Na minha opinião, o conjunto dos melhores jogares em cada posição não faz forçosamente o melhor onze do momento. Existe o equilíbrio a manter, o momento de forma e o adversário a defrontar.
Mas pensando já no Benfica-Sporting (que dificilmente irei acompanhar estando eu nessa altura bem longe) e presumindo que todos estarão em condições, qual será então o melhor onze do Sporting?
GR: Rui Silva. A grande contratação de Inverno da 1.ª Liga. Muito seguro e assertivo nos diferentes capítulos da função, cada vez mais entrosado com os defesas.
DD: Jeremiah St. Juste. Podia ser Debast, podia ser Quaresma. Não ser Quaresma tem a ver com os defeitos antigos que demonstrou nos dois últimos jogos. Não ser Debast tem a ver com o que vou dizer mais à frente. Quanto a St.Juste, que tem o ponto forte na velocidade e o fraco no jogo aéreo, é na direita o lugar dele. Na esquerda é que não é, de certeza. Marcou o golo inaugural na última final da taça no Jamor.
DC: Ousmane Diomande. O "Seba" Coates mais novo, imponente no jogo aéreo, intratável no homem-a-homem, farol da defesa. Não existe nenhum outro de competência aproximada para a função. Obviamente ainda não tem a maturidade de Coates, nem a sua capacidade de liderança em campo. Foi formado num futebol mais físico que é aproveitado pelos adversários para cair com ou sem motivo, alegando murros e cotoveladas. Marca golos também.
DE: Gonçalo Inácio. Nervosismos à parte, de que dá mostra em certos jogos importantes, é um defesa sólido, com grande capacidade nos lançamentos à distância e no jogo aéreo nas duas áreas. Além de marcar golos importantes.
AD: Iván Fresneda. Alto e forte, defende bem, passa bem e temporiza, comporta-se como interior no jogo ofensivo, centra com critério e marca golos. O melhor defesa direito da Liga. Como ala direito faltam-lhe características de extremo, o drible e o centro junto à linha, pelo que tem de ser compensado por Trincão. O problema é que Trincão foge da linha também...
AE: Maxi Araújo. A única coisa que tem em comum com o anterior é a intensidade nos despiques individuais. No resto é basicamente um extremo ofensivo enquanto Fresneda é um lateral defensivo. O que permite a Fresneda cair para a esquerda em momento de ataque, dando protecção aos dois extremos Maxi e Quenda, livres para combinar no ataque. E Maxi também marca golos.
MC: Morten Hjulmand e Zeno Debast. Neste momento o encaixe entre os dois ainda não é o melhor. A pujança do belga choca com a menor fase do dinamarquês que teria outra liberdade para avançar no terreno. Hjulmand estava bem mais habituado a jogar com médios ofensivos como Morita, Bragança, João Simões ou até o Pote. A verdade é que Debast começa a ser tão influente nos passes e nas bolas paradas que não há forma de o tirar do onze. Assim, passamos a jogar com "duplo pivot" que obriga a alguns ajustamentos para que a equipa consiga controlar o jogo no terreno do adversário.
ID: Francisco Trincão. Com tudo o que de bom e de mau consegue fazer durante um jogo, e sempre sem sabermos o balanço final para além dos kms percorridos, fica difícil imaginar este Sporting sem ele. Por muito mau que seja o dia dele, por muitas bolas que tenha perdido em rotundas e túneis, sempre pode aparecer um golo num remate impossível ou através duma assistência num passe improvável.
PL: Viktor Gyökeres. Aqui não tenho de dizer nada sobre o melhor ponta de lança do Sporting dos últimos 50 anos, sucessor do meu ídolo, Hector "Chirola" Yazalde.
IE: Geovany Quenda. Ainda não é um avançado completo, nem podia ser com a idade que tem (17 anos), mas revela uma versatilidade tremenda, os adversários nunca sabem o que sairá dali. Por outro lado, é extremamente inteligente, consegue perceber o que o jogo está a pedir, sabe passar a bola e assistir. Ainda falha muitos golos. Não tem de momento, é um facto, o "killer instinct" de Pedro Gonçalves. Mas isso vai com o tempo. Pedro Gonçalves vem duma longa paragem, dificilmente poderá ser titular.
Suplentes para além dos jovens que se sentarão no banco: Franco Israel (competente), Eduardo Quaresma (guerreiro), Matheus Reis (carregador de piano), Hidemasa Morita (maestro), Geny Catamo ("sniper"), Pedro Gonçalves (mágico) e Conrad Harder ("bulldozer").
Digamos que, estando todos em boas condições físicas, temos o melhor onze da Liga e um dos melhores bancos de certeza.
Chega para sermos bicampeões? Não, mas muito ajuda.
Assim a sorte nos acompanhe e o Pinheiro passe longe.
No muito complicado relacionamento entre a arbitragem APAF e o Sporting Clube de Portugal, ou seja, na enorme dificuldade de contarmos com árbitros isentos e competentes nos nossos jogos, e muito em particular nos jogos com aquele rival conhecido pelo Apito Dourado e aquele outro pelos Padres e Missas, o Soares Dias era aquele que garantia que nos lixava com a melhor limpeza de processos e enorme gozo naquela cara.
Dizem que com o portista a apitar o Sporting perdeu 14 vezes e o clube da sua terra 5. Não fui confirmar.
O que posso confirmar, para além de muitos outros episódios anteriores, é que no título de há 4 anos em Braga ia dando o título ao Porto expulsando sem piedade o Gonçalo Inácio, e já nesta época expulsou outra vez o mesmo Inácio na Luz dando a vitória ao Benfica e ia dando o título ao mesmo Benfica este ano poupando o Di Maria da expulsão em Alvalade pela agressão descarada a Pote.
Parece que o Soares Dias estava na lista de árbitros para esta época.
Parece que o Soares Dias veio dizer hoje n´A Bola, numa entrevista do mais lambe-botas que possa existir duma tal Irene Palma que não faço ideia quem seja, que afinal tinha dado por terminada a carreira e aquele episódio na Maia afinal eram dois putos de 20 e poucos anos a passar, nada de Super Dragões. Diz ele: "Posso ser qualquer coisa, mas não é qualquer coisa que eu vou ser."
É tudo muito estranho, mas é assim mesmo.
Repetindo o que já disse aqui, espero que nunca o Sporting de Frederico Varandas ou de qualquer outro repita a estupidez do nosso ex-presidente Bruno de Carvalho que ajudou Pedro Proença a chegar à presidência da Liga se calhar a troco do tacho do seu vice Rui Caeiro, nunca tendo visto nenhuma acção ou atitude favorável ao Sporting, a começar pela canalhice no Estádio do Dragão com os coletes azuis e os ladrões de carteiras.
Apoiar este artista Soares a Dias seja para o que for, nunca.
Ladrão por ladrão, antes o Pinheiro. Esse rouba mesmo à descarada.
Já vários colegas de blogue comentaram a situação, por isso não vou entrar em detalhe na questão dos protestos dos polícias, mas, em resumo, que se querem ganhar as simpatias do público não é a faltar em jogos e a ameaçar que poderão faltar às eleições que as vão ganhar.
Para além da irresponsabilidade policial ao faltar ao Famalicão-Sporting, único jogo da 1.ª Liga adiado (o Sporting tem sempre um grande azar nestas coisas), temos ainda de abordar a incompetência da Liga Portugal para fazer o calendário competitivo, algo para que já tenho alertado noutros anos.
Dividindo as competições por meses, para o Sporting esta época temos:
- 3 jogos em Agosto, todos da 1.ª Liga
- 5 em Setembro, 4 da 1.ª liga e 1 da Liga Europa. Inclui uma pausa de 15 dias para as selecções
- 5 em Outubro- 2 da Liga, 1 da Taça e 2 da Europa. Há uma pausa de 15 dias para as selecções, e o jogo de regresso é para a Taça, que nesta altura costuma ser com um adversário acessível. Ou seja, grande parte dos clubes estátrês semanas sem um jogo ao seu nível.
- 6 em Novembro- 2 da Liga, 2 da Europa, 1 da Taça da Liga e 1 da Taça de Portugal.
- 6 em Dezembro- 4 para a Liga, 1 da Europa e 1 da Taça da Liga
- 6 ou 7 em Janeiro- 4 da Liga, 1 da Taça de Portugal, 1 ou 2 para a Taça da Liga
- 7 ou 8 em Fevereiro- 4 da Liga, 1 ou 2 da Taça de Portugal (depende se passar à meia-final), 2 da Liga Europa. O mês mais curto do ano é o que tem mais jogos.
- Entre 4 a 6 em Março- 4 da Liga, 2 da Liga Europa (se passar). Inclui paragem de 15 dias para as selecções.
- Entre 4 a 7 em Abril. 4 da Liga, 2 da Liga Europa (se passar), 1 da Taça de Portugal (se passar)
- Entre 3 a 5 em Maio. 3 da Liga + Final da Liga Europa (se lá chegar) + Final da Taça (se lá chegar).
É bastante claro que há uma competição que estraga o calendário, de seu nome Taça da Liga que, além dos jogos adicionais que provoca em Dezembro e Janeiro, "empurra" ainda vários jogos das outras competições nacionais para Fevereiro e Março, altura em que os clubes Nacionais que ainda estejam nas competições europeias voltam a jogar nas mesmas, ficando dois meses a jogar de três em três dias, com excepção da pausa para as selecções.
Fica tão mau que um jogo que tenha de ser adiado, como foi o caso deste fim de semana, fica provavelmente mais de dois meses sem poder ser realizado, devido a um calendário tão cheio.
No caso do Sporting estamos a falar de um jogo adiado quando a equipa estava no seu melhor momento da época ( não sabemos como vamos estar daqui a dois meses, com possíveis lesões, castigos e abaixamentos de forma), isto para não falar do factor psicológico de deixar de ser o primeiro classificado durante dois meses, por ter sempre um jogo a menos do que o rival Benfica, que também tem bastante influência na cabeça de jogadores e adeptos.
Defendo uma de duas opções, ou que se acabe com a Taça da Liga ou que a mesma passe a ser uma competição de Verão, que pode substituir alguns jogos de pré-época, com a possibilidade de realizar a fase de grupos em terreno neutro, em zonas do país que normalmente não recebem grandes jogos de futebol.
Treze dos 15 polícias do comando metropolitano de Braga destacados para garantir condições de segurança no jogo Famalicão-Sporting, que devia ter começado às 18 horas de hoje, apresentaram autodeclarações de baixa pouco antes, considerando-se indisponíveis para cumprir tal tarefa. Como se tivessem sido afectados por súbita epidemia.
Sem policiamento, as portas do estádio foram-se mantendo fechadas. Os ânimos entre adeptos acenderam-se nas imediações - e novamente veio à superfície o comportamento inaceitável das claques. De ambos os lados. Voaram pedras, garrafas, até cadeiras. Houve seis feridos - um dos quais em estado grave, com traumatismo craniano. Além de consideráveis danos materiais em estabelecimentos comerciais e viaturas ali estacionadas.
Igualmente inaceitável é o comportamento dos polícias, pondo em risco a integridade física de cidadãos pacíficos, que vão ao futebol em família, por vezes até com filhos de tenra idade. Não ignoro que a PSP e a GNR protestam contra injustiças na atribuição do suplemento de risco e a proliferação de material sem condições mínimas (fardas pagas a expensas próprias, coletes antibalas fora do prazo, viaturas de serviço prontas para a sucata, etc). Mas nenhum movimento reivindicativo, por mais razões que invoque, é justificável quando lesa a segurança, um dos mais preciosos bens públicos. Voltamos à eterna questão dos meios: nem todos são lícitos para atingir certos fins.
Esta tarde viveram-se momentos dignos de faroeste no exterior do estádio municipal de Famalicão. Sem um agente da autoridade por perto. Poderia ter havido mortos. Tudo isto é ainda mais inaceitável.
Um responsável local da PSP afirmou não estarem reunidas condições de segurança para a realização do encontro até ao fim do dia de hoje nem amanhã. Foi adiado, portanto. Para data incerta. O Sporting, por motivos compreensíveis, recusou permanecer no Minho, tendo regressado a Lisboa. Diz o regulamento da Liga que, não havendo jogo nas 30 horas seguintes, poderá realizar-se nas quatro semanas posteriores.
Acontece que o nosso calendário para todo o mês de Fevereiro está já preenchido. Na próxima quarta-feira jogaremos fora, contra o União de Leiria, para a Taça de Portugal. No dia 11, recebemos o Braga. A 15, viajaremos à Suíça para defrontar o Young Boys na Liga Europa. Dia 19, novamente para o campeonato, vamos a Moreira de Cónegos. Três dias depois, recepção ao Young Boys em Alvalade. Dia 25, Rio Ave-Sporting, de novo para o campeonato. E ainda outra data muito provável: a meia-final da Taça de Portugal, a 28 de Fevereiro. Falta apenas saber se defrontaremos o Vizela ou o Benfica.
Será um sufoco.
Acontece também que o Sporting registava uma dinâmica de vitórias agora subitamente interrompida, sem responsabilidade da nossa parte. O que só favorece os nossos adversários directos. Arriscamo-nos a que amanhã o Benfica suba a título provisório para a liderança do campeonato sem sabermos quando acabaremos por visitar o Famalicão, o que nada favorece as nossas aspirações.
«A Liga Portugal exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com carácter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias, e informa que exigirá também, nas instâncias próprias, ser ressarcida pelos danos provocados por acções irresponsáveis às quais é totalmente alheia.» Palavras contidas num duro comunicado da Liga, confrontando o Executivo com as suas responsabilidades nesta matéria.
Naturalmente, o facto de o Executivo estar em mera gestão, antes das legislativas de 10 de Março, não serve de atenuante ou desculpa.
Antítese total do que deve ser a festa do futebol.
ADENDA:
Gabinete do primeiro-ministro indigna-se com «insubordinação gravíssima» dos polícias. Ministro da tutela anuncia que reunirá amanhã, de emergência, com o comandante-geral da GNR e o comandante nacional da PSP.
Na primeira jornada do campeonato o Sporting beneficiou de mais um minuto de descontos já para além do templo suplementar, tempo suficiente para marcar o golo da vitória.
No passado fim de semana desportivo novo caso envolvendo mais uma vez o Sporting. Logo no dealbar do jogo em Rio Maior e por uma mão-travessa – medida de comprimento bem popular - foi validado indevidamente um golo ao Sporting, ao que dizem os “varistas” e pseudo especialistas no futebol, por fora de jogo do jogador Paulinho.
Mal acabou a partida eis que surgiram comunicados a assumirem um erro do VAR e uma estranha tomada de posição.
Não quero ora debater a existência ou não do fora-de-jogo, mas tão só perguntar às entidades que mandam e comandam o futebol português o que disseram, escreveram ou comunicaram quando umas mãos travessas alteraram provavelmente o decurso de uma partida.
Falo das mãos travessas que tocaram na bola dentro de área e que nem o árbitro de campo nem o VAR validou como grande penalidade a favor do Sporting, as que empurraram jogadores leoninos dentro da área de rigor ou das mãos travessas que chocaram acidentalmente na cara de alguns jogadores do Sporting sem que para tal o VAR tivesse dito alguma coisa de forma pública.
O nosso artístico futebol está carregadíssimo de mãos travessas. Umas são usadas para medir o benefício de alguém, neste caso o Sporting, outras servem unicamente para irmos entendendo onde se encontra o poder no futebol luso!
Um pouco no seguimento do excelente post do Zé Navarro, convém não deixar passar em claro um assunto que a ser verdade, nos deveria envergonhar a todos como cidadãos e reflecte, também ele, a impunidade com que alguns "agentes" do futebol se movem.
Este foi caçado, talvez porque seja peixe miúdo e servirá para deixar passar os cardumes de atuns e outros de grande porte.
Este foi então visitado pelo SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que ainda não foi extinto, vá lá – que libertou 36 jovens jogadores, com idades entre os 14 e 17 anos, na Academia de Futebol Bsports, em Riba de Ave. Os jovens, que fariam formação em futebol, ficaram à guarda do SEF, tendo depois sido colocados sob responsabilidade da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens para serem entregues às respetivas famílias.
Os 36 jovens fazem parte de um grupo de 114 jovens jogadores, de várias nacionalidades, que eram retidos na academia dirigida pelo presidente da Assembleia Geral da Liga Portugal, Mário Costa, que é suspeito de tráfico de seres humanos.
Segundo a TSF, a academia realizava torneios de captação em vários países e trazia crianças e jovens para Portugal, depois de os pais assinarem contratos por 11 meses, sob a promessa de os filhos jogarem nos escalões profissionais do futebol português.
Uma vez em Portugal, os jovens ficavam na academia mas eram impedidos de sair, se os pais quisessem interromper a formação ou não tivessem pagado a totalidade do valor. Na academia, os jovens tinham os movimentos restringidos e só podiam sair acompanhados por funcionários (o que até pode constituir algum tipo de protecção, acrescento eu). De acordo com a RTP, os jovens eram fechados a cadeado nos quartos, sem acesso à casa de banho. Isto é que, como diz a minha rica mãezinha, "já não é muito católico".
O senhor é presumivelmente inocente, apresentará a sua defesa e pode até ser ilibado de todas as acusações, mas sendo detentor de um tão importante cargo na organização que superintende ao futebol profissional em Portugal, não deveria apresentar a sua demissão? A Liga Portugal marcou uma reunião para hoje, sem se pronunciar e sem tecer quaisquer comentários sobre o assunto. Sintomático?
A notícia retirei-a do Sapo.pt, a plataforma que nos aloja.
Futebol Clube do Porto prepara-se para ser campeão nacional de futebol. Basta-lhe conquistar 1 ponto em 6 possíveis. Mesmo não pontuando no estádio do Benfica, na última jornada recebe o Estoril Praia, clube amigo e que está a meio da tabela, com a situação resolvida.
Foi um campeonato a recordar os velhos tempos do reinado de Pinto da Costa, que tinha sido interrompido pelo Benfica de Luís Filipe Vieira, seu herdeiro e sucessor, caído em desgraça por causa dos seus “negócios” na sua vida profissional. Ao contrário de Pinto da Costa, o ex-líder do Benfica cometeu o erro de continuar a ser proprietário de um vasto conjunto de empresas, para poder alardear em público que não ganhava um cêntimo do clube a que presidia. Mais tarde todos soubemos que afinal ganhou e não foi pouco. Mas com a queda de Luís Filipe Vieira, Pinto da Costa pôde retomar os velhos hábitos do Porto, na forma como alcançou a grande maioria dos seus títulos.
Jaime Pacheco, antiga glória do Porto e uma personagem do mundo do futebol luso, veio esta semana definir sem rodeios a forma como se deve estar no futebol. Se queres ganhar não podes ter ética no que fazes. A ética não ganha títulos. Preto no branco, Jaime Pacheco definiu o seu clube.
O triste espetáculo a que assistimos todas as semanas nos jogos do Porto não é mais que a confirmação do que disse Jaime Pacheco. Agressões, ameaças, confrontos, provocações. Ganham porque são piores. Ganham porque não respeitam o adversário. Ganham porque incentivam e promovem a ameaça a árbitros e dirigentes. O comportamento e forma de estar do seu treinador e do inenarrável Luís Gonçalves, este último administrador do clube, são o espelho do clube. Não há nenhuma linha que não se passe. Se preciso for, agride-se verbal e fisicamente. É este o Futebol Clube do Porto. Pinto da Costa comemora este ano 40 anos de presidência do clube. Está a chegar ao final o seu reinado e a sua herança é esta. Agressões, ameaças, confrontos. Para este dirigente vale tudo, mesmo tudo para ganhar, porque no fim, pensa ele, só contam as vitórias e os troféus conquistados.
Engana-se.
O Futebol Clube do Porto de Pinto da Costa vai ficar na história como o clube da fruta, do café com leite, o clube do macaco, do apito dourado, das agressões, dentro e fora do estádio, do terror dos árbitros e das suas famílias, perseguidos por gangs apoiados pelo clube, das chantagens a outros clubes mais pequenos.
No fim de 40 anos o legado do pior dirigente que tivemos em Portugal vai ser este.
A liga espanhola celebrou um acordo com um fundo, em que cede cerca de 10% do capital da própria liga, onde estão centralizados os direitos televisivos, por cerca de dois mil milhões de euros. No contrato estão bem explícitas as percentagens onde pode ser investido o montante que cabe a cada clube. 70% do valor será para infraestruturas dos clubes, 15% para compra de jogadores e os restantes 15% para redução de dívida. Para os pequenos e médios clubes este acordo é visto como a grande oportunidade para a sua consolidação nas suas áreas, a construção de novos campos de futebol, que vão permitir uma muito maior aposta no futebol de formação. Esta aposta será a melhor forma destes clubes poderem crescer e também para os grandes clubes é uma oportunidade, pois permite elevar a competição interna levando à sua valorização.
Por cá e numa notícia não relacionada, a liga de clubes investiu 18 milhões de euros na construção da sua nova sede.
Hoje vamos ao dragão vencer e mostrar que somos a melhor equipa, temos o melhor plantel, o melhor treinador, os melhores adeptos e somos o maior clube de Portugal.
O sistema funcionou na perfeição na partida de ontem entre o B e o SLB. Todos puderam indignar-se e a ninguém cabe a responsabilidade. Porque é assim que funcionam os "xixtemas": os méritos, quando os há, repartem-se em fatias finas e as responsabilidades diluem-se.
Podiam os intervenientes ter-se sentado a resolver o assunto? Isso não daria jeito a ninguém.
Ao SLB obrigaria a dizer que "sim" ou que "não" acerca de um problema que não era dele.
Ao fulano que puseram à cabeceira da Liga, escolhido precisamente por ser de plástico e bastante maleável, obrigaria a tomar a decisão de interpretar um regulamento para o qual não foi tido nem achado e que lhe cabe implementar de olhos fechados e boca calada. Lembram-se dos filmes "O padrinho" aquelas cimeiras entre mafiosos, reunidos para ver como contornar a lei e repartir os territórios, mas sempre desconfiados uns dos outros? É isto a LPF.
Ao B obrigaria dar alguma explicações um pouco menos atabalhoados do que as prestadas pelo seu capataz depois da barraca, nomeadamente explicando porque uns jogadores negativos tiveram de ficar em casa e outros puderam calçar e que porcaria de firma é aquela (aquilo não é um clube, como se sabe, é uma plataforma giratória) que deixou o plantel contaminar-se tanto e tão depressa. Mais valeu, portanto, fazer-se de vítima.
E à DGS... mas o que tem a DGS a ver com as alhadas da bola?
Tudo está bem quando acaba bem. O calendário não foi mexido, a jornada foi cumprida, resultado foi o esperado, ninguém se aleijou.
E os palradores, os escribas semi-analfas, os pés de microfone e toda essa tralha que parasita a bola na dita comunicação social tiveram uma noite em cheio, de dedo esticado e aos gritos a discutir "a culpa", que é o que fazem os idiotas quando a casa está a arder: querem mais regatear quem foi culpado pelo incêndio em vez de o apagarem.
Não me lembro de gestão tão caótica no futebol português. E não me falem na pandemia. A pandemia não pode servir de desculpa para tudo.
Primeiro anunciaram que haveria público nos estádios, na última jornada da Liga 2020/2021. A ministra da Presidência fez o anúncio no final de um Conselho de Ministros, alegando que seria um "evento-teste".
A seguir, vem-se a saber que os estádios continuarão interditos aos portugueses até ao último apito do último jogo deste campeonato. Descobriram à última hora que era necessário salvaguardar a equidade.
Anunciaram entretanto que a final da Champions voltaria a ser este ano em Portugal, no estádio do Dragão. Para júbilo do velho crocodilo, que logo lançou farpas a Lisboa. Como se Porto e Lisboa não fizessem parte do mesmo país.
Esta final da Liga dos Campeões terá público. Mas a final da Taça de Portugal será disputada com bancadas vazias, ao contrário do que chegou a admitir-se.
Todos viram a vergonha que se passou em Portimão. Insultos, dois treinadores pegados, os jogadores a abandonarem o campo e a correr para o túnel para defenderem o seu "chefe de fila" e uma "barata tonta" de um árbitro a pedir aos jogadores para regressarem ao campo. Tudo isto foi visto por aqueles que acompanhavam o jogo pela Sport TV.
Há uma personagem (delegado da Liga) nos jogos da Liga que tem como responsabilidade:
- Facilitar as relações entre os diversos agentes que interagem na organização do jogo: diretor de campo, diretor de segurança, comandante das forças de segurança, equipas, equipa de arbitragem, brigada antidopagem, comunicação social, entre outros;
- Garantir as condições legais e exigidas por regulamento para a realização do jogo;
- Dirigir a reunião preparatória de jogo;
- Reportar à Liga toda a informação prevista e relevante, juntamente com a demais documentação do jogo.
Esperemos então com muita atenção o que o sr Delegado da Liga "irá reportar à Liga aquilo que toda a gente viu, e que foi... uma VERGONHA.
O Porto diz que não joga se o Sporting jogar mesmo que a DGS lhe explique que pode, o Benfica diz que não quer jogar porque tem 17 covidados e o Braga, como não tem nada para dizer, ladra ao Sporting às ordens do dono. Então e agora não diz nada a shôtôra Lena que queria que o avião que levava o Sporting para a Madeira aterrasse à força e que houvesse jogo debaixo do temporal?
Ouvida a conferência de imprensa de Rúben Amorim pelos vistos a Liga tem como directora executiva uma "dra. Helena" cuja função é incrementar o stress de uma equipa que foi parar a Porto Santo depois de uma aterragem falhada na Madeira - uma aventura reconhecidamente divertida - e se dispôs a entrar em campo debaixo de um vendaval. E era a Rúben Amorim a quem ela ligava directamente? Isto é habitual? Ou faz parte do "tratamento preferencial" que a Liga dedica ao Sporting?
É assim que se inclinam campos. É assim que há equipas que podem sempre apresentar o seu melhor onze em todos os jogos e o Sporting, daqui a meia duzia de jogos, já vai ter jogadores titulares impedidos de jogar por acumulação de amarelos. É desta forma que durante um jogo se corta o ritmo atacante de uma equipa, se impede que uma equipa domine o seu adversário.
Vamos aqui acompanhar, jornada a jornada, esta "classificação", com a garantia que quando Benfica ou Porto já não necessitarem deste aditivo, começam a carregar nos cartões, de modo a que no final da época pareça tudo equiparado.
Depois de ultrapassarmos o Aberdeen no acesso à Liga Europa, vamos iniciar a Liga com a sempre complicada deslocação ao Paços de Ferreira. Com tudo o que estamos a passar, não vai ser fácil.
Não faço mesmo ideia de como está a situação da quarentena forçada de alguns jogadores e de Rúben Amorim: estão à vontade para alterar o vosso prognóstico conforme o que se for sabendo. Para já, imagino que os convocados sejam mais ou menos os mesmos de quinta-feira:
Guarda-redes: Adán e ?.
Defesas Centrais: Coates, Neto, Feddal e ?
Alas: Porro, Ristovski, Nuno Mendes, Antunes.
Médios Centro: Wendel, Bragança, Matheus Nunes e ?
Interiores: Jovane, Plata, Vietto e Jovane e Tiago Tomás
Pontas de lança: Sporar
Sendo assim, prevejo a repetição do onze de quinta-feira sem um ponta definido.
Adán; Neto, Coates e Feddal; Porro, Matheus Nunes, Wendel e Nuno Mendes; Tiago Tomás, Jovane e Vietto.
Concluindo,
Amanhã à tarde o Sporting entra em campo em Paços de Ferreira para conquistar os primeiros três pontos na Liga.
Considerando o sistema táctico de Rúben Amorim, qual seria o vosso onze?
Já deu para perceber que isto vai ser uma barafunda até estoirar, o que mostra o nível de competência, discernimento, organização e antecipação da Liga. Ao menos que a DGS dê uma ajudinha. Por exemplo, só autorizar o jogo meia-hora antes dele começar. Assim sempre a BetWin sempre ganhava alguma coisa nas apostas de haver ou não desafio. Porque quanto ao resto já nem vale a pena uma pessoa admirar-se.
Santa Clara joga taco a taco, como o Guimarães, Tondela ou o Paços jogara connosco. No jogo de ontem, o Benfica perdeu, mas podia ter ganho, como podia ter perdido com o Rio Ave na semana passada (em que ganhou). Nós marcamos cedo com o Tondela, mas eles podiam ter empatado se aquela do Mathieu não tivesse batido no poste. Com o Paços ganhamos porque o Jovane fez cair do céu um livre direto. Que raio se passa? Afinal a nossa Liga é competitiva? Afinal os clubes pequenos estão a trabalhar muito melhor? Afinal não é nada disso, são os grandes que são muito piores? E o público? Como não existe, não pressiona nem o árbitro nem o erro do adversário? Será isso? Ninguém sabe, talvez seja tudo isto e mais alguma coisa. Cada vez que vejo estes jogos lembro-me de como Paulo Sérgio foi (e ainda é) ridicularizado por ter pedido um pinheiro. A minha intenção não é ser enigmático, mas sim perguntar-me e perguntar a todos se os três grandes (e talvez o Braga) não deviam ter um pinheiro ou dois nos plantéis. A verdade é que a dada altura – últimos dez minutos + descontos – a lógica vai-se e a fé em Deus dos cruzamentos para a área é a única tática que prevalece. Será que é a vaidade dos misters e dos diretores desportivos que os impede de decorar os plantéis com um pinheiro?
Soube só hoje, lendo a imprensa do dia, que Frederico Varandas não se dignou comparecer ontem na assembleia geral extraordinária da Liga. Apesar de ter sido uma das mais importantes desde a criação deste organismo, em cuja direcção o Sporting se integra. Estavam em causa o debate do novo modelo de governação, a entrada em vigor de novas regras do campeonato (as cinco substituições por jogo, que estão longe de gerar unanimidade) e a ratificação das controversas subidas e descidas na Liga 2, que irão ser dirimidas em tribunal. Além do próprio futuro do presidente da Liga, Pedro Proença, que se encontra neste cargo - convém não esquecer - com o apoio expresso do nosso clube.
Frederico Varandas foi o único dirigente máximo dos maiores emblemas desportivos portugueses a primar pela ausência, tendo delegado a representação leonina em Miguel Nogueira Leite, vogal do Conselho Directivo.
Salvo motivo de imprevista natureza pessoal ou familiar que não foi noticiado, esta ausência é inaceitável. O Sporting tem de estar representado ao mais alto nível em todas as circunstâncias, não apenas quando dá mais jeito ao presidente.
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