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És a nossa Fé!

Divagações em tempo de quarentena (3)

Considerando as consequências desta paragem forçada do futebol para a vida dos clubes e as perspectivas existentes em termos de conclusão dos campeonatos, se calhar o Sporting fez o mais importante do que devia ter sido feito neste mercado de inverno:

1. Vendeu por uma verba significativa o seu melhor jogador mas que muito se iria desvalorizar nesta conjuntura.

2. Com esse dinheiro, depois de descontado cerca de 1/3 em compromissos diversos, resolveu vários problemas, o aperto de tesouraria e a resolução dos problemas mais importantes existentes no plantel e estrutura técnica.

3. Os problemas foram resolvidos nas duas posições mais críticas, treinador e ponta de lança.

4. A contratação de Sporar, o artilheiro da Liga Europa, acabou por ser ainda mais decisiva dada a lesão estúpida do LP29 logo a seguir. Ficávamos reduzidos ao ainda muito "verde"  Pedro Mendes.

5. Ficámos assim neste momento de paragem com um treinador jovem moralizado e com grande potencial, que ainda há pouco ganhou 5 jogos aos 3 grandes comandando uma equipa com um plantel bem inferior ao nosso, e que vai ter uma pré-época, mini ou não, para pôr a equipa a jogar ao seu jeito.

Tudo ao contrário do que foi feito no mercado de Verão, onde se deixou partir Bas Dost por tuta e meia, se trocou um Raphinha a caminho duma época fantástica por três tristes e coxos emprestados, e um Keizer que tinha ganho duas taças por um Silas sem capacidade para o lugar. 

Importa agora tratar do resto, baixar a folha salarial libertando jogadores que nada acrescentam, assegurar a manutenção de Mathieu, "peixe na água" neste sistema de três centrais, fazer regressar os emprestados e dar oportunidades aos melhores jovens dos sub-23.

Ou seja, de alguma forma voltarmos ao tempo das "vacas magras" do Leonardo Jardim, onde com a continuidade da espinha dorsal do plantel (Rui Patrício, Rojo, Adrien, Cédric, Carrillo), o regresso de alguns emprestados (William Carvalho, Wilson Eduardo), o melhor que havia na equipa B (Mané, Esgaio) e uma ou outra aquisição da "loja dos 300" (Montero, Slimani, Maurício) foi possível montar uma equipa barata e competitiva.

Para já parece que temos... o novo Leonardo Jardim.

SL

 

Leonardo Jardim

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Para mim, neste momento, não poderia haver melhor solução do que Leonardo Jardim à frente da equipa técnica do Sporting.

Gostava muito que parte da receita conseguida na transferência de Bruno Fernandes fosse aplicada na contratação de Jardim. Por três anos, com plenos poderes da SAD para construir um projecto ambicioso e vencedor.

Claro que isso implicaria mudanças drásticas na estrutura do futebol leonino. Mudanças que só poderão ser bem-vindas.

Precisamos de um novo Leonardo Jardim

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Leio na imprensa notícias que nada me tranquilizam. 

 

Primeira: Bas Dost «pode sair no Verão», o que é desde já justificado com a intenção de «baixar a massa salarial do plantel». O mesmo argumento que levou a estrutura directiva da SAD a despachar Nani e a enxotar Montero, duas referências na linha avançada do Sporting - com o consequente reflexo nas exibições da equipa, que têm piorado de então para cá, como se viu no frustrante desafio em casa frente ao Santa Clara, em que acabámos o jogo na retranca, defendendo aflitos o magro resultado por 1-0, enquanto centenas de adeptos abandonavam o estádio antes do apito final.

 

Segunda: pode celebrar-se mesmo um acordo extrajudicial para pôr fim ao conflito com o Atlético de Madrid, que nos furtou Gelson Martins. Esse acordo, segundo já foi soprado para a imprensa, incidirá em valores inferiores aos 22 milhões de euros mais cerca de 10 milhões adicionais por objectivos que Sousa Cintra rejeitou em Julho. E muito abaixo dos 105 milhões que reclamamos a título de indemnização junto do Tribunal Arbitral do Desporto.

 

Terceira: Para baixar consideravelmente o que nos deve por Gelson, o clube colchonero pretende impingir-nos dois jogadores de duvidoso mérito. Refiro-me ao ex-vimarenense Bernard, que teve uma carreira medíocre desde que rumou a Madrid, tem jogado por empréstimo no Kayserispor da Turquia e se encontra lesionado. E ao argentino Vietto, que nunca foi opção para o seu compatriota Diego Simeone, actuando agora emprestado ao Fulham: no clube inglês não devem estar muito satisfeitos com o desempenho deste avançado, que só marcou um golo em 22 jogos nesta temporada.

 

Enfim, tudo isto me transmite a sensação de que andamos aos saldos. Continuando a preferir frouxas opções estrangeiras enquanto a anunciada aposta na formação é adiada para as calendas e os poucos jogadores que ainda atraem adeptos ao nosso estádio são empurrados para a porta de saída. 

Oxalá me engane, mas não consigo vislumbrar nada de positivo nesta estratégia de aceitar trocos e jogadores que nada acrescentam em qualidade ao plantel leonino pelo resgate de um internacional português formado no Sporting que nos foi surripiado por um dos principais emblemas do futebol espanhol.

 

Recomendaria o regresso ao espírito da temporada 2013/2014: se não há dinheiro, recorre-se à prata da casa. Frederico Varandas acompanhou-a in loco, de fio a pavio, como director clínico. Para isso, como ele bem sabe, há que apostar num treinador jovem, competente, motivador, ambicioso e profundo conhecedor do futebol português.

Precisamos de um novo Leonardo Jardim: esse será o nosso principal reforço para a próxima época.

Antonomásias - O sorriso do "mona lisa"

Leonardo foi o criador (da oportunidade) e Frederico Varandas, que procurava um treinador de projecto, capaz de trazer um futebol vistoso, positivo e com aposta nos jovens da Academia, aceitou a recomendação do nosso antigo treinador e contratou-o.

Marcel Keizer, membro do trio de intrépidos calvos (Peter Bosz, ele próprio e Erik Ten Hag) que sucedeu a Frank de Boer ao leme do Ajax de Amesterdão, é o novo treinador do Sporting. Dada a influência de Leonardo, é o "mona lisa" original, o que num clube com os pergaminhos do Sporting nunca pode ser menos que um GioCONDE. Que a sua chegada a Alvalade tenha o mesmo contexto da antonomásia (epíteto) que aqui aplico: o RENASCIMENTO (da Vinci) do grande Sporting Clube de Portugal no futebol nacional. E que todos juntos, pelo Sporting, sempre, no final possamos sorrir.

Marcel Keizer, o "mona lisa". Bem-vindo! Welkom! Sorte! Geluk!

 

P.S. Noutro plano, muitíssimo boa a entrevista de ontem à TVI24 de Francisco Salgado Zenha. Seguro, quase didáctico (a célebre polémica da rúbrica Fornecedores que desmontou com maestria), pondo as coisas no devido contexto (comparação com a concorrência no tema antecipação de receitas), correcto com quem o precedeu e com elevação. Assim também se conquista a união. Chapeau!

 

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Venha o próximo (desde que não seja o mestre da táctica)

Não vi o jogo para a taça da carica. Regra geral não vejo a maior parte dos jogos a contar para esta prova desprovida de qualquer interesse. Fiquei pois surpreendido com o despedimento de José Peseiro após desaire num jogo ligeiramente menos informal que um treino. O lado positivo será uma eventual não ida à final-four da taça Lucílio Baptista, possibilitando ao nosso plantel algum descanso, tão necessário para enfrentar as provas que interessam, para mais face ao previsível apuramento para a fase eliminatória na Liga Europa.

Apesar de ter defendido anteriormente a manutenção do ex-treinador, reconheço que a qualidade do futebol praticado não estava a evoluir no bom sentido, os resultados eram intermitentes, faltava empatia entre adeptos e equipa técnica, a maioria dos jogadores com rendimento abaixo do seu valor, teimosia do técnico na manutenção do mal-amado duplo pivot, deficiente leitura dos jogos e sucessivas substituições de sentido defensivo, deixavam antever a possibilidade deste desfecho a curto ou médio prazo.

Acredito em Frederico Varandas, na sua capacidade para encontrar uma solução no mercado nacional ou internacional. De todos os nomes falados, agrada-me Leonardo Jardim, que não parece no entanto ser uma possibilidade real ou Paulo Sousa. Já um eventual regresso do mestre da táctica me provoca urticária, ouve-se que o rival da 2ª circular o tem como opção para um regresso no final da época, por mim que vá para onde quiser, desde que seja longe de Alvalade, porque um fanfarrão pago a peso de ouro durante 3 anos, que ganhou uma supertaça e uma taça da carica, não é alguém por quem possa sentir saudades…

Não deixa de ser curioso ver agora Pedro Madeira Rodrigues, qual abutre, surgir a criticar o despedimento, alertando para eventuais prejuízos financeiros da decisão. Logo ele, que havia anunciado a contratação de Claudio Ranieri, um verdadeiro pé-frio do futebol internacional, coleccionador de derrotas por onde passou, à excepção da histórica, mas atípica época da conquista do campeonato inglês no Leicester city. No ano seguinte à proeza logo tratou de confirmar que tudo não passara da excepção à regra na sua carreira e terminou despedido, como habitual. Mas há pessoas que não aprendem.

Deixar fugir o título

Há várias maneiras de analisar a nossa prestação na Liga 2017/18, prestes a findar.
Eu acho inaceitável que uma equipa que pretende ser candidata ao título tenha 18 golos sofridos fora de casa (e ainda falta irmos à Madeira). Mais de um por jogo, em média.
Acho ainda pior sermos só a quarta equipa mais goleadora. Atrás do Porto (com menos 19 golos!), do Benfica (com menos 17!) e até do Braga (com menos 12!).

Acho inconcebível que, em 18 pontos possíveis com as restantes equipas que ficaram connosco nas quatro primeiras posições do campeonato, tenhamos apenas somado quatro.

Isto nada tem a ver com árbitros. Tem a ver com a "filosofia de jogo" do treinador e a sua aplicação prática pelos jogadores.
Não são números de equipa campeã. De tal maneira que, uma vez mais, deixámos voar o título - pela terceira vez com Jesus ao leme do plantel.

O melhor que aspiramos é ao segundo posto.
Como no tempo da saudosa época de Leonardo Jardim, quando tínhamos um orçamento para o futebol três vezes inferior ao actual.

Parte da solução ou parte do problema?

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Em oito títulos possíveis, não mencionando a frente internacional, Jorge Jesus venceu só um enquanto técnico do Sporting - por sinal o mais irrelevante. A Supertaça, em Agosto de 2015.

Passaram duas épocas. O diagnóstico está feito, o quadro real está à frente de todos, falta apenas aplicar a terapia adequada à situação.

Ou nos conformamos com este triste e lamentável e tremido terceiro lugar, ou ambicionamos mais para o Sporting. Seja quem for o treinador.

Porque o caminho tem de ser em crescendo, como nos três anos iniciais da presidência Bruno de Carvalho. Não podemos prolongar a rota do retrocesso registada no quarto ano - por sinal o da reeleição do líder leonino.

 

Alguns vultos influentes nos bastidores têm-se movimentado nos últimos dias para defender a continuidade de Jesus, garantindo que ele faz parte da solução e não do problema.

Ignorando que a questão não é de nomes, mas de projecto.

Por outras palavras, em forma interrogativa: preferimos definir primeiro uma linha de rumo e escolher depois o treinador mais capaz de a pôr em prática ou optar pela navegação à vista em função das características do técnico, mesmo distorcendo e subvertendo o projecto?

 

De momento, o dilema está instalado.

Deve o Sporting sujeitar-se ao treinador ou este adaptar-se ao clube?

Deve o Sporting ceder aos caprichos de um técnico que exige dezena e meia de "reforços" estrangeiros para no fim aproveitar dois ou três, como sucedeu no Verão passado, ou colher os frutos de uma formação de reconhecida excelência, capaz de ombrear com a do Ajax que disputará com o Manchester United a final da Liga Europa?

 

Julgo que as coisas têm de ser postas neste plano e não em qualquer outro.

Por mim, não restam dúvidas. O projecto está acima do treinador e este só será parte da solução se o incorporar como seu. Sem reservas mentais. Sem desvirtuamentos nem distorções.

Jesus aceita-o? Que o diga com clareza ao presidente e aos sócios, sem entretantos nem entrelinhas. Só deste modo justificará uma tolerância suplementar dos adeptos, fartos de verem o Sporting triunfar apenas no campeonato da bazófia e coleccionar vistosos títulos em exclusivo nos jornais.

 

Se não for assim, invertem-se os dados da equação: o técnico passa a ser parte do problema. E só continuará em Alvalade pelo pior dos motivos: para evitar que lhe seja transferida uma indemnização milionária para as mãos.

Sacrifica-se tudo em função da racionalidade financeira. Mesmo mandando o projecto desportivo às urtigas. Mesmo ampliando a distância entre a gerência leonina e a massa adepta, cansada de ver tanta promessa desfeita no confronto com a realidade.

 

Tal como muitos outros, também eu cada vez mais me interrogo sobre os desafios da época que se avizinha. E, após tantas decepções acumuladas, sinto-me incapaz de renovar o capital de confiança que já depositei em Jesus.

Para mim, tornou-se uma solução esgotada. Porque não o vejo como intérprete do ADN leonino.

 

Precisamos de um treinador ainda jovem, dinâmico, ambicioso, de preferência com conhecimento da nossa cultura clubística e que goste de potenciar jogadores oriundos dos escalões da formação.

Precisamos de alguém com o perfil muito próximo de Leonardo Jardim - a primeira escolha de Bruno de Carvalho e que se prepara para festejar o título de campeão em França como timoneiro do Mónaco, batendo o milionário Paris Saint-Germain, que todos apontavam como favorito.

Jogo(s) de loucos

O Manchester City vs Mónaco de ontem à noite (que terminou com a vitória do City por 5-3) foi um daqueles jogos que dificilmente nos sairão da memória.

Houve de tudo, desde grandes golos a grandes frangalhadas e até à defesa/falhanço de um penalti. Memorável!

Entusiasmado com o desenrolar do marcador, Leonardo Jardim não terá pensado exclusivamente no resultado e tentou sentenciar ali a eliminatória.

Porém, para além de "ter" falhado um penalti, "sofreu" um peru de todo o tamanho. Teve azar, não lhe sairam bem os intentos, mas acho que fez bem. Com esta postura ganharam o futebol e os adeptos. Elogio enorme a Jardim, um dos nossos.

 

Agora aqui p'ra nós, que ninguém nos ouve, se lá no banco do Mónaco estivesse JJ e o resultado fosse o mesmo?...

Também nisto vão atrás de nós

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Que melhor homenagem ao critério de Bruno de Carvalho do que a imprensa desportiva e toda a comunicação social andarem há vários dias a dizer que Marco Silva e Leonardo Jardim são os treinadores que Pinto da Costa prefere no FC Porto?

Só falta acrescentarem o terceiro técnico da era Bruno. Esse mesmo, Jorge Jesus. Que - ninguém duvida - os do Dragão também gostariam de ver lá.

Leonardo Jardim soma e segue

Geoffrey Kondogbia goal vs. Arsenal

 

Terminei o dia desportivo da melhor maneira: a ver em directo a excelente vitória do Mónaco ao Arsenal, em Londres, por 3-1. Um resultado que praticamente resolve a eliminatória, colocando a equipa do principado - onde jogam, entre outros, João Moutinho, Ricardo Carvalho e Bernardo Silva - já com um pé na próxima eliminatória da Liga dos Campeões.

O Mónaco venceu e convenceu. Confirmando o mérito do seu treinador, o nosso Leonardo Jardim. Que está de parabéns, sem qualquer dúvida.

2014 em balanço (6)

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DESPEDIDA DO ANO: LEONARDO JARDIM

Em Maio, confirmava-se a notícia que muitos receavam: Leonardo Jardim, o treinador que Bruno de Carvalho escolheu para reabilitar o débil futebol do Sporting, após a pior temporada de sempre, deixava o clube, dando lugar a Marco Silva. Partia, após ter passado apenas uma época em Alvalade, mas com a sensação do dever cumprido: deixava a equipa em segundo lugar no campeonato, com acesso automático à Liga dos Campeões, e à frente do FC Porto. Partia deixando um plantel valioso, muito valorizado pela sua intervenção.

O treinador madeirense, que nunca escondeu a ligação afectiva ao Sporting, iniciou no Verão um percurso internacional, assinando contrato com o Mónaco. Os cofres leoninos acabaram por ganhar com esta transferência: cerca de três milhões de euros. Números inéditos na história do nosso clube: nunca a saída de um treinador rendera algo semelhante.

No principado, e apesar de ter encontrado um plantel desfalcado em relação às promessas que lhe haviam feito, sem contar com Falcão e James Rodríguez, Leonardo Jardim não virou a cara ao desafio. E tem revelado sucesso. Não só no campeonato francês, onde segue em quinto lugar, com quatro vitórias consecutivas a fechar 2014, mas também na Liga dos Campeões, onde conquistou acesso aos oitavos de final, ao contrário do que sucedeu com o Zenit e o Benfica.

Mesmo à distância, mantém a popularidade incólume entre os sportinguistas. Já perto do fim do ano, deu uma extensa entrevista ao Record em que deixou palavras de grande elegância e notório respeito pelo Sporting e o presidente que o contratou.

Enfim, um técnico muito competente que deixou saudades. E um cavalheiro, como vai havendo poucos no futebol.

 

Despedida do ano em 2012: Polga

Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Palavras sensatas de Leonardo Jardim

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E de repente, no meio da turbulência, ouvimos palavras de enorme sensatez. Que deitam água na fervura em vez de lançarem gasolina na fogueira. Palavras proferidas por Leonardo Jardim, que é também sportinguista do coração, numa boa entrevista conduzida por António Bernardino e hoje publicada no Record - fazendo uma enorme diferença em relação à mediocridade das peças jornalísticas dominantes.

 

O que diz o antecessor de Marco Silva, confrontado com a pergunta «Bruno de Carvalho é um presidente difícil de trabalhar»?

Vale a pena transcrever parte da longa resposta do nosso ex-treinador, actual responsável técnico do Mónaco:

«Tenho uma boa relação com ele. Trata-se de alguém que vive o Sporting com intensidade, foi necessário no processo de mudança do clube. É um facto que tem uma personalidade diferente da minha. Ele tinha as opiniões dele publicamente e em termos de futebol eu dava a estabilidade que eu entendia que o grupo necessitava. A sua forma de ser por vezes é difícil, realmente, se não estiver em consonância com aquilo que estamos a fazer, mas entre nós houve sempre respeito. Ao longo da época eu e Bruno de Carvalho tivemos algumas opiniões diferentes, mas as nossas decisões foram sempre em prol do êxito do Sporting. As opiniões entre um treinador e um presidente nem sempre convergem, pois um presidente defende o clube e o treinador o grupo, mas há que levar sempre em consideração a estrutura. A sua presença no banco? Quando estou no jogo nem sinto a presença do presidente ou de qualquer outro factor extra-jogo. A mim não me cria qualquer problema uma realidade dessas. Nunca senti que o presidente tentasse interferir no que quer que seja. Aliás, nem me lembro de conversar com as pessoas durante o jogo.»

E sobre a hipotética saída de Marco Silva?

«Os projectos devem ser sempre do clube e não dos treinadores. Contudo, também não acho nada positiva a alteração de um técnico que eventualmente poderia estar melhor na Liga, mas que nas outras provas está a fazer um bom trajecto. Não vejo motivo ou razão para existir uma ruptura, para despedir Marco Silva, mas estou só a falar em termos desportivos.»

 

(Os sublinhados a negro, naturalmente, são meus.)

Jogar como um grande

Quem quer comparar o futebol que joga o Sporting de Marco Silva com o de Leonardo Jardim, tem que perceber que está a comparar uma equipa que joga como um grande com uma equipa que joga para o resultado.

 

Com todos os problemas e virtudes que as duas posturas têm e mesmo com um plantel que não assegura qualidade em posições chave, eu prefiro jogar como um grande e ter menos 6 pontos, porque estruturalmente é muito mais importante.

Parabéns, Leonardo Jardim

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Com uma equipa de segunda linha, goradas as promessas de craques que lhe foram feitas no início da temporada, Leonardo Jardim inverteu o paradigma de Otto Glória: ao contrário do que dizia o técnico brasileiro que levou a selecção portuguesa ao Mundial de 1966, é possível fazer omeletes sem ovos. O ex-treinador do Sporting acaba de demonstrar isso mesmo: conduziu a equipa monegasca ao primeiro lugar do Grupo C na Liga dos Campeões, qualificando-a para os oitavos-de-final. À frente do Bayer Leverkusen (que também se qualificou), Zenit (que ruma à Liga Europa) e Benfica (que fica fora das competições europeias).

Parabéns, Mónaco.

Parabéns, Leonardo Jardim.

It's all about money

Na essência, o que distingue a tão pouco criticada saída de Leonardo Jardim da tão criticada saída de jovens jogadores como Dier, Ilori e Bruma?

Nada.

Pode-se discutir a forma como agiram, a integridade das declarações, os comportamentos mais ou menos adequados, e afins, mas no fim de contas, todos sairam pelo mesmo motivo. Dinheiro!

Inclusivamento considero que qualquer um dos três jogadores referidos tomou uma melhor opção de carreira que Leonardo Jardim (que neste momento treina um plantel de qualidade inferior ao do Sporting). Se foi enganado só tem que se demitir.

Nebulosos caprichos de ocasião

«Uma das maiores fraudes do ano é o Mónaco e há um português envolvido e enganado. Leonardo Jardim livrou-se de Bruno de Carvalho porque o presidente do Sporting o queria obrigar a lutar pelo título não tendo ele equipa para isso e aterra no Mónaco onde, por este andar, o clube lutará por não descer de divisão. De candidato a destronar o Paris St. Germain e a fazer uma grande carreira na Champions, o Mónaco não só não se reforçou, como vendeu (a bom preço) James Rodríguez e agora cedeu ao preço da chuva a sua grande estrela - Falcão. Eis um caso claro de total ausência de política desportiva e onde o dinheiro e os nebulosos caprichos de ocasião ditam regras.»

Nuno Santos, no Record de ontem

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