É inconcebível que se tenham tantas oportunidades de golo e não se tenha metido uma lá dentro, mas que diabo, sem querer desculpar o que quer que seja, hoje os rapazes estiveram em cima do adversário, pelo menos na segunda parte, que foi o que consegui ver. Lutaram pela vitória.
Se há alguma responsabilidade pelo resultado menos bom, ela deve ser apontada ao treinador, que continua a ser muito conservador (eu ia dizer incompetente, mas eu não percebo nada de bola) e vá lá, hoje mudou e bem ao intervalo, valeu-nos isso.
Para aqueles que me desancaram aqui à cause do árbitro da liga Europa, tomem lá uma amostra de incompetência pura (eu quero crer que é incompetência, apenas) deste artista que hoje apitou(?) o jogo no Funchal. Uma dualidade de critérios gritante, um critério disciplinar tão mau que nem um miúdo acabado de sair do curso de apitadeiro faria tão mal. O árbitro não tem culpa dos golos que os nossos falharam? Pois não, mas expulsou Coates porque sim e Keiser porque desta vez levantou os braços. Desculpem caros colegas e leitores o vernáculo, mas... pó caralho! Se "isto" é o que apelidam de melhor, venha o Mota!
Quanto ao treinador, realmente nem sei que diga. Oliveira, o António, disse ontem que o Bruno Fernandes devia ter o dez nas costas e a equipa devia ser ele e mais dez. A bem dizer já é, mas mesmo um jogador de excelência como BF não é de ferro e terá que ter à sua volta quem lhe dê apoio. Mas o homem continua a insistir em Gudelj e é o que se tem visto e no Diaby e é o que não se tem visto. Já que tanto faz ficar em terceiro como em quarto e que há uma segunda parte da eliminatória da Taça de Portugal para decidir, que tal começar a apostar nesta hipótese e com jogadores da casa? Geraldes poderá finalmente ter uma oportunidade?
Não será difícil, com um desempenho razoável, manter o quarto lugar, o que nos interessa é a Taça de Portugal, neste momento. A ver se o holandês tem quem o aconselhe bem...
Eu já disse que gosto deste tipo de futebol e que estou com o treinador quando ele diz que prefere ganhar por 3-2, que por 1-0.
Mas o futebol do Sporting vai ser isto, tipo "dar e levar", tentando dar sempre mais um murro (salvo seja) que o adversário.
Hoje não jogámos uma pevide na primeira meia-hora e o resultado nessa altura (0-2) era lisonjeiro para nós. Pronto, é verdade que estávamos a jogar com nove, mas a culpa não é do Jefferson nem do Bruno César, que não são eles que escalam a equipa. Se quanto ao brasileiro, talvez não haja volta a dar (Lumor, por onde anda?) quando Acuña está impedido, já quanto ao outro brasileiro (eheh), ficou hoje provado, talvez, que o miúdo que o substituiu, Miguel Luís é o substituto natural de Wendel (por enquanto). Bom, não seria justo para com Jefferson, se não referisse a falta de apoio que teve do ala, Nani( que hoje não esteve lá, também), que o deixou quase sempre só e abandonado, tendo quase sempre que se haver com dois adversários.
Os insulares vieram com intenções claras de marcar cedo, tão cedo que logo no primeiro minuto quase iam marcando. Não foi ali, foi por volta dos sete, que a primeira lá bateu dentro. E os nossos estavam tão a leste do jogo, que se adivinhava o segundo, que acabou por aparecer aos vinte e seis e só não veio o terceiro, porque Renan fez uma bela defesa a negar mais um aos comandados do ministro Costinha.
Depois há um descuido de um nacionalista que faz um penalti daqueles completamente desnecessários (se há algum penalti necessário), que Dost converteu à matador. As coisas mudaram então e aí adivinhava-se o nosso segundo que só foi interrompido pelo intervalo.
Eu não sei o que foi feito lá no balneário ao intervalo, mas os equipamentos eram os mesmos, os jogadores eram os mesmos (com a nuance de vir ML no lugar de BC), mas havia no ar um outro sentimento e a previsão da sócia que ao intervalo dizia que iríamos ganhar por 3-1 (assim mesmo, que a gente com os nervos às vezes engana-se), acabou por tomar corpo, mas apenas aos setenta minutos, com um golo de B. Fernandes, a recarga de um remate de Dost, que o redes defendeu para a frente. Aos 75', Mathieu fez levantar o estádio, com um golo daqueles... de fazer levantar o estádio! A partir daí ainda Dost bisou (literalmente, já que o árbitro se esqueceu que tinha apitado e mandou repetir), novamente de penalti e Bruno Fernandes, já depois dos 90', selou os cinco que eu previra nos prognósticos do Pedro Correia ("esqueci-me" foi dos dois do adversário, damn!).
De modo, como vos aviso lá em cima no título, vão-se habituando a isto. Calafrios, golos sofridos, mas uma vontade séria e enorme de vencer, que fez com que parecesse fácil marcar 5 golos. Não foi, o Nacional jogou muito bem.
É esta a diferença, para melhor, do Sporting de Keizer em relação ao de Peseiro (e até de Jesus). Tenho sérias dúvidas se qualquer deles daria a volta aos 0-2 que o marcador mostrava aos 26, mas isto é apenas um "achismo".
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