Comer pinhão com palhinha
A quarta feira é assim um daqueles dias, no meio da semana, em que precisamos de um incentivo para alimentar a ideia de que o fim de semana está quase. E quando é de cinzas... Apesar de ainda estar distante o dia em que o Sporting joga. Por isso, no cinzento das quartas, há sempre alguém que dá uma mãozinha recorrendo ao humor. Deusa do subliminar ao mesmo tempo que é serva do explícito na defesa da sua avezinha, Leonor Pinhão denota a profunda tristeza pelos males que lhe vão na alma. E pela ferida profunda na asa do seu animal de estimação, moribundo, que não voa nem ameaça. E, como nos velórios, quando para esquecer a profunda dor da perda se diz que a vida continua e temos de tratar dos vivos, assim a Leonor dá o ar da sua graça, como o pinhão servido com as nozes e as amêndoas como aperitivo mas com a bebida sorvida com palhinha.
A Nônô, que escreve que se desunha, não se farta de fazer contas. Por este andar, com magia e alquimia, a sua agremiação ainda tem hipóteses quanto ao título. Se está a 13 pontos isso não é nada que não se ultrapasse pois, por cada jogo que o Sporting utilize Palhinha, subtrai 3 pontos. E já lá vão 12. Já só falta adicionar 3 pontos por cada jogo que o seu clube dispute. O que, como temos vindo a assistir, não se afigura fácil. É quase como comer pinhão com palhinha... Mas leiam a Nônô, que numa quarta feira de cinzas ajuda muito: