de ontem...
gostei dos adeptos russos, ao levarem com a chapa quatro, não cantaram apenas no minuto 70.
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gostei dos adeptos russos, ao levarem com a chapa quatro, não cantaram apenas no minuto 70.
Maldição russa? Qual maldição? O Sporting obteve hoje uma saborosa e expressiva goleada em Moscovo, vingando neste desafio a derrota por 1-3 contra o Lokomotiv em Alvalade. Resultado anulado com os 4-2 alcançados esta noite frente à mesma equipa, com o onze verde-e-branco a exibir superioridade em toda a linha.
Os nossos golos foram marcados por Montero (o melhor em campo), Bryan Ruiz, Gelson Martins e Matheus Pereira numa partida que não contou com vários jogadores titulares - Rui Patrício, Paulo Oliveira, Jefferson e William Carvalho, por exemplo. Ao intervalo vencíamos já por 3-1.
A pressão intensa do Sporting desde o primeiro minuto no gélido estádio moscovita resultou em cheio neste nosso regresso às vitórias nas competições europeias, onde não ganhávamos desde Setembro de 2011. Foi também o nosso primeiro triunfo desde sempre alcançado na Rússia.
Cifras que funcionam a crédito do treinador leonino, Jorge Jesus. Este Sporting respira confiança em todos os planos - na frente interna e na frente internacional. Tudo permanece em aberto quanto à nossa manutenção na Liga Europa.
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MARCELO BOECK (6). Atento. Sem culpas nos golos sofridos, aos 5' e aos 86' - a abrir e a fechar o encontro. De maneira geral esteve bem entre os postes, sem acusar a responsabilidade de substituir Rui Patrício.
ESGAIO (6). Ousado. Não hesitou em fazer contínuas investidas pelo seu flanco, em apoio ao ataque. Coube-lhe a assistência para o golo inaugural, de Montero, com um cruzamento perfeito. Quase fez autogolo aos 53'.
EWERTON (7). Tranquilo. Recuperado da lesão, exibiu-se em bom nível, mostrando eficácia na manobra defensiva sem acusar a ausência de Paulo Oliveira, seu habitual parceiro. Fez um corte providencial aos 53'.
NALDO (6). Concentrado. Impecável nos cortes e no domínio do sector que lhe estava confiado, foi uma peça importante na solidez da muralha defensiva leonina, raras vezes abalada.
JONATHAN SILVA (5). Apático. Atacou muito menos do que se previa e abriu demasiado espaço na ala esquerda da defesa, que se tornou permeável durante alguns períodos deste encontro.
ADRIEN (6). Resistente. Um atraso infantil seu permitiu ao Lokomotiv adiantar-se no marcador, logo aos 5'. Mas o capitão, jogando hoje em posição mais recuada, redimiu-se com bons passes e várias recuperações.
JOÃO MÁRIO (7). Combativo. Peça nuclear na estratégia de Jesus para o meio-campo leonino, foi um dos jogadores mais influentes na ligação entre os sectores. Excelente passe aos 74' a lançar Gelson Martins.
GELSON MARTINS (8). Determinante. Marcou o terceiro golo, aos 43': foi a sua estreia como goleador na Liga Europa. Quase marcava aos 56'. Fez uma primorosa assistência para o golo de Matheus Pereira, aos 60'.
MATHEUS PEREIRA (6). Oscilante. Parecia passar ao lado da partida. Mas despertou aos 60', quando Jesus já mandava aquecer um colega para o seu lugar, com um golo de belo efeito. Quase ia marcando 4' depois.
BRYAN RUIZ (7). Hábil. Construiu a jogada do segundo golo, que virou definitivamente o encontro, quando iam decorridos 38'. Quase voltaria a marcar, a passe de Montero, aos 69': a bola bateu no poste.
MONTERO (8). Influente. Desfez a vantagem russa com o primeiro golo, aos 20'. Fez assistências para outros dois golos: o segundo, de Bryan, e o terceiro, de Gelson. Grande passe para o costarriquenho aos 69'.
ANDRÉ MARTINS (5). Cumpridor. Entrou aos 68', substituindo Matheus Pereira, com a missão deliberada de contribuir para segurar a folgada vantagem leonina. Cumpriu a missão, sem brilho mas com zelo.
SLIMANI (5). Poupado. Jesus manteve-o no banco até ao minuto 70, quando rendeu Montero, para o preservar com vista ao campeonato nacional. O argelino deu pouco nas vistas: o resultado já estava feito.
AQUILANI (5). Contido. Estavam já decorridos 79 minutos quando o treinador lhe deu ordem de entrada em campo, substituindo João Mário. Pedia-se-lhe contenção e retenção da bola. E ele assim fez.
Patrício: Já aqui escrevi inúmeras vezes que admiro o nosso GR, mas também tenho escrito, talvez mais ainda, que para ser um GR completo falta-lhe saber sair da baliza. A culpa não é tanto dele, mas de quem o treina! Ontem o segundo golo é culpa apenas dele. Até eu, com um joelho desfeito e esta barriguinha, ganhava aquela bola, se saísse da baliza para a apanhar. Alguém que diga isto ao sr. Nelson Pereira, sff.
Jefferson: Vencedor do prémio "acertar com o GR contrário". Cada tiro, cada melro, cada centro, cada "acertadela" no GR russo. Foi obra! E continuo com a minha de que é culpa dele o primeiro golo: ficou nas covas. Sim o Aquilani faz um túnel e deixa a bola no adversário, mas o passe era dirigido a Jefferson, que nem percebeu o que se estava a passar. Dois golos são pelo seu lado. Está tudo dito!
Paulo Oliveira: É um caso esquisito de perda de eficácia. Gradual e preocupante. Órfão de Ewerton? Falta de confiança em quem está à sua frente? Aliás, mal que afecta toda a equipa, que tem vindo a descer o nível exibicional de forma preocupante.
Tobias Figueiredo: Demonstrou claramente que não é (ainda?) deste campeonato. Demonstrou contudo uma enorme visão "ao longe". Marcou sempre os adversários "à vista", o que lhe rendeu dois golos consentidos infantilmente. Da única vez que marcou em cima, entrou a pés juntos sobre um adversário. Amarelo alaranjado. Sem querer ser duro ou injusto na apreciação, depois de ter visto a equipa B na quarta-feira, sugiro um empréstimo em Janeiro (a equipa B está bem servida e TF está já noutro patamar)
João Pereira: Olhem, nem perco tempo. E porque o Mauro Riquicho sofreu uma grave lesão, que tal pensar em ir às compras?
Aquilani: A prova provada que nomes não jogam à bola. Banhos e massagens costuma resultar.
Adrien: Quando Adrien é o nosso melhor, está tudo dito. E foi, apesar de tudo! Contudo, raramente decidiu bem, falhou demasiados passes. Joga em seu favor o ter que fazer o seu lugar e o de Aquilani. Já no início da época passada provou da mesma ementa, levando William às costas. Pode nem sempre fazer bem, mas deixa a pele em campo, como um leão que se preze!
Gelson Martins: Começou bem, dinâmico, com boas trocas com Teo e Montero. É dele o passe para Jefferson que dá o primeiro golo do adversário e que o colega não recepcionou. Raramente desceu do meio campo, sendo nula a sua ajuda a João Pereira. Foi desaparecendo do jogo, mas ainda assim esteve bem melhor que...
Carlos Mané: Trapalhão, não ganhou um lance de jeito ao defesa direito russo. Complicou o que parecia fácil e abusou dos passezinhos curtos com Jefferson. Um figo para o lateral contrário. Tal como Gelson, esqueceu-se de ajudar "lá atrás".
Teo Gutiérrez: Não vi... Sugiro o mesmo tratamento que sugeri para Aquilani.
Fredy Montero: Marcou um golaço. Não percebo porque saiu e ficou o colega aqui de cima em jogo, sobretudo se era para jogar com Slimani, com quem até costuma fazer boa dupla.
Islam Slimani: Não merecia ter entrado em campo. Um jogador destes não pode ficar associado a uma exibição e uma derrota como esta!
Bryan Ruiz: Alguém diz ao rapaz que só se marcam golos se se rematar à baliza? Que não é preciso entrar com ela pela baliza dentro? Continua cansado. Será congénito ou terá recuperação? É aproveitar a banheira e juntá-lo a Aquilani e Gutiérrez.
André Martins: É dele o único passe de ruptura de todo o jogo do Sporting. Diz bem da qualidade do futebol praticado. Durante o pouco tempo que esteve em jogo esteve bem, demonstrando que até poderia ter entrado no lugar de Aquilani (não posicional, mas a oito, deixando a tarefa defensiva a Adrien, a seis).
E pronto, é isto.
Esperemos que estes... equívocos, não se repitam na segunda feira.
Não gostei da exibição do Maurício e do Sarr.
Dois penaltis claros por assinalar.
Uma gritante dualidade de critérios no capítulo disciplinar.
A saga dos cartões, lá como cá.
MAS NÓS TAMBÉM NÃO!
Voltaram os golos estúpidos. Agora só faltam os autogolos.
O Sporting B parecia hoje uma equipa de matraquilhos. O Lokomotiv ganhou bem.
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