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És a nossa Fé!

A inveja é tramada

Continuam a levar com CR7: vão inchar ainda mais

CR7.jpg

 

A turba dos invejosos voltou a atacar. Contra o alvo do costume: Cristiano Ronaldo, o nosso maior jogador de sempre. É quanto basta para ter em torno dele uma legião de ressabiados prontos a morder-lhe as canelas.

Traçam-lhe o epitáfio há longos anos - desde que dobrou os 30, em 2015. Depois disso, vejam lá, já ele se sagrou campeão da Europa. Foi capitão da equipa das quinas na conquista da primeira Liga das Nações. Ás dos artilheiros no Euro-21. Tornou-se o único futebolista a disputar cinco fases finais de Europeus. Recordista absoluto, como rei das internacionalizações à escala global e maior marcador de sempre em futebol de selecções. Primeiro a meter a bola no fundo das redes em cinco Campeonatos do Mundo.

Vencedor de três Ligas dos Campeões, pelo Real Madrid (2016, 2017, 2018). E de três campeonatos: um em Espanha (Real Madrid, 2017), dois em Itália (2019, 2020).

Bola de Ouro em 2016 e 2017.

Tudo isto, repito, após os 30 anos.

 

Há dias, marcou mais quatro ao serviço da equipa das quinas. Tem um palmarés fabuloso: 122 golos pela selecção nacional.

Já soma mais do que os de Pauleta, Eusébio e Figo juntos.

Quanto mais obstáculos supera, mais eles rosnam, furibundos.

A inveja é tramada. Gera ódio, do mais rançoso. 

 

Muitos dos que diziam cobras e lagartos de Fernando Santos, insultando-o de alto a baixo, saíram desta vez hipocritamente em defesa do ex-seleccionador só porque Cristiano Ronaldo cometeu a heresia de declarar esta frase, em conferência de imprensa: «Temos um ar fresco agora, com ideias diferentes.»

Foi quanto bastou para antigos e recentes detractores de Santos incharem de fúria. Incluindo alguns que andaram anos a promover um tal Nélson Oliveira como génio do futebol e entoavam hossanas ao Renato Sanches.

Luís Freitas Lobo abandonou a pose sonolenta para ferver de indignação minhota: «Foi deplorável para um capitão da selecção.» E Manuel José, talvez saído de algum sarcófago, vomitou isto: «Ar fresco era se tirassem Ronaldo da selecção.» Já sem falar de um canal televisivo que anda há anos a fazer miseráveis campanhas contra CR7 em sessões contínuas.

 

O rancor fervilha até entre adeptos do Sporting, algo para mim totalmente incompreensível. Quando jamais lhe ouvimos uma palavra menos lisonjeira para o nosso clube, que justamente consagrou o nome de Cristiano Ronaldo na Academia de Alcochete, um dos grandes viveiros de talentos do futebol mundial.

Todos estes sofrem o maior castigo: continuam a levar com ele. Vão inchar ainda mais.

Alguém percebe o que isto quer dizer?

question-marks.jpg

 

«A transição é um passe que não é mais do que isso, não é nenhuma acção de condução nem sequer de triangulações. É essencialmente um passe que faz a equipa sair desse momento defensivo para outro momento, de organização ofensiva.»

Luís Freitas Lobo, na Sport TV, durante a transmissão do Braga-Sporting. Quem souber descodificar este jargão da bola, faça o favor de me explicar. Agradeço desde já.

Alguém percebe isto?

7[1].png

 

Primeiro parágrafo e primeira frase do segundo parágrafo da coluna de opinião de Luís Freitas Lobo, hoje, no jornal O Jogo

«Os quatro momentos do jogo (organização ofensiva e defensiva, e respectivas transições) fazem a essência da análise das equipas, mas detetar as vantagens que podem (ou não) existir dentro de cada um desses momentos é, na descodificação do jogo em concreto, a verdadeira forma de perceber a qualidade dessa equipa em diferentes fatores.

Podemos, nesta sub-interpretação do jogo, distinguir quatro diferentes (momentos de) vantagens: vantagem numérica, qualitativa, posicional e dinâmica.»

 

Não percebi patavina. Quem souber esclareça-me, se faz favor.

Pérolas sonoras

«Rúben Ribeiro é o jogador mais agressivo na pressão da bola.»

Luís Freitas Lobo, ontem, durante a transmissão do FCP-Sporting na SportTV

 

                                                                  

 

«Para mim, isto é um frango em qualquer parte do mundo.»

Rui Pedro Brás/Braz, desvalorizando o golo de Rafael Leão, logo após o jogo, na TVI 24

Até o microfone treme - nota de rodapé

 

Lamento verificar que o Pedro Correia não percebe nada de ciência futebolística nem de semiótica linguística. Vejo-me, assim, obrigado a vir aqui, em prol da verdade e dos legítimos interesses dos leitores, converter o que disse o magistral geómetra Freitas Lobo na língua própria dos treinadores e restantes profissionais da bola, quando gritam aquilo que Lobo interpreta. Senão vejamos:

Quando o Freitas Lobo diz: «O Porto neste início de encontro define uma zona de pressão média-baixa.»; Lopetegui, na verdade, exclamou: "Ponham-se à retranca cabr$#&!!" 

FL: «Lopetegui não pediu largura a André André, pede-lhe que apareça por dentro a pegar na bola.»; Polesegui: "Ou deixas de fazer ronha ou estás fod&%$# comigo!!!"

FL: «O jogador russo já lhe tinha ganho a frente.»; Lobrecusi: "O panasc$#% do russo está-te a comer e tu a ver!!!"

FL: «O Porto baixou a zona de pressão.»; Tropegosi: "Estão todos borrados, mas é."

FL: «Embora jogando com dois pivôs, há sempre a possibilidade de um deles bascular um pouco para fazer essa cobertura.» Telogueti: "O gajo é um buraco do tamanho da &%$# da mãe dele, tapa-me isso, car&ª$#!!!"

FL: «André André procura sempre associar-se a outras linhas, juntando as pontas do meio-campo.» Petelogui: "Mas o qué'que esta palhaço está prá'li a fazer???"

FL: «É uma transição individual, feita apenas por um jogador em posse, sem a ligação colectiva que a equipa deve ter nessa construção mais apoiada.» Tetelegui: "Passa a bola, fução do ca&/*$!!!"

FL: «Ruben Neves tem que esticar o jogo mais rapidamente no flanco.» Pipilogui: "Corre, panel$#%&, andáste ontem nos copos e não podes com uma gata pelo rabo!!!"

FL: «André André adapta-se a tudo isto com a sua intensidade e qualidade de interpretação dos espaços.» Lepegoti: "Vai-te a eles, caral&%$#!!!"

Como vêem falta ao Pedro Correia um ou dois mestrados em futebolês para chegar ao nível hermenêutico que eu, felizmente para vós, já adquiri.

Até o microfone treme

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Não vi o jogo, mas conservei a música de fundo. Não era Mozart, nem a Callas, nem sequer Ella Fitzgerald

Era o que se arranjava: Luís Freitas Lobo.

Enquanto trabalhava, mantive ontem o som da partida Dínamo de Kiev-Futebol Clube do Porto, transmitida pela Sport TV: forneceu a atmosfera ideal para me me concentrar naquilo que fazia.

Freitas Lobo é muito mais do que um comentador do esférico: é um verdadeiro poeta da pantalha, artífice da metáfora, ourives do rendilhado oral.

Fala de futebol como se discorresse sobre física quântica. Ficamos a perceber o mesmo: nada. Mas não deixamos de admirar aquela catarata de palavras com o seu cunho inconfundível.

 

Aqui estão algumas das suas pérolas, que fui escrevinhando enquanto o escutava de costas para a televisão: 

«O Porto neste início de encontro define uma zona de pressão média-baixa.»

«Lopetegui não pediu largura a André André, pede-lhe que apareça por dentro a pegar na bola.»

«O jogador russo já lhe tinha ganho a frente.»

«O Porto baixou a zona de pressão.»

«Embora jogando com dois pivôs, há sempre a possibilidade de um deles bascular um pouco para fazer essa cobertura.» 

«André André procura sempre associar-se a outras linhas, juntando as pontas do meio-campo.»

«É uma transição individual, feita apenas por um jogador em posse, sem a ligação colectiva que a equipa deve ter nessa construção mais apoiada.»

«Ruben Neves tem que esticar o jogo mais rapidamente no flanco.»

«André André adapta-se a tudo isto com a sua intensidade e qualidade de interpretação dos espaços.»

 

Outros diriam: por qué no te callas? Mas eu não. Considero aliás que Lobo está para a bola como algumas divas estão para a ópera: com ele ao leme, até o microfone treme. De reconhecimento e emoção.

Só lamento que actue em transição individual, feita apenas por um jogador em posse, sem a ligação colectiva que a equipa deve ter nessa construção mais apoiada. Signifique isto o que significar.

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