A farsa
Matthäus acertou em cheio: a entrega da Bola de Ouro a Messi, pela oitava vez, só pode ser classificada desta forma. Foi uma farsa. De mau gosto.
O vencedor, obviamente, devia ser Haaland, este ano em destaque máximo no Manchester City, conquistador da Liga dos Campeões. Mas este prémio tem razões que a razão desconhece: em 2010, o argentino suplantou inexplicavelmente Iniesta sem marcar um golo no Mundial nem ter jogado a final da Champions; em 2021, venceu de novo o troféu, que devia ter sido entregue a Lewandowski, Bota de Ouro pelo Bayern de Munique.
Percebo muito bem que Cristiano Ronaldo tenha reagido como reagiu: limitou-se a pôr quatro bonequinhos à gargalhada. Confirmando, sem necessitar de palavras, que se tratou mesmo de uma farsa.
ADENDA: «Uma vergonha», protesta Jérôme Rohen. Subscrevo.