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És a nossa Fé!

Muito faço eu, ser Sporting

scp2020.pngUma janela, um autocolante.

Foi ali, naquele quarto que o meu menino ouviu (estávamos sem televisão e a bem da verdade ele adormeceu muito antes do final do jogo, estava 0-0, na altura) a primeira derrota do Sporting.

Do nosso Sporting.

Faz hoje, precisamente, dois meses, que nasceu, telefonei ao meu pai, nesse dia, as minhas palavras foram estas: "nasceu um sportinguista, é saudável" o meu pai sorriu, engasgado, choroso (não se pode dizer) e disse algo do género: "o menino que escolha, não o pressiones, é uma grande responsabilidade".

Como se fosse responsabilidade querer que o meu filho seja um homem bom, honesto e respeitável.

Qual era a alternativa?

Luís Filipe Vieira?

Pinto da Costa?

Felizmente em 2020.05.20 o presidente do Sporting não é razão de vergonha para ninguém.

Era um bocadinho, totó, papá" dir-me-á o rebento daqui a uns anos.

Sorrirei, encolherei os ombros, dir-lhe-ei: "e o que estava antes?"

 

(não fiz as contas, se o campeonato tivesse começado no dia 20 de Maio, se só tivessem contado os jogos que vi em directo na televisão [todos, excepto o último com o Porto] em que lugar estaria o Sporting do "malandro" Varandas, treinado pelo lampião Amorim?)

Reguardando os chiffres, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24

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Desalentado, não, ele não queria ficá-lo e não o ficaria desse lá por onde desse! Quantos iam no seu encalço? Centenas? Milhares?

O que não o impedia de beber o seu cálice de bagaceira e de permaner impassível vendo a chuva cair. Um homem é sempre mais forte que uma multidão, desde que conserve o seu sangue-frio

O "post" anterior desta série foi publicado em 2020.01.05, precisamente, há 11 semanas, tantas quantos os jogadores de uma equipa de futebol.

Onze semanas, dez jornadas (parece muito tempo sem futebol, na vida, na morte, tudo é relativo).

Desde esse dia jogámos dez jornadas para o campeonato, um  jogo para a Taça da Liga, dois jogos na Liga Europa.

Na Taça da Liga fomos eliminados de forma justa mas ilegal, justa, o Braga jogou melhor futebol que nós, ilegal, há uma carga à margem das leis sobre o defesa do Sporting, antes do cruzamento que impede que o jogo seja disputado através de pontapés da marca de grande penalidade.

Na Liga Europa fomos eliminados de forma injusta mas de forma mais ou menos legal, basta revermos os dois jogos (alguns de nós, infelizmente, agora têm muito tempo para isso)* o Sporting foi, inequívocamente, melhor no conjunto das duas mãos, não tivemos nos dois jogos a "sorte" do jogo; tivemos nos dois a "falta de sorte" das arbitragens. 

(quem tem dúvidas é só rever lance a lance, o jogo em Alvalade e na Turquia, quais os lances que foram marcadas faltas, quais os que foram mostrados cartões, como foram decididos os lances dentro da área e fora da área, terá existido o mesmo critério?).

Não me apetece estar a esmiuçar tudo, jornada a jornada, todas estas jornadas, tiro o meu chapéu ao Pedro Correia, ao Luís Lisboa e ao Leonardo Ralha (espero não me estar a esquecer de ninguém) que conseguem fazer análises jornada a jornada, em cima de cada um dos jogos, eu, disse que o faria mas a carne é fraca (o tofu ainda pior) e às vezes a seguir aos nossos jogos apetece-me mais chorar que escrever.

Após 24 jornadas, o Sporting é quarto, ainda assim, com os mesmos empates do primeiro classificado e menos um que o Braga (terceiro classificado), com os mesmos golos sofridos que o terceiro classificado,26,com mais cinco golos marcados que o quinto classificado, o Rio Ave.

Nesta altura o Sporting é o único clube com um treinador que conta por vitórias todos os jogos efectuados, como treinador do mesmo, Rúben Amorim.

* na sexta-feira escrevi isto:

"O meu estado de espírito não é o melhor, este fim de semana "postarei" a razão, enfim, uns estão aborrecidos por não trabalharem, eu estou aborrecido, "é chato" por ter de trabalhar; apesar de...
Abraço, Edmundo (acho que não é tempo para guerrinhas é o tempo para unir o Sporting)"

num postal do Edmundo.

Imaginemos que uma pessoa está prestes a completar 52 anos de idade. Imaginemos que essa pessoa tem quase 30 anos de trabalho numa "sociedade anónima" detida a 100% pelo Estado.

Imaginemos que essa pessoa tem a esposa em casa com uma gravidez de risco, de muito risco, a cerca de um/dois meses do final da gestação (é/será/seria o primeiro filho de ambos, filho único e neto único dos dois lados).

Imaginemos que essa pessoa tem de continuar a ir trabalhar, diariamente, contactando com pessoas no local de trabalho, de atendimento ao público e com contacto físico (a não ser que vista um fato de pintor, o que não combinaria com o terno e a gravata) enfim, tantas precauções por um lado, tanto desleixo por outro [a questão não é a pessoa imaginária, são os outros que, supostamente, estão protegidos em casa e todos os dias correm o risco de ser contaminados].

Imaginemos que a entidade patronal lhe diz algo do género: "tu é que sabes, cinco faltas injustificadas são despedimento com justa causa".

Reguardando os chiffres, 10

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- Acredite em mim! As pessoas não valem o trabalhão que temos para elas pensarem bem de nós... São estúpidas!... Elas é que exigem que adoptemos ares virtuosos, e afinal é a ver quem faz mais batota

Na análise à jornada 9 escrevi isto: No final da jornada dez veremos como estamos, podemos ficar mais perto dos da frente, também, podemos ser ultrapassados pelo Boavista, é necessário cabeça e que os jogadores saibam o que vão fazer para dentro do campo.

Sabemos o que aconteceu. Quando a cabeça não tem juízo a pontuação é que paga, eu tinha sido claro: é necessário cabeça, tivemos na Noruega a cabeça que nos faltou em Tondela.

Na jornada passada, a brincar, a brincar, perdemos 10 pontos, os três que perdemos na realidade, três para o Porto, três para o Benfica e um para o Famalicão. Nem tudo foi mau, o Boavista perdeu com o Vitória Sport Clube comandado pelo delegado ao jogo (cf. com braçadeira utilizada por Meyong, onde está a Associação de Treinadores quando precisamos dela?).

Destaques pela negativa na jornada 10; a fraca pontaria, em 8 jogos marcaram-se 12 golos, curiosamente, não houve empates a zero, houve dois 1-1, a ausência de vitórias das equipas forasteiras.

Destaque pela positiva a estreia do delegado Meyong a derrotar uma das poucas equipas invictas das ligas europeias, o Boavista.

Nesta jornada podemos encurtar distâncias para os da frente, vamos ver o que acontece no Boavista vs. Porto sem a escola de tango (um argentino é bom, quatro são uma escola de tango) e no Famalicão vs. Moreirense se empatarem 3-3 e nós vencermos a Torre de Belém ficamos só (só? até me custa escrever isto) a quatro pontos do Famalicão. É melhor olharmos para baixo, também, podemos ser ultrapassados por Vitória Sport Clube, Tondela e Boavista e terminarmos a jornada em sétimo (7, lá está, o número maldito). 

Reguardando os chiffres, 9

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Amanhecia, mas ainda não havia muita claridade e as cortinas não estavam corridas, de sorte que metade do quarto permanecia na sombra

Metade do quarto permanecia na sombra, é uma boa forma de começar a análise desta nona jornada.

Aparentemente, temos um quarto lugar consolidado e temos de olhar para cima, estamos a sete pontos do Benfica (se os vencermos nos dois jogos será, apenas, um ponto de diferença) a cinco do Porto (se os vencermos nos dois jogos será, apenas, um ponto de diferença neste caso a nosso favor) e a cinco do Famalicão, com quem já jogámos um jogo que perdemos por um golo de diferença (temos de vencer em Famalicão por dois golos ou mais de diferença e ficaremos com menos dois pontos).

No final da jornada nove estávamos melhor do que na oito.

No final da jornada dez veremos como estamos, podemos ficar mais perto dos da frente, também podemos ser ultrapassados pelo Boavista, é necessário cabeça e que os jogadores saibam o que vão fazer para dentro do campo.

Destaques pela negativa, a lavagem da roupa à mão no Tanque mesmo com a máquina de lavar (o VAR) a funcionar bem. 

O VAR Fábio Veríssimo no Famalicão vs. Gil Vicente, mau de mais para ser só incompetência.

Destaque pela positiva, a vitória do Bavista no jogo com o Braga, os axadrezados são dos poucos clubes na Europa que ainda não perderam nenhum jogo para o campeonato/Liga.

Reguardando os chiffres, 8

chifres1.jpgEle ainda ficou muito tempo acordado, de olhos abertos, e o mais engraçado é que foi a sua companheira que desatou num ressono regular, de tal modo que ele riu sozinho, silenciosamente

Esta semana como todas as outras acabou no sábado, sexta (sexto dia) sábado (último dia) domingo (primeiro dia) segunda (segundo dia) e por aí adiante.

Hoje é o quarto dia da semana, duma jornada que acabou no segundo dia (o Benfica do Minho [Braga] vs. Benfica dos Açores [Santa Clara].

Hoje é, também, o primeiro dia de uma nova jornada.

Detesto isto.

Detesto a linha da morte ou "deadline" em português jornalístico (não sei como é que o Pedro Correia e o Leonardo Ralha, suportam os gritos do tipógrafo com a pinça na mão a compor os tipos móveis que mais tarde serão um jornal), enfim.

Eu é que me meti nela, comprometi-me a escrever um texto (um post) sobre cada jornada, cá vai, então; (eu sei que não se acaba um período com ponto e vírgula mas vejam isto como um candidato a prémio Leya)

A análise da jornada oito passa por aqui:

Os dois candidatos ao título avançaram para a dianteira, lado a lado, e veremos agora qual deles será o primeiro a quebrar e a dar vantagem ao opositor. Não há que dar graças a Deus, Deus está habituado a proteger os vencedores, os mais fortes, os mais dotados. 

Como?

Os mais dotados?

Dotados de quê?

Bem...

O Sporting venceu, sem espinhas, o Vitória Sport Clube.

No final da jornada oito está a um e a dois.

A um ponto (se vencer os jogos que faltam com Benfica, Porto) e a dois pontos e dois golos (tem de vencer o Famalicão, em Famalicão, por dois golos de diferença).

Não dependemos só de nós para sermos campeões, dependemos, quase, de nós. 

Temos é que ser dotados...

Reguardando os chiffres, 7

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-Traga-me champanhe e um charuto!

Pronto! Ali estava ele! Tudo se tinha passado conforme decidira e achou perfeitamente natural que uma mulher de vestido verde viesse sentar-se a seu lado (...).

Sete jornadas depois, há duas equipas sem derrotas, Famalicão e Boavista.

A diferença entre golos marcados e sofridos neste campeonato, assusta.

Nivelamento por baixo.

Famalicão 16/7; 2.29 golos marcados por jogo, 1.00 consentido.

Boavista 6/4; 0.86 golos marcado por jogo, 0.57 consentido.  

Santa Clara 4/4; (ver anterior).

Sporting (ainda assim) 11/9; 1.57 marcados por jogo, apenas, 1.28 consentidos.

Destaques pela positiva, a vitória fora de portas do Sporting, primeiro jogo sem sofrer golos, apesar do Desportivo das Aves ser à entrada para a sétima jornada uma das equipas com maior "poder de fogo" (tinha nove golos marcados). A vitória do Braga em Portimão. A exibição do Vitória Futebol Clube (Setúbal) na Luz, faltou-lhe uma pontinha de sorte, de realçar que apesar das incidências da segunda parte, o jogo teve, somente, cinco minutos de compensação. É ridículo, o anti-jogo benfiquista foi tanto que até o guarda-redes vermelho foi advertido com um cartão amarelo, o sacerdote de serviço não teve alternativa, para o jornal A Bola (2019.09.30, p. 23) o cartão é visto assim: "o lance foi muito criticado por jogadores e no banco de suplentes, uma vez que não havia bola disponível* quando o guarda-redes tinha de marcar o pontapé de baliza".

Destaques pela negativa, a arbitragem do Santa Clara vs. Gil Vicente, má, muito má.

A exibição do Porto. A vitória do Marítimo, o Moreirense não merecia a "morte", nem tal sorte, um empate já teria sido castigo demasiado duro.

 

* não havia bola disponível? o presidente estrafega os próprios sócios, o clube não tem bolas, só problemas, resolveram como? foram à Sport Zone do Colombo comprar uma bola para acabar o jogo?

Reguardando os chiffres, 6

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Sabe, se continuar a jogar, perderá aquilo que quiser...

- Eu sei.

- E mesmo assim joga?

Uma jornada sem grandes surpresas.

Os quatro primeiros venceram com maior ou menor dificuldade.

O primeiro classificado obteve uma vitória justa.

Benfica e Porto venceram como de costume, ajudados.

Sporting, Tondela e Santa Clara empatados no sétimo lugar, curiosamente, dos três, os leões são os únicos com saldo positivo; dez golos marcados, apenas, nove sofridos.

Tondela; nove/nove.

Santa Clara tem uma média de meio golo marcado por jogo mas já tem quatro sofridos.

Destaques pela positiva, mais um vez, o Famalicão, uma equipa bem orientada que sabe posicionar-se em campo, com e sem bola. O Vitória Sport Clube (Guimarães), venceu fora o Tondela (1-3), está em sexto lugar.

Destaques pela negativa, as arbitragens. Começa a dar muito nas vistas a forma como Porto e Benfica estão a ser levados no andor (três+um; os de campo e o VAR, para o andor ir equilibrado) num andor ou ao colo; o Benfica podia utilizar o elaborado pensamento dum ex-presidente do Sporting, mais ou menos, isto: "aqui dão-nos mimo, beijinhos e cafunés, levam-nos ao colo na Europa (e na Taça da Liga) dão-nos pontapés na incubadora".

O Desportivo das Aves, o que se passa Inácio? Seis jogos, cinco derrotas, dezoito golos sofridos [mas o triplo dos golos marcados que um dos sétimos classificados (nem tudo é mau)].

Reguardando os chiffres, 5

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Era abominável! Tudo ia tomando o aspecto de uma conjura, de uma maldade gratuita

Que dizer da jornada cinco?

O Sporting, primeiro jogo de Leonel Pontes, empatou no Bessa num jogo em que os axadrezados foram mais que panteras, foram pantufeiros, pareciam a encarnação do Canelas (do outro lado do rio Douro) porrada, porrada e mais porrada, no final, o capitão leonino expulso e um empate (dadas as circunstâncias não foi nada mau).

No Algarve, outra encarnação, desta vez de Lucílio Batista, bola no peito do capitão de Portimão foi penalty, o jogo ficou 2-2, na verdade, como o Porto beneficiou da promoção (admitida, diga-se) do pague dois golos e leve três, vitória para os nortenhos.

Destaques pela positiva dois jogadores, um deles, André Santos, reentofou (estava a falar muito de carnes encarnadas, o que é, duplamente, mau) Morais, maravilhoso golo de livre directo, o outro Fábio Martins do Famalicão, exibição muito consistente com dois golos marcados.

Umas palavras  sobre as competições europeias.

A maior desilusão, Benfica, esmagado em casa pela equipa do pote 4, sem nenhum golo marcado por jogadores portugueses, num clube que tem (recentemente) a formação como bandeira.

Mal, Vitória de Guimarães, derrotado em Liège por 2-0.

Assim-assim, Sporting, má a derrota com o PSV, 3-2, boa (a espaços) a exibição leonina, muito bom, os dois golos marcados fora, ambos por jogadores portugueses.

Bom, a vitória (com dois golos brasileiros) do Porto no Dragão e a estreia do "young boy" Fábio Silva, fez 17 anos há dois meses.

Muito bom, a vitória do Braga de Sá Pinto, depois de ter eliminado o Manchester City de Mancini (que nesse ano seria campeão) Sá repete a gracinha e vence com um golo português de Ricardo Horta.

Como o nome da "mayor" de Wolverhampton é Claire Darke, diria que este jogo foi mais "Claire" para Sá Pinto e mais "Darke" para Nuno Espírito Santo (e Jorge Mendes).

Reguardando os chiffres, 4

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E lembrar-me de que ainda ninguém sabe o que vai passar-se!... Nem mesmo eu...

Lembrar-me.

Lembrarmo-nos.

Leio o que se foi escrevendo aqui.

Agora dizem (dizemos) todos:

"Já estávamos à espera..."

Estávamos à espera de quê?

De sermos roubados (perdão, furtados) de sermos mais furtados (não deixo de notar a ironia da semelhança fonética e gráfica entre fruto/fruta e furto; voucheirados?) que nunca? De sermos o único clube desde que o futebol começou a ser disputado, oficialmente, que é primeiro num campeonato, que joga em casa e apesar disso sofre três supostos penaltys em casa, é inédito, nem no campeonato da Jamaica há memória de um acontecimento igual.

Aconteceu na república portuguesa no tempo de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da república, Ferro Rodrigues (diz-se sportinguista) presidente da assembleia da república, António Costa, primeiro-ministro, Fernando Medina, presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Gomes (não é o bi-bota) presidente da federação portuguesa de futebol, Fernando Santos, seleccionador nacional e Pedro Proença, presidente da liga, o árbitro de/em campo foi um tal Pinheiro (não tenho paciência para ir pesquisar os VARios que o deviam ter ajudado [ou que tentaram ajudar e não conseguiram, será que algum dia teremos acesso aos áudios? desesperadamente, diziam-lhe "vai ver" "não foi penalty" "teimosamente o tal Pinheiro nunca foi ver as imagens; como dizia Ivone Silva: "com um vestido preto, nunca me comprometo"]

Nota: as referências político/desportivas são para memória futura, como gostam de aparecer nas vitórias é bom que sejam recordados em episódios que envergonham o futebol português.

"Já em largo oceano navegavam", como dizia o outro (zarolho, como eu).

Eu sei, isto é uma análise da jornada, da jornada quatro.

Parabéns aos forasteiros, muito ajudados, ao Rio Ave e ao Benfica (grande Benfica, vencer fora com dois auto-golos) assim aconteça na "Champions".

Parabéns ao Porto, vencer em casa contra nove; uma táctica a aplicar na Liga Europa, obrigarem os adversários a jogarem só com nove.

Quanto ao resto, o lamento pelo despedimento dos treinadores do Paços de Ferreira, do Torre de Belém Futebol Clube (grande Silas, não merecias sair pela porta pequena) e de Marcel Keizer (escreverei, detalhadamente, sobre este assunto).

Por último (mas não menos importante) um grande abraço para Famalicão.

Primeiros (apesar de tanta batotice) é obra.

[faz lembrar o ciclismo, o Acácio da Silva, camisola amarela na volta à França, entretidos a roubar o Sporting, ninguém se lembrou de roubar o Famalicão]

Reguardando os chiffres, 3

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Ele ria! Bebia, enchia o seu copo e o do companheiro, cujos olhos começavam a embaciar-se.  

Ontem (não tenho vergonha de o confessar) chorei.

Chorei de alegria, chorei pelo "meu" Sporting, chorei pelo Sporting "do meu pai", está a viajar e quando voltar a Portugal (tem mais de 80 anos e, obviamente, não está em Novi Sad ou em Naissus a "ver" os resultados do Sporting no telemóvel Nokia com mais de quinze anos) chega amanhã, sei que lhe vou telefonar, que lhe vou dizer que estamos em primeiro no Campeonato (é assim que ele e eu lhe chamamos) sei que vai fingir que não sabia, sei que me vai dizer, qualquer coisa do género: "tem calma filho, estamos na terceira jornada"; sei tudo isso, sei, também, que queria muito que ele voltasse a ver o Sporting, o nosso Sporting, campeão.

Sei que (infelizmente) nem todos os sportinguistas querem o Sporting campeão, uns porque embirram com o presidente, outros porque embirram com o treinador, outros porque embirram com os colegas de blog, outros porque embirram com os comentadores, enfim, há um batalhão de sportinguistas à espera dum empate, duma derrota para dizerem: "eu não te dizia?"

(espero que não me digam [pelas razões que apontei atrás])

Ora bem, terceira jornada (tal como tinha previsto, sou um optimista, não é, Edmundo?) Sporting em primeiro.

Quatro clubes sem derrotas, quais serão?

Benfica? Não. Porto? Não. Braga? Não. Paços de Ferreira? Não. Vitória FC (Setúbal)? Não.

Famalicão. Vitória SC (Guimarães). Boavista e Sporting. Sim.

Os dois últimos já foram campeões, talvez, os mais fortes deste campeonato.

Na próxima jornada o Vitória SC vai ao Dragão, o Boavista vai ao Jamor (e não é a final da Taça de Portugal) e o Famalicão vai a Vila das Aves defrontar Inácio; provavelmente, no final da próxima jornada o Sporting será a única equipa sem derrotas.

Passo a passo, um jogo de cada vez, um objectivo em cada jornada.

Destaques desta jornada pela negativa; o VAR, o Benfica, o Aves e o Marítimo

Destaques desta jornada pela positiva; Sporting, Porto, Gil Vicente (em três jogos, venceu o Porto e empatou com o Braga, é obra), Tondela e, claro, o Famalicão que partilha com o Sporting o primeiro lugar do pódio.

Reguardando os chiffres, 2

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"Os bolos pertencem aos que se dão ao trabalho de os agarrar"

Na semana passada estávamos assim.

Esta semana após um jogo que liderámos desde os dezasseis minutos somos terceiros, atrás do, surpreendente, Famalicão e do clube que vendeu um jogador por 126 milhões (os meus desejos de melhoras para João Félix que continua, em jogos oficiais, sem golos, sem assistências e sem conseguir completar um jogo, tanto na selecção de Fernando Santos como na equipa de Simeone).

Na próxima jornada o Benfica joga em casa com o Porto, o Famalicão desloca-se a Guimarães, o Sporting vai jogar a Portimão.

Imaginemos que os astros estão todos alinhados, o nosso clube, a nossa Fé pode terminar a terceira jornada isolado no primeiro lugar; se isso acontecer, a acreditar naquilo que tenho lido por aqui (não estou a pessoalizar nem a impessoalizar nenhum autor deste "blog") e por ali, a solução é só uma (são duas): despedir o treinador, demitir o presidente.

Destaques desta jornada, o hat-trick (verdadeiro) de Zé Luís. A anulação pelo VAR do segundo golo do Benfica; dura lex sed lex, aquele lance tinha tudo para resultar num golo legal.

Destaque pela negativa para o Paços de Ferreira que foi derrotado em casa pelo Benfica Santa Clara dos Açores.

Reguardando os chiffres, 1

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"Pois que, assim como assim, o seu destino não estava fixado"  

 

Ora aí está, o primeiro post, de 35.

Uma série. Espero que termine com o Sporting campeão, a ver vamos.

O título é inspirado em dois senhores, o Sr. Estudante, recentemente, falecido, com quem aprendi muito sportinguismo, um leão que conheceu Peyroteo, Jesus Correia, Yazalde e outros dos nossos grandes. Disse-me uma frase relacionada com o Sporting que se aplicava que nem uma luva àquele contexto: "Pedro, eu não ando aqui a ver passar os comboios"; o Sr. Simenon que não tive o gosto de conhecer, pessoalmente (agora já vou tarde) mas apreendo-o através das palavras que nos deixou em vários livros, especificamente, neste: L' homme qui regardait passer les trains.

Reguardando, uma mistura de olhar em francês, com voltar a guardar, em português, chiffres, números, em francês, uma análise, um olhar, sobre cada uma das trinta e cinco jornadas.

Depois desta introdução, aborrecida, preocupante e chata, vamos ao que interessa.

O grande destaque desta jornada vai para o Famalicão, o único clube a conseguir três pontos fora de casa, no campo do Benfica do Santa Clara dos Açores.

Podemos, também, destacar o Sporting, foi o único clube a empatar fora de casa com golos. Recuperou.

Aos oito minutos o Marítimo tinha três pontos, quando o jogo acabou o Marítimo tinha, apenas, um, perdeu dois e o Sporting conquistou um, queríamos três? Claro que que sim, se calhar, o Porto, também, não queria perder com o Gil Vicente e, também, não queria estar a levar com três batatas no Dragão, nem ficar fora da Champions, as coisas são o que são.

Balanço da primeira jornada.

Cinco equipas com três pontos, lideradas pelo Famalicão, a única a vencer fora.

Seis equipas com um ponto, lideradas pelo Sporting, a única a empatar fora com golos.

Sete equipas que não pontuaram, entre as quais o Rio Ave e o Guimarães que só jogam no dia 8 de Setembro.

Nós e os laços

Minuto 22, ontem, na Luz: Passe errado de De Tomas obriga Samaris a travar Tanque em falta. Livre para o Paços (do Record).

Aquilo que não nos dizem é que foi a segunda jogada cortada em falta por Samaris com os jogadores do Paços bem lançados para a baliza vermelha; o resultado estava em zero a zero e Samaris tinha de ser expulso neste lance. O jogo podia terminar na mesma 5-0 mas se os árbitros começam já a fazer vista grossa na primeira jornada, estamos mal, muito mal.

Dois jogos, dois jogadores expulsos nas equipas que defrontam o "Glorioso", ontem um penalty desbloqueou o 1-0 e uma expulsão desbloqueou o 2-0 e nós lá vamos, cantando e rindo, atirando pedras ao Keizer, levados, levados, sim.

"Preocupa-te mas é com nós" dir-me-ão. Estou preocupado (e chateado, também) mas não nos embrulhem logo na primeira jornada, com um lindo papel de lustro vermelho brillhante e um laço branco a condizer.

{ Blogue fundado em 2012. }

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