental que os jogadores percebam isto: toda a desconcentração deve ser evitada, do princípio ao fim.

A verdade e as godinhices

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A verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade.

1. Na falta (primeiro golo e amarelo) assinalada a Morten, o jogador que "sofre" o empurrão, o "chega para lá" comete duas faltas, imediatamente, antes.

2. Na segunda falta assinalada a Nuno, o alívio é legal, sem contacto e ficou por mostrar um amarelo por simulação ao "algarvio".

3. No penalty sobre Marcus o defesa do Farense toca na bola? E toca no pé do avançado?

A resposta é simples.

Recordo que Godinho foi o árbitro que nos sonegou dois pontos em Braga, supostamente, porque Pedro Gonçalves com a sua (dele) fantástica envergadura física estaria a obstruir a visão ao balizeiro minhoto.

A verdade é só uma, doa a quem doer.

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Rugby exemplar

Por mim, Luís Godinho ia já passar uma temporada num centro de treinos de rugby. Primeiro como jogador, e isto na esperança de que levando como umas frutas passasse, finalmente, a saber como elas moem e doem nos jogadores de verdade - aqueles que não são dados ao teatro barato. Logo a seguir, e por um imenso rol de razões (as mais recentes dadas no último sábado em Faro), porque era imperioso que aprendesse como se ganham as insígnias de juiz do World Rugby para saber dar-se ao respeito como árbitro de futebol. 

Assistir ao campeonato do mundo de rugby tem sido um bálsamo. Seja ao nível da seriedade dos jogadores e das equipas, juntos cultores da entreajuda, valentia, galhardia em campo; seja-o no que diz respeito às arbitragens.

No futebol muito há a aprender com a entrega dos jogadores de rugby e, mais do que isso, com a honestidade daqueles que compõem a equipa de 15: levam efectivamente pancada e não rebolam, não procuram sangue na orelha, na testa, na bochecha, como fazem os mariolas da bola que logo se contorcem no relvado como se acometidos por uma cólica renal aguda de cada vez que levam um encosto, um ligeiríssimo raspão na pele.

No segundo capítulo deste comparativo, o da arbitragem, a diferença da prática do apito entre as duas modalidades é abissal.

No rugby ouvimos o árbitro, cordial, a explicar aos jogadores (e a todos nós) as decisões que toma, as mesmas sentenças que partilha com o vídeo-árbitro que avalia o lance à vista de todos, no estádio e em casa, explicando alto e bom som para ouvirmos o que decide. E, finalmente, vemos os jogadores a acatarem a deliberação sem protesto. De resto quando o fazem a equipa adversária avança 10 metros no campo, o que para um jogo que passa pela conquista de terreno diz tudo da importância de respeitar as leis do jogo.

Fã e adepto fervoroso das nossas equipas todas, a começar pela equipa principal de futebol, não tenho dúvida que o denominado desporto-rei tem muito, mesmo muito, a aprender com o rugby que, julgo, através do que aqui enunciei, destrona o futebol na justiça e verdade desportivas, o que também o torna muitas vezes mais apaixonante.

Rescaldo do jogo de ontem

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Gyökeres muito cumprimentado pelos companheiros: bisou a converter penáltis

Foto: Luís Forra / Lusa

 

Gostei

 

De ver o Sporting ultrapassar um adversário muito difícil. Saímos do estádio de São Luís com uma vitória suada (2-3) mas nem por isso menos saborosa: o Farense é sempre uma equipa muito complicada. Como bem sabe o Braga, que perdeu neste mesmo estádio por 3-1. Como bem sabe o FC Porto, que arrancou a ferros uma vitória tangencial ao onze algarvio no Dragão - com o golo decisivo marcado aos 90'+10. 

 

De Gyökeres. Soma e segue: mais dois golos no seu currículo. Leva agora seis de verde e branco - cinco na Liga - e ascende ao primeiro posto da nossa galeria de artilheiros. Foi ele o homem do jogo ao bisar de grande penalidade de modo irrepreensível. Primeiro aos 21', depois aos 90', sentenciando a partida e fixando o resultado. Mas não se limitou a marcar: foi um batalhador incansável. Sempre a disputar a bola mesmo policiado em permanência por dois defesas adversários.

 

De Pedro Gonçalves. Excelente notícia, ter voltado a afinar a pontaria: marcou um belo golo (o seu segundo da temporada) aos 35'. Um golaço, com remate rasteiro, forte e muito bem colocado na sequência de um canto. Confirmando que o Sporting, nesta época, tem elevado índice de aproveitamento dos chamados lances de "bola parada". Pormenor a salientar: nos dois penáltis, que em princípio deveria ter sido ele a bater, fez questão de oferecer a bola a Gyökeres, dividindo com ele o protagonismo neste jogo. Bonito gesto de companheirismo: merece ser enaltecido.

 

De Mattheus Oliveira. Não está aqui por engano, apesar de actuar pelo Farense: merece mesmo destaque. Fez a melhor partida desde que está em Portugal, marcando os dois golos da sua equipa (aos 36' e aos 55'), ambos na conversão de livres directos que Adán foi incapaz de travar. Dois estupendos remates que pareceram soar a vingança contra o Sporting, onde o médio ofensivo filho do antigo campeão mundial Bebeto esteve sob contrato mas quase não foi utilizado - só disputou quatro jogos na nossa equipa principal. Talvez não volte a fazer um jogo com o brilhantismo deste, em que esteve perto de marcar o terceiro, em lance corrido (grande defesa de Adán aos 81').

 

Da atmosfera no estádio. Bancadas cheias, apoio incessante às duas equipas do princípio ao fim. Quase tudo irrepreensível, excepto o arremesso de tochas e potes de fumo para o relvado no início do encontro. Pelos mesmos de sempre, que forçam o Sporting a pagar largos milhares de euros em multas impostas pela Liga: não têm emenda.

 

De termos conquistado 19 pontos em 21 possíveis. Mais nove do que na mesma fase do campeonato anterior. Eficácia sem margem para dúvida. Marcámos até agora em todos os jogos. 

 

De termos cumprido outro jogo sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e aos desafios das seis jornadas iniciais deste campeonato, mais o da Liga Europa na Áustria, já levamos 22 sem conhecer o mau sabor da derrota em partidas oficiais. 

 

De ver o Sporting a liderar isolado o campeonato. Tal como na época em que fomos campeões, assumindo o comando à jornada 7, seguimos em primeiro. Agora com mais um ponto do que o Benfica (que tem 18), mais três do que o FC Porto (que tem 16) e mais seis do que o Braga (que tem 13). Haverá quem não goste, mesmo entre alegados adeptos leoninos? É bem possível. Com toda a franqueza, já nada me admira.

 

 

Não gostei

 

Da lesão de Coates. O nosso capitão teve de passar a braçadeira a Adán logo aos 11'. Saiu com queixas musculares, cedendo o lugar no onze a Matheus Reis (Gonçalo ficou ao meio). Oxalá recupere depressa: precisamos dele.

 

De termos passado de 0-2 a 2-2. Mesmo a jogarmos só contra dez a partir do minuto 19, beneficiámos pouco ou nada dessa vantagem numérica. Pelo contrário, foi a partir daí que os leões de Faro se empolgaram ainda mais e partiram para cima de nós em rápidos lances ofensivos de que resultaram os dois golos. Valeu-nos o segundo penálti - muito duvidoso - que Luís Godinho assinalou por suposta falta sobre Edwards sem que o vídeo-árbitro Manuel Mota o tivesse contrariado. Sinceramente, não parece ter existido motivo para castigo máximo nesse lance. Mas foi graças a ele que trouxemos os três pontos de Faro.

 

De Morten. Partida para esquecer do internacional dinamarquês. Aos 36', fez uma falta indiscutível e totalmente desnecessária de que resultou o primeiro golo da turma algarvia. Amarelado, aos 42' voltou a fazer outra falta sem margem para dúvidas e também sem qualquer necessidade que em estrito rigor lhe deveria ter valido o segundo amarelo e consequente expulsão. Rúben Amorim deve ter sofrido um calafrio. De tal modo que trocou Morten por Paulinho ao intervalo. Percebeu que, com ele em campo, arriscaria passar a jogar só com dez.

 

De Daniel Bragança. Voltou a fazer a diferença, novamente para pior. Em campo desde os 83', substituindo Nuno Santos, foi incapaz de ser útil à equipa quando precisávamos de desfazer o empate e de trazer qualidade ao meio-campo leonino. Pelo contrário: logo no minuto seguinte viu o amarelo ao cometer uma falta sem qualquer nexo. Aos 90'+3, quando precisávamos de pausar o jogo e segurar a bola, precipitou-se entregando-a ao Farense lá na frente. Assim dificilmente será titular do Sporting. Absolutamente decepcionante.

 

De ter sofrido dois golos, mesmo em superioridade numérica. Ainda não foi desta que mantivemos as nossas redes invictas na condição de equipa visitante. É o próximo marco a conquistar.

O dia seguinte

Num campo inclinado pela arbitragem dum incompetente e manipulado Godinho, que conseguiu engolir o fora de jogo posicional do Pedro Gonçalves e assim anular um golo legítimo, o Sporting desperdiçou uma excelente oportunidade de chegar à paragem do campeonato como líder isolado.

Pinto da Costa, com casamento ou sem ele, está à beira de cair da cadeira, as negociatas em proveito próprio via empresários estão-se a tornar muito visíveis, as saídas a custo zero ameaçam continuar, o Conceição anda de trombas e lá lhe empregaram o filho de novo, mas o CA/APAF e os seus árbitros continuam a valer mais do que comprar grandes jogadores. E hoje até conseguiram dar cabo da ligação informática ao VAR para não terem de levar com um penálti revertido por simulação do Taremi, e um golo anulado por fora de jogo posicional. Se calhar foram os mesmos do assalto ao nosso presidente nas garagens do Dragão.

 

Mas, voltando ao jogo, e a chegar ao intervalo a ganhar por 1-0 o Sporting perante um Braga forçosamente cansado pela jornada europeia só tinha que ganhar o jogo. E não ganhou porque Edwards, Bragança, Catamo e Trincão entraram muito mal, desconcentrados, a atacar sempre optando pelo mais difícil, faltosos ou ausentes a defender. Nada acrescentaram à equipa. E assim, em vez duma vitória folgada, surgiu um empate fruto dum grande remate de bola parada do jogador do Braga, fruto de mais um desarme em falta do Bragança por falta de físico para a função.

Não é fácil jogar com este Braga. Uma equipa com um futebol miudinho, de pé para pé, que sabe bem quando travar e quando acelerar, com bons executantes como Ricardo Horta, mas o Sporting tinha feito o mais difícil. Chegar ao intervalo a ganhar num lance digno do melhor Pedro Gonçalves a passe de Diomande. Na segunda parte o Braga viveu da incapacidade do Sporting sentenciar o jogo, teve a sorte dum livre frontal e dum remate soberbo do Djaló.

Enfim, temos de aceitar o resultado, aceitar também que Hjulmand e Nuno Santos, principalmente estes dois, não tenham ainda condições para os 90 minutos, aceitar que Edwards e Trincão ainda gravitem  à volta dum planeta qualquer. Mas custa.

SL

Uma pergunta

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Imaginam possível nos tempos que correm um jogo assim como a Supertaça de ontem em Aveiro entre o Sporting e o Porto, com o Luís Godinho, depois dum festival de apito com amarelos para todos os gostos, uns mal dados a começar por um originado por mais uma canalhice do Otávio, outros por dar, alertado pelo João Pinheiro, a expulsar o arruaceiro Pepe e depois o Conceição?

Eu não consigo. Nunca aconteceu, e enquanto esta arbitragem APAF se mantiver ao serviço de Porto e Benfica não vai acontecer. 

SL

O clássico assassinado

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O jogo Paços de Ferreira-Braga contou com um ingrediente inédito: foi arbitrado por um francês, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Federação Portuguesa de Futebol e a sua congénere gaulesa.

Willy Delajod: assim se chama o chefe da equipa de arbitragem desse desafio, que terminou empatado a zero.

Ao abrigo do mesmo protocolo, a FPF enviou para França o árbitro Luís Godinho. Que apitou o Bordéus-Lens (1-2), com videoarbitragem de Bruno Esteves. Um desafio que terminou envolto em polémica: os adeptos da equipa visitada acusam Godinho de ter inventado o penálti que permitiu a vitória dos visitantes.

É absolutamente incompreensível a escolha do juiz francês para o irrelevante jogo em Paços de Ferreira na mesma jornada em que se disputou o primeiro dos seis clássicos da Liga 2021/2022. Com miserável arbitragem de Nuno Almeida, um apitador que já devia estar reformado pois atingiu a data limite para o exercício da actividade na temporada anterior mas acabou repescado para esta época.

A pergunta tem de ser feita: por que motivo não foi escolhido o árbitro francês para apitar o Sporting-FC Porto?

 

O senhor Almeida, "coadjuvado" pelo inefável João Pinheiro na vídeo-arbitragem, assassinou o clássico desde o apito inicial. Com três cartões exibidos em menos de quatro minutos e 40 faltas assinaladas ao longo de toda a partida. Em total antítese com os critérios adoptados no recente Campeonato da Europa e contrariando as próprias recomendações dos responsáveis da arbitragem portuguesa, aconselhando menos interrupções de jogo no nosso campeonato, o oitavo com mais faltas em 35 Ligas europeias.

Como assinalava ontem Daniel Sá no Record, «raramente conseguimos assistir a mais de um minuto de futebol contínuo» neste primeiro clássico da temporada. O que só acelera o desinteresse das novas gerações pela modalidade: em vez de um jogo, há meio-jogo.

«Os 90 minutos de futebol de 40 faltas serão cada vez menos apelativos para o público em geral», acentuando a tendência para só ver resumos em vez da transmissões integrais das partidas. Com a queda de receitas daí decorrente.

 

Árbitros como Nuno Almeida conseguem o inimaginável noutras épocas, não muito recuadas: hoje o tempo de jogo médio na Liga portuguesa resume-se a 49 minutos. Com mais um terço de faltas do que na Premier League. 

Temos o pior campeonato em tempo útil, faltas, paragens - e golos. E um lamentável recorde: ninguém apita mais faltas na Europa do que o nosso conhecido Fábio Veríssimo.

Puseram o senhor francês a apitar o Paços de Ferreira-Braga para quê?

Descubra as diferenças

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Poderia falar na diferença de critério entre o padre Arturito e o padre Godinho, quanto à acção disciplinar aplicada a Gonçalo Inácio, na época passada e Raul Silva, no jogo de ontem. Nem quero acreditar que a cor das camisolas tenha influência, costuma-se dizer, cada cabeça, sua sentença, ou neste caso, a cada árbitro, o seu critério.

Falo apenas no padre Godinho e sua análise de lances em que um jogador de forma impetuosa, pisa o adversário. Não posso deixar de reconhecer coerência ao padre Godinho, para ele, a regra é sempre a mesma, "in dubio, contra o Sporting C.P."

Talvez não mereça nota máxima dos responsáveis da arbitragem no tuga soccer, porque afinal, ao contrário do padre Mota, a inclinação de campo alcançada, não terá produzido o efeito desejado, a perda de pontos do campeão nacional...

Mas sem dúvida, que à segunda jornada do campeonato, ainda incompleta, já todos percebemos que o colinho regressou e com ele, o limpinho, limpinho de má memória...

O dia seguinte

Antes do mais foi um belo jogo da Liga Portuguesa, intenso, dividido, duas equipas muito bem trabalhadas tacticamente, três belos golos, defesas fenomenais, um jogo em que adoraria ter estado num ambiente de amigos e famílias e com a Pedreira a transbordar, obviamente sem petardos a rebentar, tochas a voar, cânticos de filhos da puta, pancadaria e cargas policiais. 

Foi também um jogo em que esta caricatura de árbitro - tal como fez em Famalicão na época passada - não teve problemas em tentar estragar. Deve ter algum problema mal resolvido com o Sporting ou então é apenas incapacidade de conseguir apitar um jogo com um critério uniforme e ter inteligência emocional nos momentos críticos. Um árbitro que contemporiza com o primeiro lance claro para amarelo de Raul Silva, que com o segundo seria expulso, e com o teatro e os protestos constantes de Galeno não pode ser o mesmo que mostra um amarelo a Matheus Reis acabado de entrar por fazer uma coisa que muitas fazem sem consequências e por uma falta no limite desse mesmo amarelo. Godinho nunca mais.

 

Voltando ao jogo, uma primeira parte muito disputada a meio-campo, com o Sporting a dominar e o Braga a aproveitar perdas de bola para lançar contra-ataques rápidos, mais ou menos o mesmo número de oportunidades para os dois lados, Adán fenomenal e Jovane a fazer a diferença num grande golpe de cabeça após um enorme centro de Esgaio.

A segunda parte começou com o Sporting de novo por cima: grande jogada colectiva que proporcionou uma concretização de classe de Pedro Gonçalves, o Braga incapaz de equilibrar o jogo e o resultado parecia feito. 

Aí pelos 70 minutos, tudo o que havia para correr mal ao Sporting começou a correr. O Braga meteu avançados frescos e foi atrás do prejuízo, as pernas começaram a fraquejar do lado do Sporting com Palhinha a sofrer uma carga que o abalou, as substituições forçadas de Amorim não acrescentaram nada, Godinho inclinou o campo e começou o sofrimento. No fundo aquilo a que o Sporting está habituado, é a nossa sina.

É preciso dizer que, mesmo tendo conta que estava a jogar com 10, a equipa cometeu o erro de se acantonar atrás, ao jeito duma defesa 6-0 do andebol, no caso uma 5-4 à frente de Adán, deixando o Braga muito bem comandado por AlMusrati circular a bola à vontade à sua frente, à  procura do momento certo para a incursão ou para o centro. E assim passámos por grandes dificuldades, sofremos um golo, outro belo golo por sinal. Mas o apito final felizmente chegou, mesmo tarde e a más horas, para nos garantir os três pontos.

 

Temos realmente uma bela equipa, uma equipa sem dúvida superior à Campeã Nacional do ano passado. A coluna vertebral manteve-se mas Paulinho está bem melhor, as contratações de Esgaio e Vinagre foram cirúrgicas. Com Ugarte vai ser a mesma coisa. Jovane, debeladas as lesões, pode ter a sua época de afirmação. Matheus Nunes faz esquecer João Mário. Todos se conhecem melhor e melhor dominam o sistema, a equipa joga melhor futebol e marca belos golos.

Temos uma equipa candidata ao título. Mas apenas isso. A temporada ainda agora começou e daqui a nada temos a Champions. Importa agora mantê-la para lá do fecho do mercado, seria mesmo frustrante se algum dos que estiveram ontem na Pedreira tivesse de sair. Espero bem que não, arranje-se o dinheiro onde se puder arranjar.

 

PS: Percebem porque é que o Max quer sair, ou é preciso fazer um desenho?

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

O árbitro bem tentou, mas o campeão voltou!

Nem preciso recorrer ao critério utilizado no SCB-SCP da época passada, ao Gonçalo Inácio, essa missa foi celebrada por outro padre. Hoje, durante a primeira parte, Raul Silva teve duas entradas por trás, qualquer delas a merecer o cartão amarelo. O padre Godinho entendeu avisar na primeira e mostrar amarelo na segunda.

Durante a segunda parte, Mateus Reis cometeu idêntica imprudência, mas o árbitro não utilizou o mesmo critério. Nem vou falar nos protestos de Galeno, que teriam merecido outra atitude, pelos constantes protestos.

Em Braga, assistimos à celebração de missa, provavelmente encomendada pelo bafiento tuga soccer. Mesmo assim, vencemos...

O campeão voltou!

Pimenta no cu dos outros é refresco

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Trata-se dum ditado brasileiro que o meu falecido sogro que por lá andou citava de vez em quando e que traduz a diferença de entendimento sobre o que de mal acontece aos outros e  aquele nos acontece a nós.

Ontem assisti via TV a uma das decisões mais estúpidas dum árbitro de futebol de que me recordo, a dum jogador expulso por na sequência dum remate esforçado à baliza o pé que rematou ter pousado no tornozelo que o defensor lá colocou. Mas foi essa mesmo caricatura de árbitro o responsável por ter voltado atrás no penalti assinalado ao Zaidu em Alvalade, bem como pelo amarelo no lance anterior para expulsão desse mesmo Zaidu, e por tudo aquilo que se passou depois em Famalicão e de que nem vale a pena falar. Foram quatro pontos subtraídos ao Sporting nesses dois jogos, duas expulsões de Rúben Amorim e agora mesmo 45 dias de castigo ao nosso presidente pelo protesto pelo que esse senhor fez ao Sporting nesse jogo em Alvalade.

Foi também essa mesma caricatura de árbitro que ia deixando passar incólume a bárbara agressão do Taremi no Dragão, apenas o expulsando quando chamado pelo VAR e escrevendo no relatório aquilo que levou a que apenas fosse castigado com um jogo. 

 

Não é o VAR que apita os jogos é o árbitro. O VAR apenas o alerta para situações que deverá rever e analisar. Perante uma lesão grave como aquela, e estando definido que as faltas que levem a lesões graves levam a expulsão, o VAR fez bem em chamar a atenção. Recordemo-nos porém que há um ano o nosso LP sofreu uma grave lesão depois de carregado por um jogador do Marítimo (bem à minha frente em Alvalade, que saudades ai ai), o árbitro nem marcou falta e esse jogador não foi expulso. E ficámos até hoje sem o nosso LP que bem falta nos faz. E o VAR da altura não chamou a atenção ao árbitro para rever o lance.

Luís Godinho é o melhor exemplo da triste arbitragem que temos: não tem conhecimento do jogo, não tem estofo psicológico para aguentar a pressão, não reúne condições para apitar jogos de futebol a este nível, prejudicou directa e indirectamente de forma grave aquele que dizem ser o seu clube, chegou agora a vez ao Porto. Curiosamente Pinto da Costa consegue fazer toda uma intervenção de defesa do seu clube sem se referir uma única vez ao nome deste senhor, o que apenas quer dizer uma coisa: que o tem no bolso e o irá "recuperar" de forma a que ele nunca mais se esqueça deste "deslize".

Não é o primeiro, não será o último. Onde é que pára o abaixo-assinado?

 

O futebol é um desporto de contacto, os acidentes infelizmente acontecem e por vezes da forma mais estúpida possível (eu que o diga). Que David Carmo recupere depressa e que o Luiz Phellype volte a integrar ainda mais depressa as fotos das vitórias e das conquistas do Sporting Clube de Portugal.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

A cartilha do ódio ao Sporting

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Os mesmos comentadores que nas pantalhas debitam a cartilha do ódio ao Sporting, acusando-o de beneficiar dos favores da arbitragem, fecharam os olhos aos dois penáltis perdoados ao Braga no jogo de sábado contra a nossa equipa. Um empurrão pelas costas de Rolando a Feddal e um derrube de Raul Silva a Tiago Tomás, que as imagens tornam evidente. O primeiro foi transformado pelo árbitro Fábio Veríssimo em... falta atacante do Sporting. O segundo ocorreu quando o vídeo-árbitro João Pinheiro estaria a pairar em meditação transcendental lá nos confins da "cidade do futebol".

No empurrão a Feddal, dizem eles, nada se passou: tudo depende da intensidade. São os mesmos, em vários casos, que vislumbraram fúria intensiva no involuntário toque de Coates ao guarda-redes do Famalicão, justificando a anulação do nosso terceiro golo nesse jogo pelo árbitro Luís Godinho que nos impediu de ali conquistar os mais que merecidos três pontos e valeu a Rúben Amorim a segunda expulsão na sua carreira, a segunda ao serviço do Sporting (a primeira, por mera coincidência, foi também ditada por Godinho).

São os mesmos, exactamente os mesmos. E, do nosso lado, ainda há por vezes quem acredite neles.

À lupa

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Recapitulação de alguns lances do Famalicão-Sporting:

 

22' - Penálti não convertido pelo Sporting. Devia ter sido repetido: no momento em que Nuno Santos pontapeia a bola, a grande área está invadida por vários jogadores do Famalicão. Diz a lei que, não havendo golo, o pontapé de penálti deve ser repetido. Como sucedeu, na mesma jornada, no Belenenses SAD-Braga, favorecendo a equipa minhota.

23' - Pedro Gonçalves amarelado por simulação quando tentava a recarga na sequência do penálti falhado. Contradiz decisão do árbitro Luís Godinho, favorável ao Famalicão, no minuto 49.

36' - Campana, já com cartão amarelo desde o minuto 8 devido a uma entrada por trás que derrubou Palhinha, volta a fazer falta sobre o nosso médio defensivo, desta vez com um pisão no seu pé esquerdo. Falta que justificava o segundo amarelo - e consequente expulsão do famalicense. Contradiz decisão do árbitro, desfavorável ao Sporting, no minuto 80.

39' - Gustavo Assunção, junto ao círculo central, trava saída rápida de Nuno Santos, agarrando-o e derrubando-o. Abortado um ataque perigoso do Sporting sem que o jogador do Famalicão visse o amarelo. 

45'+2 - Gustavo Assunção (novamente) afasta ostensivamente a bola quando Pedro Gonçalves se preparava para o arremesso junto à linha lateral. Não houve cartão, contrariando decisão do árbitro desfavorável ao Sporting no minuto 80.

45'+3 - Entrada duríssima em tackle deslizante, de Pereyra sobre Antunes, com o defesa do Famalicão aplicando a sola no tornozelo esquerdo do nosso jogador. Só viu amarelo: devia ter sido expulso.

 

Após o apito para o intervalo - Riccieli, que provocara o penálti cometendo falta sobre Nuno Santos, recebe cartão amarelo por gritar e gesticular em direcção a um grupo de jogadores do Sporting enquanto todos abandonavam o campo. Nuno Santos é também amarelado sem que se perceba porquê.

 

49' - Valenzuela passa por Coates caindo dois metros à frente, em evidente tentativa de cavar uma falta. Fica sem advertência do árbitro, ao contrário do que sucedera com Pedro Gonçalves no minuto 23.

53' - Pereyra, já com amarelo, derruba Nuno Santos, que conduzia um ataque prometedor junto à linha lateral da grande área. O segundo cartão ficou no bolso do árbitro.

66' - João Mário conduz a bola junto à linha da baliza, já dentro da grande área, para cruzar quando Herrera o afasta do caminho empurrando-o ostensivamente com o braço esquerdo para fora do relvado, contra os placards publicitários. O árbitro nada assinalou. O vídeo-árbitro Artur Soares Dias deixou passar. Penálti evidente contra o Famalicão que ficou por marcar.

70' - Gustavo Assunção salta, levanta os braços e grita contra Luís Godinho ao ser-lhe assinalada uma falta. Não viu o amarelo, por aparente "gestão do jogo" por parte do árbitro, contrariando o que viria a decidir contra o Sporting no minuto 80.

72' - Riccieli, já amarelado, derruba Tiago Tomás junto à linha, no meio campo defensivo do Famalicão. Impôs-se novamente a "gestão do jogo": não houve segundo cartão ao famalicense.

80' - Luís Godinho exibe segundo cartão a Pedro Gonçalves, expulsando o nosso médio criativo ao ser-lhe assinalada falta num lance a meio-campo que não constituiu entrada negligente nem cortava ataque prometedor do Famalicão. Pedro terá sido expulso por pontapear a bola já sentado no chão, após a interrupção por falta. Duplicidade de critério do árbitro, que decidira de forma diferente, favorecendo o Famalicão, no minuto 45+2.

90' - Coates marca o terceiro golo do Sporting, que nos daria três pontos no confronto de Famalicão. O árbitro valida mas reverte a decisão na sequência de um alerta do VAR. Artur Soares Dias - que só deveria intervir em lance claro e inequívoco, segundo estipula o protocolo que regulamenta a vídeo-arbitragem - alega ter existido falta do uruguaio sobre o guarda-redes Luiz Júnior. As imagens, no entanto, comprovam que só há um ligeiro contacto entre o braço esquerdo de Coates e o guardião, e mesmo assim já fora da pequena área, quando Luiz Júnior se fazia tardiamente ao lance, após impulsão prévia do defesa leonino, acabando a bola por bater na cabeça do nosso capitão e ressaltar para a baliza deserta. Lance limpo que Godinho invalidou.

90'+2 - Luís Godinho exibe o cartão vermelho a Rúben Amorim, por alegados protestos. O técnico leonino é expulso pela segunda vez, com um intervalo de sete semanas, numa partida dirigida pelo mesmo árbitro - ele que jamais vira um cartão dessa cor, enquanto jogador e enquanto treinador, ao longo de toda a sua carreira no futebol.

Unanimidade? Qual unanimidade?

Duas opiniões insuspeitas sobre o mais polémico lance do Famalicão-Sporting - aquele em que é anulado um golo limpo da nossa equipa, marcado pelo capitão leonino aos 90'.

Ambas publicadas na edição de ontem do jornal A Bola:

 

Bagão Félix: «O golo anulado a Coates em Famalicão é de difícil julgamento. Honestamente, acho que uma vez assinalado como válido pelo árbitro, a intervenção do VAR é duvidosa, porque seja qual for o ângulo de observação não há uma infracção categórica.»

Vítor Serpa: «É possível garantir, através de imagens paradas ou até mesmo de uma sucessão de frames, que houve irregularidade? Não me parece. Quanto muito seria possível interpretar como tal, mas nunca com absoluto rigor. O que nos remete para a possibilidade de uma invasão inapropriada do VAR no jogo.»

 

Cai definitivamente por terra a tese que alguns andam desde domingo a propagar sobre a pretensa "unanimidade", entre todos quantos não são adeptos do Sporting, relativamente à decisão assumida nesse jogo pelo árbitro Luís Godinho, sob pressão do vídeo-árbitro Artur Soares Dias.

Bagão Félix e Vítor Serpa juntam-se assim a António Oliveira, Manuel Cajuda e outros observadores isentos de devoção leonina mas dotados de honestidade intelectual.

 

ADENDA: O conceituado árbitro espanhol Eduardo Iturralde também se pronuncia: «É um golo legal e não tinha de ser revertido pelo VAR. Não há falta clara sobre o guarda-redes dentro da pequena área. Fora dela, o guardião é só mais um jogador. Ele vai disputar a bola, o jogador do Sporting também e não há nada. Há braço com braço, mas não é falta. Para mim, trata-se de um golo legal.» Desfeito de vez o mito da "unanimidade" em torno deste lance.

Dizem que é do Sporting

Dizem que é do Sporting.

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Mas em duas arbitragens miseráveis, esta época, conseguiu subtrair 4 pontos ao Sporting e expulsar pelas primeiras duas vezes o nosso treinador e pela primeira vez o nosso melhor jogador.

 

Dizem que é do Sporting.

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Mas, esquecido ou não, do campeonato que nos fez perder, carregado ou não, por não ter chegado com a puta das suas mãos à cabeça do Luisão, conseguiu ontem na Sport TV pôr em evidência todos os maiores erros cometidos pelos jogadores do Sporting, branquear completamente a actuação tendenciosa e parcial do apitador de serviço, mais o seu partenaire no Jamor, e justificar a falta de Coates no lance decisivo, ao contrário do que disseram António Oliveira, Manuel Cajuda, Bagão Felix ou Rui Santos, e finalmente criticar o presidente do clube pela sua reacção que entende digna dum calimero.

Mas será mesmo que o Sporting tem alguma coisa a ver com estes sujeitos ?

Caso sejam sócios, que o Sporting lhes devolva o dinheiro das quotas e eles que sejam sócios do que quiserem, que se assumam como lampiões ou andrades (ia a dizer tripeiros, mas já me explicaram a diferença), ou do que quiserem.

Do Sporting, não !

Entre sportinguistas destes e "lampiões" como Paulo Bento e Rúben Amorim, mil vezes os segundos.

SL

A honra perdida do senhor Godinho

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Já não bastava um turbo-comunicado veiculado por um putativo porta-voz do Conselho de Arbitragem, minutos após o fim do Famalicão-Sporting, ter assegurado ao País - via agência Lusa - que o miserável desempenho do apitador Luís Godinho atingira nível de excelência.

É a primeira vez que algo semelhante ocorre: em escassos minutos, um órgão colectivo reúne, analisa, delibera e difunde a deliberação, esquecendo-se apenas de tirar a máscara ao anónimo porta-voz. Parece uma rábula do Ricardo Araújo Pereira, mas aconteceu mesmo, na noite de sábado, com a depressão Dora ainda à solta.

 

Na mesma linha deste corporativismo saloio, saindo em defesa do indefensável, surge agora a inefável Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol em apoio incondicional a Godinho, urrando contra «a linguagem utilizada por diversos agentes com responsabilidades acrescidas no futebol português». Num ridículo comunicado bilingue - redigido igualmente em inglês, talvez na esperança de que venha a ser alvo de análise na ONU - a APAF considera «inaceitável» a lesão da «honra e do bom-nome» de Luís Godinho (nome omitido no comunicado). Esquecendo um facto fundamental: quem insiste em ferir a honra do senhor Godinho, reiteradamente, é o próprio senhor Godinho.

E logo parte do suspiro lacrimejante de virgem ofendida para a ameaça façanhuda, revelando ter «encaminhado para o Conselho de Disciplina as declarações proferidas após os jogos do fim-de-semana e remetido queixas para outros órgãos judiciais e associativos no sentido de apurar responsabilidades».

 

De caminho, insulta. Qualificando de «total irresponsabilidade» o atrevimento daqueles que ousaram contestar o péssimo trabalho de Luís Godinho exercendo o direito à livre expressão garantido na Constituição da República Portuguesa. Quer impor a lei da rolha, como desabafa sem rodeios: o que se pretende é «banir, de uma vez por todas, este tipo de discursos [isto é, as críticas] no futebol em Portugal».

Rolha, portanto, mas só para os outros. Como ironizava Millôr Fernandes, «toda regra tem exceção. E se toda regra tem exceção, então, esta regra também tem exceção e deve haver, perdida por aí, uma regra absolutamente sem exceção». Perguntem à APAF.

«Não deixaram o Sporting ganhar o jogo»

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António Oliveira - glória do futebol português - deixou ontem tudo bem claro, em palavras lapidares, no Trio d' Ataque da RTP 3: «Não deixaram o Sporting ganhar o jogo.»

Referia-se à miserável actuação do árbitro Luís Godinho no Famalicão-Sporting da véspera. O inenarrável apitador que já conseguiu expulsar Rúben Amorim em dois jogos: o Sporting-FC Porto, da terceira jornada, e agora este, relativo à nona jornada. 

 

A primeira pergunta deve ser feita ao presidente da Liga, Pedro Proença (ele próprio antigo árbitro), e ao presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontelas Gomes. Como é que o mesmo homem de apito é nomeado duas vezes para dirigir jogos do Sporting com escassas sete semanas de intervalo sabendo-se da enorme celeuma que suscitara no clássico de Alvalade?

Seguem-se outras, que a SAD leonina tem o dever de apresentar em sede própria, junto dos órgãos jurisdicionais, e na praça pública. Como é que aquele que todos consideram o melhor jogador do campeonato português, Pedro Gonçalves, acaba expulso aos 80', por acumulação de amarelos, numa partida em que só cometeu duas faltas? Alega Godinho que terá simulado penálti num caso e terá pontapeado a bola em protesto noutro caso: acontece que jogadores do Famalicão, ao longo do mesmo jogo, fizeram uma coisa e outra ficando impunes.

Basta isto para qualificar de vergonhosa a actuação do expulsador. E já nem menciono o penálti sobre João Mário que Godinho fez de conta que não viu. Nem da suposta falta sobre o guarda-redes cometida por Coates num lance em que é indiscutível ter sido ele a saltar primeiro. E regresso aqui às palavras de Oliveira: «Não me pareceu que houvesse qualquer falta no golo do Coates. Primeiro, porque é fora da pequena área. E, antes do guarda-redes, já ele lá estava à procura da bola.»

 

O mais revoltante, no entanto, é verificar que Rúben Amorim já contabiliza duas expulsões. De nada lhe vale ser enaltecido por todos os comentadores como um dos treinadores com mais fair play e menos incendiários do futebol português. Basta comparar: como jogador, ao serviço de Belenenses, Braga e Benfica, efectuou 337 jogos sem nunca ter sido expulso; como treinador, antes de vir para Alvalade, cumpriu 13 jogos no Braga, sem qualquer expulsão.

No Sporting, onde está apenas há nove meses, já vai no segundo cartão vermelho em 21 jogos  - ambos exibidos pelo mesmo apitador. Isto diz tudo sobre os critérios da arbitragem portuguesa. Critérios de nomeação, desde logo. E critérios de  justiça desportiva, depois.

Passsam os anos, mudam as décadas, é a miséria de sempre. Parafraseando o sábio António Oliveira: eles não deixam o Sporting ganhar jogos. Nem campeonatos.

{ Blogue fundado em 2012. }

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