Cristiano Ronaldo continua a registar números impressionantes. Ontem, no minuto inicial do recomeço, foi ele a marcar o primeiro golo da selecção portuguesa ao Liechteinstein (vitória lusa por 0-2 em Vaduz). O décimo golo dele em oito desafios da equipa das quinas neste apuramento para o Europeu de 2024 em França.
CR7 comanda a lista de artilheiros numa campanha exemplar: vencemos os nove jogos que disputámos, com 34 golos marcados e só dois sofridos.
Os seus números globais impressionam mais ainda. O melhor jogador português de todos os tempos, nesta sua 204.ª internacionalização, tem agora 128 golos ao serviço da selecção. Mais, muito mais, do que Figo (32), Eusébio (41) e Pauleta (47) juntos.
No conjunto do ano civil, entre clube e selecção, são já 46 os golos marcados pelo mais célebre "número 7" do planeta futebol. Número que apenas surpreende quem não acompanha a carreira deste craque.
Não ficará por aqui, seguramente. Péssima notícia para aqueles que o detestam - são muitos, e não apenas argentinos. A inveja, como se sabe, é talvez o pior defeito nacional.
Cristiano Ronaldo marcou, toda a equipa celebra: festa da selecção no nosso estádio
Foto: Miguel A. Lopes / Lusa
Aqueles imbecis que já o consideravam "reformado", incluindo alguns (coisa para mim incompreensível) adeptos do Sporting, ficaram decerto muito decepcionados.
Cristiano Ronaldo, muito aplaudido, regressou ontem ao Estádio José Alvalade. E marcou mais dois golos, contribuindo com meia goleada da selecção de Portugal ao Liechtenstein (4-0). Um de penálti, outro de livre directo - um golaço. Quem disse que CR7 não sabe marcar desta forma?
Num estádio quase cheio, com mais de 45 mil pessoas nas bancadas, ele satisfez o público em 12 minutos de grande produção ofensiva, metendo-a lá dentro aos 51' e aos 63'.
Batendo novos recordes: passou a ser o futebolista mais internacional de sempre à escala planetária (197 participações); tornou-se o português com mais golos marcados na equipa das quinas, sendo 120 já; e o Liechtenstein foi a 47.ª selecção a sofrer golos do nosso maior artilheiro dos relvados.
Noite de orgulho também para nós, sportinguistas.
Vimos vários dos nossos regressar a Alvalade (Bruno Fernandes, Palhinha e Rui Patrício, por exemplo), contribuindo para a goleada. Vimos Gonçalo Inácio estrear-se na selecção A, actuando durante os 90 minutos deste desafio que marcou igualmente a estreia do seleccionador Roberto Martínez ao comando da turma nacional. Vimos enfim o topo norte e o topo sul do nosso estádio preenchidos com adeptos de futebol.
Portugal começa da melhor maneira a campanha para o Europeu 2024. Já seguimos no comando do Grupo J.
Há um quarto de século que não entrávamos a ganhar numa qualificação europeia.
Tudo perfeito? Não.
Considerei uma estupidez aqueles assobios a João Mário, quando saiu do banco, a escassos minutos do fim do jogo. Sintoma de clubite doentia. Visando um jogador que há dois anos foi um dos obreiros do título de campeão nacional para o Sporting.
Nunca pactuarei com o fanatismo daqueles que imaginam as bancadas dos estádios como trincheiras de guerra.
Muito menos quando os alvos são alguns daqueles que serviram com zelo e competência o emblema leonino enquanto estiveram entre nós.